Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

O CORRESPONDENTE

01
Set23

Delgatti leva a novas frentes de investigação; Moro e a incultura penal

Talis Andrade

 

Sessão da CPMI vira síntese dos últimos cinco anos do pior Brasil.

por Reinaldo Azevedo

 

Walter Delgatti Neto fez acusações de extrema gravidade no depoimento prestado à CPMI do 8 de Janeiro, pela qual a extrema direita lutou bravamente. É um daqueles casos em que o tiro sai pelo clichê, e os valentes sentiram a pólvora estourar na cara. A metáfora é antiga, também ela passadista, e, por isso mesmo, adequada à bufonaria desses primitivos morais.

O mesmo se dá na CPI do MST, ainda que ali haja mais espaço para momices reacionárias. De todo modo, assistir a João Pedro Stedile a expor prolegômenos da ciência estatística a parlamentares dedicados apenas a demonizar movimentos sociais não tem preço. Não vendo como contestar sua matemática, babaram na sua causa. A propósito: quando o líder sem terra afirmou que os acampamentos vedam bebida alcoólica, alguns monumentos morais não sabiam se aplaudiam ou faziam uma de suas grotescas catilinárias em favor "de nossa liberdade e contra o comunismo". Foi divertido. Mas volto ao ponto.

Assim como uma delação não pode ser considerada prova —a exemplo do que fazia um dos presentes ao depoimento desta quinta, já chego lá—, as acusações e afirmações de uma testemunha ou de um investigado numa CPMI não devem ser tomadas, por princípio, como verdadeiras. É preciso investigar. A comissão pode fazê-lo por meio de convocações. E há o trabalho que cabe à Polícia Federal, no âmbito de inquéritos que já estão abertos ou outros por abrir. Há ainda as apurações de caráter administrativo. Um exemplo: o "hacker" afirmou que esteve cinco vezes no Ministério da Defesa. Independentemente das escolhas da comissão de inquérito e da PF, o ministro José Múcio tem de tomar providências para saber se há rastros desses encontros —por ora, apenas supostos.

O depoente desta quinta, em suma, força a abertura de novas veredas investigatórias, e todas conduzem, como restou óbvio, a Jair Bolsonaro. Que o então presidente o recebeu, levado pela ainda deputada Carla Zambelli (PL-SP), e que ambos falaram sobre eleições, bem, não há controvérsia a respeito. A propósito: chegou a hora de convocar Valdemar Costa Neto, presidente do PL, outro que também conversou com aquele que o "Mito" julgava capaz de operacionalizar alguns de seus delírios. Tudo é, sim, impressionante, "estupefaciente" mesmo, para empregar palavra da minha predileção. É boa porque remete, a um só tempo, a espanto e entorpecimento. Houve um tempo em que o Brasil estava doidão.

E a memória de um país insano remanesceu na CPMI. Sergio Moro (União Brasil-PR) houve por bem engrossar, indagando quantas pessoas já tinham sido vítimas do estelionato praticado pelo interlocutor. Certamente não contava com este trecho da resposta: "Eu li as conversas de Vossa Excelência, li a parte privada, e posso dizer que o senhor é um criminoso contumaz; cometeu diversas irregularidades e crimes".

O "senador-por-enquanto" se zangou: "Eu pediria aqui que fosse advertido o depoente que não pode chamar um senador de criminoso; cometeu crime de calúnia". Rápido no gatilho, o outro apelou a um vocábulo-meme que acompanha o ex-juiz: "Peço escusas, então". Moro o chamou de bandido e aproveitou para atacar adivinhem quem... "O senhor é tão inocente como o presidente Lula".

Por que dar destaque a essa passagem? Ali estava o puro sumo do Brasil nos cinco anos recentes. O "hacker" contribuiu para desmontar a farsa da Lava Jato, principal cabo eleitoral de Bolsonaro. Este, por sua vez, resolveu apelar aos serviços daquele para tentar impedir a vitória de Lula, que havia sido condenado sem provas por Moro, que se tornou ministro da Justiça do mercador de joias, que só foi eleito em 2018 porque um juiz incompetente e suspeito tirou da corrida o único que poderia vencê-lo, levando como galardão o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Mas falta a cereja nesse bolo. Delgatti havia cometido (retirou o que disse) crime de "injúria", não de "calúnia". Moro desconhece os tipos penais até quando ele próprio é o alvo. E pensar que, durante um bom tempo, mandou e desmandou na Justiça e em parte da imprensa. A direita histérica, aquela de que trato lá no começo, emergiu do pântano. Mas vai voltar a seu lugar.

