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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

24
Mar21

Castello Branco tenta cometer crime contra os brasileiros e vender refinaria na Petrobrás na xepa e na calada da noite

Talis Andrade

 

A operação, engendrada na calada da noite e no apagar das luzes de vários mandatos dos dirigentes, é suspeitíssima e deverá jogar holofotes intensos sobre os interesses que motivam todo o processo, alerta o senador Jean Paul Prates 

 

Prestes a deixar a presidência da Petrobrás, Roberto Castello Branco (o anjo da morte da Vale do Rio que era Doce) tentará fazer o conselho de administração da empresa aprovar nesta quarta-feira (24) a última privatização de sua gestão - da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), que fica na Bahia. O valor de R$ 1,65 bilhão fechado pela diretoria com o Mubadala, fundo de investimento dos Emirados Árabes, é inferior à faixa média de referência calculada pela própria Petrobrás.

A RLAM deve ser a primeira de um grupo de oito refinarias a ser privatizada pelo governo militar de Bolsonaro.

Depois de entregar a Vale (até 2007 Companhia Vale do Rio Doce - CVRD), mineradora multinacional brasileira e uma das maiores operadoras de logística do país, Castello Branco pretende privatizar a Petrobras e outras empresas estatais. É um entreguista, quinta-coluna, parasita das estatais brasileiras. 

Para Castello privatista, a Petrobras deve ser vendida a preço de fim de feira. 

É corrupto e mentiroso. Das 10 maiores petrolíferas, 7 são estatais. Das 25, são 19 estatais.

A cantilena de Castelo é a mesma da autodenominada Lava Jato dos traidores Sergio Moro & asseclas procuradores da autodenominada Liga da Justiça da autodenominada República de Curitibra. Vender a Petrobras antes que seja destruída pela corrupção. 

Eis os presidentes corruptos da Petrobras: Pedro Parente (2016-18), Ivan Monteiro (2018-19), Roberto Castello Branco (2019-21). 

No primeiro mês de sua presidência, em 30 de janeiro de 2019, Roberto Castelo Branco depositou 2 bilhões e 500 milhões em uma conta gráfica gerida por Deltan Dallganol. Uma conta secreta que seria de um fundo, que virou fundação da passageira autodenominada Lava Jato. Uma botija ao deus-dará. Que precisa de uma auditoria já. Os bandidos da Petrobras e da Lava Jato precisam explicar a origem do dinheiro, explicar o depósito (por que a estatal do governo brasileiro pagou essa dinheirama a gangue de Dallagnol?) e como foi gasto... 

Com esse dinheiro ao deus-dará a Petrobras poderia comprar duas refinarias.

Informa o portal 247: A privatização da Refinaria Landulpho Alves está gerando forte reação dos trabalhadores da empresa e no Congresso Nacional. O líder da minoria, senador Jean Paul Prates (PT-RN), enviou na manhã desta quarta-feira carta para todos conselheiros da Petrobrás alertando para os riscos de uma possível venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) ao fundo Mubadala. O líder também está enviando um documento ao Presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica. No texto, o parlamentar pede que o órgão investigue a conclusão de venda da refinaria RLAM a preços abaixo de seu valor de mercado.

Refinaria da Bahia será vendida na xepa da pandemia e na calada da noite

Denúncia do senador Jean Paul Prates

Enquanto os brasileiros são impactados pelo recorde de 3.251 óbitos de hoje pelo coronavírus, e o Presidente da República faz mais um pronunciamento inócuo em cadeia nacional, a imprensa noticia o envio, por parte da diretoria da Petrobras, de uma suspeitíssima recomendação de fechamento da venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, para o seu Conselho de Administração.

 Conforme noticiado pelo Estado de S. Paulo, o documento reconhece que a refinaria está sendo vendida a preço “inferior à faixa média de referência” estimada para o seu valor e salienta que o TCU fez questionamentos, sem encerrar a análise do negócio. Mesmo assim, a diretoria em fim de mandato insta os conselheiros para que tomem logo sua decisão a respeito da questão tormentosa amanhã mesmo, apesar de o presidente da empresa já ter seu mandato vencido e vários conselheiros já terem deixado seus cargos enquanto outros encontram-se em processo de substituição.

 O Banco BTG Pactual afirmou que a proposta está 35% abaixo do limite inferior projetado por sua equipe de analistas. Outros especialistas afirmam que a refinaria vale, mesmo hoje, mais que o dobro do valor oferecido pelo fundo árabe interessado no preço promocional.

