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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

12
Mai23

“Sai Damares Alves, entra Silvio Almeida”: juristas celebram novo ministro dos Direitos Humanos

Talis Andrade

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O advogado e filósofo, uma das principais referências nos debates raciais do Brasil, pede a prisão de Damares Alves: "Precisa pagar por seus crimes!" (vídeo)

 

Profissionais do Direito e ativistas comemoraram a nomeação do professor, advogado e filósofo Silvio Luiz de Almeida como ministro dos Direitos Humanos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um dos grandes pensadores sobre a questão racial do Brasil, Silvio Almeida é autor de livros como Racismo Estrutural (Editora Jandaíra, 2019) e tem uma longa trajetória nos estudos sobre como as relações raciais estão interligadas na organização econômica, social e política de um país.

Presidente do Instituto Luiz Gama e pós-doutor pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), Silvio de Almeida foi confirmado para o terceiro governo de Lula em cerimônia no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, pelo próprio presidente Lula.

 

Paulista, Silvio Almeida tem 46 anos e integrava a coordenação do grupo de trabalho na equipe de transição que debateu o tema de direitos humanos. A partir de 1º de janeiro, assumiu uma das áreas mais atacadas pela atuação do governo de Jair Bolsonaro (PL), inimigo do povo, da liberdade, da fraternidade, da igualdade. Inimigo dos direitos humanos, e que teve à frente do ministério Damares Alves. Fora do cargo desde março de 2022, quando deixou a pasta para se candidatar ao Senado pelo Distrito Federal, Damares foi lembrada por especialistas, por causa da negligência diante das populações vulnerabilizadas e das graves violações de direitos humanos ao longo de sua gestão.

“Enormidade da mudança”

“Sai Damares Alves. Entra Silvio Almeida. Acho que ainda não conseguimos nem digerir a enormidade da mudança que isso representa”, tuitou a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Tatiana Roque.

“Que tal essa troca, minha gente? Silvio Almeida no lugar onde antes estava Damares. Que luxo para nós!”, comemorou nas redes o advogado Márlon Reis, ex-juiz de direito e um dos criadores da Lei da Ficha Limpa.

“Salto civilizatório”, acrescentou o deputado federal Ivan Valente (Psol-SP).

“Não é que apenas ‘antes era Damares, agora é Silvio Almeida’. É mais potente que isso. Antes era Damares, agora são Silvio Almeida, Anielle Franco e Cida Gonçalves. Voltamos a ter pelo menos três ministérios para lidar com direitos humanos e desigualdades de gênero e raça. Isso é reparação”, destacou a socióloga e antropóloga pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP Marília Moschkovich.

Colega de profissão, o advogado Ariel de Castro Alves também saudou a nomeação. “Excelente escolha”, disse o presidente do Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo.

Ataques aos DHs marcaram os últimos 4 anos

Silvio Almeida assumiu o ministério com o desafio de contornar o “revisionismo do significado histórico e civilizatório dos direitos humanos”, nos termos do relatório final da transição na área, além  de restituir a participação social e garantir uma execução orçamentária adequada para a área.

O relatório denuncia que, entre 2019 a 2022, o MMFDH teve seu uso deturpado de estruturas e recursos públicos. Celebrou parcerias com entidades estranhas à agenda do ministério e comandou o desmonte de políticas públicas de enfrentamento a violações de direitos humanos.

O documento cita como exemplo a condução do Disque 100 – canal nacional para denúncias e proteção. Houve uma fragilização pela “péssima gestão contratual”. E ainda um “aparelhamento” pelo governo Bolsonaro para “assediar a educadores e a estabelecimentos comerciais que exigiam certificado vacinal contra covid-19, atendendo denúncias de sujeitos identificados com a chamada ‘escola sem partido’ e com o negacionismo da crise sanitária recente”, detalha o grupo.

Sem verba e políticas públicas

“Toda a rede de proteção, antes acionada para dar resposta a denúncias de violações, foi desarticulada. Os dados do Disque 100, que são fonte de informações para o desenvolvimento de políticas públicas, deixaram de ser divulgados”, diz outro trecho do documento.

Ainda de acordo com o relatório, na pasta dos Direitos Humanos foram desarticulados ao menos 14 colegiados com participação social efetiva. Sendo que 12 foram alterados “com objetivo de precarizar ou desconfigurar a participação da sociedade”.

O orçamento dedicado às políticas de direitos humanos também reforça o “cenário de desprezo pelo setor” por parte da gestão Bolsonarista. O grupo técnico identificou que a despesa discricionária em 2022 chegou ao valor de R$ 238 milhões. Aproximadamente um terço da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2015.

Os cortes ainda foram seguidos por uma baixa execução. Até o início de dezembro, apenas 40% do orçamento da área havia sido empenhado e apenas 21% efetivamente executados. O cenário financeiro previsto para o corrente, assim decidiram os inimigos dos direitos humanos, “replica o estado de penúria do orçamento, elevando o desmonte das políticas da área a um patamar crítico”, menciona o relatório.

Desafio de reconstrução

“Essas três principais dimensões do desmonte – o revisionismo do significado histórico dos direitos humanos, as restrições à participação social e a precarização orçamentária –, culminaram na descontinuidade de políticas públicas importantes para a promoção e defesa de direitos humanos. É o caso do ‘Plano Viver Sem Limite’ e das políticas para a população LGBTQIA+ e para a população em situação de rua”, conclui o documento.

