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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

02
Fev22

Lula: Morte do jovem congolês "resultado de um país governado por um fascista e milicianos"

Talis Andrade

 

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Lula
@LulaOficial
O assassinato brutal do jovem Moïse, no Rio de Janeiro, na beira da praia, com um taco de beisebol, não é normal, não é humano. É resultado de um país que está sendo governado por um fascista e por muitos milicianos.

Eduardo Suplicy
Faço questão de estar presente ao ato de protesto por #JustiçaPorMoise, convocado pelas comunidade congolesa, movimentos imigrantes e movimentos negros de SP. Convido você a se juntar a nós no dia 5.02. Vidas Imigrantes Negras Importam!Image
PT na Câmara
BASTA! Bancada do PT aciona Comissão de Direitos Humanos do para acompanhar investigações e punir assassinos. Lideranças políticas e sociais protestam contra brutal assassinato do jovem congolês, Moïse Kabamgabe.

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Natália Bonavides
Racismo mata! O jovem congolês, Moise Kabagambe, foi torturado de maneira brutal até a morte por cobrar o salário atrasado. Ele e sua família são refugiados e vieram para o Brasil buscar acolhimento, mas receberam essa selvageria. Exigimos justiça!
Ana Júlia
levou um documento para a se posicionar sobre o possível crime de racismo e de xenofobia contra Moïse Mugenyl. É inadmissível uma pessoa negra ser espancada até a morte sem consequências. É preciso #JustiçaParaMoise 
Manuela
@ManuelaDavila
Absurdo, revoltante e inaceitável o caso do imigrante congolês Moise que estava apenas cobrando o pagamento de seu salário num quiosque na Barra da Tijuca e foi assassinado a pauladas. O racismo segue destruindo vidas em nosso país! Queremos justiça!
ImageSenador Humberto Costa cobra providências sobre assassinato do congolês Moïse
 (Foto: Roberto Stuckert Filho\Divulgação)

Por: Alana Taís /Diario de Pernambuco

O presidente da Comissão de Direitos Humanos, o senador Humberto Costa (PT), anunciou uma série de medidas que visam contribuir na busca e apuração dos fatos que levou a morte do refugiado congolês, Moïse Kabagambe, espancado em um quiosque na Barra, no Rio de Janeiro, no último sábado (29).
 
Segundo o senador, o que aconteceu com Moïse constitui um rompimento as leis dos direitos humanos, o que o fez notificar as autoridades aptas ao caso a colher mais informações a respeito do crime. 
 
Nas redes sociais, Humberto comentou que o Brasil é um país que costuma exibir o título de oportunidades e cordialidade, porém não providenciou uma ação firmemente diante ao ocorrido.
 
“É urgente apurar celeremente as circunstâncias da morte e punir de forma vigorosa os responsáveis, como um recado claro de que as instituições não permitirão nem sombra de impunidade em episódios dessa natureza”, disse o senador.
 
De acordo com o Estatuto dos Refugiados adotado pelo Brasil, é dever do Estado providenciar refúgio e garantir os direitos básicos a todos, sem exceção.
 
No Brasil como refugiado há 11 anos, Kabagambe trabalhava informalmente em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Com isso, ele era remunerado por diárias e foi ao local cobrar dois dias de serviço não pagos, logo após, foi espancado até a morte. 
 
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou a causa da morte como traumatismo do tórax, com contusão pulmonar, causada por ação contundente. O corpo do congolês, de 24 anos, foi encontrado amarrado em uma escada.
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22
Nov19

Jurista critica investida de Moro, chefe da Polícia Federal, para pressionar porteiro de Bolsonaro no caso Marielle

Talis Andrade

Para Irapuã Santana, professor de direito processual, investigar fala em que porteiro cita o presidente não cabe ao ministro da Justiça e Segurança Pública, chefe da Polícia Federal, mas ao STF ou à PGR

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Não cabe ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, interferir nas investigações sobre o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, após um porteiro citar o nome do presidente Jair Bolsonaro como ligado a um dos suspeitos de terem cometido o crime. É como avalia o advogado Irapuã Santana, doutorando em Direito Processual na UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e membro da Educafro. Santana já atuou como assessor do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux.

Depois de 595 dias, as investigações dos assassinatos, na noite de 14 de março de 2018, estão avançando. Na noite desta terça-feira (29/10), o Jornal Nacional, da Rede Globo, ligou o nome do presidente da república com uma suposta visita do ex-PM Élcio Queiroz ao condomínio onde Bolsonaro tem uma casa na zona oeste do Rio de Janeiro. No mesmo conjunto vive Ronnie Lessa, preso junto de Queiroz no dia 12 de março de 2019, suspeitos de terem cometido o crime. O ex-PM teria recebido aval da casa de Bolsonaro para entrar no condomínio e, depois, foi à casa de Lessa.

A denúncia gerou reação do presidente, atacando o jornalismo feito pela emissora em vídeo no Facebook (veja abaixo) diretamente da Arábia Saudita, onde faz visita diplomática ao príncipe saudita Mohammed bin Salman, acusado de mandar matar um jornalista. Além de criticar a Globo, Bolsonaro afirmou que o depoimento foi “ordem e determinação” do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), disse que a voz não era sua e ordenou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, interviesse. Por sua vez, Moro citou um “possível equívoco” na investigação da morte de Marielle e solicitou que a Procuradoria Geral da República, comandada por Augusto Aras, crie um inquérito para investigar o depoimento do porteiro do condomínio.

