Jornalista se refere ao Incêndio no Planalto que se concentrou em uma das garagens da Coordenadoria de Transportes
247 -Neste sábado (19),um incêndio aconteceu na garagem do Palácio do Planalto. O fogo se concentrou em uma das garagens da Coordenadoria de Transportes do Planalto (Cotran), onde ficam os carros da Presidência da República.
O jornalista Ricardo Noblat ironizou o fato em um comentário em suas redes sociais.
"Incêndio na garagem do Palácio do Planalto ou queima de arquivos? Nunca se sabe", escreveu.
Em 25 de janeiro, no primeiro mês do governo Bolsonaro, o rompimento da barragem da MinaCórrego do Feijão, operada pela Vale, resultou na morte de pelo menos 270 pessoas. Trata-se da maiorcatástrofe ambiental provocada pela ação humana em solo brasileiro. "A pior do mundo em 3 décadas" informou em manchete a BBC de Londres.
Fevereiro, 08: Dez pessoas morreram e quatro ficaram feridas em um incêndio de grandes proporções noCentro de Treinamento Ninho do Urubu, do Flamengo, em Vargem Grande, no Rio de Janeiro. As chamas começaram por volta das 5h. A maioria dos mortos era de adolescentes jogadores da base do time carioca, entre 14 e 17 anos. O alojamento, onde ficavam atletas da base cujas famílias moravam longe ou fora do Rio de Janeiro, foi totalmente destruído pelas chamas.
Março, 13: Em Suzano, a 50 km de São Paulo,dois atiradoresentraram em uma escola e dispararam contra alunos e funcionários. Cinco estudantes, uma diretora e uma coordenadora da escola foram assassinados pelos ex-alunos Guilherme Taucci Monteiro, 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25.
Obedecendo a um pacto de morte, ambos se suicidaram assim que a PM chegou à instituição de ensino. Antes, Guilherme já havia matado o tio, Jorge Antônio de Moraes, 51 anos, alvejado no escritório da loja de veículos dele.
Setembro, 12: Umincêndio atingiu o Hospital Badim, na rua São Francisco Xavier, no Maracanã (zona norte doRio de Janeiro). Os bombeiros confirmaram que 12 pessoas morreram. Ao todo, 103 pacientes estavam internados na unidade no momento do incêndio.
Segundo o que funcionários relataram à polícia e publicações nas redes sociais, o incêndio teria começado por volta das 18h15 em um prédio antigo onde funcionava o setor de laboratórios do hospital.
Dezembro, 1º: Uma perseguição policial com troca de tiros durante umbaile funk em Paraisópolis, zona sul de São Paulo, deixou nove pessoas mortas após serem pisoteadas. Outras sete ficaram feridas. Segundo a polícia, os militares realizavam a Operação Pancadão na região, quando dois homens em uma motocicleta atiraram contra os PMS. Após os disparos, a moto fugiu para o baile funk.
Com isso, os agentes começaram a perseguir os suspeitos, que entraram na festa que reunia cerca de cinco mil pessoas. Os jovens foram pisoteados e a maioria morreu por asfixia e trauma na medula. Um vídeo gravado de uma casa da região mostra a movimentação da polícia e também a correria das pessoas que estavam na noitada. Veja:
Importantes livros historiam a desumanidade capitalista, a crueldade assassina do neocolonialismo, a ambição das minineradoras estrangeiras, o entreguismo dos governos de Minas Gerais e do Brasil
Para passar a boiada do ministro Ricardo Salles, o governo Bolsonaro iniciou a destruição da maior floresta tropical do mundo, com o fogo e a serra elétrica o desflorestamento da Amazônia, a contaminação dos rios com o mercúrio da mineração invasora e ilegal, a violência relacionada à regularização fundiária, demarcação de terras e reforma agrária na Amazônia Legal e no Cerrado. O holocausto, o genocídio dos povos indígenas. (Continua)
O fogo nos consome. Queimam os sabiás, as palmeiras de Bilac, as onças do Pantanal, a maçaranduba, o cedro, os jatobás de nossa Floresta Amazônica. O hospital público deficitário arde em chamas e respira por aparelhos, num esforço desesperado para, mesmo sem fôlego, salvar nossas vidas secas. O incêndio não é desastre, é projeto. A Pátria é o butim que eles golpeiam, esquartejam, repartem.
Como hienas famintas, se atiram sobre nossas carnes. Um quer o Banco Central pra dividir com seus cupinchas. Outro quer dar o sistema de saúde pros comerciantes da dor, nem que para isso se redija nova Constituição. O senador pleiteia o aquífero pra sua multinacional vender em garrafas plásticas. O Pré-sal já se foi, junto com nossas esperanças equilibristas...
