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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

20
Jul21

Paulo Guedes foi um dos responsáveis pelo atraso na compra de vacinas

Talis Andrade

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247 - O negacionismo e a mentalidade de arrocho fiscal foram determinantes para o governo Bolsonaro atrasar a compra de vacinas. Um dos principais responsáveis por isso, além do próprio Jair Bolsonaro, foi seu ministro da Economia, Paulo Guedes.

O Palácio do Planalto e o Ministério da Economia se alinharam contra as exigências da Pfizer e atrasaram a aquisição do imunizante da empresa, destaca a Folha de S.Paulo em reportagem. 

A CPI da Covid no Senado quer saber por que um dispositivo que facilitava a aquisição de vacinas da Pfizer e da Janssen foi eliminado da MP publicada em janeiro. Uma das minutas autorizava a União a assumir riscos e custos de eventuais efeitos adversos dos imunizantes, exigência das farmacêuticas. Em resposta à comissão, a pasta de Guedes disse que só foi chamada a se manifestar na sanção, em março. Porém, documentos mostram a participação do Ministério da Economia em debates de minutas em dezembro, diz a reportagem.

A decisão do governo de cortar o artigo retardou o negócio. O contrato com a Pfizer só foi assinado em 19 de março graças a uma lei de iniciativa do Congresso. Leia a íntegra da reportagem

 

18
Mar21

O ministro que veio que nada mude

Talis Andrade

Três dias depois de indicado e em meio à maior crise sanitária da história, Queiroga não tem data para assumir; e não quer mudar nem “política” que produz a tragédia, nem a equipe militarizada que herdará.. E mais: a geopolítica de Lula por vacinas

18
Jul20

A gestão militarizada do Ministério da Saúde não trouxe nenhum ganho em eficiência

Talis Andrade

 

Sete ex-ministros da Saúde divulgaram carta aberta nesta sexta-feira (17) em que criticam a política de enfrentamento de Jair Bolsonaro no combate à pandemia do novo coronavírus.

"O Presidente da República entregou o Ministério da Saúde (MS) a um interino militar que nomeou dezenas de outros militares para cargos estratégicos no MS", escreveram Alexandre Padilha, Arthur Chioro, Barjas Negri, Humberto Costa, José Gomes Temporão, José Saraiva Felipe e Luiz Henrique .

Na carta condenam a militarização, e pedem que o "Ministério seja devolvido à saúde pública": 

A doença avança pelo país deixando um rastro de dor e sofrimento

O Brasil sucumbe de modo trágico à pandemia do coronavírus e o luto cobre a nação brasileira. Ao ultrapassar as 75 mil mortes causadas pela COVID 19, número inferior apenas ao dos EUA, a doença avança pelo país deixando um rastro de dor e sofrimento. Mas poderia ter sido diferente se o governo federal tivesse guiado suas ações ouvindo a ciência, mobilizando a sociedade, construindo estratégias com estados e municípios e assumindo sua responsabilidade de liderar e coordenar o esforço nacional de enfrentamento da pandemia.

O Presidente da República, após demitir dois ministros por discordarem de sua condução negacionista e irresponsável, entregou o Ministério da Saúde (MS) a um interino militar que nomeou dezenas de outros militares para cargos estratégicos no MS, em atitude ofensiva à saúde pública brasileira, que conta com técnicos e gestores experientes, dedicados e capacitados.

O MS tornou-se uma instituição desacreditada e vista com reservas pela opinião pública, seja ao distorcer estatísticas oficiais, seja por aprovar protocolo que não se baseia em evidências científicas para o manejo da doença.

inistériologística e sequer tem sido capaz de adquirir os testes necessários ou de executar os recursos orçamentários disponibilizados, já que apenas 30% foram gastos até agora. O fato é que o governo federal abriu mão de seu papel constitucional de coordenação e condução do esforço nacional de combate à COVID 19 com evidentes prejuízos à capacidade do país em reduzir os impactos da doença.

O SUS tem sido fundamental para evitar uma situação de barbárie e caos social. Como explicar a resiliência do SUS apesar do desfinanciamento e seus problemas estruturais?

Na prática, a partir da decisão do STF sobre a autonomia dos entes da federação no enfrentamento da epidemia, estruturou-se no país uma “autoridade sanitária alternativa” embora não formalizada enquanto tal, composta por governadores, prefeitos, sanitaristas e outros especialistas, entidades das áreas da saúde pública, da ciência, da medicina, partidos políticos, Congresso Nacional, Poder Judiciário e grande mídia; que vem se dedicando com grandes limitações ao enfrentamento da situação sanitária.

Não se trata apenas, de uma atuação equivocada ou incompetente do presidente e do governo federal. As decisões tomadas nos campos sanitário, econômico e social expressam uma lógica perversa que rege todo o governo e que subjuga as necessidades da população ao princípio da austeridade fiscal, indiferente aos danos que isso possa causar na vida das pessoas.

Que o governo federal assuma suas responsabilidades intransferíveis! Que o Ministério da Saúde seja devolvido à saúde pública! Que se ponha fim à omissão no enfrentamento da pandemia! Que possamos finalmente unir esforços e enfrentar de forma obstinada a pandemia de COVID-19 e seus graves efeitos sociais e econômicos, sobre a nação.