Entenda a operação da PF contra Zambelli e hacker da 'Vaza Jato'

17
Jul23

Sorveteiro brasileiro que usa frutas de assentamentos do MST é destaque em Paris

Talis Andrade

 

O copinho no qual os sorvetes da Gelado do Campo, de Francisco Sant'Ana, são servidos é comestível, feito de mandioca, e biodegradável. Uma tecnologia 100% brasileira
O copinho no qual os sorvetes da Gelado do Campo, de Francisco Sant'Ana, são servidos é comestível, feito de mandioca, e biodegradável. Uma tecnologia 100% brasileira © Paloma Varón / RFI

 

A terceira edição do Salão da Pâtisserie francesa, que acontece de 17 a 19 de junho em Paris, acolhe em 6.000 m² os melhores confeiteiros da França e apenas um estrangeiro: o chef glacier - também conhecido como sorveteiro - brasileiro Francisco Sant'Ana. Em parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), Sant'Ana traz à terra da gastronomia o que há de melhor no Brasil, com frutas e matérias-primas orgânicas produzidas nos assentamentos do MST. 

O chef glacier brasileiro Francisco Sant’Ana (esq.) e o diretor do Salão da Pâtisserie francesa Zakari Benkhadra na entrada do salão, em Paris
O chef glacier brasileiro Francisco Sant’Ana (esq.) e o diretor do Salão da Pâtisserie francesa Zakari Benkhadra na entrada do salão, em Paris © Paloma Varón / RFI

 

Paloma Varón, da RFI, em Paris

Para Zakari Benkhadra, fundador e diretor do Salão, convidar Francisco para um evento essencialmente francês foi natural, devido à excelência do brasileiro: "Eu conheço o Francisco há dez anos. Nos encontramos quando eu era diretor-geral da Escola Nacional Superior de Pâtisserie e ele veio estudar nesta escola, onde ficou três anos. Ele adorou, virou parte da nossa família, encontrou os melhores chefs da França na nossa escola e estabeleceu uma ótima relação com eles. Então ele rodou todo o país para aprender as técnicas e o savoir faire de cada região, de cada chef".

"Depois, ele voltou ao Brasil para fundar a sua própria escola de chef glacier, a Escola do Sorvete. Eu tive a honra e o privilégio de visitar sua escola duas vezes e a achei formidável. Eu fiquei muito orgulhoso de Francisco ter realizado isso em São Paulo. Ele sempre teve uma preocupação com o natural, o orgânico, o sustentável, o local, então esta parceria com o MST vem ao encontro de seu ideal", continua o diretor do evento, sobre seu ex-pupilo.

 

Amor pelo sorvete e pelos produtos naturais 

Para Francisco, "é uma honra ser convidado ao salão em Paris e poder contar um pouco de sua história com produtos nacionais". A Escola de Sorvete, que forma de 500 a 600 alunos por ano, "demonstra o meu amor pelo sorvete e pelos produtos naturais". 

Ele conta que a parceria com o MST surgiu quando já tinha fundado a Escola do Sorvete e era cliente do movimento. "Eu já comprava os produtos deles há um bom tempo e o [João Pedro] Stédile ficou encantado com a Escola do Sorvete. Então pensamos juntos: por que não fazer uma sorveteria popular, uma sorveteria que venha da agricultura familiar, que tenha produtos orgânicos, que seja única no mundo? Porque não existe uma sorveteria com ideologia, a nossa vai ser a única no mundo, tratando sempre o homem do campo com o respeito que ele merece". 

Para Benkhadra , "Francisco é alguém que vai à fonte para buscar o melhor. E eu acho que o fato de ele destacar os bons produtos do Brasil para um público apaixonado pela confeitaria é extraordinário", completa, sem esconder o orgulho. 

 

Do campo para o freezer

Francisco, que antes de ser sorveteiro estudou Geografia na USP, já trabalhou com sua arte de fazer sorvetes em países como Espanha, França, Rússia, Itália, El Salvador e Azerbaijão, conta a sua rotina atualmente no Brasil. 

"Eu dou aulas presenciais por seis meses por ano e nos outros seis meses dou aulas on-line e passo os dias nos diferentes assentamentos do MST, nos laticínios, nas zonas de produção de fruta, tudo para criar um produto único no mundo. A Gelado do Campo vai ser a primeira loja de sorvete de um movimento popular no mundo: do campo ao freezer", diz, confiante. 

Francisco, que voltou da França para o Brasil há oito anos, diz que tem planos de expandir este projeto em parceria com o MST para a capital francesa. 

"Eu vim para o salão cheio de polpa de cupuaçu, cajá, manga, etc. e já pensando na possibilidade de a médio, longo prazo abrir uma loja em Paris também. Eu acho que seria incrível Paris receber uma loja com produtos da agricultura familiar brasileira, com os nossos chocolates, as polpas exóticas, juntando com o leite daqui", completa o chef, que estudou a arte do sorvete na França e também na Itália. 