Apesar dos desafios listados, Silvio Almeida afirmou em suas redes que assume “com imensa honra e responsabilidade a tarefa que me foi atribuída pelo presidente Lula de servir ao meu país como Ministro dos Direitos Humanos. Teremos um enorme trabalho pela frente, mas carrego a esperança de que será possível trazer dignidade ao povo brasileiro”, reconheceu o professor, advogado e filósofo.

 

31
Mar23

Catástrofe histórica

Talis Andrade
 

 

 (crédito: Caio Gomez)
(crédito: Caio Gomez)

por Cristovam Buarque /Correio Braziliense

No início de 1964, as forças políticas conservadoras estavam descontentes com o presidente João Goulart por propor reformas sociais que o Brasil, havia séculos, se negava a fazer. Os norte-americanos não estavam satisfeitos porque temiam o Brasil assumir posição de não alinhado na guerra fria entre Estados Unidos e União Soviética. E o povo brasileiro estava descontente com a instabilidade social, a indisciplina e a polarização política, a inflação, a recessão, o desemprego, sucessivas greves, mobilizações, confrontos nas ruas, impasses e falta de rumo no parlamento. Havia um quadro propício à vitória de candidatos da oposição nas eleições de 1966, mas as Forças Armadas, com sua desconfiança permanente em relação aos civis e sua vocação para intervir na política, destituiu o presidente, interrompeu a democracia, prendeu líderes de esquerda e cassou direitos dos democratas de direita, suspendeu o funcionamento autônomo das instituições e aboliu liberdade acadêmica e de imprensa durante 21 anos.

Quase 60 anos depois, é possível dizer que o golpe de 1964 foi o maior de diversos erros históricos e oportunidades perdidas pelo Brasil no século 20. Se tivéssemos esperado as eleições de 1966 e as seguintes impedidas, teríamos enfrentado a crise conjuntural e encontrado rumos para superar nossos problemas estruturais.

A ideia de que o golpe militar evitou a implantação de um sistema comunista não resiste à análise séria. O partido comunista brasileiro era minúsculo e sempre foi conservador, no máximo defendia reforma agrária, tanto quanto qualquer democrata minimamente progressista da época. A União Soviética não queria outra Cuba na América Latina nem um Vietnam ou Coreia a 15 mil quilômetros de distância. Qualquer pessoa lúcida e bem-informada sabe que não havia ameaça de o comunismo ser implantado, tanto que, desde Cuba, nenhum país latino implantou esse sistema nem mesmo socialismo. A avaliação do golpe de 64 deve analisar o que os governos militares fizeram e suas consequências para o Brasil atual.

Uma potente infraestrutura foi construída ao custo de endividamento e inflação; houve crescimento econômico sem inovação nem competitividade, nossa economia não deu o salto que países democráticos conseguiram; foram criadas universidades e institutos de pesquisas sem liberdade e com professores presos, exilados ou silenciados. A pobreza se manteve, a tragédia social se agravou e a concentração de renda aumentou. O debate político sobre o futuro do país foi tolhido com Parlamento e Justiça tutelados e a população sem participação. Os partidos políticos foram desfeitos, a democracia suspensa, a moeda aviltada, a educação de base continuou abandonada. Foi montado um moderno sistema de comunicações, sob permanente censura.

Desde 1964, os militares se recusam a ver a história real da ditadura praticada em nome deles, mantêm desprezo ao poder civil, não percebem o divórcio criado entre FFAA e população. O regime militar não enfrentou nenhum dos problemas estruturais do Brasil, nem formulou estratégia para o país ingressar na civilização do conhecimento e da sustentabilidade ecológica que a década de 1960 já anunciava, não formou um "instinto nacional" desejoso e esperançoso por um Brasil eficiente, justo, culto, sustentável e democrático.

É possível imaginar que o Brasil teria hoje mais coesão política e rumo histórico se os militares tivessem permanecido nos quartéis, deixassem os civis e a democracia administrarem as crises. Se não tivessem imposto silêncio político por 21 anos sob a violência da censura, do medo, da tortura, da prisão, do exílio, do assassinato e do desaparecimento para impor um desenvolvimento arcaico, injusto e insustentável. Se não impedissem seis eleições presidenciais diretas, que teriam amadurecido e conduzido o país, naquele período, sem os retrocessos políticos, sociais, civilizatórios e humanistas que o autoritarismo provocou.

O regime militar, entre 1964 e 1985, foi um passo em falso da história brasileira, que nos permite a lição de "golpe nunca mais". O período posterior, até 2023, nos alerta para lacunas nos avanços da democracia dominada por interesses corporativos, polarizada em grupos sectários cegos por ideologias superadas, com políticas e políticos imediatistas que não aglutinam, não definem rumo e não estão enfrentando os desafios estruturais que o Brasil ainda atravessa.

