A família do ex-procurador Deltan Dallagnol foi acusada de irregularidades que envolvem R$ 147 milhões em acordos para a desapropriação das terras da Gleba Japuranã, em Nova Bandeirantes (MT). O valor pago na desapropriação é 66 maior que o do triplex atribuído ao ex-presidente Lula.
O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) tenta derrubar os acordos na Justiça Federal. Para calcular o sobrepreço de mais de R$ 147 milhões no valor que está sendo pago, o Instituto contabilizou as sobreposições de terras e a divisão dos imóveis, em meio à ocupação por posseiros e ao desmatamento.
Pai, tios e primos do ex-procurador da República Deltan Dallagnol, antigo coordenador da Operação Lava Jato no Paraná e atual pré-candidato ao Congresso, recém-filiado ao Podemos, estão entre os donos de 17 fazendas investigadas pela autarquia.
Família Dallagnol
Ao todo, o Incra calcula ter pago R$ 159 milhões em 14 processos judiciais de desapropriação das fazendas. Os números constam em uma ação que o órgão tenta a devolução de R$ 14,5 milhões pagos ao tio de Deltan, Xavier Leonidas Dallagnol, e sua esposa, Maria das Graças Prestes. A área total da gleba é de 36 mil hectares.