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O CORRESPONDENTE

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O CORRESPONDENTE

17
Jul21

Outro empresário bolsonarista na mira da CPI

Talis Andrade

 

por Altamiro Borges

Depois do fujão Carlos Wizard e do "Véio da Havan", mais um empresário bolsonarista está na mira da CPI do Genocídio. O site Metrópoles informa que a comissão deseja investigar o Instituto Força Brasil, uma sinistra entidade que tem como vice-presidente o picareta Otávio Fakhoury, acusado de financiar disparos de fake news em plena pandemia da Covid-19.

A proposta de apurar as sujeiras da ONG foi apresentada pelo vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). "Esse Instituto Força Brasil tem feito campanhas negacionistas em relação à pandemia, em relação às vacinas, e intermediou um negócio para uma vacina fake. Um golpe". A entidade teve as portas abertas no laranjal bolsonariano. 



O sinistro Instituto Força Brasil


Conforme lembra o site, “o representante da Davati Medica Supply, Cristiano Carvalho, afirmou, em depoimento, que em 12 de março teve uma reunião com o Ministério da Saúde para tratar da venda de vacinas. Ela teria sido mediada pelo reverendo Amilton de Paula, da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), e pelo coronel Hélcio Bruno, do Instituto Força Brasil”. 

Cristiano Carvalho chegou a afirmar que o advogado da entidade dirigida por Otávio Fakhoury foi buscá-lo no aeroporto e o levou a uma reunião anterior na sua sede. “O Instituto Força Brasil, a meu ver, foi o braço que a Senah utilizou para chegar frente a frente com [o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde] Elcio Franco”, afirmou o depoente. 
 
Além disso, conforme enfatiza o senador Randolfe Rodrigues, “os personagens desse instituto são investigados na CPMI das Fake News. Encontramos um meandro entre o papel das fake na pandemia e a atuação de alguns destes no apoio ao governo”. O ricaço bolsonarista Otávio Fakhoury também deve estar com nó nas tripas – como seu ídolo hospitalizado. 
 
Image
Defensor da ditadura militar e de armas


Vale recuperar um perfil traçado pelo jornal O Globo, em maio do ano passado, sobre o empresário fascista e bravateiro. Diz o jornal: 

“O investidor Otavio Fakhoury, 45 anos, trabalhou no mercado financeiro, foi sócio da Mauá Investimentos e hoje atua com um fundo próprio, que investe em imóveis. Colecionador de armas e frequentador de clubes de tiro, costuma chamar atenção até mesmo de seus pares conservadores pela defesa do período da ditadura militar, a quem atribui boa parte do desenvolvimento do país. Fakhoury se define como anticomunista, antiglobalista e apoiador voluntário de movimentos conservadores. Agitado e falante, costuma andar armado”. 

“É apontado como financiador do site conservador Crítica Nacional, editado por Paulo Eneas, que ao lado do Vista Pátria, de Allan Frutuoso, foram apontados pelo deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), que rompeu com Bolsonaro, como parte de um esquema que cria e replica campanhas de ódio ou difamação atribuídas ao chamado ‘gabinete do ódio’, comandado pelos filhos do presidente”.

 

30
Mar19

Bolsonaro um presidente vingativo capaz de perseguir humildes servidores que cumprem a lei

Talis Andrade

Ibama exonera funcionário que multou Bolsonaro por pesca em área protegida

 

Fabrício-Queiroz- jair Bolsonaro-.jpg

Multa já havia sido anulada em dezembro pela superintendência do órgão no Rio de Janeiro, após a vitória eleitoral de Bolsonaro
 
 
De origem pobre, o pai era protético, Jair Bolsonaro financiou os estudos pescando e vendendo peixes. 
 
 
Escrevem Tom C. Avendaño e Naiara Galarraga Gortázar, em El País: "Para cumprir sua obsessão e entrar no Exército, o jovem Bolsonaro necessitava de duas coisas que não possuía na época: dinheiro e estudos. Para o primeiro, contava com um sócio: seu melhor amigo, Gilmar Alves. 'Compramos uma vara e fomos pescar para vender: todo dia a gente ia para o rio, com frio ou calor', recorda Alves, hoje com o cabelo completamente grisalho, sentado num bar de Registro, cidade próxima a Eldorado, onde vive." Continue lendo. Uma história que mostra que Bolsonaro é uma pessoa falsa, sem amigos, sem palavra. Veja que Bolsonaro esperou oito anos para uma vingança contra um pequeno e humilde funcionário: 

 

José Olímpio Augusto Morelli, o servidor do Ibama que em 2012 multou o presidente Jair Bolsonaro (PSL), foi exonerado nesta quinta-feira (28) pelo órgão ambiental do governo federal. A multa, no valor de R$ 10 mil, foi aplicada porque o então deputado federal foi flagrado pescando na Estação Ecológica de Tamoios (Esec), uma área protegida em Angra dos Reis (RJ).  

Funcionário concursado, Morelli estava desde 2017 no cargo comissionado de chefe do Centro de Operações Aéreas do Ibama, subordinado à Diretoria de Proteção Ambiental. Há outros oito servidores no mesmo nível hierárquico dessa diretoria, mas até o momento Morelli foi o único exonerado pelo governo de Bolsonaro.

Na época da multa, em 25 de janeiro de 2012, Morelli fez o auto de infração e o relatório do flagrante de Bolsonaro. A situação irritou o atual presidente, que dois meses depois fez um pronunciamento duro contra o servidor no plenário da Câmara dos Deputados. 

“Fui abordado por um barco do Ibama. A primeira coisa que falou pra mim foi, que estava com duas pessoas da região, é: ‘sai!’. Esse cidadão aqui, repito o nome dele, José Augusto Morelli, falou: 'Sai! Aqui, ninguém pode pescar, seja deputado ou não seja, porque o decreto que vocês votam tem de ser respeitado'. Eu fui obrigado a responder no mesmo tom, adjetivando o senhor Morelli e dizendo que não votamos o decreto. Eu vou pescar no Carnaval lá. E não venham com ignorância porque o bicho vai pegar”, disse Bolsonaro na ocasião. 

Em dezembro, após a vitória de Bolsonaro na eleição presidencial, a multa foi anulada pela superintendência do órgão no Rio de Janeiro. Durante a campanha, Bolsonaro criticou com frequência o que define como uma “indústria da multa” do Ibama. A partir de uma notícia do RBA. Nas fotos, Bolsonaro com Fabrício José Carlos de Queiroz, famoso por ter depositado um cheque, no valor de cinco mil reais, na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro, e por suas ligações, mais do que perigosas, com o senador Flávio Bolsonário e o Escritório do Crime.

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Jair Bolsonaro e Fabrício José Carlos de Queiroz, suspeito de ser da milícia Escritório do Crime 

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