21
Mar23

Deputada que ameaçou Lula pode sofrer devassa do STF em seus registros de armas e até ser presa

Talis Andrade
 
 
Preconceito contra armas. Por que uma mulher com uma arma na mão e uma  tiara na cabeça apavorou dois homens? Porque um cidadão de bem armado... |  By Júlia Zanatta | Facebook
 
 

Bolsonarista Júlia Zanatta (PL-SC) é alvo de ações no Supremo após fazer postagem em que aparece segurando uma metralhadora e vestindo uma camiseta que faz referência ao presidente da República

 

por Ivan Longo / Revista Fórum 

 

A deputada federal bolsonarista Júlia Zanatta (PL), de Santa Catarina, deve se tornar alvo de investigações do Supremo Tribunal Federal (STF) após postagem nas redes sociais em que incentiva a violência contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Na última sexta-feira (17), a parlamentar publicou uma foto em que aparece segurando uma metralhadora e vestindo uma camiseta com a imagem de uma mão com quatro dedos, em referência a Lula, perfurada por três tiros.

“Não podemos baixar a guarda. Infelizmente a situação não é fácil. Com Lula no poder, deixamos um sonho de liberdade para passar para uma defesa única e exclusiva dos empregos, do pessoal que investiu no setor de armas. Estamos agora falando em socorrer empregos”, escreveu ela, junto à foto.

Para o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), a postagem de Júlia Zanatta é "apologia ao assassinato" de Lula. O parlamentar, através das redes sociais, anunciou que protocolou notícia-crime no STF contra a bolsonarista. "Fascismo precisa ser contido. Basta de violência", escreveu Valente. 

"A liberdade de expressão e manifestação tem limites constitucionais, inclusive na imunidade parlamentar. Então, se você faz apologia ao crime ou a um ato criminoso, precisa ser investigado", declarou ainda o psolista. 

O deputado federal Alencar Santana Braga (PT-SP) e o líder da bancada petista na Câmara, Zeca Dirceu (PR), também acionaram o STF contra Júlia Zanatta. Na representação, os parlamentares apontam que a publicação da bolsonarista configura "uma conduta que para além da prática criminosa de per si, reafirma, infelizmente, uma visão de mundo permeada pelo ódio e desinteligência democrática, que tragicamente tentou se implementar na sociedade brasileira no período de 2019/2022 e cujas raízes tóxicas ainda não foram totalmente extirpadas". 

A Representada, com as ameaças perpetradas, busca a todo custo manter viva uma cultura armamentista já repudiada pela sociedade brasileira, estimula, sob um falso discurso de liberdade, a divisão maniqueísta da sociedade, fomentando, com o uso de armas de fogo, o ódio e a intimidação como instrumentos disputas democráticas", escrevem os parlamentares. 

Além de pedirem para que o STF investigue a conduta de Júlia Zanatta, que segundo eles pode ser enquadrada nos crimes de ameaça, incitação e apologia ao crime, passíveis de pena de prisão, os deputados do PT solicitam, ainda, que a Corte adote "medidas legais pertinentes para se verificar as licenças que permitem à Representada a posse, porte ou utilização de armas de fogo, verificação da 9 regularidade das armas que detém e regularidade do clube de tiro que frequenta"

A deputada Júlia Zanatta mandou uma nota através de sua assessoria afirmando que “os ataques que tenho sofrido não se justificam. Não é razoável que minha honra e meu mandato sejam questionados pela interpretação de uma imagem. O correto é se ater aos fatos e o fato é que, na ânsia de me desqualificar, a presidente do PT, Gleisi Hoffman, evocou algo muito grave ao me chamar de nazista. Isso reflete não só em mim, mas no estado que me elegeu.”

A Fórum, no entanto, reitera que a mensagem da camiseta da deputada é clara e sua justificativa para um erro na interpretação da imagem não faz o menor sentido. Ela está, sim, promovendo a violência contra Lula ao divulgar uma foto armada e com a camiseta fazendo alusão a tiros no presidente.

 
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13
Fev23

WhatsApp do bolsonarista Ibaneis mostra que ele tentou culpar governo Lula por terrorismo golpista de 8 de Janeiro

Talis Andrade
 
 
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Pública o blogue golpista do corrupto Luiz Estevão: O GOLPE DEPOIS DO GOLPE. Nos EUA, Bolsonaro levanta dúvidas sobre as eleições em que foi derrotado: “Pelo menos diante do TSE, não consegui ser reeleito. Não interessa o que vier a acontecer comigo aqui ou no Brasil. E da forma como, porventura, algo acontecer”.
 
 

 

Ibaneis trocou mensagens com dono do Metrópoles Luiz Estevão sócio camarada do juiz Lalau e jornalistas da Folha e GloboNews sobre os responsáveis pelos atos do golpe anunciado por Bolsonaro 

 

Redação Jornal GGN

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O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, tentou culpar o governo Lula pelas falhas na segurança que viabilizaram a invasão aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de Janeiro de 2023, dia em que o bolsonarismo tentou colocar a democracia em xeque.

No calor dos fatos, Ibaneis trocou mensagens de WhatsApp com o ex-senador Luiz Estevão, que é dono do site Metrópoles. Os dois responsabilizaram os ministérios da Justiça e da Defesa, já sob o governo Lula, por não terem previsto a invasão.

As conversas foram reveladas em primeira mão pelo jornalista Marcelo Auler, no portal Brasil 247. Estevão chamou o ministro da Justiça Flávio Dino de “falastrão” e questionou porque a Defesa não esvaziou os quartéis para desmobilizar acampamentos, assim que Lula tomou posse.