Alexandre Padilha

Arthur Chioro

Barjas Negri

Humberto Costa

José Gomes Temporão

José Saraiva Felipe

Luiz Henrique Mandetta

06
Mai20

Brasil enfrenta pandemia sem governo, alertam Lula e ex-ministros da Saúde

Talis Andrade

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“O papel de um governo não é fazer encrenca, é tentar fazer com que administração funcione como uma orquestra”, advertiu o ex-presidente Lula em live na terça-feira (5), com participação dos ex-ministros da Saúde Humberto Costa, José Gomes Temporão, Arthur Chioro e Alexandre Padilha. “Estamos desgovernados na pandemia, na economia e na governança mundial”, definiu Lula.

O ex-presidente Lula e os ex-ministros da Saúde defenderam a formação de um grande pacto nacional em defesa da vida, mobilizando toda a sociedade em torno de políticas econômicas, sociais e sanitárias. Todos defenderam o isolamento, com apoio social e econômico aos trabalhadores e aos mais pobres. “É preciso transmitir para a sociedade um sentimento de seriedade e de esperança”, disse Lula.

“Pela primeira vez na história da República, o Brasil está enfrentando uma epidemia, que ameaça à segurança da Nação e dos seus cidadãos, sem a participação e a presença do governo federal”, denuncia Temporão. Para o ex-ministro entre 2007 e 2010, além de não ajudar, como já identificaram as pesquisas, Bolsonaro atrapalha a luta contra a pandemia. “Quando o governo federal aparece é para piorar a situação, através da postura irresponsável e criminosa do presidente da República”.

País enfrenta dois inimigos

Para Humberto, o país enfrenta dois inimigos no combate à pandemia. “O primeiro é o próprio vírus que já demostrou sua capacidade de infectar as pessoas. O segundo inimigo, lamentavelmente, é o presidente da República”, destacou. “Ele sabota, desacredita e desobedece todas as recomendações feitas por autoridades internacionais e nacionais da área da saúde”, disse. Para o ex-ministro, a situação não é mais grave devido à mobilização de governadores e prefeitos.

“Diferentemente de outros chefes de Estado, o presidente tem sido um obstáculo para o enfrentamento a essa pandemia”, reafirmou Humberto Costa, o primeiro ministro da Saúde do governo Lula, entre 2003 e 2005. Para o atual senador pelo PT de Pernambuco, Bolsonaro “procura minimizar a gravidade do momento em que estamos vivendo”, denuncia o senador. Humberto destacou o papel das bancadas do PT no Senado e na Câmara na defesa de medidas para apoiar a população no combate à pandemia.

Defendendo o afastamento de Bolsonaro, o ex-ministro Arthur Chioro alertou que o país está sendo alvo de uma política de desmonte do Estado, na saúde pública e na economia. Sem políticas sociais e econômicas, as pessoas tem dificuldades de cumprir com as medidas de isolamento. Em consequência, “a periferização do Covid-19 está matando nas periferias”, denuncia Chioro, ministro da Saúde em 2014 e 2015.

Subordinação à ordem econômica

Na mesma direção, ex-ministro entre 2007 e 2010, Temporão afirma que o país vive um descolamento total entre a política econômica e a politica de saúde. “Nós tínhamos que ter nesse momento uma política econômica a serviço da saúde para dar sustentabilidade ao processo de isolamento social, à manutenção da vida das pessoas. Há uma subordinação à ordem econômica”.

Ex-ministro entre 2011 e 2014, Padilha defendeu a necessidade de uma articulação mundial para enfrentar a pandemia. Infelizmente, lamenta, “temos um presidente que a ONU classifica como genocida”.

Os ex-ministros acusaram Bolsonaro junto a ONU de violar o direito humano à saúde e à vida e de potencial genocídio por não cumprir as recomendações de autoridades sanitárias e da Organização Mundial da Saúde para a pandemia de Covid-19.

Hoje deputado federal, Alexandre Padilha (PT-SP) defendeu a proteção aos trabalhadores e trabalhadoras da saúde e serviços essenciais que correm o risco da contaminação para atender às necessidades da população. Junto a Lula, Padilha convocou a solidariedade com os profissionais da saúde, afastados ou mesmo mortos pela infecção.

Só o Estado garante direitos

Para Lula e os ex-ministros, a superação da crise impõe a afirmação do papel estratégico do Estado na saúde e na economia, com o reconhecimento e a valorização do SUS, investimentos em educação, ciência e na produção. “Será que a gente vai passar mais um século vendo o mercado dizer como vai viver a sociedade”, questionou Lula. “Somente o Estado pode garantir os direitos de todos, independente do berço em que nasceram”.

Para os ex-ministros dos governos Lula e Dilma, diante da nova realidade mundial, o país precisa de investimentos, reconversão de indústrias e novas plantas industriais para produzir respiradores, máscaras, álcool em gel e medicamentos.

Os ex-ministros também ressaltaram a necessidade de debater o tema da propriedade das patentes da nova vacina, em pesquisa por mais de cem empresas, laboratório e governos do mundo. “A vacina tem que ser disponibilizada para todos os seres humanos”, sentenciou Lula.

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