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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

08
Nov22

Bolsonaristas usam tática nazista para intimidar eleitores de Lula no RS

Talis Andrade

 

Jair-Bolsonaro-Nazista.jpg

 
Reinaldo Azevedo
@reinaldoazevedo
E esses criminosos se querem cidadãos de bem. Como eram os nazistas, os fascistas, os franquistas, os salazaristas. Todos fascínoras de família! Mensagens sugerem marcar com estrelas as casas de quem votou em Lula no norte do RS
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Ariel Palacios on Twitter: "Estrela amarela: Os nazistas obrigavam os judeus  a usar a estrela de Davi, um dos mais famosos símbolos do judaísmo, como  distintivo para identificar qualquer cidadão que tivesse
A estrela de David – Shema Ysrael
O Distintivo Judaico: Durante a Época Nazista | Enciclopédia do Holocausto

Bolsonaristas de Casca (RS) espalham mensagens para perseguir comerciantes petistas na cidade

por Herculano Barreto Filho

Um grupo de eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL) adotou táticas semelhantes às usadas pelo regime nazista para perseguir comerciantes petistas em uma pequena cidade do Rio Grande do Sul com apenas 9.000 habitantes.

Em Casca (RS), bolsonaristas espalharam mensagens nas redes sociais e em grupos de WhatsApp pedindo que comerciantes locais colocassem adesivos com a estrela vermelha do PT na frente de seus estabelecimentos. A prática é parecida com o nazismo alemão, que obrigou comerciantes judeus a colocar a estrela de Davi em suas lojas na década de 1930.

Uma lista que circula em rede sociais pedia o boicote a 20 comércios identificados como sendo de petistas. No segundo turno, 72,3% dos eleitores (4.557) de Casca votaram em Bolsonaro, contra 27,7% (1.748) de Lula.

O que diz o Ministério Público. Em nota, a Promotoria diz ter recebido a informação de listas de boicote, situação que tem ocorrido em diversas cidades do país. "Estariam circulando em redes sociais com nomes de comerciantes e pessoas que teriam votado no Lula", diz, em um dos trechos do texto. No texto não há menção sobre o pedido de incluir a estrela vermelha.

Por que o episódio se assemelha à tática nazista? No regime nazista na Alemanha, no começo da década de 1930, foram elaboradas listas para boicote de comércios de propriedade de judeus. Os nazistas grafitaram vitrines dessas lojas e espalhavam avisos pelas cidades, pedindo para que a população não comprasse produtos nesses estabelecimentos.

"O boicote aos comércios e a ideia de marcar as pessoas que votaram no PT é a reprodução da linguagem nazista, que é típica do bolsonarismo", diz Michel Gherman, que coordena o núcleo de estudos judaicos do departamento de sociologia da UFRJ (Universidade do Rio de Janeiro).

Embora não veja a relação entre o nazismo e o bolsonarismo como novidade, Gherman entende que há uma escalada nos episódios. "O bolsonarismo é letrado politicamente pelo nazismo. Mas os episódios estão cada vez mais explícitos. Assim como os nazistas isolaram os judeus, os bolsonaristas agora querem isolar os petistas."

Como bolsonaristas espalharam a mensagem? Mensagens atribuídas a bolsonaristas da cidade de Casca foram direcionadas aos próprios eleitores do PT, com uma ameaça em tom irônico: "Atenção petistas, coloquem esse adesivo na porta do seu negócio [mensagem acima da imagem da estrela símbolo do PT]. Mostre que você tem orgulho de quem elegeu."

Comércio fechado e depredação

Mais de 120 comércios fecharam as portas ontem após ameaças enviadas via WhatsApp. A advogada Janaíra Ramos, 54, denunciou casos de assédio eleitoral ao Ministério Público, que também incluem agressões a petistas após o resultado das eleições, na noite de 30 de outubro.