 

Diferentes biomas brasileiros representados

Francisco aposta nos seus produtos com valor agregado para deixar os parisienses, habituados ao melhor no universo dos doces refinados, com água na boca. "Os franceses gostam muito da manga e do maracujá do Brasil, mas eu trouxe nesta bagagem uvaia, cupuaçu, jabuticaba... Por exemplo, jabuticaba não existe aqui. Para explicar, eu mostro uma foto, e as pessoas se surpreendem... jabuticaba é uma coisa tão nossa! E temos produtos dos diferentes biomas brasileiros, nos quais o MST atua". 

Além disso, Sant'Ana utiliza um copinho biodegradável feito de mandioca. "Já fui mandioca" é o nome  do copinho, que é comestível e, segundo ele, se decompõe em três dias se exposto ao ambiente. "É uma tecnologia 100% brasileira", celebra. 

27
Abr23

Latifundiário Dallagnol ataca João Pedro Stédile do Movimento dos Sem Terra

Talis Andrade

terraplanista pequeno principe.jpeg

 
 
 
Família Dallagnol: de latifúndios a indenizações milionárias do Incra. As patifarias começam com o avô e pai do ex-procurador da quadrilha Lava Jato e têm histórico de participação em conflitos de terra, desmatamento e loteamentos ilegais. 400 mil hectares de terra apenas em um município da Amazônia
 
 
 
 

O deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), o Pequeno Príncipe das Terras sem Fim, resolveu atacar nesta quarta-feira (26) o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, e anunciou que entrou no Ministério Público contra o ativista. "Encaminhei hoje uma notícia-crime ao Ministério Público de São Paulo contra João Pedro Stédile, líder do MST que, em viagem à China na comitiva presidencial de Lula, incitou militantes do MST a fazerem novas invasões ilegais à fazendas e terras…", escreveu o parlamentar no Twitter. 

O ex-procurador da Lava Jato fez referência à seguinte declaração de Stédile: "neste mês de abril, nosso movimento fará muitas manifestações em defesa da reforma agrária. Haverá mobilizações em todos os estados, em todos os estados, sejam marchas, vigílias, ocupações de terras, as mil e uma formas de pressionar que a lei, que a Constituição seja aplicada, e que latifúndios improdutivos sejam desapropriados e entregues a famílias acampada".

Dallagnol e família são latifundiários na Amazônia. Procurador de Justiça aposentado do Paraná, Dallagnol pai é também o fio da meada de outro enredo da família: a participação em conflitos de terra, desmatamento, loteamentos ilegais e o pagamento de indenizações milionárias por desapropriações pelo Incla, em dezembro de 2016, durante o governo de Michel Temer. Fica assim explicada a participação da quadrilha da Lava Jato no impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O ex-juiz Sérgio Moro, hoje senador, são outros quinhentos ganhos para prender o duas vezes presidente eleito Lula da Silva. Moro ganhou de Bolsonaro um ministério - da Justiça e Segurança - e a promessa de ser nomeado ministro do STF e/ou magnífica pensão.

No início dos anos 80 do século passado, Sabino Dallagnol, avô de Deltan, e os filhos adquiriram terras no município de Nova Bandeirantes, noroeste de Mato Grosso. Como muitos gaúchos e paranaenses, aproveitaram o apoio da ditadura para comprar a preços módicos grandes extensões de terras na Amazônia Legal.

Agenor e Vilse Salete Martinazzo Dallagnol, mãe do procurador, adquiriram terras, mas continuaram no Paraná. Outros irmãos de Agenor, como Xavier Leonidas e Leonar, conhecido pelos moradores de Nova Bandeirantes como Tenente, mudaram para o município, a 980 quilômetros de Cuiabá e a 2,5 mil quilômetros de Pato Branco, onde, em 1980, nasceu Deltan. Sabino tornou-se nome de rua na cidade – endereço de uma corretora de imóveis da família. Leia mais sobre uma família que bem usou, e abusou como Tenente da repressão, em proveito próprio, a corrupção da ditadura militar de 1964. Leia aqui.

 

Fraude milionária com terras

 

O Conselho Diretor do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) abriu em maio um procedimento para investigar irregularidades na desapropriação dos imóveis que constituem a Fazenda Japuranã, em Nova Bandeirantes (MT), região de floresta na Amazônia Legal.

Entre os beneficiários da megadesapropriação estão pelo menos 14 parentes do procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba. Entre eles, o pai de Deltan, o ex-procurador Agenor Dallagnol. Somente a família do procurador recebeu R$ 36,9 milhões em dezembro de 2016, durante o Governo Temer, diante da desapropriação de pelo menos 37 mil hectares no município, no noroeste do Mato Grosso.