Enquanto isso, o “imperador piromaníaco”, assim tão bem definido por seu ex-porta voz, toca sua harpa em desafino com a vida, e “o coral dos puxa-sacos cada vez aumenta mais”.
Quando partirem, nos deixarão a carcaça atirada na caatinga, como no quadro de Portinari. E nós, brasileiros, condenados a sermos eternos retirantes, passeando nossa desgraça ante os olhos distantes de robustos espectadores estrangeiros, que assistem pela TV ao holocausto do Terceiro Mundo, como seriado da Netflix.
“Não aceitamos o uso da força e a truculência policial contra os trabalhadores – inclusive com ameaçadores voos rasantes de helicópteros e o incêndio de escola e de moradias. A violência da PM-MG merece a condenação de toda a sociedade brasileira, especialmente num momento em que precisamos de união para enfrentar a Covid-19 e suas consequências na vida do povo”, afirma manifesto do PT, assinado pelos líderes na Câmara, Enio Verri, e no Senado, Rogério Carvalho.
A Direção Nacional do PT junto com suas bancadas na Câmara do Deputados e no Senado Federal repudia veementemente a violência da Polícia Militar de Minas Gerais, com a conivência covarde do governador Romeu Zema (Novo), contra as famílias do assentamento do MST Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio, Sul de Minas.
A decisão de promover o despejo de 450 famílias, com base em ordem judicial desumana e arbitrária, atenta contra os direitos humanos, já que expõe centenas de crianças e adultos- entre eles dezenas de idosos – à pandemia de Covid-19.
Não aceitamos o uso da força e a truculência policial contra os trabalhadores – inclusive com ameaçadores voos rasantes de helicópteros e o incêndio de escola e de moradias. A violência da PM-MG merece a condenação de toda a sociedade brasileira, especialmente num momento em que precisamos de união para enfrentar a Covid-19 e suas consequências na vida do povo.
Nos solidarizamos com os trabalhadores do assentamento e conclamamos, mais uma vez, as autoridades do Judiciário e o governador de Minas a suspenderem a desocupação da área ocupada há mais de 20 anos pelas famílias, em projeto exemplar, na qual sobrevivem com base na produção de alimentos orgânicos.
Dez jovens entre 14 e 16 anos foram mortos no Rio de Janeiro, vítimas de um incêndio no CT do Flamengo, em Vargem Grande, zona oeste da cidade, no dia 8 de Fevereiro, sexta-feira. O tema ganhou repercussão e entre os comentários sobre o fato surgiram manifestações racistas contra os garotos.
O tom de pele dos jovens e o fato de terem sido carbonizados motivaram alguns comentários. “Já ouvi falar em churrasquinho de gato, agora de urubu é a primeira vez”, “Os mulambento amanheceu pegando fogo” e “Dizem que esse jogador teve 40% do corpo queimado. Acho que é 100%” foram alguns dos comentários.
Comentário racista nas redes sociais contra meninos vítimas de incêndio no Rio de Janeiro (Imagem: Reprodução/Facebook)
Dos dez jovens vítimas do incêndio no Rio de Janeiro, oito são negros.
O nome de todos os mortos são: Arthur Vinícius, Athila Paixão, Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Gedson Santos, Jorge Eduardo, Pablo Henrique, Rykelmo Viana, Samuel Thomas Rosa, Vitor Isaías. Três jovens ainda estão internados: Kauan Emanuel, Francisco Dyogo e Jonatha Ventura.
Os adolescentes estavam no clube no período de exames fisiológicos. Depois da última atividade no dia 7 de Fevereiro, quinta-feira, a maior parte dos atletas retorno para suas casas, por conta de folga dada pelo Flamengo. Parte dos jovens ficou no Rio de Janeiro e se utilizou das instalações do Centro de Treinamento.
A estrutura do Flamengo não possui licença para dormitório e nem a Certificado de Aprovação do Corpo de Bombeiros, segundo a prefeitura da cidade e a Secretaria de Defesa Civil.
Kherima tinha os membros enfaixados separadamente, um estilo diferente do que era comum na época em que fora embalsamada
Entre os 20 milhões de itens que compunham o acervo do Museu Nacional e que foram consumidos pelo fogo no incêndio que começou neste domingo, um em particular despertava grande curiosidade entre os visitantes - e não apenas por sua raridade.
A múmia egípcia Kherima, com cerca de 2 mil anos, foi trazida ao Brasil em um caixote de madeira em 1824 pelo comerciante Nicolau Fiengo. Dois anos depois, foi oferecida em leilão e arrematada por Dom Pedro 1º, que a doou ao então Museu Real, fundado em 1818 e instalado à época no Campo de Santana, na região central da cidade do Rio de Janeiro.