A operação, engendrada na calada da noite e no apagar das luzes de vários mandatos dos dirigentes, é suspeitíssima e, a meu ver, deverá jogar holofotes intensos sobre os interesses que motivam todo o processo.

 Desde o início, considero que esta venda foge à lógica de qualquer gestão responsável de uma empresa integrada de petróleo - mais ainda de uma empresa estatal mista com atribuições especiais como a Petrobras. O financiamento do Pré-Sal é pretexto para incautos, pois é garantido pelo próprio valor das imensas reservas já comprovadas com investimentos da própria Petrobras.

 A alegação de que a empresa está sendo obrigada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também é estapafúrdia, já que foi a própria gestão Castello Branco quem foi voluntariamente ao Cade oferecer a venda de oito de suas principais refinarias, em 2019.

O Cade, por sua vez, nunca realizou análise específica dos mercados atendidos por estas refinarias. Portanto, nunca foi oficialmente comprovada e condenada a dominância da estatal em cada um deles e para cada um dos produtos (que se destinam a diferentes usuários ou compradores), sobretudo diante do pleno acesso de importadores a esses mercados, e da abertura para autorizações privadas de construção e operação de refinarias vigente desde 1997.

E pior: a Petrobras nunca se defendeu das minúsculas e especificas denúncias que geraram o processo no Cade, originalmente. Apenas aquiesceu, e ofereceu seu patrimônio.

A meu ver, esta diretoria da Petrobras já merece ser investigada profundamente, não apenas por possível prevaricação na defesa junto ao Cade, quanto por jamais ter solicitado que o órgão de defesa da concorrência suspendesse o prazo dado para tais alienações diante de uma pandemia que paralisou praticamente tudo no Brasil. Além disso, poderá ser responsabilizada, na pessoa de cada um de seus componentes, pela venda destes ativos por preço vil, sem poder, portanto utilizar o contexto da pandemia como desculpa.

É um absurdo este processo, sem transparência, sem lógica, repleto de conflitos de interesses – com dirigentes cuja remuneração é proporcional à arrecadação pelos ativos alienados. Pairam suspeitas que associam à diretoria uma pressa extraordinária na venda, o que põe em xeque os incentivos por trás da política de bônus e prêmios.

Estamos notificando neste momento cada um dos membros remanescentes do Conselho de Administração da Petrobras e toda a cúpula do CADE sobre a potencial responsabilidade concorrente deles nesta operação. A lupa da opinião pública, da imprensa, do Judiciário e do Legislativo (incluindo, mas não se limitando ao TCU) já está sobre cada um dos responsáveis por esta afoita e suspeita transação.

Jean Paul Prates,  Senador da República (PT-RN)

21
Jan20

O maniqueísmo barato de Dallagnol com a imprensa

Talis Andrade

Reportagem do ‘The Intercept’ confirma, uma vez mais, a maneira da Lava Jato lidar com a imprensa. Privilegia os que apoiam suas teses sem questionar. Não é e nunca será o caso do EL PAÍS

lava jato telegran dallagnol.jpeg

 

 

“Não daria o furo para eles”, disse Deltan Dallagnol em resposta a um pedido de informação feito em 30 de agosto de 2018 por Afonso Benites, correspondente do EL PAÍS em Brasília, conforme reportagem do The Intercept Brasil desta segunda. O jornalista solicitava uma declaração da força-tarefa da Lava Jato —o outro lado, como se diz, em jornalismo— diante de uma afirmação feita pelo advogado Rodrigo Tacla Durán, ex-executivo da Odebrecht, que se refugiou na Espanha quando a Lava Jato já estava em curso. Durán afirmava que a força-tarefa havia agendado uma audiência com ele em 2017, mas nenhum procurador apareceu. No dia 30 de agosto, os chats captados pelo The Intercept Brasil mostram como Dallagnol atuou para tirar o que, do seu ponto de vista, seria um “furo” do EL PAÍS para privilegiar outro veículo de sua preferência. No caso, O Antagonista.

“Furo”, no jargão jornalístico, é informação exclusiva. Há uma competição saudável pelo furo entre os veículos de comunicação no intuito de capitalizar primeiro a atenção do leitor para um determinado assunto. O The Intercept Brasil mostrou que o procurador tratou com desdém a solicitação do EL PAÍS por rotulá-lo de esquerda. "El País tem visão de esquerda”, disse ele ao procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, para justificar por que, deliberadamente, optou por dar a informação a outro veículo, sem que este a tivesse solicitado. Ou seja, usou da pesquisa de um para beneficiar outro. É como se um jornal usasse a investigação de um procurador e a passasse a outro para prejudicar a pesquisa do primeiro.