 

Estevão (23h19min) – “Cabe a pergunta: por que o falastrão ministro da Justiça não determinou à PRF, desde segunda-feira sob seu comando, que impedisse a entrada dos ônibus dos manifestantes no DF?”  

Ibaneis (23h21min) – “Eles agora se colocam como vítimas como se não tivessem nenhuma responsabilidade. Cadê a inteligência da Policia Federal que não viu nada?”

 

Estevão (23h23min) – “Claro que têm! Por que o ministro da Defesa não determinou ao Exército que esvaziasse os quartéis para que os manifestantes não se sentissem amparados?”  

Ibaneis (23h23min) – “Eles assumiram e não tomaram nenhuma providência”.

Estevão (23h24min) – “Deixaram que o circo fosse armado e cobram o GDF (Governo do Distrito Federal) e a PM? O que queriam: um massacre do Planalto para lembrar do Carandiru?”  

Ibaneis (23h26min) – “Agora é ver no que vai dar essa merda”  

 

Estevão (23h28min) – “Hora de deixar a poeira baixar; os questionamentos necessários serão feitos. Palmas para a PM que não atirou em ninguém. Abraços, meu Governador”

 

Andreia Sadi pressiona Ibaneis

 

A jornalista Andreia Sadi pressionou o governador Ibaneis para entender o grau de responsabilidade de Anderson Torres pelos atos de 8 de janeiro

 

Em outra conversa de WhatsApp, com a jornalista Andreia Sadi, da GloboNews, Ibaneis, de novo, tentou dividir responsabilidade pelo atendado à democracia com o governo Lula.

“Estávamos desde ontem monitorando junto com o ministro da justiça”, disse Ibaneis na noite do dia 8, por volta das 19h24.

 

Outros diálogos capturados pela Polícia Federal mostram, contudo, que Ibaneis não reportou nem a Dino, nem ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a real situação em Brasília.

A jornalista pressionou para saber do grau de responsabilidade do então secretário de segurança, Anderson Torres, e entender como Ibaneis havia dado férias a um funcionário que acabara de assumir o cargo.

Ibaneis disparou que, em sua opinião, era absurdo querer responsabilizar apenas o governo do DF pela depredação.

“A PRF deveria ter atuado na chegada dos ônibus. O Ministério do Exército no acampamento. A PF e a Polícia do Distrito Federal, pela falta de monitoramento do risco. Querer culpar um só é absurdo.”

 

Para o jornalista Marcelo Auler, “essa tentativa de reverter o discurso e jogar a culpa no governo empossado no dia 1 de janeiro, agora vem ocorrendo por parte da oposição dentro do Congresso Nacional. Há o risco de os bolsonaristas aceitarem uma Comissão Parlamentar de Inquérito para fazer prevalecer a tese deles: o governo não agiu.”

Ibaneis também trocou mensagens com a jornalista Catia Seabra, da Folha. Leia a matéria completa aqui.

16
Jan23

Vídeo mostra momento da tentativa de explosão no Aeroporto de Brasília

Talis Andrade

 

 (crédito: Polícia Civil )
(crédito: Polícia Civil)

 

A explosão foi planejada por frequentadores do acampamento em frente ao QG do Exército, em Brasília, e teve a participação de assessor da ministra Damares eleita senadora

 
 
Na véspera do Natal de 2022, faltando dias para a posse presidencial, uma tentativa de explodir um caminhão foi feita nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília. O evento ocorreu por volta das 3h15, e foi flagrado pelas câmeras de segurança pública.
 

Segundo apuração, o acusado Alan Diego recebeu a bomba de George Washington Oliveira no acampamento em frente ao Exército, em Brasília. Wellington de Oliveira Sousa, então, o levou de carro até o local escolhido para o atentado, onde Alan colocou a bomba na traseira esquerda do caminhão.

As imagens mostram o momento em que o carro se aproxima lentamente da carreta. O plano foi mal sucedido e o explosivo foi detonado pela polícia sem que ninguém ficasse prejudicado. A explosão no aeroporto teria sido planejada junto com apoiadores do acampamento em frente ao QG do Exército.

Réus

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) aceitou a denúncia contra os três suspeitos de planejar o atentado a bomba no aeroporto. George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos e Wellington Macedo de Souza são acusados de envolvimento na tentativa de explosão de um artefato deixado embaixo de um caminhão–tanque de combustível próximo ao Aeroporto de Brasília na véspera do último Natal.

 

 

 
 
 
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) aceitou a denúncia contra três pessoas, acusadas de envolvimento na tentativa de explosão de um artefato deixado embaixo de um caminhão–tanque de combustível próximo ao Aeroporto de Brasília na véspera do último Natal.
 
Assessor de Damares envolvido
 
 
xico sá
@xicosa
O assessor de Damares Alves no Ministério dos Direitos Humanos.
Guilherme De Lucca
@deluca
O cara que tentou explodir um caminhão tanque num ataque terrorista fez parte do governo de Jair Bolsonaro, esteve como assessor de Damares Alves no Ministério dos Direitos Humanos. O cerco está se fechando.
Ivan Valente
@IvanValente
O assessor de Damares tentou explodir caminhão-tanque em Brasília e foi colocar uma bomba com tornozeleira eletrônica. A estupidez só não é maior que o mau-caratismo.
 
