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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

26
Mai22

Polícia Rodoviária Federal de Bolsonaro participa da chacina da Vila Cruzeiro e atualiza câmara de gás nazista para matar preso

Talis Andrade

Jair Bolsonaro decidiu imitar uma pessoa com falta de ar durante a crise de falta de oxigênio na pandemia da covid

 

O poderoso chefão

 

Nesta terça-feira (24), uma chacina realizada pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Vila Cruzeiro, Complexo da Penha, executou 25 pessoas negras, e feriu sete, gravemente no Rio de Janeiro.

Na Cidade e no Estado do Rio de Janeiro, os redutos eleitorais da família bolsonaro. Pelo Rio de Janeiro, Bolsonaro foi 28 anos deputado federal. O filho Flávio foi eleito deputado estadual duas vezes, e na última eleição senador. O filho Carlos, pelas urnas democrática e livres e transparentes, vereador no lugar da mãe. 

Rogéria Bolsonaro foi vereadora no Rio por dois mandatos, entre janeiro de 93 e janeiro de 2001. Em 1998, com a separação, perdeu o cargo para o filho Carlos Bolsonaro. 

O governo federal nada faz no Rio sem o mando presidencial, principalmente as polícias federais e milícias. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, um apagado fantoche. 

 

PRF mílícia das favelas do Rio

 

O ex-secretário nacional de Segurança Pública, José Vicente da Silva diz que “há muito o que ser investigado, principalmente pelo Ministério Público”, na chacina da Vila Cruzeiro.

“É uma operação fracassada. Morreu uma inocente. Em relação aos demais considerados suspeitos, ainda não dá para dizer que morreram só criminosos, ainda que haja constatação de que estavam fortemente armados, uma realidade de boa parte das favelas do Rio. Mesmo que apreendidos 13 fuzis, ainda assim não vale a morte de um inocente”, diz.

Ele afirma ainda que a PRF, ao participar da ação, estava descumprindo a lei. “Há uma questão nessa ação: o que estava fazendo a PRF lá? Decerto, estava descumprindo a lei pura e simplesmente, porque o artigo 144 da Constituição, que trata da incumbência das policias, diz que a responsabilidade da PRF são rodovias federais, só que na Vila Cruzeiro não passa nenhuma via federal. Não é a primeira vez que eles saem do policiamento ostensivo para policiamento ostentação, com roupas de combate. É necessário que o Ministério Público Federal veja isso”, ressaltou.

 

Asfixia o jeitinho bolsonarista de matar
 

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Por falta de UTI nos hospitais, de cuidados paliativos, dezenas e dezenas de brasileiros morreram asfixiados. Notadamente em Manaus. 
 
Sem ar, a morte mais horrenda, que Bolsonaro, fria, sem nenhum sentimento de compaixão pelo sofrimento do povo brasileiro, imitou. Coisa doentia de psicopata. 
 

Em meio à crise vivida no sistema de saúde por conta da pandemia de Covid-19, o presidente decidiu imitar uma pessoa com falta de ar para atacar.

A “imitação” acontece diante de um colapso no sistema de saúde. Com a falta de medicamentos necessários para a intubação com oxigênio.

“Se você começar a sentir um negócio esquisito lá, você segue a receita do ministro Mandetta, que antecedeu o general da ativa Eduardo Pazuello.  Você vai para casa, e quando você estiver lá… Ugh, Ugh, Ugh, com falta de ar, aí você vai para o hospital”, disse o presidente, imitando uma pessoa se sufocando. A cena aconteceu durante a live semanal do ex-capitão, nesta quinta-feira (18). Veja vídeos:

 
 
POLÍCIA ASFIXIA PRESO COM COCAÍNA
 
Na chacina da Vila Cruzeiro as polícias estadual (Bope) e federal (PRF) tortura e mata preso com o pó de coca do kit flagante. 
 
Thainã de Medeiros, de 39 anos, ativista do Coletivo Papo Reto e funcionário do gabinete da deputada estadual Renata Souza (PSOL) na Assembleia Legislativa (Alerj), gravou o momento em que um policial faz o disparo contra ele e um grupo de aproximadamente 30 moradores.
 
Tinha esse corpo ali, que a galera disse que estava na mata. Eu subi com a OAB [Ordem dos Advogados do Brasil] e, em determinado momento, a gente entendeu que a Defensoria [Pública] estava chegando e que seria importante eles presenciarem aquele corpo, porque ele estava com visíveis marcas de execução", informou Thainã.
 

O assessor disse que o rosto do cadáver tinha marcas de pó branco, e contou ter ouvido de moradores que o homem teria sido obrigado por PMs a comer cocaína. "A cara dele eu me lembro muito. A boca espumando...", acrescentou.

Thainã não soube dizer quem seria a homem, mas falou que uma irmã e a mãe da vítima apareceram momentos depois. Passados alguns instantes, a mãe teria decidido descer a favela com o corpo.

 

Homem asfixiado na viatura da PRF

 

Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, foi abordado por policiais rodoviários federais e colocado dentro de "câmara de gás" adaptada

Imagens assustadoras de um homem sendo colocado dentro de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF) cheia de fumaça chamaram atenção da Ordem dos Advogados do Brasil de Sergipe. Em nota, a instituição frisa que acompanha, “de forma vigilante, os desdobramentos das investigações sobre o episódio”.
 
 

Policiais rodoviários federais colocam homem dentro de "câmara de gás" improvisada em viatura

 

“A OAB Sergipe respeita as instituições, mas não compactua com qualquer tipo de violência ou de tortura, razão pela qual se manterá atenta à apuração da responsabilidade pela fatídica morte”, pontua a entidade.