Diante dessa revelação, a pergunta é óbvia. Onde ficou a ética que o procurador diz pautar seu trabalho neste episódio? Desde quando sua interpretação sobre um jornal faz ele privilegiar este ou aquele veículo? Quando falamos de quanto a imprensa é desrespeitada e manipulada pelo atual governo, com escancaradas preferências por um ou outro jornal que não toca em assuntos que lhe desagradam, questiona-se qual diferença existe entre o joguinho de poder do presidente da República, Jair Bolsonaro, e a gestão de Deltan Dallagnol. Apenas que Dallagnol não faz essas distinções publicamente, ao contrário do presidente. Se criticar, é esquerda e inimigo. Se apoiar, é democrático, merecedor de suas respostas imediatas, informações e entrevistas exclusivas. Uma postura infantil, carente de honestidade e pouca afeita a sua auto-imagem proba.

A reportagem do The Intercept mostra também como Dallagnol procurou influenciar, através de O Antagonista, na nomeação da presidência do Banco do Brasil, evitando que Ivan Monteiro, braço direito do ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine, fosse indicado. Bendine chegou a ser preso pela Lava Jato. As manobras do procurador ajudaram a derrubar a indicação de Monteiro. Não teve sucesso na ânsia de encontrar elementos contra o ministro Gilmar Mendes, como mostrou o EL PAÍS em agosto do ano passado. Dallagnol buscava a suspeição ou até impeachment de Gilmar.

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O EL PAÍS acompanha a Lava Jato desde o início. Fez reiterados pedidos de entrevistas a Dallagnol, sem sucesso. Obteve uma exclusiva em 13 de agosto de 2015, sob o título “A Lava Jato traz uma esperança, cria um círculo virtuoso”. Fez outras entrevistas e publicou artigos também com outros procuradores de Curitiba ao longo dos anos, mas nunca deixou de ouvir os alertas de quem apontava falhas na operação. No segundo semestre do ano passado, foi atrás do The Intercept para pedir acesso às mensagens da Vaza Jato e desde então tem publicado matérias. Mas, antes mesmo de participar desse pool de veículos, já era visto com ressalvas pelo procurador, como se soube nesta segunda, dia 20.

Os chats confirmam o que era claro para a imprensa sobre o modus operandi da força tarefa, algo que a Folha de S.Paulo já havia mostrado em reportagem no mês de dezembro. A informação em si solicitada pela reportagem do EL PAÍS, mencionada pela reportagem do The Intercept desta segunda, não tem nada de extraordinário. Mas o chat tem o mérito de cristalizar uma vez mais o que sempre foi uma certeza entre jornalistas, porém, sem a prova concreta. Dallagnol é capaz de passar por cima do conselho de colegas e dos especialistas em comunicação que o rodeiam para atrasar o trabalho dos veículos que ele julga irem contra os objetivos da operação. Dallagnol ainda chama a solicitação do jornal de “mal intencionada”, num juízo de valor precário, bem abaixo do que se espera de uma pessoa que ocupa seu cargo.

Ao tentar apequenar o EL PAÍS, ele mesmo reduz seu tamanho. Intimidar-se por questões corriqueiras da imprensa, colocando um veículo como inimigo, é próprio de figuras limitadas, de pensamento binário. A democracia pregada pelo procurador parece que só vale para quem embarca em suas teses sem questioná-las, apesar das vozes jurídicas que o criticam —e apesar deste mesmo jornal ter dado espaço ao procurador e a seu time. É um maniqueísmo barato, mesclado com uma vaidade tosca que em nada colabora para uma investigação sadia.

A reportagem da Folha de São Paulo, do mês passado, mostrou que o então juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça, também tinha suas preferências na imprensa, e ajudou Deltan a privilegiar, mais de uma vez, alguns jornalistas em detrimento de outros para divulgar as operações com antecipação. Seu comportamento tirou dele a credibilidade de outrora, algo que ecoa até os dias de hoje. Será entrevistado ao vivo nesta segunda no programa Roda Viva, e as redes sociais fizeram barulho para saber se Moro teria ou não vetado algum veículo de estar presente na bancada de entrevistadores da TV Cultura.