O escritório da defensora amanheceu hoje com o interfone depredado. Às 20h53 de ontem, as câmeras do circuito interno registraram as imagens de um homem danificando o portão do estabelecimento. No vídeo, um indivíduo que aparenta usar um soco inglês, arma branca de ferro com orifícios para encaixar os dedos, desfere quatro golpes no interfone e sai do local caminhando.

Ela está coletando as imagens em uma mídia e irá registrar ocorrência do caso hoje à tarde junto à Polícia Civil pelo crime de dano.

"Bolsonarismo aqui virou uma seita." Em entrevista ao UOL Notícias, ela vê o episódio como uma retaliação às denúncias contra os ataques bolsonaristas após o segundo turno das eleições presidenciais, no dia 30 de outubro.

"As pessoas perderam a racionalidade, e as coisas aqui estão fugindo do controle. Estamos tomando as medidas cabíveis para que as agressões parem."

Ela atribui esses atos de violência ao que vê como uma "minoria extremista", que não aceita o resultado das urnas. "O bolsonarismo aqui virou uma seita. É um grupo minoritário, que está colocando em risco a própria convivência das pessoas em uma cidade pacata por causa de uma incitação ao ódio criminosa", diz.

Primeiro, eles [bolsonaristas] fazem listas para perseguir pessoas e comerciantes. Depois, organizam uma greve no comércio. Agora, começam a depredar o patrimônio. São recados para intimidar as pessoas? Os líderes desses movimentos precisam ser identificados e responsabilizados"Janaíra Ramos, advogada

Outros ataques denunciados em Casca. Um petista que comemorava a vitória de Lula nas urnas teve o carro depredado por bolsonaristas. De acordo com a denúncia, uma mulher parou em frente ao veículo, identificado com bandeiras do PT, e começou a chamá-lo de "bandido e ladrão." Em seguida, outros apoiadores de Bolsonaro atiraram garrafas na direção do veículo, que ficou danificado. O ataque só foi interrompido porque havia policiais militares nas imediações.

Em outro episódio, uma mulher sofreu ferimentos ao ter uma bandeira do PT arrancada da sua mão. Em seguida, relatou, os agressores atearam fogo no material. "Nenhum petista pôde comemorar a vitória de Lula em Casca", relatou a advogada Janaíra Ramos.

bolsonaro por_luscar nazista.jpg

05
Nov22

Instituto Brasil-Israel repudia Michelle Bolsonaro por 'tentativa de colonização do judaísmo e sionismo'

Talis Andrade

 

Michelle Bolsonaro e Instituto Brasil-Israel

 

 

"Não se engane. A bandeira na camiseta de Michelle Bolsonaro não é do Estado de Israel, mas da Israel imaginaria construída pelo bolsonarismo", afirmou o Instituto

 

 

247 - O Instituto Brasil-Israel classificou a atitude de Michelle Bolsonaro de votar com camisa em homenagem a Israel, neste domingo (30), como uma "tentativa de colonização do judaísmo e do sionismo" que "cria a falsa ideia de que judeus apoiam o candidato" Jair Bolsonaro (PL).

"Não se engane. A bandeira na camiseta de Michelle Bolsonaro não é do Estado de Israel, mas da Israel imaginaria construída pelo bolsonarismo", afirmou o Instituto em nota publicada nas redes sociais.
 
"O uso de símbolos judaicos e sionistas já virou uma marca do bolsonarismo. Mas isso não significa similaridade de valores, ainda mais quando questões antidemocráticas estão em jogo. Chega a ser surpreendente, uma vez que o país do Oriente Médio adota medidas progressistas no campo dos costumes, como acesso ao aborto, proteção de direitos a pessoas LGBTs e o controle rígido de armamentos. Muito diferente do que Bolsonaro defende por aqui", acrescentou a nota.
 
