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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

01
Set20

Dallagnol foi o primeiro alvo das nossas revelações, lembra Glenn Greenwald

Talis Andrade

dallagnol doudo por jaba no ceará .jpeg

 

 

O jornalista Glenn Greenwald, editor do Intercept, não acredita que o procurador Deltan Dallagnol tenha deixado o comando da Lava Jato em razão de problemas de saúde na família, como foi oficialmente alegado. Em posts no Twitter, ele afirmou que Dallagnol foi o primeiro alvo das revelações da Vaza Jato, série de reportagens que demonstrou abusos na condução da operação. 

A autodenominada Lava Jato, ou Liga da Justiça da República de Curitiba, acabou de podre. Basta investigar os traficantes de moedas Dario Messer e Tacla Duran que pagaram propinas para procuradores. 

"Essa é a famosa saída de fininho", comentou Tacla Duran. 

aroeira moro dallagnol.jpg

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20
Jul20

Quando o MPF cava a própria cova

Talis Andrade

camelo vaza verdade.jpg

 

 

III - As motivações políticas da Lava Jato

por ANA PAULA LEMES DE SOUZA / Carta Capital
 

- - -

O mesmo se diz quanto ao Ministério Público, com a indicação de Augusto Aras para a Procuradoria Geral da República pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), fora da lista tríplice, contrariando a autonomia do órgão que, desde 2003, é chefiado por pessoas que minimamente representam a investida democrática, já que a indicação presidencial se dá entre os três mais votados por processo de escrutínio interno da organização.

Ignorando completamente a lista e indicando Augusto Aras para o cargo de procurador-geral, trata-se de mais uma investida contra a autonomia do Ministério Público, mais uma queda para a Constituição da República, mais um ataque ao Estado democrático de direito. Isso sem contar o “duplipensar” inerente ao ato, já que, em que pese a defesa institucional do Ministério Público do meio ambiente e dos direitos das minorias, o escolhido eleito para representar essas defesas institucionais deve ser justamente aquele que não defende o meio ambiente e nem as minorias. O flerte de Augusto Aras com o cargo já tinha se tornado evidente há algum tempo, quando passou a declarar abertamente ser contra “ideologia de gênero” e assinou carta de compromissos com a Anajure – Associação Nacional de Juristas Evangélicos, em que se compromete a lutar por uma série de questões inclusive já pacificadas pelo STF – tal como atuar pela família monogâmica e heterossexual, contrariamente à posição do STF que aceita a relação homoafetiva, apoiar a “cura gay”, fora outras pautas igualmente bizarras, como o apoio às ideias de base da “Escola Sem Partido” e ao ensino religioso confessional nas escolas.

Ainda, deve ser lembrada a questão ambiental, que era fundamental para a escolha de Bolsonaro, pois o chefe da Procuradoria da República não deve ser “xiita ambiental” e deve tratar as “minorias como minorias”, coisa que Aras está bem “alinhado”, pois afirmou em abril desse ano que não se pode “radicalizar” a defesa do meio ambiente e da proteção aos povos indígenas, afirmações que, sendo missão institucional primordial do MP a defesa do meio ambiente e das minorias, deve ser radicalizado no sentido mais genuíno do termo. Ainda, afirmou que existem “minerais estratégicos” em reservas indígenas, discursivamente se relacionando aos desmontes ambientais que constituem o grande marco do governo de Bolsonaro. Esse “duplipensar” indica o pathos de desmonte generalizado, já que o mesmo ocorre em outros meios, inclusive com a nomeação de Marcelo Augusto Xavier da Silva, que assessorou a bancada ruralista e é declaradamente contra os indígenas e suas reservas, para chefiar o Funai – Fundação Nacional do Índio.

Cumpre observar que Augusto Aras é alinhado também da Lava Jato, indicando os membros higienistas da operação para compor sua equipe, tal como Thaméa Danelon, cujo o cinismo e mau caratismo vêm sendo dissecados pela “Vaza Jato”. Mais uma vez, é Dallagnol quem assume a postura neutral do Sirius e advoga apenas em causa própria, ignorando o desrespeito à lista tríplice do Ministério Público e defendendo “ação conjunta” com Aras, convocando seus pares zumbificados e mortificados para levantar do túmulo, afinal, tudo vale pela sua pseudo-luta “contra” a corrupção; é questão de fé, mesmo que isso signifique, no dizer popular, “vender a alma para o diabo”, pois, ao que tudo indica, os portões infernais já foram abertos.