O presidente do conselho e do Incra, general João Carlos de Jesus Corrêa, definiu no dia 10 de maio, em uma resolução, o bloqueio dos bens depositados e apontou “indícios de irregularidades nos atos praticados por servidores públicos”. A decisão envolve uma área exata de 36.792 hectares, declarados de interesse social para fins de reforma agrária, ainda em 2013, e uma indenização total de R$ 41 milhões.

A reportagem da revista CartaCapital identificou que a maior parte desse valor foi destinada à família Dallagnol. Em uma das ações, capitaneada por uma tia do procurador, aparecem os 14 membros da família e outros fazendeiros da região interessados no desmembramento de suas terras.

Um estudo da Unicamp mostra que o clã chegou a ter 400 mil hectares somente naquele município, ocupado nos anos 80. Outras reportagens também publicadas pela revista informam como esse processo está relacionado ao desmatamento, entre outras irregularidades protagonizadas ou defendidas pelo clã – uma família recheada de advogados e procuradores.

13
Ago22

Ato pela democracia é manchete na França; Libération diz que Bolsonaro pode se agarrar ao poder

Talis Andrade

lula brasil.jpeg

 

Os jornais Libération e Le Figaro repercutem as manifestações em prol da democracia e contra Jair Bolsonaro no Brasil.

Os jornais Libération e Le Figaro repercutem as manifestações em prol da democracia e contra Jair Bolsonaro no Brasil. © RFI

O duelo entre Lula e Bolsonaro está na capa e é tema de uma reportagem especial do jornal Libération desta sexta-feira (12). "Brasil: a democracia está em jogo" é a manchete do diário.

"A menos de dois meses das eleições presidenciais, nada está ganho para Lula, que lidera as pesquisas. Seu rival da extrema-direita, Jair Bolsonaro, pode contestar os resultados e se agarrar ao poder", diz o Libé, que dedica cinco páginas à campanha eleitoral no Brasil.

A repórter Chantal Rayes, correspondente do jornal em São Paulo, acompanhou a leitura da carta pela democracia que reuniu uma multidão na quinta-feira (11) na Faculdade de Direito da USP. A jornalista lembra que, no mesmo local, em 8 de agosto de 1977, durante a ditadura militar, foi lida uma carta pedindo o fim do regime. "Quarenta e cinco anos depois, trata-se de manter 'uma democracia conquistada'", diz a matéria, citando trechos do texto que também foi apresentado em outras 39 universidades brasileiras. 

O Libé destaca que desde que foi disponibilizada online, a "Carta às brasileiras e brasileiros em defesa do Estado democrático de direito" recebeu cerca de 900 mil assinaturas. Entre os apoiadores, diversas personalidades de diferentes setores da sociedade, do banqueiro Roberto Setúbal ao fundador do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), João Pedro Stédile.

"Até mesmo o hesitante empresariado brasileiro acabou cedendo", diz o Libé, lembrando que a Fiesp também lançou seu próprio manifesto pela democracia, assinado pelo setor bancário e associações do agronegócio, que apoiam em massa o atual governo. No entanto, o diário afirma que Bolsonaro, que tem entre 29% a 35% das intenções de voto ainda pode bater Lula (38% a 47% das intenções de voto) e que a vantagem do líder petista pode diminuir quando os pacotes de ajuda social promovidos pelo atual presidente, que entraram em vigor em 8 de agosto, começarem a influenciar os eleitores.

 

Em editorial, o Libération evoca a possibilidade de uma situação similar à que ocorreu nos Estados Unidos após as eleições presidenciais de 2020, com a invasão do Capitólio por partidários de Donald Trump. "O Brasil que se destacava há 20 anos como um laboratório da esquerda aberta à globalização decidida a alçar o país às potências emergentes do planeta conheceu uma freada brusca com a eleição de Jair Bolsonaro em 2018, um militar populista de extrema direita que fez o país recuar em décadas", afirma o editorialista.

 

Protestos seguem repercutindo

 

Image

 

O jornal Le Figaro também traz uma matéria sobre as manifestações de quinta-feira no Brasil, com a manchete "Os protestos dos brasileiros contra Bolsonaro". Para o diário, a contestação é "uma severa advertência a dois meses das eleições". "A sociedade civil e o empresariado se uniram em defesa da democracia brasileira em um momento de perigo imenso", publica o Figaro. 

O jornal destaca que em 2018, os empresários apoiavam em peso o líder da extrema direita e contribuíram à sua eleição, seduzidos por seu programa econômico liberal. "Hoje, eles temem sobretudo a instabilidade provocada pelo presidente brasileiro", afirma Le Figaro. 

Image

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2020
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2019
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2018
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2017
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub