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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

17
Fev23

O papel do general Augusto Heleno na tentativa de golpe em 8 de janeiro

Talis Andrade

 

por Germano Oliveira & Marcos Streckeri /IstoÉ

Os inquéritos sobre os ataques de 8 de janeiro exibem números impressionantes. Dos 1.398 presos, a Procuradoria-Geral da República (PGR) já denunciou 835. Destes, 645 são classificados como “incitadores”, 189 como “executores” e 1 é um agente público citado por omissão. Mas nenhum militar entrou na mira da PGR. Em breve as apurações sobre a invasão à sede dos três Poderes tomarão um novo rumo. Também será averiguada a participação dos generais mais próximos a Jair Bolsonaro. Entre eles, destaca-se aquele que tinha o controle sobre o aparato de segurança e informações do governo e era o responsável por órgãos que deveriam ter se antecipado aos acontecimentos e agido diante dos riscos de ataque: o general Augusto Heleno. Ele deve ser investigado por seu papel como um dos mentores intelectuais do golpe de 8 de janeiro.

O general deixou no final de dezembro a chefia do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que controlava a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Será investigado porque desmontou o GSI para que o órgão ficasse totalmente inerte no dia 8. Tirou militares de posições importantes do órgão e da Abin para deixá-los sem reação. “Heleno foi de uma conivência abissal”, diz um ministro do Supremo. O militar só deixou gente da confiança dele nos principais postos, e essa ação foi o que mais contribuiu para a falta de um projeto de reação do governo no dia do golpe.

A faixa "intervenção militar" uma mostra do planejamento da invasão terrorista

 

Muitas dúvidas ainda pairam sobre a atividade dos subordinados no dia dos atentados. Um dos homens de confiança de Heleno, o coronel do Exército José Placídio Matias dos Santos, participou dos eventos e pediu nas redes sociais que as Forças Armadas “entrassem no jogo, desta vez do lado certo”. Ainda conclamou o então comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, a “cumprir o seu dever de não se submeter às ordens do maior ladrão da história da humanidade”. O oficial depois apagou as mensagens, mas o recado foi dado. Há muitas questões não esclarecidas. No dia da invasão, o secretário do Consumidor do Ministério da Justiça, Wadih Damous, denunciou em um vídeo o roubo de armas e munições em uma sala do GSI no Planalto. Segundo ele, os invasores tinham informação de que naquele local havia armamentos e documentos. “Isso significa informação.” Também há relatos de que militares do GSI tentaram facilitar a saída de depredadores pelo térreo do prédio, sem serem presos.

NO STF Ministro Alexandre de Moraes: relator de inquéritos sobre ações contra a democracia (Crédito:Adriano Machado)

 

Personalidades do mundo jurídico destacam o papel central de Augusto Heleno na preparação para o golpe, mas dizem que será difícil caracterizar o papel do militar encontrando ordens executivas de sua autoria ligando-o aos eventos. Por outro lado, sua culpabilidade poderá ser fundamentada pela conivência ou pelas falhas deliberadas na estrutura que montou e comandou para garantir a segurança da Presidência – e que deixou de atuar no 8 de janeiro. Mas a omissão é um crime difícil de provar. Será preciso averiguar “de baixo para cima” a cadeia de comando para identificar as responsabilidades.

O ex-ministro do GSI é visto como um dos principais, se não o principal, articulador de uma tentativa de golpe de Estado que começou a ser conspirada meses antes das invasões. Fontes ligadas à Segurança Pública e ouvidas por ISTOÉ relatam que Heleno teria usado o aparato técnico do órgão que comandava e a influência nas Forças Armadas para evitar a posse do presidente Lula. As articulações que aconteciam nos bastidores eram retratadas a apoiadores com veemência após a vitória de Lula. E no dia dos ataques isso teria se refletido, entre outras ações, na facilitação do acesso de radicais ao Planalto. “Você acha que alguém entra assim do jeito que entrou?”, questionou uma das fontes. Um almirante influente no governo Bolsonaro e próximo de Augusto Heleno teria enfatizado várias vezes a seus subordinados e em reuniões de segurança que o novo presidente não governaria. “Foi uma tentativa de golpe. Ele não se consumou porque não conseguiram consolidar a maioria no Exército”, disse outra pessoa sob condição de anonimato.

As tentativas de consolidação dessa “maioria” necessária para executar um plano golpista não foram poucas, conforme os relatos colhidos por ISTOÉ. Várias reuniões teriam ocorrido com a intermediação de Heleno. Pelo menos três fontes diferentes citam uma ocasião específica – após o segundo turno – em que estavam presentes Heleno, o general Walter Braga Netto e representantes do Exército, da Marinha e Aeronáutica. A pauta: como articular um possível golpe de Estado. Dentre os participantes do encontro, somente o membro da Aeronáutica teria sido contra a tratativa e se revoltado com a ideia proposta. Mas a revolta foi ignorada pelos demais, e um dos resultados dessa reunião, ainda segundo as fontes ouvidas pela reportagem, foi a minuta golpista encontrada na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. “Não foi uma brincadeira, estivemos a um passo do golpe”, frisou um dos informantes.

ENSAIO Ataque ao STF em 2021: Sara Winter recebeu orientações de Heleno 

 

Desde que assumiu o núcleo mais sensível no Planalto, o GSI, Augusto Heleno aumentou enormemente o papel do órgão. Passou a controlar a área de segurança, monitorando todas as informações sobre os grupos radicais. Por sua atuação, ele sempre foi uma referência para os extremistas. Em novembro de 2021, a ativista Sara Winter revelou à ISTOÉ que foi orientada diretamente por Heleno, no Palácio do Planalto, na época em que ela articulava o “Acampamento dos 300”. “Ele pediu para deixar de bater na imprensa e no [Rodrigo] Maia e redirecionar todos os esforços contra o STF”, disse ela. No dia 13 de junho de 2020, o grupo marchou em direção ao STF e atacou a sua sede com fogos de artifício, numa “advertência”. O papel do general entre radicais aumentou após a eleição de Lula e especialmente depois que Bolsonaro deixou o País. Um dos posts mais compartilhados na época traz uma manifestante que mostrava um link do Diário Oficial supostamente transferindo a Presidência para Heleno. Seria uma “estratégia” de Bolsonaro. Militantes divulgaram nas redes que “Bolsonaro passou todo o poder para o GSI”, ou então que “o general Heleno é o presidente da República. Ele é o melhor estrategista do País, talvez do mundo”.

 

Catalisador do golpe

 

Essa busca de “mensagens ocultas” pode até ter um fundo de verdade, aponta um jurista. Uma resolução publicada no dia 23 de dezembro pelo próprio Augusto Heleno estabeleceu grupos de trabalho técnicos em diversos ministérios sob a coordenação do GSI. “Tudo parece inocente”, mas as más intenções se revelam mais tarde e há um teor “perigoso”, pondera o especialista. Normas como essa poderiam ser empregadas como catalisadores da ala militar hostil ao resultado das urnas. Funcionariam em conjunto com outros documentos golpistas que circularam em Brasília após as eleições, um fato reconhecido pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, publicamente. Em depoimento à Polícia Federal, mais tarde, o político disse que se tratava de “uma metáfora”. Já a minuta apreendida na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, citada acima, tinha um conteúdo golpista bem explícito. Era o esboço de um decreto para o então presidente Bolsonaro instaurar estado de defesa na sede do TSE, revertendo o resultado do pleito presidencial e delegando na prática ao Ministério da Defesa a condução do processo eleitoral. Torres, que diz desconhecer a origem da minuta, está preso pela sua omissão nos atentados, quando comandava a Secretaria de Segurança do DF.

Estabelecer a materialidade das iniciativas golpistas é um desafio. Depois de 30 de outubro, circularam áudios no WhatsApp com a voz de Augusto Heleno em que o general dizia com voz serena, mas assertiva, que a eleição havia sido fraudada e que ele não podia adiantar medidas que estavam em discussão, pois “há ainda muita coisa em jogo”. O GSI desmentiu e considerou o áudio como “fake de péssima qualidade”. O jornal O Estado de S.Paulo o submeteu a dois peritos, que disseram não ser possível atribuir a voz ao general. Mas uma gravação vazada após evento da Abin, em 14 de dezembro de 2021, reproduz o general criticando as atitudes de “dois ou três” ministros do STF. Nesse áudio, ele disse que um dos Poderes está tentando “esticar a corda até ela arrebentar”. “Tenho que tomar dois lexotan na veia por dia para não levar Bolsonaro a tomar uma atitude mais drástica em relação ao STF”, afirmou na ocasião.

E não há dúvidas sobre o sentido de suas manifestações públicas. Quando ocorreu uma audiência da Comissão de Fiscalização e Controle do Senado no dia 30 de novembro, em que vários bolsonaristas questionaram o resultado das urnas, o general conclamou: “Vamos lá discutir os temas que nos afligem. Coragem, força e fé. O Brasil acima de tudo”.

Para Leonardo Nascimento, do Laboratório de Humanidades Digitais da UFBA, as manifestações do general Heleno ao longo do tempo contribuíram para galvanizar os grupos bolsonaristas que participaram do 8 de janeiro. Segundo o pesquisador, as declarações e postagens do ex-ministro do GSI foram fundamentais também para que se criasse em torno dele uma certa “mística”. Nascimento vem monitorando grupos bolsonaristas em redes sociais nos últimos anos e acompanha de perto os efeitos das manifestações de Bolsonaro sobre seus seguidores. O ex-presidente seria o “grande oráculo de desinformação” desses grupos, nos quais tudo o que fala tem ressonância direta. Na sua ausência, ganharam mais importância as declarações de ‘sub-oráculos’, caso de Heleno. O próprio general teria se colocado nesse papel. “Heleno sempre foi o que mais deu declarações no sentido da ruptura institucional. Foi sempre o ministro que cumpria esse papel de verbalizar essa possibilidade, essa intenção.”