O EL PAÍS sempre noticiou a Lava Jato norteado pela busca de coerência, tanto dos investigados como dos investigadores. O que é bem feito na operação tem de ser celebrado, e o que não condiz com as regras democráticas precisa ser questionado. O jornal nunca pregou o fim da Lava Jato ou coisa do gênero. Mas jamais deixaríamos de noticiar os atropelos da operação que juristas respeitados nos apontaram.

Isso é ser de esquerda e mal intencionado aos olhos do procurador? Ao seu julgamento, respondo com as mesmas palavras de Juan Luís Cebrián, fundador deste jornal, que é referência no mundo. “O EL PAÍS queria, quer ser e é um jornal que conta as coisas que interessam aos leitores e não se cala sobre as coisas que incomodam o poder”. Dallagnol tem poder e se incomoda conosco, como já deixou claro em mais de uma ocasião. O poder requer pessoas de visão abrangente, além de humildade e responsabilidade. Vão mexer com vidas, valores e o imaginário de uma nação. Ouvir o que não se gosta é um presente, senhor procurador. A partir da crítica lapidam-se crenças e princípios para entregar a verdade, e não narrativas convenientes, que fragilizam a ética e a Justiça.

 

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20
Jan20

Demori: nova Vaza Jato demonstra lobby entre jornalistas e procuradores

Talis Andrade

 

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247 - O jornalista do Intercept Brasil Leandro Demori destacou no Twitter que houve "lobby" entre jornalistas do site O Antagonista e procuradores da Operação Lava Jato. Demoro respondeu a uma pergunta feita por um internauta se não houve quebra de sigilo da fonte ao divulgar um trecho dos diálogos entre repórteres e membros da Lava Jato. 

"Boa pergunta. Resumindo: Não. Sigilo de fonte é direito do repórter, não obrigação dos demais. Mais: procurador derrubando presidente de estatal; jornalista instigando procurador a investigar desafetos; fazendo campanha com MPF; nada disso é relação com fonte. É lobby", escreveu o jornalista no Twitter. [Pode ser corrupção da grossa, acrescenta este correspodente. - Quanto custa na bolsa de valores de Nova Iorque, para um exemplo, a nomeação ou queda de um presidente do Banco do Brasil? Informação privilegiada a origem das maiores fortunas. Idem os empréstimos a fundo perdido]

De acordo com reportagem dos jornalistas Glenn Greenwald Rafael Moro Martins, Rafael Neves e João Felipe Linhares, "em fins de 2018, a força-tarefa municiou com documentos o site comandado pelos jornalistas Diogo Mainardi, Mario Sabino e Claudio Dantas para alimentar notícias que evitassem que o ex-presidente da Petrobras Ivan Monteiro ocupasse a presidência do banco. Monteiro era o nome mais forte entre os cotados para assumir o BB, uma escolha do ministro da Economia Paulo Guedes – a ele era dado o crédito por ter salvado as contas da Petrobrás".

"O comentarista Diogo Mainardi, dono e editor do site, acatou pedido de Dallagnol e parou de publicar notícias sobre um escândalo de corrupção que envolvia a Mossack Fonseca, um escritório de advocacia acusado de abrir empresas offshore no Panamá", continua o texto.

Leandro Demori@demori

Boa pergunta. Resumindo: Não. Sigilo de fonte é direito do repórter, não obrigação dos demais. Mais: procurador derrubando presidente de estatal; jornalista instigando procurador a investigar desafetos; fazendo campanha com MPF; nada disso é relação com fonte. É lobby. https://twitter.com/mfcordeiro2/status/1219263444576350208 

Mauro Cordeiro@mfcordeiro2
Respondendo a @demori

Não seria ilegal revelar a fonte jornalistica de outro veículo de imprensa? Inclusive com a conversa privada dessa fonte com o jornalista?

 

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12
Dez18

Parente e Monteiro convocados pela Justiça a explicar venda de ativos

Talis Andrade

A criminosa e vergonhosa tentativa de venda da Termobahia, dos Campos de Lapa e Iara e da TAG. Tudo a preço de banana no fim da feira do governo golpista de Temer

 

Bolsonaro-Entregando-a- Petrobras.jpg

 

