DELAÇÃO QUE LEVOU TEMER À PRISÃO FOI REJEITADA PELA LAVA JATO EM CURITIBA EM 2016
A delação premiada que baseou a prisão de Michel Temer, feita por executivos da Engevix, foi feita em 2016 e, na época, recusada pela força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. Agora, a mesma Lava Jato, porém do Rio de Janeiro, usou as informações para prender o ex-presidente.
Como lembrou a Folha de S.Paulo, as informações de que Temer recebeu R$ 1,1 milhão de propina da Engevix, usadas para efetuar sua prisão, faziam parte de uma tentativa de acordo de delação de Joaquim Antunes, um dos sócios da empreiteira, que contou nessa proposta que teve de pagar o suborno de R$ 1,1 milhão para ficar com o contrato que a Argeplan havia ganho para fazer parte das obras da usina nuclear Angra 3.
A Argeplan é uma empresa que pertence a um amigo de longa data de Temer, o coronel reformado João Baptista Lima Filho, também preso nesta quinta. O coronel Lima é também apontado como operador das propinas do ex-presidente.
Com a recusa da Lava Jato de Curitiba, a Lava Jato de Sérgio Moro quando juiz, de Deltan Dallagnol do fundão da Petrobras, o acordo de delação foi fechado em 2018 com a Polícia Federal e homologado pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal.
A fundão provado da Lava Jato desviou mais de 2,5 bilhões da Petrobras. Raquel Dodge pediu ao Supremo que anulasse o acordo. A chefe do Ministério Público Federal entendeu que os procuradores da Lava Jato violaram a Constituição. Dodge evocou, no pedido, a separação de poderes, a preservação das funções essenciais à Justiça, a independência do MP e os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade. A partir de uma notícia do 247