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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

27
Out22

O servidor exonerado pelo TSE vai encarar o crime sozinho?

Talis Andrade

Servidor exonerado pelo TSE agia como fanático bolsonarista nas redes

 

Por que o PL não remetia o conteúdo das propagandas às rádios, como as próprias emissoras já informaram ao tribunal?

 

 

por Moisés Mendes


Um ajudante de inspetor de filme policial de terceira categoria diria que mais um crime de amadores estava sendo planejado na eleição. Uma farsa para os tios do zap.

Seria um crime de amadores desesperados. Já existem evidências suficientes de que o TSE desmontou o plano que a extrema direita trouxe até as vésperas da eleição.

Com a ajuda de um servidor do próprio TSE, criou-se a história da não veiculação de propaganda de Bolsonaro em rádios do Nordeste.

Mas, além de Alexandre Gomes Machado, o servidor do TSE já exonerado pelo tribunal, quem mais fazia parte da armação?

Por que o partido de Bolsonaro, o PL, não remetia o conteúdo das propagandas às rádios, como as próprias emissoras já informaram ao tribunal?

Para forjar a suspeita de boicote? Não enviava as propagandas para poder dizer depois que as rádios não veiculavam os áudios?

Mais tarde, um servidor de dentro do TSE insinuaria que as rádios já estavam sob suspeita e surgiria então uma suspeita maior.

A suspeita mais grave, contida numa insinuação: a de que o TSE não enviava as gravações às rádios.

O tribunal já esclareceu que não faz nada disso, que não é tarefa sua enviar material de propaganda às rádios e TVs. É missão do pool de emissoras.

Mas não é disso que os tios do zap querem saber. Os tios querem as declarações do servidor exonerado à Polícia Federal, de que são antigas as falhas nos controles da veiculação das propagandas.

Querem disseminar o depoimento do sujeito à PF em que ele se apresenta como coordenador, indicado pelo tribunal, do pool de emissoras encarregado, dentro do TSE, de distribuir as propagandas. O que significa essa coordenação?

O que os tios querem, a partir das ‘denúncias’ feitas pelo PL, por ministros e por Bolsonaro, é espalhar que um servidor público sabe como funciona a sabotagem à propaganda do PL dentro do TSE.

O servidor sabido foi exonerado hoje porque, segundo o TSE, agia por motivação política e praticava assédio moral contra colegas. Foi exposto publicamente.

O tribunal diz na nota sobre a exoneração: “As alegações feitas pelo servidor em depoimento perante a Polícia Federal são falsas e criminosas e, igualmente, serão responsabilizadas”.

Como ele assediava colegas? Tentava cooptá-los para a tarefa de esculhambar com a eleição ao ajudar a fomentar a farsa da propaganda não veiculada?

Outras inconsistências nas alegações do PL e de Bolsonaro, com auditagens de uma Organização Tabajara, apenas reafirmam a farsa.

Mas o mais grave é a insinuação de que o TSE participou de um conluio com o PT e de que um servidor poderia atestar o que acontecia.

Não é mais possível prender mais ninguém antes da eleição, só os que forem flagrados praticando o crime. Esse servidor, pelo que diz o TSE sobre ele, escapou por pouco.

Estamos diante de mais um ensaio de facada que não vai dar certo. Mas quem são os outros envolvidos no que o TSE define como práticas com motivação política, numa situação que envolve crimes e falsidades?

A sindicância administrativa do TSE pode oferecer pistas para a investigação criminal. Precisamos saber da farsa completa e de seus autores, mesmo que seja depois da eleição.

[Alexandre o pequeno trabalhava para a madame Lídia Prates Ciabotti, dona de uma rádio tão pequena quanto ela, ou para os lá de cima o presidente da República dos marechais do contracheque ou o presidente do Partido do Laranjal (PL) ou um outsider

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Lealdade de verdade' : Queiroz lança campanha associando sua imagem à de  Bolsonaro | Sonar - A Escuta das Redes | O Globo

Os votos que eram de Jair Bolsonaro candidato a deputado federal foram transferidos para que chefe miliciano? Por que Queiroz tão leal ficou a ouvir balas perdidas? De Queiroz, de Roberto Jefferson, do vizinho Ronnie Lessa, de Alexandre Gomes Machado o destino do mesmo saco de lixo]

26
Out22

Reinaldo Azevedo: Farsa golpista das rádios é segunda bala de prata tentada. Qual será a terceira?

