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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

27
Fev22

China divulga lista de países bombardeados pelos EUA, que qualifica de 'a verdadeira ameaça ao mundo'

Talis Andrade

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"Entre os 248 conflitos armados ocorridos entre 1945 a 2001, 201 foram iniciados pelos EUA, representando 81% do número total", destacam os chineses

 

Sputnik - A embaixada da China na Rússia qualificou os Estados Unidos de "ameaça real ao mundo".

Neste sábado (26), os diplomatas chineses retuitaram uma imagem compartilhada anteriormente por Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, que enumera os países que foram bombardeados por Washington desde a Segunda Guerra Mundial.

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"Nunca se esqueçam quem é a verdadeira ameaça ao mundo", lê-se na imagem

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14
Ago20

No Iraque, Líbia e Venezuela, os EUA precisam de força militar para se apossar do petróleo; no Brasil, basta a força tarefa da Lava Jato!

Talis Andrade

 

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por Emanuel Cancella

- - -

Lava Jato orquestrou o fim da indústria naval brasileira e agora é a vez das refinarias!

Mesmo com o Brasil freqüentando a liderança na pandemia, o PIB despencando e o desemprego recorde em seu governo, Bolsonaro, fiel ao terraplanismo, leva o Brasil rumo ao precipício.    

O mesmo Bolsonaro que, quando deputado, queria fuzilar FHC por entregar nossas estatais e as reservas petrolíferas, agora presidente faz pior (6).

Tanto que Bolsonaro já ameaça a hegemonia da “Privataria Tucana” de FHC. Bolsonaro privatizou a BR Distribuidora, a segunda empresa em faturamento no Brasil, só perdendo para a Petrobrás;

Também demitiu 600 funcionários da BR Distribuidora, centenas de contratados e os que ficaram na empresa tiveram que abrir mão de 30% do salário ou iriam para a rua (7).

Fuzilar FHC foi mais uma mentira de Bolsonaro, que se junta à “gripezinha” e a de que não há desmatamento e queimadas de florestas na Amazônia.

A Lava Jato, chefiada por Moro, além de conspirar, o tempo todo, para destruir a indústria brasileira, ainda contribuiu, em muito, para eleger um entreguista. Assim Moro prendeu Lula, sem provas, líder em todas as pesquisas, num claro intuito de beneficiar Bolsonaro. E para que não reste nenhuma dúvida, Moro logo depois virou ministro da Justiça de Bolsonaro e ainda tinha a promessa de ser indicado ao STF (1).   

Essa mesma Lava Jato destruiu a indústria naval brasileira (2). Nos governos de Lula e Dilma, por conta da lei de Partilha, Lei 12.351/10, do “Conteúdo Local”, sondas de perfuração, navios e plataformas eram construídas no Brasil, gerando vultosos investimentos, arrecadação gigante de impostos, empregos de qualidade e renda para os brasileiros.

Entretanto, em nome do combate à corrupção, a Lava Jato destruiu a indústria naval brasileira e agora, como no governo de FHC, passamos novamente a construir tudo isso no estrangeiro, gerando todos esses benefícios para os gringos. Como se só no Brasil existisse corrupção!

Por conta também da Lava Jato, alegando superfaturamento na construção das refinarias do Ceará e Maranhão, o governo cancelou as obras que estavam já em andamento (3). Por que não prender os corruptos e manter as obras e os benefícios para os estados e o país?

E agora o governo de Bolsonaro ainda anuncia a venda da metade das refinarias da Petrobrás (4).

Só para você entender a importância e o volume de dinheiro que envolve o refino: em 12 meses, a Petrobrás pagou aos EUA R$ 25 BI pela importação de gasolina e diesel (5). Imagine quanto vamos pagar, depois da venda das refinarias, pela gasolina e diesel? 

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Nos países como Iraque, Libia, Venezuela e outros,  os EUA precisam de força militar para se apossar do petróleo, entretanto, no Brasil, basta a força tarefa da Lava Jato!

Fonte: 1 - https://brasil.elpais.com/brasil/2019/05/12/politica/1557677235_562717.html

2 - https://www.ocafezinho.com/2017/04/03/lava-jato-destruiu-industria-naval-brasileira/

3 - http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2015/01/petrobras-desiste-de-refinarias-e-perdas-chegam-r-2707-bilhoes.html

4 - https://www.istoedinheiro.com.br/o-globo-petrobras-pretende-vender-metade-de-suas-refinarias/

5 - https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Soberania-Nacional/Brasil-gastou-R$-25-bi-com-importacao-de-gasolina-e-diesel-dos-EUA-nos-ultimos-12-meses/46/44902

6 - https://www.esmaelmorais.com.br/2018/12/bolsonaro-defendeu-fuzilamento-para-quem-privatiza-estatais-assista/

7 - https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/11/br-distribuidora-pressiona-funcionarios-a-aderir-a-pdv-sem-dizer-qual-salario-terao-apos-cortes.shtml

 

12
Nov19

O golpe na Bolívia: cinco lições

Talis Andrade

 

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Por Atilio A. Boron
Versão original em espanhol 

A tragédia boliviana ensina, eloquentemente, várias lições que nossos povos e nossas forças políticas e sociais populares devem aprender e registrar em suas consciências para sempre. Aqui, uma breve enumeração, em tempo real, e como um prelúdio para um tratamento mais detalhado no futuro.