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Ivan Valente
@IvanValente
ERRO CRASSO? Foi assim que Deltan Dallagnol classificou os atos terroristas de Basília e ressaltou que o problema foi fortalecer Lula. Para ele, golpe bem feito é o que ele operou na Lava Jato.
Frota 
@77_frota
Wellington Macedo, acusado de tentar explodir um caminhão tanque no Aeroporto de Brasília, andava no Governo Bolsonaro com Damares no Ministério dos Direitos Humanos, Bolsonaro no Palácio .
 
 
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Central da Política
@centralpolitcs
Jornalista que ajudou a colocar bomba em caminhão em Brasília teve cargo em ministério de Damares. O jornalista cearense Wellington Macedo de Souza trabalhou com a senadora Damares Alves (Republicanos) no Ministério dos Direitos Humanos, no início do governo de Jair Bolsonaro.
07
Nov22

Ilegal “greve geral” pelo golpe, financiada por empresários bolsonaristas fracassa

Talis Andrade

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A grande "greve geral" esperada entre empresários bolsonaristas contra a vitória de Lula e continuação de Bolsonaro no governo como ditador não ocorreu
 
 

A grande "greve geral", nacional, esperada entre empresários bolsonaristas contra a vitória de Lula, pelo golpe bolsonarista, pela volta da ditadura não ocorreu. O que se viu, nesta segunda-feira (07), foi pequenos focos de bolsonaristas nas ruas de poucas cidades do país.

Os grupos dos apoiadores de Jair Bolsonaro no WhatsApp e Telegram dissipavam que o ato seria um marco e um grande ruído, com o objetivo de anular o resultado democrático das eleições.

Empresários golpistas ligados a Bolsonaro foram os principais disseminadores da convocação, pedindo para que empresas, indústrias e fábricas fechassem nesta segunda (07). Mas não houve nenhum registro de paralisação.

Senadora Kátia
@KatiaAbreu
“Pessoal, eu já vi greve por falta de estradas, falta de luz, água, falta de pagamento e até por falta de reajuste. MAS GREVE, POR FALTA DE VOTO É A PRIMEIRA VEZ.” Recebi de um amigo e não resisti.
Ivan Valente
@IvanValente
Fracassou a greve patronal chamada pela extrema direita golpista. Parece que só o Bolsonaro aderiu, mas ele não conta, não trabalha nunca.Image
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Reinaldo Azevedo
@reinaldoazevedo
E esses criminosos se querem cidadãos de bem. Como eram os nazistas, os fascistas, os franquistas, os salazaristas. Todos fascínoras de família! Mensagens sugerem marcar com estrelas as casas de quem votou em Lula no norte do RS | GZH
gauchazh.clicrbs.com.br
Mensagens sugerem marcar com estrelas as casas de quem votou em Lula no norte do RS | GZH
Estas e outras práticas de assédio eleitoral foram denunciadas ao Ministério Público por advogadas no município de Casca
Gilmar
@CartDasCavernas
GENERAL vai perder a mamata e os viagra tudo.
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Guilherme Boulos
@GuilhermeBoulos
O grande Lewis Hamilton agora é cidadão brasileiro. Lula nem assumiu e a Câmara já está melhor frequentada!
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Oyama: 'Bloqueio de estradas fracassa e bolsonarismo terá de achar onde se acomodar'

A greve fracassou | Joseval Peixoto

Greve Bolsonaro ditador fracassou 
 

"Greve geral" fracassa e gadaiada fica sem rumo

18
Ago22

Fome exclusividade da população civil

Talis Andrade

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Não se dá golpe sem listas estaduais de presos, lista nacional de subversivos que devem morrer. 

Todo golpe uma ameaça de sangreira, uma guerra civil embutida. Como aconteceu em 1964. A conflagração armada começa nos quartéis. 

Milhares de militares e policiais assinaram as cartas pela Democracia.

Folha de S.Paulo
@folha
Mônica Bergamo: Carta pela democracia reúne quase 2 mil militares e mais de 8 mil policiais
xico sá
@xicosa
A vida dos folgados quando a população morria sem oxigênio! Braga Netto e militares do governo receberam supersalários de até R$ 1 milhão no auge da pandemia
 
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“Para o povo, sopa de osso. Para os aliados, um milhão de salário”. Desde a ditadura, o Brasil nunca viu tantos militares ocupando cargos no poder público. Com a revelação de que o general Braga Netto, candidato a vice de Bolsonaro, embolsou quase R$ 1 milhão por mês, como acreditar que militares vão abrir mão da 'super mamata' em caso de derrota nas eleições sem reagirem com violência?

 

Um dos mais fiéis aliados de Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice-presidente na sua chapa, o general Walter Braga Netto recebeu R$ 926 mil em dois meses, no ano de 2020. Levantamento divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo, a partir de dados do Portal da Transparência, mostra que os benefícios pagos pelo governo a oficiais e pensionistas renderam valores que chegaram a até R$ 1 milhão na folha de pagamento em apenas um mês naquele ano, quando a pandemia de covid-19 estava no auge.