Para Irapuã Santana, não é Moro quem deve intervir na investigação, mas o STF (Supremo Tribunal Federal) ou a PGR (Procuradoria Geral da República). “No caso do [Sergio] Moro, temos a questão de que ele é o chefe da Polícia da Federal, que poderia alterar os pontos para puxar a atribuição do presidente. Não seria a justiça federal em primeira instância a verificar essa questão. Só a PGR junto ao Supremo para investigar alguma coisa”, explica.

 

Paloma Vasconcelos entrevista Irapuã Santana

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Ponte – Com o presidente na mesma semana atacando partidos políticos e o STF, e vendo seu nome envolvido numa investigação de homicídio, já se pode falar em impeachment? Em tese, haveria base jurídica para isso?
Irapuã Santana – Eu acredito que ainda não, porque não tivemos ainda um crime de responsabilidade dentro das partes da Constituição Federal. Mas é bom ficar realmente de olho com quebra de decoro, algo nesse sentido. O presidente chegou a apagar as postagens e isso é complicado. Mas por enquanto, particularmente, eu não consigo vislumbrar.

 

Ponte – E o que representa o nome do presidente aparecer nessa investigação sobre o assassinato de Marielle e Anderson?
Irapuã – Por enquanto ele foi mencionado e, agora, vai para o STF [Supremo Tribunal Federal] analisar se isso atrai a competência dele. Somente o Supremo para observar mesmo se isso gera alguma investigação ou não. Eles precisam checar o áudio do interfone e verificar se há o envolvimento direto do presidente.

 

Ponte – Segundo declarou, Bolsonaro foi avisado sobre a citação pelo governador do RJ, Witzel. O presidente acionou Moro para ouvir o porteiro e o ministro repassou o pedido de investigação sobre o depoimento à Procuradoria Geral da República. O que representa essas interferências? Isso é normal? 
Irapuã – Realmente as interferências institucionais são complicadas. Até por que é necessário termos uma independência ali da polícia e do Ministério Público para que eles possam promover as investigações de maneira que a Constituição estabelece. No caso do [Sérgio] Moro, ainda temos a questão de que ele é o chefe da Polícia da Federal, que poderia alterar os pontos para puxar a atribuição do presidente. A questão é que, como se colocou a questão do presidente, isso fica entre a PGR [Procuradoria Geral da República] e o Supremo. Não seria a justiça federal em primeira instância a verificar essa questão. Só a PGR junto ao Supremo para investigar alguma coisa. 

 

Ponte – O Psol, partido de Marielle, se posicionou contra a federalização do crime por temerem que a Polícia Federal interfira nas investigações de uma forma que alivie as denúncias sobre Bolsonaro. Qual o devido caminho para as investigações?
Irapuã – Nós ficamos entre a cruz e a espada. Querendo ou não, a Polícia Federal tem uma independência maior que a polícia e o Ministério Público do Rio de Janeiro. Temos um problema das milícias do RJ, em que deputados estaduais, governantes e autoridades estão envolvidas. Isso acaba trazendo um problema em relação às investigações. Federalizando o caso fica mais fácil de sair desses buracos que tem aparecido nas investigações e conseguimos enxergar o que tem acontecido de fato.

 

Ponte – Falando no estado brasileiro, você protocolou no início de outubro uma medida cautelar na CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) e uma petição na ONU (Organização das Nações Unidas), em nome da Educafro, denunciando o Brasil pela violência contra a população negra. Qual objetivo com essas ações?
Irapuã – Essa medida começou a ser elaborada quando a menina Ágatha foi morta, pois se verificou que a segurança pública dos estados tem sido desastrosas e vem vitimando várias pessoas inocentes. Com relação a isso, ficou a nossa indignação na Educafro e começamos a nos articular para promover e fazer um pedido de ajuda de maneira internacional. Verificamos que são questões relativas especificamente ao próprio estado brasileiro e que não temos a possibilidade de fazer uma queixa-crime. Por isso fomos atrás diretamente dessa medida cautelar visando uma manifestação da Corte Interamericana de Direitos Humanos e da ONU tendo em vista que o caso é urgente.

 

Ponte – Quais informações baseiam a denúncia?
Irapuã – 
Todos os dias estão morrendo um monte de gente, especificamente com esse recorte racial. Mais de 75% dos mortos são negros. Tudo isso dentro de uma instituição de pessoas que não tem nada a ver com a questão, que não estão em confrontos, que não são bandidos nem policiais. Isso tem a ver com a política pública de combate às drogas que está defasada. Por isso fizemos esse estudo mostrando que, mesmo que aumente a taxa de letalidade da polícia, isso não tem uma relação direta com a diminuição do número de crimes. Temos tentando demonstrar isso para criar uma política pública mais eficaz, mostrando que é possível sim combater o crime sem que haja danos colaterais tão expressivos como vem tendo.

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