DO OUTRO LADO DO MUNDO, O TELEX GRITAVA...
por Gilvandro Filho
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Outra história maravilhosa de Marco-Aurélio de Alcântara, essa eu e Zé Nivaldo (outro sobrevivente da Alcântara Promoções e Publicidade) já rememoramos, às gargalhadas.
MAA, nos tempos áureos, ia duas vezes por ano à Europa. Mas nem assim ele deixava de fazer as rotineiras reuniões envolvendo todos os setores da empresa.
A situação era peculiar: todos sentados na sala do chefe, em volta da máquina de telex (como essa da foto). E ele, do outro lado do Atlântico, a despachar com cada um. E o telex cuspindo, barulhento, aquelas fitas picotadas...
Em uma dessas reuniões, tinha havido um problema financeiro qualquer na agência. E todos foram ouvidos (ou lidos) pelo chefe que, do outro lado, espumava com o que lia. Até que chegou a vez do Sr. Freitas (não lembro o nome dele), que era o chefe do Financeiro. O telex só faltava roncar de tão frenético, com MAA dando um esporro atrás do outro. Até que ele não se conteve e perguntou: "Sr. Freitas, o senhor ainda está aí?". Freitas assumiu o teclado da máquina e respondeu: "Estou, sim, Dr. Marco (era como ele era tratado na Alcântara)". E veio o melhor da história, no retorno do chefe, através da fita nervosa do telex:
"Sr. Freitas! SAIBA QUE EU ESTOU GRITANDO!!!"
Estava dado o esporro mais surreal que já vi na minha vida.
Beneficiados pela ausência física de Dr. Marco, ninguém se conteve e todos caíram na gargalhada. O que ele nunca soube, claro!