Transportadora Associada de Gás estão dando a maior dor de cabeça para o ex-presidente da Petrobrás, Pedro Parente, e para o atual presidente da companhia, Ivan Monteiro. Eles foram convocados e terão que prestar esclarecimento à justiça federal nesta quinta-feira (13), às 14 horas. Parente será ouvido como réu na 19ª Vara Cível Federal de São Paulo, em três ações populares movidas pela advogada Raquel Sousa, da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). Por meio das ações populares, a FNP busca impedir a venda, sem licitação, da Termobahia (localizada no Município de São Francisco do Conde – BA); do campo de Lapa e da área de Iara (ambos localizados no pré-sal da Bacia de Santos); e da Transportadora Associada de Gás (TAG) – subsidiária integral da Petrobrás, que teve seu diretor Superintendente, Rogério de Mattos, profissional de larga experiência, substituído por um funcionário da área financeira na semana passada, por decisão do Diretor da Área de Abastecimento, Jorge Celestino, conforme o Petronotícias informou. A TAG – proprietária de gasodutos de cerca de 4,5 mil quilômetros de extensão, localizado principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Ivan Monteiro, atual presidente da Petrobrás, que também é réu nestas três ações, também será ouvido pela justiça federal no dia 6 de fevereiro de 2019, no Rio de Janeiro, quando não será mais o presidente da empresa.

Pedro-Parente-Deus-Mercado.jpg

 

 

Um dos objetivos da convocação de Pedro Parente e Ivan Monteiro é esclarecer uma parceria firmada com a empresa francesa TOTAL por valores considerados muito abaixo do preço real do que valem. No argumento da advogada Raquel Sousa, foi lembrado o envolvimento da gigante francesa em envolvimento de casos de corrupção em alguns países. Nos Estados Unidos, a TOTAL assinou um acordo de leniência reconhecendo a prática de Suborno e Corrupção Ativa, e aceitando pagar Multa de US$ 245 Milhões, por ter pago propina a políticos iranianos para obter a concessão do campo de Sirri e South Pars, o maior campo de gás do mundo; Na Itália, altos executivos da TOTAL foram presos por subornar políticos italianos, para obter a concessão do campo de petróleo de Basilicata, o maior campo de petróleo terrestre da Europa; Na França, a TOTAL foi condenada ao pagamento de Multa de US$ 825.000 por corromper funcionários do Governo do Iraque;

 

O histórico da Total chamou a atenção da justiça federal por terem comprado a Termobahia – dona das Termoelétricas de Celso Furtado e Romulo Almeida – e 35% da concessão de petróleo de Lapa e 22,5% da concessão de petróleo de IARA, por valores muito abaixo do mercado. Chamou a atenção pela Total comprar e quem na Petrobrás autorizou vender. Tudo está sendo apurado. A Reserva Medida do campo de Lapa monta a mais de Um Bilhão e Seiscentos Milhões de Barris de Petróleo; Já a área de concessão de Iara era a segunda maior reserva de petróleo do pré-sal, à época do negócio. A área de concessão de Iara é composta pelos campos de Sururu, Berbigão e Atapu, que possuem volumes recuperáveis estimados que superam 5 bilhões de barris de óleo de excelente qualidade. O Valor do barril do petróleo hoje está cotado a quase 61 dólares, significando que apenas os percentuais que estão sendo transferidos à TOTAL indicam quase 90 bilhões de dólares. Mas todo esse patrimônio foi vendido à TOTAL pelo valor de US$ 2,225 bilhões, sendo que destes, apenas U$ 1,675 bilhão à vista.

 

Pedro Parente e Ivan Monteiro, como réus, estão sendo convocados pela justiça federal para explicar porque queriam vender a Transportadora Associada de Gás (TAG) – a maior e mais nova malha de gasodutos do País, pelo valor equivalente a quatro anos de seu lucro líquido e com um contrato de aluguel nos mesmos moldes entabulados na venda de outra subsidiária no ano passado, a NTS, que foi comprovadamente prejudicial para a Petrobrás. Neste caso, a participação do atual diretor de Abastecimento, Jorge Celestino, ainda não figura como réu, mas a sua participação está sendo investigada. Após a venda da NTS, empresa similar à TAG, a Petrobrás desembolsou cerca de Um Bilhão de Reais em cada trimestre, desde o segundo trimestre de 2017 ao segundo trimestre de 2018, com o aluguel dos gasodutos, significando que em 18 meses todo o valor recebido com a venda, será gasto com o aluguel dos gasodutos, mesmo que ela não os utilize.Isso em razão do contrato de longo prazo com a nova proprietária, com a cláusula “Ship-or-Pay”, ou seja, a Petrobrás paga aluguel por toda a capacidade de transporte do duto, mesmo que não a utilize. A venda da TAG está suspensa por meio de decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

Parente em Nova Iorque com Moro.jpeg

 

Fonte: Petronotícias

 

 

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