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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

11
Jan23

OAB diz que é preciso encerrar no país os ataques à democracia

Talis Andrade
 
Móveis e janelas danificados no Palácio do Planalto. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
 
 

Bolsonaristas golpistas depredaram prédios do Congresso, Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), o que levou o presidente Lula a intervir na segurança local

 

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A direção nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou nota na qual conclamou que é “hora de encerar de uma vez por todas os intentos contra o Estado Democrático de Direito no país”. A entidade considerou inaceitável a invasão dos prédios públicos e os ataques desferidos contra os Três Poderes realizados neste domingo (8).

Bolsonaristas golpistas depredaram prédios do Congresso, Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), o que levou o presidente Lula a intervir na segurança local.

Por conta da situação, o ministro do STF Alexandre de Moraes afastou Ibaneis Rocha (MDB) do cargo de governador do Distrito Federal.

Leia mais: Poderes da República se unem em repúdio a golpismo em Brasília

“Além da depredação física, os ataques têm como objetivo o enfraquecimento dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e da Constituição Federal, que são os pilares do mais longevo período democrático da história brasileira”, diz a nota da entidade.

A OAB também cobrou ação das forças de segurança de acordo com as disposições legais. Somente assim será possível buscar a pacificação necessária ao Brasil. Para isso, é preciso que os artífices dos levantes golpistas sejam identificados e punidos, sempre tendo acesso ao devido processo, à ampla defesa e ao contraditório”, prosseguiu.

A Ordem lembrou ainda que as liberdades de expressão e manifestação, protegidas pela Constituição Federal, não incluem permissão para ações violentas nem para atentados contra o Estado Democrático de Direito.

“A Ordem acompanhará os desdobramentos do episódio e está pronta para atuar, de acordo com suas incumbências legais e constitucionais, em defesa das instituições republicanas e das prerrogativas de advogadas e advogados que trabalharem nos casos decorrentes dos eventos deste domingo, usando para isso, inclusive, ações judiciais”, finalizou.

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15
Jul22

Viúva de Bruno pede retratação de Bolsonaro, Mourão e do presidente da Funai

Talis Andrade
Antropóloga, mulher de Bruno Pereira mantém luta indigenista

 

O indigenista Bruno e o jornalista inglês Dom Phillips foram barbaramente assassinados numa emboscada quando retornavam de excursão pelo Vale do Javari, região com maior população de indígenas isolados do mundo

 

Beatriz Matos durante a audiência (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

 

A antropóloga Beatriz Matos, viúva de Bruno Pereira, pediu ao presidente Jair Bolsonaro (PL), o vice Hamilton Mourão e o presidente da Funai, Marcelo Xavier, que se retratem pelas declarações feitas sobre o trabalho do indigenista assassinado no dia 5 de junho, em Atalaia do Norte, no oeste do Amazonas.

Bruno e o jornalista inglês Dom Phillips foram barbaramente assassinados numa emboscada quando retornavam de excursão pelo Vale do Javari, região com maior população de indígenas isolados do mundo.

“Gostaria que o presidente do Brasil, o vice-presidente do Brasil e o presidente da Funai se retratassem em razão das declarações ridículas que fizeram. O presidente da Funai falou em ilegalidade da presença deles ali. O presidente da República falou coisas que eu me recuso a repetir aqui. Isso não é uma questão menor. É uma questão muito séria”, protestou Beatriz durante audiência na comissão temporária do Senado nesta quinta-feira (14).

Bolsonaro chegou a definir a excursão dos dois como uma “aventura não recomendada”. “Realmente, duas pessoas apenas num barco, numa região daquela completamente selvagem é uma aventura que não é recomendada que se faça. Tudo pode acontecer”, afirmou ao SBT.

Leia mais: Suspeito nega na PF ser mandante dos assassinatos de Bruno e Dom

Mourão disse que se há um mandante do crime contra o jornalista e o indigenista, “é um comerciante da área que estava se sentindo prejudicado pela ação principalmente do Bruno e não do Dom, o Dom entrou de gaiato nessa história. Foi efeito colateral”.

Embora Bruno e Dom estivessem na região de forma legal, o presidente da Funai declarou: “Esta não foi uma missão comunicada à Funai. A Funai não emitiu nenhuma permissão para ingresso. É importante que as pessoas entendam que quando se vai entrar numa área dessas, existe todo um procedimento”.

O indigenista Bruno Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips (Foto: Reprodução)

 

Falta de condolência

De acordo com ela, a família também não recebeu uma palavra de condolência dessas autoridades. “No funeral do Bruno, tinham representantes do governo municipal, do governado estadual, não tinha do governo federal. Com exceção de vocês senadores e dos deputados, na Comissão da Câmara também, a gente não teve nenhum apoio”, disse a viúva.

“O Bruno era um funcionário público dedicadíssimo, seriíssimo, hiper comprometido com o trabalho dele. Por isso que os funcionários da Funai estão indignados, estão em greve, estão em movimento”, considerou.

Para ela, o presidente da Funai acusa o funcionário no lugar de tomar para si a investigação, a proteção, a indignação, o cuidado com a família. “É indignante a falta de apoio que a gente teve da esfera [federal] deste país. É indignante. A gente viu a manifestação do primeiro-ministro britânico, sabem, enfim”.

Na ocasião, Boris Johnson, então primeiro-ministro do Reino Unido, declarou-se preocupado com o desaparecimento deles e disse que seu governo “estava pronto para dar apoio no que o Brasil precisar”.

 

Funcionários da Funai desprotegidos

 

Beatriz, que já trabalhou na região, protestou ainda pela falta um plano emergencial para a segurança do Vale do Javari.  “Os funcionários da Funai lá estão desprotegidos. O movimento indígena está desprotegido. Os próprios indígenas estão desprotegidos”, reclamou.

“É o lugar de vida dessas pessoas há milênios, há muito tempo. Antes de ter Brasil, os Marúbos estavam lá, construindo a sua vida, sua cultura, tudo que eles são hoje. Antes de ter a fronteira Brasil e Peru ali”, explicou a antropóloga.

Por fim, ela disse esperar que as mortes de Bruno e Dom, que comoveu o mundo, sirva para que se construa uma alternativa e melhore a vida dos que vivem na região. “É um absurdo o que está acontecendo ali neste momento! Então, a falta de ação imediata de um plano emergencial de segurança ali para os povos indígenas do Vale Javari e para os funcionários da Funai”.

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