Discursos sobre a Tortura de Mulheres Grávidas durante a Ditadura Militar
O uso da violência sexual como método de repressão e tortura
Em diversas fontes, tais como a história, a literatura e as artes, a ditadura foi denunciada por atentar contra os direitos humanos, através de práticas de violência em desacordo com a dignidade humana.
Muitos foram os instrumentos de tortura, como o choque elétrico, o ‘pau de arara’ e o afogamento.
JOSÉ VERANILDO LOPES DA COSTA JÚNIOR, em "Discursos sobre a Tortura de Mulheres Grávidas durante a Ditadura Militar", além de discorrer sobre as práticas de tortura direcionadas aos sujeitos que se opuseram ao regime militar, analisa os depoimentos de três mulheres grávidas: Maria Barros dos Santos, Márcia Bassetto Paes e Helena Pignatari, disponíveis para acesso público no relatório da Comissão Nacional da Verdade (2014), sob a ótica da representação discursiva, de Adam (2011), vinculada à Análise Textual do Discurso.
As análises apontam para a construção de narrativas que, ao falar de si, relatam uma série de violências cometidas pelos militares, causando traumas e provocando o aborto dessas mulheres.
Uma das características da ditadura militar brasileira, período que vai de 1964 a 1985, foi o uso da violência sexual como método de repressão e tortura. Quem nos conta esse aspecto peculiar dos anos de chumbo é Glenda Mezarobba, mestre e doutora em ciência política.