Por fim, cumpre observar que, em que pese a própria cova que o Ministério Público tem cavado para si próprio, ainda leva junto consigo a Constituição. É claro que a definição do que o direito é nunca é neutra. Ela é historicizada e confere direitos e deveres aos seus autores. Ela ao mesmo tempo exclui e inclui, proíbe e cria um modelo. Mas alimentar politicamente as organizações do direito é dotar a política de novas formas de ingresso na disputa, o que – deveria ser desnecessário dizer! – é uma relação duplamente perigosa, tanto para a legitimidade do direito, quanto para a política. E salve-se quem puder: as fumaças escuras parecem nunca nos abandonar, enquanto as covas são incansavelmente abertas.

 

 

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28
Mai20

Bolsonaro é Moloque, o deus que exigia o sacrifício de vidas

Talis Andrade

The statue on display at the Roman Colosseum is similar to this depiction of the pagan deity Moloch from the National Cinema Museum in Turin, Italy. | Wikimedia Commons/Jean-Pierre Dalbéra

Estátua do deus Moloque no Coliseu, Roma
 
 
por Alexandre Gonçalves 
The Intercept
___

RECENTEMENTE, em mais um ato de notório apelo ao apoio dos cristãos no Brasil, Bolsonaro nomeou como ministro da Justiça e Segurança Pública o “terrivelmente evangélico” pastor presbiteriano André Mendonça. Ele não foi nomeado pelos seus conhecimentos na área de segurança pública. Aliás, segurança pública, principal área do ministério a ele entregue, nunca foi sua área de especialização. Servidor público de carreira na Advocacia-Geral da União, coube a ele, como chefe da AGU, defender os atos de Bolsonaro durante esse período de pandemia.

Fez a AGU divulgar nota alertando que iria à justiça caso governadores adotassem medidas coercitivas extremas, como a prisão dos que desrespeitavam a quarentena, desautorizando ações como a do governador de São Paulo, João Doria.

Faz parte das competências da AGU defender a administração pública, mas isso deve se dar dentro do princípio constitucional da moralidade e do interesse público. Defender ações do governo que vão de encontro a todas as ações mundiais no combate ao coronavírus não estão dentro daquilo que podemos chamar de uma defesa pautada nos mais caros princípios da moralidade e do interesse público.

Qual é a relevância dessa nomeação neste momento? O pastor André Mendonça não foi escolhido pelo seu currículo no serviço público. Foi selecionado por pertencer a uma ala da igreja evangélica, ainda majoritária, que defende Bolsonaro com um messianismo jamais visto na igreja evangélica, pelo menos nestes meus mais de 25 anos como pastor. O primeiro sinal claro dos motivos dessa escolha foi seu primeiro pronunciamento quando assumiu o cargo. Mendonça usou um termo bastante conhecido pelos evangélicos ao se referir a Bolsonaro: profeta.

Além do agradecimento beirando à adulação, prática comum daqueles que veem a carreira pessoal como um fim em si mesmo, o novo ministro da Justiça fez uma menção teológica das mais vergonhosas, em um tom para alcançar a massa evangélica que ainda apoia cegamente o presidente. A fala absolutamente vergonhosa destoa completamente do linguajar e estilo de um pastor e teólogo oriundo de uma igreja tradicional reformada. Poderia ser dita por pastores como Robson Rodovalho, da Sara Nossa Terra, ou pelo excêntrico “apóstolo” Agenor Duque, da Plenitude do Trono de Deus, ambos neopentecostais, mas não combina com um presbiteriano, o que torna a situação ainda mais escandalosa.

O pastor André Mendonça sabe exatamente o que é um profeta. Também sabe o peso de suas palavras para os evangélicos quando ele, pastor de uma denominação histórica e respeitável como a Igreja Presbiteriana do Brasil aponta para um homem como Bolsonaro e o chama de profeta. Esse peso toma ares de autoridade também pelo fato de ele ser agora o titular de um dos mais importantes ministérios da República. Ele sabe que profeta, em seu sentido bíblico, era alguém levantado por Deus para denunciar os desvios dos poderosos durante o período de Israel no velho testamento. Profetas bíblicos como Amós (4:1) que combateu os poderosos que oprimiam os pobres com palavras fortes:

Ouçam esta palavra, vacas de Basã, vocês que estão no monte de Samaria, que oprimem os pobres, esmagam os necessitados e dizem aos maridos: ‘Tragam vinho e vamos beber!’ O Senhor Deus jurou pela sua santidade que virão dias em que vocês serão arrastadas com ganchos; até as últimas de vocês serão levadas com anzóis de pesca. [Continua]

 

 

 

 
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