"Para além disso, esse uso cria a falsa ideia de que judeus apoiam o candidato. Somos contrários à tentativa de colonização do judaísmo e do sionismo por qualquer polo político. A estigmatização de um grupo é o ingrediente principal para o antissemitismo", concluiu o Instituto Brasil-Israel.
10
Ago22

"Não vote em racista": leia as reações aos ataques de Michelle Bolsonaro às religiões afro

Talis Andrade

religião tjeerd royaards.jpg

 

Brasil de Fato - Movimentos populares, organizações, entidades, políticos, artistas e influenciadores se posicionaram, na manhã desta quarta-feira (10), contra os ataques às religiões de matriz africana feitos pela primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Na segunda-feira (8), a primeira-dama compartilhou uma publicação que afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "entregou sua alma para vencer essa eleição". O texto é acompanhado por um vídeo que exibe encontros do petista com lideranças de religiões de matriz africana.

Entre as principais hashtags das postagens contrárias ao ataque de Michelle Bolsonaro estão: "intolerância religiosa é crime" e "não vote em racista", esta última em referência ao marido da primeira-dama, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição neste ano.

O uso do vídeos por bolsonaristas já foi alvo de uma representação feita pela Coalizão Negra por Direitos, que apontou a promoção de discurso de ódio. Em janeiro deste ano, uma dessas peças foi manipulada para sugerir que Lula declarava ter uma relação com o demônio.

Segundo a Coalizão à época, associações como essas são racistas, extrapolam o limite da liberdade de expressão e têm o objetivo de indignar e gerar ódio.

A Frente Inter-Religiosa Dom Paulo Evaristo Arns por Justiça e Paz publicou, na terça-feira (9), uma nota em que expressa preocupação com declarações os ataques de Michelle Bolsonaro.

"Em nome do respeito à fé, pedimos que a primeira-dama se retrate imediatamente, dentro dos princípios cristãos de amor ao próximo que afirma professar e aja em conformidade com as leis que regem nosso país, a fim de que seja verdadeiramente uma pátria para todos os brasileiros e brasileiras, indistintamente de opção religiosa ou política", diz o documento.

religião fome .jpg

 

tesoureiro
@tesoureiros
Intolerância religiosa contra religiões de matrizes africanas, além de racismo, é CRIME (Lei n.º 9.459 de 1997). NÃO VOTE EM RACISTA
Orlando Calheiros (Escutem o Cálice!)
@AnarcoFino
Muitos não entendem a gravidade da declaração da Michelle Bolsonaro, gente que não faz ideia do que é viver na mira de uma estrutura de poder montada para te destruir: pois é exatamente isso que essa teocracia difusa que nos domina representa para o povo de terreiro.
Fernando de Barros e Silva
@fernandobarros
Michelle Bolsonaro agora insufla a perseguição às religiões de matriz africana. O país nunca teve uma primeira-dama tão obscurantista. Seu fanatismo é sem limites. Nela, a tara religiosa está a serviço do pior. Ninguém se casa com Jair impunemente.

exorcismo religião dizimo pastor .jpg

 
Alma Preta
@Alma_Preta
Nesta terça-feira (09), Michelle Bolsonaro compartilhou um vídeo que associa as religiões de matriz africana às trevas e ataca o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Sacolinha dízimo religiao.jpg

Jandira Feghali 
@jandira_feghali
Bom dia! Abrindo os trabalhos aqui com 3 lembranças importantes. RACISMO É CRIME INTOLERÂNCIA RELIGIOSA É CRIME NÃO EXISTE CARTILHA ENSINANDO CRIANÇAS A USAR CRACKImage
 
Damares da cartilha gay com Bolsonaro, a cabeça cheia de pensamentos pornôs, inventou a cartilha do clack para crianças nas escolas:

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Na campanha do golpe eleitoral de 2018 com os slogans "fuzilar a petralhada", "lula apodrecer na cadeia:

ódio 8.jpg

ditadura livro_jbosco.jpg

 
Essa gente é tão sebosa que, no impeachment, no golpe contra a presidenta do Brasil, o grito de guerra era "Dilma vai tomar no c." Eis cenas da supremacia branca nas ruas:

puteiro pornografia nu protesto ódio direita.jpg

 
Fernando Haddad
@Haddad_Fernando
Sou cristão, mas jamais serei intolerante com outras religiões. Acredito que todo mundo precisa ser respeitado. Aprendi em casa a pregar a tolerância, com meu pai, que veio do Líbano para o Brasil por causa da intolerância religiosa contra os cristãos no Oriente Médio.
Pedro Curi Hallal
@PedroHallal
TIC TAC Faltam 144 dias para o fim do pior governo que o Brasil já teve. Até lá, todos os dias, postarei uma frase para lembrar desse fracasso. Família que faz apologia a tortura e estupro não respeita a religião dos outros. INTOLERÂNCIA RELIGIOSA É CRIME
MTST
@mtst
INTOLERÂNCIA RELIGIOSA É CRIME e Michele sabe disso. Força uma demonização das religiões de matriz afro só para fidelizar o voto evangélico. Para respeitar toda a forma de fé NÃO VOTE EM RACISTA.

racismo puc.jpg

 
Cláudio Couto #ForadaPolíticaNãoháSalvação
@claudio_couto
Defender Estado laico não é intolerância religiosa. Associar religião alheia ao maligno é intolerância religiosa. Dizer que o país é de uma religião específica é intolerância religiosa. Usar a própria fé religiosa como justificativa para obter voto é farisaísmo.

Monteiro-Lobato-e-o-Racismo1.png

 
Judeus pela Democracia - Oficial
@jpdoficial1
O que feliciano faz é crime de intolerância religiosa. Maligna é a ideologia do "pastor", que distorce a crença dos outros para propagar o ódio. É inaceitável que uma pessoa assim siga sendo eleita e influenciando tantas pessoas a atentarem contra a liberdade de crença
.Imagem
 Feliciano mentiroso transcreveu uma fake news, uma informação falsa, uma foto montagem. Lula foi homenageado pelo Movimento Social Negro da Bahia. Lula recebeu um banho de pipoca na Assembléia Legislativa da Bahia. Lula com a honraria de ser um presidente eleito duas vezes, e amado pelo povo, vai a todas igrejas existentes no Brasil
 
 Image
Lula nunca negou sua crença religiosa. Bolsonaro diz que é católico, casou numa igreja evangélica com o pastor Malafaia, e gastou uma nota para ser batizado no Rio Jordão, em Israel, pelo pastor Everaldo.
Michelle e Jair Bolsonaro relembram quando se conheceram: 'Queríamos  dividir uma vida' - Famosos - Extra Online
Preso pela PF, Pastor Everaldo batizou Bolsonaro no Rio Jordão

O vídeo sem montagem, sem cortes, de Lula recebendo banho de pipoca. Michelle disse que Lula participava de um ritual de Ubanda, insinuando que era uma cena de terreiro. Acontece que Lula teve a grata surpresa na Assembleia Legislativa da Bahia, na Casa do Povo. 

Leonel Radde
@LeonelRadde
Michelle Bolsonaro praticou o crime de Intolerância Religiosa ao chamar as religiões de matriz africana de "trevas". Art. 20 da Lei Antirracismo: Art. 20 - Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

jota_camelo_ ódio coxinha bolso.png

ódio pt.jpg

 
Orlando Silva
@orlandosilva
Graças a Deus, cada vez mais eu tô ouvindo amigos evangélicos de verdade indignados com a baixaria e a canalhice da Micheque atacando as religiões africanas naquele vídeo. Como diz o Don L, "Jesus não estaria do lado deles" Não vote em racista . Intolerância religiosa é crime
27
Mai22

Policiais rodoviários repetiram método nazista para matar Genivaldo

Talis Andrade

www.brasil247.com -

 

A mesma prática - a de matar pessoas por asfixia com gases venenosos no interior de veículos -, foi usada pelos nazistas desde 1939

 

por Denise Assis

As cenas que chocaram o país, exibindo ao vivo a morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, após abordagem de policiais rodoviários federais, no município de Umbaúba, no sul de Sergipe, são o máximo da brutalidade, mas não são novidade. A mesma prática - a de matar pessoas por asfixia com gases venenosos no interior de veículos -, foi usada pelos nazistas desde 1939, para eliminar judeus nas cidades pequenas do interior da Alemanha, de acordo com o portal Enciclopédia do Holocausto.