Talis Andrade

 

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Reinaldo Azevedo
@reinaldoazevedo
É do balacobaco! A dona da rádio JM Online — aquela citada pelo tal ex-servidor do TSE — é bolsonarista. Lídia Prates Ciabotti aparece abaixo, ao lado de Michelle. Nas suas Redes sociais, prega voto no presidente.
 

 
Reinaldo Azevedo comenta a entrevista do presidente Jair Bolsonaro, concedida a uma rádio na última quarta-feira (4). "Transgrediu-se uma linha, não há dúvida nenhuma, foi a ameaça mais explícita de golpe", avaliou
 

26
Out22

Armação das rádios não pára de pé e murcha ainda hoje

Talis Andrade

 

por Fernando Brito

- - -

A autora de “denúncia” de que não teriam sido veiculadas algumas inserções de propaganda da campanha de Jair Bolsonaro numa rádio do grupo “Jornal da Manhã”, é, revela a Folha, uma bolsonarista declarada.

De fato, basta ler o que escreve numa espécie de “coluna social” a senhor Lídia Prata, derretendo-se para Michelle Bolsonaro – que recebeu uma “edição especial” do jornal, em sua homenagem.

Ela diz, na Folha, que não sabe se foi “confusão” não “terem enviado” para sua emissora, as peças de propaganda que diz não terem sido veiculadas, no início da propaganda de 2° turno. Depois se corrige, dizendo que não foi avisada sobre onde “baixar” o material.

Não é verdade, porque era no mesmo lugar onde as emissoras recebiam a de primeiro turno, porque as peças de campanha (presidencial e de governadores e senadores), há pelo menos duas décadas, não são entregues individualmente (mais por canais de geração e, depois, por internet) às emissoras, pois seria de uma logística impossível. Há um pool de geração das peças e cada emissora as busca lá. Igualmente se faz em pool o mapa de mídia, indicando data e bloco (manhã, tarde ou noite) em que as peças serão veiculadas.

Já fiz isso dezenas de vezes em campanha, mesmo no tempo anterior à internet, quando se enviava o material de rádio para geração pela Radiobras.

Não existe, portanto, possibilidade de “boicote” na disponibilização do material porque não há distribuição do material em tempo algum. Se alguma inserção não for ao ar é responsabilidade da emissora, porque as peças ficam disponíveis no pool ou, em caso de imprevisto, repete-se uma peça anteriormente exibida, desde que não tenha sido impugnada pelo Tribunal. Tudo isso está em resolução do TSE e na Cartilha que a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert) distribui a todas as suas afiliadas.

No Estadão, fica-se sabendo que o servidor que, exonerado, foi levar suspeita à Polícia Federal era bolsonarista e – o que é direito dele – e com um histórico de confusões dentro do Tribunal, por ter sido afastado da vaga que tinha na Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e da Discriminação do TSE e transcrevo o relato do jornal paulista:

Segundo relatos de colegas, Alexandre Machado imprimia um perfil exageradamente ideológico no colegiado e isso prejudicava o andamento dos trabalhos. Ele se posicionava de forma contrária até mesmo em pautas consensuais, como a de enfrentamento à violência contra a mulher. 

Colegas de trabalho relatam que ele não tolerava a discussão sobre pautas de gênero, mesmo esse sendo um tema caro internamente porque houve casos de colaboradoras do TSE serem vítimas de feminicídio.

Esta história, evidentemente uma armação tosca não vai durar nem 24 horas, até porque a mídia não está dando grande repercussão justamente por saber impossível uma fraude por estes meios.

Na falta de bonde melhor, Bolsonaro tenta pegar alguma carona, mas sabe que isso é “fria”.

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