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27
Fev19

RJ investiga policiais suspeitos de atuar como agentes duplos para milícias

Talis Andrade

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Adriano Magalhães da Nóbrega, ex-capitão da PM-RJ, foragido da Justiça

 

247 - Um levantamento divulgado pelo Portal UOL revela que nos últimos 15 meses houve suspeita de vazamentos de informações sigilosas em ao menos cinco operações de enfrentamento a grupos paramilitares no Rio. Uma destas operações envolve o principal suspeito de ter executado a tiros a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes, na noite de 14 de março passado: o ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar) Adriano da Nóbrega, que segue foragido da Justiça há cerca de um mês.

Um dos alvos da operação "Os Intocáveis", o ex-oficial caveira - como são chamados os policiais que passam pelo curso do Bope - contaria com uma rede de proteção formada por agentes da lei infiltrados em batalhões e delegacias do Rio para se manter longe da prisão.

O episódio mais recente de infiltração aconteceu no último dia 14, quando dois policiais militares foram presos por suspeita de terem antecipado à milícia chefiada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, informações sobre uma operação "Volante" desencadeada pela Polícia Civil na Zona Oeste do Rio. As equipes foram às ruas para tentar cumprir 20 mandados de prisão, sendo que dez deles em nome de suspeitos que já estavam presos. Apesar disso, apenas um homem foi detido na ação policial.

A reportagem de Sérgio Ramalho aponta ainda que interceptações telefônicas mostraram que o trabalho acabou prejudicado pelo PM Marcelo Tinoco Petuquio, que teve uma conversa telefônica captada pelas escutas autorizadas pela Justiça. No diálogo, ele dava detalhes sobre a operação a um interlocutor ligado ao grupo paramilitar. Além dele, também foi detido o sargento Marcelo Costa Brito, lotado no Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE), apontado como chefe da milícia de Rio da Prata, em Campo Grande. O grupo do PM tem ligação com a "Liga da Justiça", milícia chefiada por Ecko.

Em 22 de janeiro, durante a operação "Os Intocáveis", apenas cinco dos 13 mandados de prisão foram cumpridos pelos policiais civis envolvidos na ação, sendo que dois dos presos são oficiais da PM, o major Ronald Paulo Alves Pereira e o tenente aposentado Maurício Silva da Costa. Caso permanecessem foragidos, ambos perderiam prerrogativas, dentre elas, salário e aposentadoria. No dia seguinte, dois outros suspeitos foram detidos, elevando para sete o número de mandados cumpridos.

Além do ex-capitão Adriano, outro que conseguiu escapar da operação foi o presidente da Associação de Moradores de Rio das Pedras, Jorge Alberto Moreth, o Beto Bomba. Em um trecho da denúncia encaminhada pelo Ministério Público à Justiça consta a informação de que Beto Bomba tinha acesso a dados privilegiados sobre operações policiais realizadas nas localidades sob influência de milicianos e, com isso, alertava seus aliados com antecedência. Veja a vida de Adriano Magalhães da Nóbrega e suas ligações com o senador Flávio Bolsonaro aqui

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Milícia de Itaguaí tinha cemitério clandestino para enterrar inimigos

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A polícia descobriu que a milícia que atua em Itaguaí, Região Metropolitana do Rio, e é um braço da comandada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, tinha um cemitério clandestino para enterrar “inimigos”. Segundo as investigações da Polícia Civil, pelo menos 10 corpos foram enterrados no local.

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Milícia é máfia. Esses grupos são compostos em parte por agentes da lei, que atuam como agentes duplos, servindo ao crime organizado enquanto recebem salários para proteger o cidadão

Marcelo Freixo (PSOL-RJ), deputado federal

 

 

 

 

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