Subiu para 22 o número de mortos no desabamento de dois prédios da milícia no Rio de Janeiro
Subiu para 22 o número de mortos no desabamento de dois prédios na comunidade da Muzema, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, no último dia 12. Os bombeiros retiraram dos escombros neste sábado, 20, os corpos de mais duas crianças.
As obras dos dois edifícios que desabaram eram irregulares e estavam formalmente embargadas desde novembro, segundo a administração do prefeito Marcelo Crivella (PRB). No entanto, como a própria Prefeitura reconheceu em nota, Muzema é área “controlada por milícia”, os grupos paramilitares formados, em sua maioria, por ex-policiais militares que dirigem e exploram bairros inteiros da cidade.
Depois da tragédia do desabamento de dois prédios na Muzema, na Zona Oeste do Rio, 16 prédios do condomínio Figueiras do Itanhangá serão implodidos pela Prefeitura. Três imóveis que serão demolidos ficam próximos aos dois prédios que desabaram.
As demolições ocorrerão após terminarem as buscas pelos desaparecidos, que ainda estão sendo procurados pelo Corpo de Bombeiros.
Outras quatro liminares estão sendo analisadas, e mais prédios podem ser demolidos.
Depois da tragédia do desabamento de dois prédios na Muzema, na Zona Oeste do Rio, 16 prédios do condomínio Figueiras do Itanhangá serão implodidos pela Prefeitura. Três imóveis que serão demolidos ficam próximos aos dois prédios que desabaram.
As demolições ocorrerão após terminarem as buscas pelos oito desaparecidos que ainda estão sendo procurados pelo Corpo de Bombeiros.
Outras quatro liminares estão sendo analisadas, e mais prédios podem ser demolidos.
Os proprietários desses edifícios foram, possivelmente, todos presos na Operação os Intocáveis, desencadeada no dia 21 de janeiro último.
O objetivo da ação é desmantelar uma milícia que explora o ramo imobiliário ilegal em Rio das Pedras. Segundo informações da polícia, o grupo atuaria de forma violenta. Há indícios de que dois dos alvos comandem o chamado Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda. Os principais clientes do bando de matadores profissionais são contraventores e políticos.
Na ação, foi preso o major da Polícia Militar Ronald Paulo Alves Pereira, 43 anos. O oficial da PM é investigado por integrar a cúpula do Escritório do Crime.
O major foi denunciado por comandar negócios ilegais, como grilagem de terra e agiotagem. É réu no processo de homicídio de cinco jovens na antiga boate Via Show – o crime aconteceu em 6 de dezembro 2003 – e vai a júri em abril deste ano.
Também foi preso Manuel de Brito Batista, o Cabelo, que atua na quadrilha como contador e gerente armado.
Para o general Richard Nunes, a vereadora Marielle Franco (PSOL) foi morta porque milicianos acreditaram que ela podia atrapalhar os negócios ligados à grilagem de terras na Zona Oeste do Rio.
A Interpol deve receber um alerta da Polícia Federal, a pedido do MP-RJ (Ministério Público do Rio), a respeito dos sete milicianos foragidos, após a realização da Operação Os Intocáveis. A lista de procurados internacional deve incluir, principalmente, o policial Adriano Magalhães da Nóbrega, ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Especiais), acusado de ser o chefe da milícia de Rio das Pedras, uma das mais antigas e perigosas do Estado.
Jorge Alberto Moreth, o Beto Bomba