 São cenas que não se descolam da retina. São cenas de mais um homem negro morrendo ao vivo. De barriga para cima, batendo os pés, enquanto um spray é acionado em sua direção, pelos dois policiais - sem desrespeito a ele ou à família, foi apenas uma imagem que me veio à mente -, o transformaram em uma espécie de “inseto”. Os policiais o trancaram em seguida na caçapa do camburão, inalando a nuvem tóxica, exatamente como fazemos ao dispensarmos uma barata, trancada na lata do lixo, ainda nos estertores da morte.  

A dupla “da lei” não se intimidou com a presença do sobrinho - mesmo alertada de que ele era portador de transtornos mentais - ou de dezenas de testemunhas e de celulares vigilantes. Continuaram a execução, compenetrados na “função” de matar. Vida negra, ordinária, improdutiva.

“Eu estava próximo e vi tudo. Informei aos agentes que o meu tio tinha transtorno mental. Eles pediram para que ele levantasse as mãos e encontraram no bolso dele cartelas de medicamentos. Meu tio ficou nervoso e perguntou o que tinha feito. Eu pedi que ele se acalmasse e que me ouvisse”, contou.

Como em todas as vezes, em todos os casos, os superiores dos dois policiais - ou podemos já chamá-los de assassinos? – vêm a público anunciar ao “distinto público” que ambos estão afastados das ruas. Genivaldo está afastado para sempre do convívio da família. E, sabemos todos, a “ação” criminosa não vai dar em nada. Em tempos de “revival” do nazismo, agentes policiais estão à serviço do poder central, no trabalho de eliminação dos que incomodam, dos que “sobram”, dos que estão nas bordas do Estado.

O sobrinho de Genivaldo, Wallyson de Jesus, contou que o tio foi abordado por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), enquanto pilotava uma motocicleta, e reagiu. Chegou a ser levado a um hospital, mas já chegou sem vida. Morreu na “câmara de gás” improvisada no interior do camburão, exatamente como faziam as diligências nazistas.

Quantas vezes vocês já leram e vão ler o desfecho da notícia dessas mortes, com os seguintes termos: “a Polícia Federal investiga o caso”? Mais protocolar impossível. Porém, uma perda de um familiar não cabe em protocolos. Ainda mais num contexto de tamanha violência. Seus crimes: “desobediência e resistência à prisão”. Para quem cometeu durante anos o crime de “rachadinha”, tudo! Para Genivaldo uma nuvem de spray tóxico. A pena de morte imediata.

Foi no ano de 1939, quando já se preparavam para as operações de assassinato em massa, que os nazistas iniciaram experimentos com gases venenosos em doentes mentais (“euthanasia”). Tratava-se de um eufemismo usado por eles, os nazistas, para o morticínio. A eliminação sistemática daqueles alemães que os nazistas consideravam "indignos de viver", por portarem alguma deficiência física ou mental.  

A “limpeza étnica” começou com seis instalações, início do projeto de mortandade por gás, criadas como parte do Programa de Eutanásia: Bernburg, Brandenburg, Grafeneck, Hadamar, Hartheim e Sonnenstein. Estes campos de extermínio utilizavam o monóxido de carbono em sua forma pura, produzido quimicamente.

Com a invasão da Alemanha à União Soviética, em junho de 1941, e das atividades de fuzilamento em massa de civis, levadas a cabo pelas unidades móveis de extermínio (Einsatzgruppe), os nazistas começaram os experimentos com asfixia por gás nas chamadas “vans de gás”. Estes veículos eram caminhões hermeticamente fechados com o cano de escapamento voltado para o compartimento interior. Um método econômico.

