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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

26
Mar23

Os elos da nova armação de Moro

Talis Andrade

lula inteiro livre.jpeg

 

Editorial Portal Brasil247

 

Em sua já histórica entrevista exclusiva a este Brasil247 e à TV 247 na terça-feira passada, o presidente Lula revelou, como nunca antes desde que assumiu, os contornos de um estilo que tenciona imprimir ao seu mandato.

Ressalta da entrevista presidencial uma disposição de não se deixar ser colhido mais uma vez pelos seus algozes, que desde o naufrágio da Lava-Jato apenas hibernaram à espera de uma situação mais favorável.

Em um contexto muito preciso, o próprio Lula trouxe Moro para o centro da disputa.

Emocionado pela memória das perseguições inauditas a que foi submetido e que o levaram à prisão por 580 dias, o presidente lembrou que, na época, tinha o desejo de um dia se "vingar" de Moro, seu verdugo, pois tinha consciência de sua inocência. 

Foi um desabafo sincero, feito nos limites e sob a comoção que revestia aquele momento e com um sentido claro, como ele mesmo fez questão de explicitar, o de que em algum momento provaria a sua honestidade. A verdade seria sua vingança. 

Detalhe relevante, logo antes de trazer à memória essa expressão franca de pensamentos e sentimentos íntimos, o  presidente havia rememorado as horas em que foi seviciado midiaticamente pelo Jornal Nacional da TV Globo e pelas dezenas de capas da revista Veja. Ele também explicitou o  agradecimento a "vocês", referindo-se a este 247, que apoiou Lula ao longo de toda essa travessia.

Na mesma terça-feira, sem, a rigor, causar surpresa, Moro usou o episódio,  tirou-o de seu contexto histórico e fez-se de vítima.

No dia seguinte, Moro foi novamente trazido ao foco por Lula ao dizer,  referindo-se à estranha coincidência de a juíza Gabriela Hardt decidir novamente em caso que afeta Moro. Levantou a suspeita de "armação" de Moro. De fato, trata-se de uma coincidência incrível: uma investigação prévia de ameaças do PCC contra Moro e outras autoridades reincide-se nas mesmas práticas que o levaram a ser declarado juiz suspeito e seus processos anulados pela Justiça. 

De fato, como fez na Lava-Jato, Moro segue tentando acusar Lula sem provas. E há sinais de algum tipo de conspiração, que Lula veio a intuir e definiu como armação. Os sinais são evidentes: a presença da juíza Gabriela Hardt emergindo num processo que envolve Moro, a investigação que se desenrola – mais uma vez – em foro inadequado, como demonstrou o site Conjur a partir do parecer de juristas e o uso político que Moro e o ex-procurador chefe da Lava-Jato Deltan Dallagnol vêm fazendo de uma investigação realizada pela Polícia Federal e o Ministério da Justiça de Lula.

Não por acaso, a chamada armação elenca muitos dos atores da Lava-Jato original, aquela responsável pelo juízo político que impediu Lula de concorrer à eleição de 2018.

Também não é à toa que a mesma súcia se agita agora. Pois, em paralelo, o advogado Rodrigo Tacla Duran está na iminência de expor em depoimento ao juiz da Eduardo Appio da 13ª Vara Federal de Curitiba uma denúncia de extorsão realizada por intermediários ligados a Sérgio Moro. Este teria exigido, segundo a investigação, 5 milhões de reais para não prender Duran, ex-advogado da Odebrecht.  

Para completar a armação, muitos dos mesmos meios de comunicação que apoiaram Moro em suas decisões que levaram à prisão política de Lula, aproximam-se de novo consorciados num movimento nada sutil. Muitos deles, aliás, não esconderam sua frustração com a entrevista exclusiva de Lula ao 247. Percebida logo por Lula, a manobra tem cheiro de conspirata e pode ter concorrido para fragilizar sua saúde.

14
Nov22

"Lula é esperado como uma estrela na COP27", diz imprensa francesa

Talis Andrade

lula arte de dequete nossos sonhos estão livres.

 

A imprensa francesa destaca a participação do presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, na 27a Conferência do Clima (COP27). O líder petista chega a Charm el-Cheikh nesta segunda-feira (14).

"Lula é esperado como uma estrela no Egito" é o título de uma matéria publicada pelo jornal Les Echos. De acordo com o diário, o presidente eleito deverá detalhar seus engajamentos para lutar contra o desmatamento da Amazônia. "Diplomaticamente isolado durante o mandato do presidente da extrema direita e climatocético, Jair Bolsonaro, o Brasil tem uma nova esperança", afirma Les Echos.

O jornal sublinha que o governo de Bolsonaro foi desastroso para o meio ambiente e lembra que, a cada ano de seu mandato, a destruição da Amazônia deu um salto e acumulou tristes recordes: mais de 38 mil km2 de mata sumiram do mapa. A expectativa é que Lula já anuncie medidas concretas na COP27, especialmente sobre a redução da emissão de gases de efeito estufa, que registraram um aumento de 12% no ano passado, um recorde desde 2005. 

Les Echos explica que Bolsonaro deu muitos poderes ao agronegócio e reduziu o orçamento para a gestão do meio ambiente. "Na Amazônia, as terras foram tomadas por exploradores agrícolas em toda impunidade e as explorações ilegais de minérios explodiram", ressalta. Além disso, o Brasil enfrenta outros problemas, como a pobreza, que também deu um salto durante o governo Bolsonaro. Tirar 33 milhões de pessoas da insegurança alimentar será outra prioridade de Lula, diz o jornal. 

 

Aguardado discurso

 

O site da TV CNews destaca que Lula deverá participar das negociações nesta terça (15) e quarta (16) na COP e se reunirá com o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, e com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi. O canal afirma que ONGs e associações pretendem entregar ao líder petista um documento com mais de 200 páginas com propostas para salvar a Amazônia e colocar um fim ao desmatamento. 

Já a emissora BFMTV ressalta que Lula deve pronunciar um aguardado discurso em Charm el-Cheikh, em sua primeira viagem fora do país desde sua eleição, no último 30 de outubro. "A participação do líder petista na COP27 deverá ser o sinônimo de uma ruptura radical em relação à política ambiental adotada por Bolsonaro", diz o canal. 

 

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