Operação do Gaeco foi uma, a da PF foi outra. Por Sergio Moro, Richa estaria solto na campanha de senador
Beto Richa (PSDB) e Fernanda Richa (PSDB)
Duas operações policiais de vulto aconteceram paralelamente na manhã desta terça-feira em Curitiba e envolviam pessoas ligadas ao “núcleo duro” do ex-governador Beto Richa, incluindo o próprio.
As ordens de prisão foram expedidas pelo Ministério Público do Paraná, na operação levada a cabo pelo Gaeco. Foram detidos:
Beto Richa – ex-governador e candidato ao Senado;
Fernanda Richa – esposa de Beto Richa e ex-secretária da Família e Desenvolvimento Social;
Deonilson Roldo – ex-chefe de gabinete do ex-governador;
Pepe Richa – irmão de Beto Richa e ex-secretário de Infraestrutura;
Ezequias Moreira – ex-secretário de cerimonial de Beto Richa;
Luiz Abib Antoun – parente do ex-governador.
A lista de presos na operação do Gaeco tem outros nomes:
Edson Casagrande – ex-secretário de Assuntos Estratégicos;
Celso Frare (preso) – empresário da Ouro Verde Transportes;
Aldair W. Petry (preso);
Dirceu Pupo (preso) – contador;
Joel Malucelli – empresário da J.Malucelli ;
Emerson Savanhago (preso) – empresário;
Robinson Savanhago (preso) – empresário;
Túlio Bandeira (preso) – advogado;
André Felipe Bandeira.
As medidas, determinadas pelo Juízo da 13ª Vara Criminal de Curitiba, visam investigar o programa Patrulha do Campo, do Governo do Estado do Paraná, no período 2012 a 2014, apurando-se indícios de direcionamento de licitação para beneficiar empresários e pagamento de propina a agentes públicos, além de lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça.
Os alvos da Lava Jato
Os alvos de prisão da investigação da fase Piloto, a 53ª da Lava Jato, foram
Deonilson Roldo – ex-chefe de gabinete de Beto Richa (já preso pelo Gaeco em outra investigação);
Jorge Theodócio Atherino – empresário apontado como operador financeiro do ex-governador;
Tiago Correia Adriano Rocha – indicado como braço-direto de Jorge.