Kherima destacava-se por apresentar membros enfaixados individualmente e decorados sobre linho, o que lhe dava aparência similar à de uma boneca - um estilo de mumificação diferente do da época, menos detalhista, em que os corpos eram "empacotados". Além dela, há apenas nove múmias desse tipo no mundo.
"Esse era um exemplar muito importante, por conta do tipo de enfaixamento, que preservava a humanidade do corpo; no caso, o contorno do corpo feminino", diz à BBC News Brasil Rennan Lemos, doutorando em Arquelogia na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e pesquisador-associado do Laboratório de Egiptologia do Museu Nacional (Seshat).
No entanto, não era apenas essa característica que atiçava o interesse do público. Relatos de quase 60 anos atrás dão conta que Kherima teria provocado transe em quem se aproximava dela. Transcrevi trechos
Apenas as paredes do Museu Nacional continuam de pé
por André Shalders - BBC
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Mesmo detendo um acervo de 20 milhões de itens, o Museu Nacional custava muito pouco para o governo federal - especialmente quando seus custos são comparados a outros da máquina pública.
Os R$ 268,4 mil gastos pelo Museu em 2018 até agora equivalem, por exemplo, a menos de 15 minutos de gastos do Congresso Nacional em 2017, por exemplo - Câmara e Senado custaram R$ 1,16 milhão por hora no ano passado, segundo levantamento da Ong Contas Abertas, especializada em acompanhar os gastos do governo.
Todos os dados relativos ao Museu Nacional nesta reportagem foram levantados pela reportagem da BBC News Brasil por meio do Siafi.
A comparação com o Poder Judiciário é ainda mais desfavorável: os mesmos R$ 268,4 mil seriam capazes de manter a máquina judiciária funcionando durante menos de 2 minutos em 2017 - no ano passado, a Justiça brasileira custou R$ 90,8 bilhões, segundo o relatório Justiça em Números, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
De tudo que foi gasto pelo Museu Nacional este ano, uma parcela muito pequena - R$ 31,3 mil - foi usada para manutenção física e reformas do prédio onde a instituição funcionava, no parque da Quinta da Boa Vista, no Rio. Transcrevi trechos
Com a palavra: Gregorio Duvivier Fahrenheit 451. “queimar era uma delicia”. Que distopia perfeita o Brasil. o proprio nome já remete à brasa. A gente queima coisa demais pra ser por acaso. Queima museu queima teatro queima floresta queima índio queima morador de rua. Incêndio por aqui é um plano de governo, uma ideologia, um legado, uma promessa de campanha, um projeto de país. Foram 518 anos de queima de arquivo. Isso aqui ainda vai virar um pasto. Só gado e soja e segurança armado e uns drone tacando veneno.
O fogo que consumiu o Museu Nacional brasileiro de 200 anos é uma metáfora cruel e gráfica de uma tragédia maior do que a vida.
O Museu Nacional queimou como resultado direto da atual austeridade estrutural imposta pela - quadrilha ilegal que apreendeu o poder no golpe institucional-Político-Judiciário, a variante mais sofisticada ainda de guerra híbrida implantada em todo o sul do mundo .
Uma das primeiras medidas desta humilde quadrilha neoliberal uma vez no poder foi uma emenda constitucional congelando as despesas públicas por 20 anos.
A queima de pedaços vitais da memória coletiva brasileira histórica é uma metáfora trágica para a queima lenta de toda uma nação.
Está na hora de transmutar imensa tristeza em raiva. Raiva, raiva dura - e atira os malandros para fora.
A lógica criminosa da republiqueta: cada juiz brasileiro custa muito mais do que se gastava com a manutenção anual do Museu Nacional e seus 200 anos de memória, tragicamente consumidos pelo fogo. Em média, o Poder Judiciário gastou com cada juiz do país R$ 48,5 mil por mês em 2017 – R$ 582 mil no total, segundo números do Conselho Nacional de Justiça. Enquanto isso, há pelo menos três anos o Museu Nacional vinha recebendo apenas cerca de 60% da verba de R$ 520 mil anuais que mal bancava a manutenção da mais antiga instituição científica brasileira. Em consequência, diversas salas de exposição estavam fechadas, e menos de 1% do acervo era exposto ao público – e a degradação era evidente: até fios elétricos estavam expostos.
Com a tragédia do museu, os brasileiros perdem um acervo de cerca de vinte milhões de itens – um patrimônio histórico não apenas do Brasil, mas da humanidade.
Mas os juízes brasileiros acabam de garantir pelo menos mais 8 bilhões de reais em proventos no orçamento do próximo ano: na semana passada, o desgoverno Michel Temer fechou acordo com o STF para conceder reajuste de 16,38% para o Judiciário federal. In Cartas da Suécia