O uso do gás foi iniciado após os membros dos Einsatzgruppen reclamarem da fadiga que sentiam ao atirar em enormes grupos de mulheres e crianças. Some-se a isto o fato de que o gás era um método mais econômico. Naquele mesmo ano, os nazistas criaram o campo de Chelmno, na Polônia, e lá judeus e ciganos da sub-etnia Roma, que viviam na área de Lodz, naquele país, foram mortos em “vans de gás”.

Os Einsatzgruppen (unidades móveis de extermínio) assassinaram centenas de milhares de pessoas nas operações de asfixia por gás, a maioria deles judeus, ciganos Roma, e deficientes mentais. Em 1941, a liderança das SS chegou à conclusão de que deportar os judeus para os campos de extermínio (para serem envenenados por gás) era o método mais eficaz para alcançar rapidamente a "Solução Final".

Auschwitz: libertação do campo de concentração nazista completa 77 anos

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26
Mai22

Violência da PRF: moradores pedem justiça por tortura e morte de negro em Umbaúba Sergipe

Talis Andrade

cedida ao F5News

Cedida ao F5NewsAção da PRF: moradores pedem justiça por morte de homem em Umbaúba

umbauba protesto sergipe.jpg

 

Moradores do município de Umbaúba realizaram uma manifestação na manhã desta quinta-feira (16) no local onde Genivaldo de Jesus Santos foi abordado, imobilizado, espancado e colocado no porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF), para morrer sufocado por bombas de gás lacrimogênio jogadas pelos três policias brancos torturadores. 

A tortura e morte de Genivaldo, um homem negro, 38 anos, que sofria de esquizofrenia,  causou uma onda de revolta em Umbaúba, no litoral sul de Sergipe, onde residia e trabalhava. Genivaldo era casado e deixa um filho.

"O bicho pegou viu, tocaram fogo na pista, fecharam a pista, fizeram protesto aqui, fecharam tudo. Ninguém passa, ninguém vem. A pista tá toda fechada, os policiais com medo de encostar. Umbaúba parou", relatou um homem não identificado em áudio nas redes sociais.

Os protestos incluíram queima de pneus e bloqueio da BR 101.

Segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML), as causas da morte de Genivaldo foram asfixia mecânica e insuficiência respiratória.

Em nota, a PRF disse que Santos teria “resistido ativamente à abordagem”, e cínica e mentirosamente afirma que os agentes utilizaram técnicas de “menor potencial ofensivo”. 

O caso ganhou repercussão nacional e internacional. O Instituto Marielle Franco cobrou ação imediata do governo de Sergipe para a responsabilização dos policiais envolvidos: “Um homem negro jogado em um porta-malas e asfixiado até a morte. O ano é 2022 e o Estado é responsável por torturar e assassinar mais um corpo negro”.

A seccional Sergipe da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SE) cobrou “celeridade” nas investigações. O grupo “Judeus pela Democracia” disse que os policiais transformaram a viatura em uma “câmara de gás” e que “as forças de segurança se tornaram agentes de morte, promotores do genocídio pobre e negro, quando deveriam existir para proteger a população”.

No protesto, moradores de Umbaúba denunciaram a ação de “bandidos de farda” e da “federal covarde”, e pediram justiça.

Estamos vivendo na barbárie! Num dia, vemos o presidente comemorar a morte de 25 pessoas, numa chacina executada pela polícia no RJ. No outro, um homem negro é imobilizado, amarrado e trancado dentro uma viatura, onde foi lançado gás de pimenta, por agentes da PRF, em Sergipe. O carro foi transformado em uma câmara de gás! Até quando veremos quem deveria proteger agir com tamanha crueldade? Os responsáveis precisam responder por esse crime. Justiça por Genivaldo! #JusticaPorGenivaldo

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