Segundo a apuração, a folha de pagamento aumentou principalmente no período em que os oficiais foram para a reserva, já que Bolsonaro promoveu uma mudança da legislação pela qual aumentou a indenização a militares que deixam a ativa.

Outro fiel aliado de farda do presidente, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, general Luiz Eduardo Ramos, foi um dos que só foram para a reserva depois da nova lei entrar em vigor. Ramos recebeu R$ 731,9 mil em julho, agosto e setembro de 2020. O ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque é outro militar na lista de privilegiados.

A repercussão nas redes foi grande entre parlamentares de oposição, apesar de a revelação ter sido feita em meio aos atos do 11 de agosto nesta quinta-feira, a começar do deputado Elias Vaz (PSB-GO), autor do levantamento divulgado. Ele disse que vai cobrar explicações do Ministério da Defesa. “Para o povo, sopa de osso. Para os aliados, um milhão de salário extra. Esse é o governo Bolsonaro”, postou o deputado no Twitter.

Ainda segundo o Estadão, o Ministério Público acionou o Tribunal de Contas da União (TCU) para “barrar” o pagamento desses contracheques “turbinados”.

 

“Super mamata” e “escárnio”

 

O deputado federal Bohn Gass (PT-GO) menciona a falta de emprego na pandemia, enquanto o fiel escudeiro de Bolsonaro “ganhou supersalário de até R$ 1 milhão”. “Agora entendi a promessa deles: queriam acabar com a mamata para criar a super mamata”, escreveu o petista.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) destacou a contradição entre os supersalários dos militares de Bolsonaro e a política fiscal de cortes de verbas de educação e na saúde do orçamento. “Salário Mínimo sem aumento real. Desemprego, fome. Militares do governo com salários de R$ 1 milhão!!!!! Não tem orçamento para quem precisa mas tem para super salários!”, publicou a parlamentar.

Ivan Valente (Psol-SP) e Natália Bonavides (PT-RN) usam a palavra “escárnio” para classificar a prática. “Escárnio! Braga Netto, o vice de Bolsonaro, recebeu quase R$ 1 milhão em salários no auge da pandemia. Esse é o governo que acabaria com a mamata?”, questionou o psolista.

“Escárnio! O candidato a vice de Bolsonaro, o general Braga Netto, recebeu quase R$ 1 milhão de salário em apenas 2 meses de 2020. Enquanto brasileiros morriam sem ar, eles enchiam os bolsos de dinheiro e negavam a vacina. Criminosos!”, protestou a petista.

 

Braga Netto

 

Braga Netto entrou para o governo em fevereiro de 2020, quando foi anunciado como novo ministro chefe da Casa Civil, no lugar de Onyx Lorenzoni. A troca deu mais poder à ala militar do governo, grupo que havia perdido espaço para a ala mais ideológica ao longo de 2019.

À frente da Casa Civil, Braga Netto se tornou um dos ministros mais próximos de Bolsonaro. Ele deixou a pasta para assumir a Defesa após a demissão do ocupante do cargo até então, o general Fernando Azevedo e Silva, em março de 2021 – que foi seguida pela saída dos três comandantes das Forças Armadas em protesto.

Logo depois, ele assinou uma “ordem alusiva ao 31 de março de 1964” em que diz que acontecimentos como o golpe militar ocorrido há 57 anos, o qual chamou de “movimento”, devem ser “compreendidos e celebrados”.

O relatório da CPI da Covid, que apurou as ações e omissões do governo da pandemia, pediu em outubro passado o indiciamento do general por sua atuação como ministro e coordenador coordenador do Centro de Coordenação das Operações do Comitê de Crise da Covid-19, criado pelo Planalto para facilitar a articulação de ações de combate à doença entre órgãos públicos.

O documento aponta que os altos números de casos e mortes por covid-19 no Brasil foram em parte causados por erros do governo sobre os quais o general teria responsabilidade. O relatório afirma ainda que o ministro foi conivente com a “postura negacionista” de Bolsonaro sobre a pandemia.

O jornal “O Globo” publicou reportagens que apontavam uma série de denúncias durante a gestão de Braga Netto no Ministério da Defesa, em 2021. O periódico afirmou que, na época, a pasta aprovou um pacote secreto no valor de R$ 588 milhões.

Dessa quantia, segundo a reportagem, R$ 401 milhões foram destinados a 11 senadores, a maior parte ligada ao governo, e cada um definiu onde o dinheiro seria gasto. Na maior parte das vezes, em seus redutos eleitorais, e sem relação com a área militar.

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26
Jul22

O vexame tenebroso do capitão

Talis Andrade

Crédito: Clauber Cleber Caetano/PR(Crédito: Clauber Cleber Caetano/PR)

 

Editorial Istoé

por Carlos José Marques 

 