Primeiro, não importa o quanto a economia seja administrada de maneira exemplar, como o fez o governo de Evo, o crescimento, a redistribuição, os fluxos de investimentos são garantidos e todos os indicadores macro e microeconômicos são aprimorados, a direita e o imperialismo nunca aceitarão um governo que não serve a seus interesses.
 
Segundo, precisamos estudar os manuais publicados por várias agências americanas e seus porta-vozes disfarçados de acadêmicos ou jornalistas para poder perceber os sinais ofensivos a tempo. Esses escritos invariavelmente destacam a necessidade de destruir a reputação do líder popular, que no jargão especializado é chamado de assassinato do personagem, como ladrão, corrupto, ditador ou ignorante.

Essa é a tarefa confiada aos comunicadores sociais, auto-proclamados como “jornalistas independentes”, que em favor de seu controle quase monopolista da mídia, moldam o cérebro da população com tais difamações, acompanhadas, no caso em questão, por mensagens de ódio dirigido contra os povos nativos e os pobres em geral.

Terceiro, atendidos os parâmetros e as ações expostas acima, é a vez da liderança política e das elites econômicas reivindicarem “uma mudança”, encerrando a “ditadura” de Evo que, como escreveu o notório escritor peruano Mario Vargas Llosa, há alguns dias, é um “demagogo que quer se eternizar em poder “. Suponho que Llosa estará brindando com champanhe em Madri quando ver as imagens das hordas fascistas saqueando, queimando, acorrentando jornalistas a um poste, raspando a cabeça de uma prefeita e pintando-a de vermelho, destruindo as atas da última eleição para cumprir o mandato de dom Mario e “libertar a Bolívia de um demagogo do mal”.

Menciono o caso dele porque foi e é o imoral porta-estandarte desse ataque vil, desse crime sem limites que crucifica as lideranças populares, destrói uma democracia e instala o reino do terror encarregado de gangues contratadas para repreender um povo digno que a audácia de querer ser livre.

Leia também: Por que a libertação de Lula não vai soltar milhares de criminosos?, por Sergio da Motta e Albuquerque

Quarto: as “forças de segurança” entram em cena. Nesse caso, estamos falando de instituições controladas por várias agências, militares e civis, do governo dos Estados Unidos. Eles os treinam, os armam, fazem exercícios conjuntos e os educam politicamente. Tive a oportunidade de verificar quando, a convite de Evo Morales, abri um curso sobre “Anti-imperialismo” para oficiais superiores das três armas. Naquela ocasião, fiquei envergonhado pelo grau de penetração dos slogans americanos mais reacionários herdados da era da Guerra Fria e pela irritação indiscutível causada pelo fato de um indígena ser presidente do seu país.

O que essas “forças de segurança” agora fizeram foi sair de cena e deixar o campo livre para o desempenho descontrolado das hordas fascistas – como as que agiram na Ucrânia, na Líbia, no Iraque, na Síria para derrubar ou tentar fazê-lo em neste último caso, líderes incômodos para o império – e assim intimidam a população, a militância e o governo. Ou seja, uma nova figura sociopolítica: o golpe militar “por omissão”, permitindo que as quadrilhas e os bandos reacionários, recrutados e financiados pela direita, imponham a sua lei. Uma vez que o terror reina e ante a impotência, ou incapacidade de defesa, do governo, o resultado era inevitável.

Quinto, a segurança e a ordem pública nunca deveriam ter sido confiadas na Bolívia a instituições como a polícia e o exército, colonizadas pelo imperialismo e seus lacaios da direita indígena. Quando foi lançada a ofensiva contra Evo, o governo optou por uma política de apaziguamento e não de resposta às provocações dos fascistas. Isso serviu para encorajá-los e aumentar a aposta: primeiro, exija segundo turno; depois, fraude e novas eleições; a seguir, eleições, mas sem Evo (como no Brasil, sem Lula); depois, renúncia de Evo; finalmente, dada a sua relutância em aceitar chantagens, semeie o terror com a cumplicidade da polícia e das forças armadas e force Evo a renunciar. Do manual, tudo do manual. Vamos aprender essas lições?
 
---

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* Atilio A. Boron é sociólogo argentino, com doutorado em Ciência Política pela Universidade de Harvard, professor da Universidade de Buenos Aires. É autor de diversos e importantes livros.
 
* Tradução de Roberto Bitencourt da Silva.
 

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