Segundo laudo do Instituto Médico-Legal (IML) de Sergipe, Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda após abordagem violenta da PRF na quarta-feira (25/5). O homem faleceu depois que dois policiais o prenderam dentro de uma espécie de “câmara de gás” nazista montada no porta-malas de uma viatura.

Confira vídeo do momento:

Sâmia Bomfim
@samiabomfim
A tortura e morte de Genivaldo Santos em uma câmara de gás montada pela PRF em uma viatura é um crime bárbaro! Junto com a bancada do PSOL vou acionar o MPF por uma investigação rigorosa, além de cobrar da própria PRF todas as informações relacionadas aos responsáveis pela ação.
Natália Bonavides
@natbonavides
BARBÁRIE! Genivaldo de Jesus, homem negro, foi morto de forma brutal em Sergipe. Sufocado até a morte numa viatura policial transformada em Câmara de Gás. A estrutura racista não muda, só se adapta e segue espalhando ódio e crueldade. Justiça por Genivaldo!
 
23
Abr21

Paris Match retrata desigualdade abismal entre saúde pública e medicina de luxo em SP

Talis Andrade

Cemitério de Vila Formosa, o maior de São Paulo, acelerou abertura de covas diante dos recordes de mortes de Covid-19 no Brasil.Cemitério de Vila Formosa, o maior de São Paulo, acelerou abertura de covas diante dos recordes de mortes de Covid-19 no Brasil. AP - Andre Penner

 

A tragédia da epidemia de Covid-19 no Brasil é apresentada em uma reportagem de oito páginas na edição semanal da revista Paris Match. A chamada de capa "Hospital de ricos e inferno de pobres" prepara os leitores para um mergulho nas desigualdades aberrantes que enfrentam os moradores pobres de São Paulo infectados pelo coronavírus, enquanto a classe A se refugia no atendimento de elite do Hospital Israelita Albert Einstein. 

O hospital, localizado no bairro do Morumbi, abriu as portas para a publicação francesa. "Aqui se salva os ricos", escreve a Paris Match, exibindo em página dupla a imagem de um homem intubado, cercado por 12 médicos e enfermeiros, na UTI de Covid-19 do estabelecimento paulista. "Enquanto a taxa de mortalidade dos intubados no Einstein é de 40%, este percentual sobe para 80% nos hospitais públicos superlotados de São Paulo", informa a reportagem. 

"No Einstein, o paciente é rei e os serviços oferecidos são de um hotel cinco estrelas", nota a Paris Match. Além dos serviços de manobrista, heliponto, vários restaurantes e "escritórios de seguradoras de saúde com ares de agências bancárias", o que deixa a administração da instituição mais orgulhosa é a central de monitoramento que permite controlar os parâmetros vitais de cada paciente em tempo real. Esta excelência tem um custo que pode alcançar € 1.500 a diária, cerca de R$ 10 mil, relata a revista.

Mais adiante, a Paris Match mostra uma foto noturna do Cemitério da Vila Formosa, usado por famílias das classes C, D e E. O horário de funcionamento foi ampliado até 22 horas, para dar conta da demanda de vítimas da Covid-19. Na escuridão, famílias abraçadas acompanham um sepultamento. A publicação explica que os coveiros desse cemitério trabalham em ritmo frenético e chegaram a enterrar 420 cadáveres em uma noite. 

Paris Match lembra que o coronavírus foi introduzido no Brasil pela população mais rica, que pode se oferecer viagens para o exterior e os melhores serviços de saúde. Mas a primeira vítima oficial da doença foi uma empregada doméstica do Rio de Janeiro, contaminada por seu empregador. "Um símbolo devastador", observa a publicação. 

Para um brasileiro, essas observações podem parecer banais, mas para os franceses, que dispõem de uma rede pública hospitalar que dá atendimento gratuito a toda a população, sem distinção de classe social e renda, a medicina de luxo causa perplexidade.

Brasil contradiz ditado popular e impõe preço à vida 

Ouvido pela reportagem, o oncologista Drauzio Varella repete que esse vírus não é nada democrático. "Os ricos têm mais chances de se proteger do que os pobres, e o Brasil pagará nesta pandemia o preço de suas monstruosas desigualdades sociais", constata o médico. Um dado sanitário citado por Varella endossa esta realidade: 35 milhões de habitantes não têm acesso a água potável no Brasil, não tendo condições, portanto, de lavar as mãos para se proteger do vírus. 

A jornalista enviada ao país ressalta que os cientistas brasileiros não têm mais palavras para alertar sobre a gravidade da catástrofe, denominada de "Hiroshima brasileira" e "maior tragédia nacional". 

A revista prossegue sua longa reportagem lembrando a que ponto o negacionismo do presidente Jair Bolsonaro tornou o Brasil um pária internacional, uma fábrica de variantes temida em todo o mundo. Fala do pavor que tomou conta da classe A de São Paulo quando os leitos de UTI esgotaram no Einstein e foi preciso recusar pacientes até a direção abrir novas vagas.

Por fim, explica que os pacientes que possuem um seguro-saúde no Brasil devem depositar uma caução de R$ 30 mil (€ 4.500) na maioria dos hospitais particulares, antes de serem admitidos na UTI. Contrariamente ao ditado popular que afirma que a vida não tem preço, no Brasil ela tem, e o valor é 27 vezes superior ao salário mínimo, conclui a reportagem. 

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