Até quando o País vai suportar tantos desaforos? Quantos crimes de responsabilidade serão passíveis de remissão a um mandatário que planeja ardilosamente um golpe de Estado para se perpetuar no poder? Por que, efetivamente, as autoridades constituídas nada fazem contra o festival de delinquências emanadas diretamente do Planalto por aquele que deveria ser o primeiro a defender a Constituição do País e a zelar por nossa democracia? Está na hora do basta! Definitivo, audível, veemente. Um brado nacional, que ecoe a absoluta indignação com essa avalanche de desmandos, afrontas e desprezo aos princípios republicanos mais elementares. Não dá para ser indulgente com a cruzada insana e golpista em curso. O presidente enxovalha o Brasil. Emporcalha a reputação de uma Nação digna e soberana, construída duramente ao longo de séculos. Ele não reúne mais a menor condição de se manter no cargo que ocupa. O Congresso e o Supremo Tribunal têm o dever cívico de fazer alguma coisa. Não podem parecer coniventes, omissos ou insensíveis diante da incitação à desordem e ao desmantelamento legal, orquestrados pelo mandatário. Não é passível de aceitação que uma corriola de parlamentares mal intencionados e muito bem pagos controle o regimento para brecar demandas de impeachment que se mostram inevitáveis e amplamente justificáveis. Há de se restabelecer o bom-senso na política nacional, sob pena de estarmos mergulhando numa espiral de autoritarismo sem fim e sem instrumentos lá na frente para coibir tantos abusos. Como é possível aceitar que o chefe da Nação convoque embaixadores representativos dos principais países parceiros para um festival de fake news patético, levantar desconfianças rasas e infundadas sobre o sistema eleitoral em vigor, pilar de nossa liberdade e do voto? O que ele quer é, definitivamente, anular o resultado que não lhe agrade. Diz isso e arquiteta diuturnamente os meios para alcançar tal objetivo. Inclusive apelando a militares aliados que estrategicamente aboletou em cargos para lhe dar respaldo. Bolsonaro é um acinte intolerável à estabilidade institucional. Seus movimentos e declarações não guardam qualquer lógica razoável. Dignos de uma mente doentia e perversa. Nem é preciso gastar tempo para explicar a um trangressor que em mais de 20 anos de operação das urnas eletrônicas – modelo invejado pelo mundo inteiro – não houve sequer um único registro de fraude computado. Ele não quer ouvir. Nem aceitar. O motor de suas ignomínias é o temor da derrota iminente, que pode significar também condenações em série pelas barbaridades cometidas no seu governo. Jair Messias Bolsonaro é o retrato do desespero diante da possibilidade de ser o primeiro presidente não reeleito após a redemocratização.

 

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Também pudera! Com o novo gesto tresloucado aprofundou ainda mais a imagem de pária junto à comunidade internacional. Os diplomatas presentes foram unânimes em expressar o desprezo pelo ato. Nenhum dos participantes, ao final da cerimônia e da fala do anfitrião, sequer fez menção de aplaudi-lo, ainda que fosse de forma protocolar. O silêncio ensurdecedor na sala deu o tom do vexame. Nenhum cumprimento ou aperto de mão para aquele que acabara de encenar uma sabotagem ao próprio País. O teatro burlesco montado no Palácio da Alvorada vai ficar para a história como o dia da grande vergonha. Nunca antes em tempos modernos um chefe de governo brasileiro convocou diplomatas para destilar mentiras e ameaçar a democracia. O Brasil passou constrangimento e humilhação inclassificável por impossição daquele que deveria estar tratando dos problemas mais candentes como a fome que castiga 33 milhões por aqui, a inflação descontrolada e o desemprego. Ao sair de suas motociatas para disparar infâmias, Bolsonaro galgou mais um estágio na sanha ditatorial que acalenta. É um caudilho clássico em gestação e precisa ser urgentemente contido.

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Um grupo de 43 procuradores dos 26 estados e do Distrito Federal decidiu, a bom termo, encaminhar ao procurador-geral da República ofício formal no qual eles pedem providências imediatas contra a conduta criminosa do capitão do Planalto. Augusto Aras, o PGR atual, não é dado a contrariar aquele que parece considerar como chefe supremo. Certamente driblará a demanda. Delegados e peritos da Polícia Federal também fizeram abaixo-assinado defendendo a lisura e a eficiência das urnas eletrônicas. São vozes importantes que começam a impor a saudável prática dos pesos e contrapesos diante das arbritariedades em andamento. Bolsonaro não aceitará perder o certame eleitoral. Mas nem ele, nem ninguém, pode sobrepor suas vontades pessoais ao desejo da maioria em um ambiente de Estado de Direito. Já chega de arruaça e prepotência. Se o presidente da República é um claro perigo à Carta Magna e ao processo democrático, que seja apeado do cargo o quanto antes. O Brasil tem de reagir!Image

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Charge colorida tem apenas uma quadro e mostra Augusto Aras e Lindôra Araújo, caracterizados como os heróis “Super Gêmeos”, como macacões roxos. Os dois exclamam: "Super procuradores ativar!" e tocam seus punhos fechados. Aras grita: “Forma de um poste!” e Lindôra grita: “Forma de uma gaveta!”A charge, sob o título "Centopeia Humana", tem apenas um quadro e  mostra as silhuetas de seis pessoas, todas em posição de quatro, com a cabeça encostando nas nádegas de quem está à frente. Por último na fila está Aras, sucedido pelo ministro da Defesa Paulo Sergio Nogueira, que tem a sua frente o candidato o vice-presidente Braga Netto, que é sucedido por Ciro Nogueira, depois Arthur Lira e, por fim, o presidente da República. O título da charge faz alusão a um famoso filme de terror.

MPFederal on Twitter: "Ficou acertado que ainda hoje a CPI enviará à PGR,  de forma separada, a parte da documentação referente a pessoas cujas  investigações devem tramitar perante o Supremo Tribunal Federal (

Gilmar Fraga: surrealismo jurídico | GZHImageImageImage

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19
Jul22

TSE e agências de checagens provam que Bolsonaro mente sobre o Brasil e sistema eleitoral

Talis Andrade

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TSE e agências de checagens desmentem boatos reproduzidos por Bolsonaro a embaixadores
 
 
O Tribunal Superior Eleitoral rebateu uma série de acusações sem provas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o processo eleitoral no Brasil. Em encontro com embaixadores e representantes de 40 países nesta segunda-feira, Bolsonaro compartilhou uma série de narrativas que foram desmentidas pelo TSE, jornalistas e agências de checagem ao longo dos últimos anos.
 
 
O que você precisa saber
 
TSE e as agências de checagem esclareceram que
 
- Não são apenas dois países que usam o sistema eleitoral semelhante ao brasileiro        - Logs das urnas eletrônicas não foram apagados
- O PSDB não afirmou que urnas eram inauditáveis
- TSE não descumpre lei ao não imprimir votos
- Observadores internacionais auxiliam no processo eleitoral
- Decisão que tornou Lula elegível não foi de um único ministro
- Contagem de votos no Brasil não é feita por uma empresa terceirizada
 
Veja no Twitter provas e mais provas das inverdades ou meias -verdades apresentadas por Bolsonaro aos embaixadores. 
 

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29
Jun22

Escândalos abalam campanha de Bolsonaro

Talis Andrade

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por André Cintra /Vermelho

Começou o clima de “já perdeu” na pré-campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Quem detalha é a jornalista Malu Gaspar em sua coluna desta terça-feira (28) no jornal O Globo.

Os escândalos de corrupção no MEC – que levaram à prisão preventiva do ex-ministro Milton Ribeiro –, o mau desempenho em pesquisas e as divergências sobre estratégias eleitorais abalaram a pré-candidatura. A tudo isso se somam as más notícias da economia, como os juros cada vez mais altos, os incessantes reajustes nos combustíveis e a inflação sem controle.

Com o sugestivo título “Por que o núcleo político da campanha de Bolsonaro vive clima de derrota”, Malu Gaspar informa que o “comportamento” do presidente é, acima de tudo, a razão para o “clima de velório” que tomou conta da “chamada ‘ala política’ da campanha”.

Para melhorar as chances de Bolsonaro ao menos avançar nas pesquisas, o marqueteiro Duda Lima traçou diversas “recomendações” ao presidente, que tinha na agenda uma importante viagem ao Nordeste entre quinta-feira e o sábado. Mas, segundo aliados, Bolsonaro ignorou tudo.

“Lima fez uma apresentação propondo que Bolsonaro dedicasse todas as oportunidades que tivesse no Nordeste para fazer a defesa do Auxílio Brasil e de outras iniciativas que geraram emprego”, diz Malu Gaspar. O objetivo era “tentar virar o voto de eleitores que hoje decidiram abraçar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)”.

“O material apresentado ao presidente na quarta-feira continha uma lista de programas, junto com o que o presidente deveria dizer sobre cada um deles nos discursos. Depois de assistir a apresentação, Bolsonaro elogiou o plano e disse ter concordado com tudo”, acrescenta a colunista. “Mas, nos dias seguintes, o esperado ‘foco total no social’ virou uma sequência de falas a respeito do caso Milton Ribeiro, das suspeitas infundadas do presidente sobre as urnas eletrônicas e da guerra de bastidores com o Supremo do que de programas sociais ou de realizações do governo que acabaram deixadas de lado.”

A coluna compila depoimentos de apoiadores próximo ao presidente. “O risco de derrota só aumenta”, diz um deles. “O presidente está fazendo de tudo para perder”, irritou-se outro aliado. “No nosso planejamento, junho seria o mês da virada, mas até agora só colecionamos problemas”, emenda um “estrategista da campanha”.

Conforme o texto, “o desânimo é recíproco”, o que leva Bolsonaro a ignorar os conselhos que lhe chegam de tudo quanto é lado – o PL, o marketing da campanha, a equipe jurídica, etc. Mesmo a proposta eleitoreira e inicialmente consensual – de reajustar o Auxílio Brasil, dobrar o vale-gás e criar um voucher de R$ 1.000 para os caminhoneiros – já não empolga parte da base bolsonarista.

É por isso que uma outra jornalista, Maria Cristina Fernandes, arrisca a dizer, no Valor Econômico, que o foco de Bolsonaro, a esta altura, está mais “na contestação dos votos do que na obtenção de um resultado eleitoral favorável nas urnas”. A escolha de um general para vice seria a evidência dessa nova tática.

“Braga Netto não lhe acrescenta votos, mas garante que o Ministério da Defesa aja como operador de uma estratégia fundada na contestação do processo eleitoral e na perseguição de seus adversários”, escreve Maria Cristina. “Se o atual vice, general Hamilton Mourão, foi um seguro contratado por Bolsonaro para não ser derrubado pelo Congresso, Braga Neto cumpre outra função. A de evitar que o eleitor o derrube.”

CPI do MEC causa desespero em Bolsonaro

 
 

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