 

Sem papas na língua

 

O general Heleno é conhecido entre os apoiadores por falar sem “papas na língua”. Em julho do ano passado, durante uma audiência da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, ele defendeu o sargento da Marinha Ronaldo Ribeiro Travassos, alocado no GSI, que gravou um vídeo defendendo um golpe militar. Heleno alegou que se tratava da ação de um cidadão brasileiro que tinha “o direito de se pronunciar”. Parlamentares avaliam como graves os indícios de participação de Heleno em ações golpistas. A deputada federal Dandara Tonantzin (PT) protocolou um requerimento para convidar o general a prestar esclarecimentos. “O depoimento poderá trazer elementos importantes sobre a inação da atuação do GSI no dia 8 de janeiro”, justifica. Já para o deputado Rogério Correa, também do PT, o histórico de Heleno é repleto de conspirações. Em 2020, o parlamentar fez parte do grupo de deputados que protocolaram um pedido de impeachment no STF do então ministro do GSI, após ele falar em “consequências graves” caso Bolsonaro fosse obrigado a entregar o celular no inquérito que apurava se o então presidente havia interferido na PF. “Ele já ameaçava com o golpe desde aquela época. E o 8 de janeiro tem tudo a ver com isso”, enfatiza.

Depois do 8 de janeiro, Heleno sumiu das redes sociais – seus últimos tuites são do dia 7 de janeiro. Ao longo do ano passado, ele vinha se mantendo bastante ativo nas redes, fazendo campanha eleitoral para Bolsonaro e retuitando posts do então presidente, além de atacar Lula, a quem chamava de “ex-presidiário”. A atividade nas redes mudou depois do segundo turno, quando, além do tuíte celebrando a audiência pública golpista do dia 30 de novembro, Heleno fez apenas algumas poucas publicações, em grande parte para contestar reportagens.

O historiador e cientista político Francisco Carlos Teixeira, da UFRJ, lembra o “DNA golpista” de Heleno, que na década de 1970, ainda capitão, atuou como ajudante de ordens do então ministro do Exército Sylvio Frota, que tentou articular um golpe contra o presidente Ernesto Geisel. “Ele já naquela época estava conspirando e fez parte daquela tentativa fracassada de ‘golpe dentro do golpe’, perpetrado pela chamada linha dura dos militares”, diz o professor. “Foi muito grave, não só pela tentativa de ruptura, mas porque foi contra um general presidente, contra um superior hierárquico”, destaca. O professor lembra que posteriormente o ex-ministro foi favorecido pelo governo do PT, que o nomeou para o Haiti. “Isso contribuiu para essa mítica de que eles estiveram em combate, de que são guerreiros. Mas não se lembra que lutaram contra uma população faminta. E esses militares voltam ao Brasil se dizendo aptos a administrar o Estado”, diz. “Vimos militares lotados no GSI participando dos acampamentos antidemocráticos em frente a quartéis. Heleno não sabia? Ou foi ele que incentivou ou mesmo deu a ordem? Porque aí a participação dele muda de patamar. Passa a ser também por ação, e não só por omissão.”

NOS ATOS O coronel José Placídio dos Santos, que atuou nas invasões. Acima, resolução de 23/12 ampliando atuação do GSI em ministérios 

 

Novos generais

 

Após os atentados de 8 de janeiro, Lula disse que não foi avisado pelos serviços de inteligência sobre o risco iminente. Mas um relatório sigiloso enviado pelo GSI ao Congresso aponta que o governo foi informado. O alerta teria sido produzido pela Abin e compartilhado com órgãos federais. Na época, o ministro responsável pelo GSI era o general da reserva Gonçalves Dias, indicado por Lula. Por isso, Dias passou a ser visto com reservas pelos petistas. A hipótese de uma conspiração antidemocrática sempre esteve no radar do novo governo. Um exemplo foi quando o GSI tentou fazer parte do esquema de segurança do governo de transição, mas a equipe que cuidava da proteção do presidente eleito explicou aos agentes que a participação deles seria desnecessária. A desconfiança estaria pautada nas suspeitas de que a estrutura estava sendo utilizada com viés golpista. “A certeza é que houve leniência do GSI, antes, durante e depois. Às 6h da manhã o acesso [do Planalto] já estava liberado”, disse uma pessoa que acompanhou as reuniões de segurança após o ato terrorista. “Era a primeira semana de governo, a maioria que estava era a turma antiga”, acrescentou, sobre a equipe que compunha o GSI. Só em janeiro, pelo menos 13 militares do órgão, foram exonerados.

DEMORA Ministros do STF estão incomodados com morosidade na PF e no Ministério da Justiça, chefiado por Flávio Dino (Crédito:Fátima Meira)

 

Segue lentamente o trabalho de despolitizar os quartéis. Na terça-feira, 14, o Alto-Comando do Exército definiu os nomes de três generais promovidos a quatro estrelas. Entre eles está Luiz Fernando Baganha, ex-secretário-executivo de Augusto Heleno no GSI. De acordo com uma fonte militar que já transitou na cúpula da caserna, são todos nomes sem atuação política. O Alto-Comando estaria tentando se desvincular “o mais rapidamente possível” da “encrenca” na qual os militares se meteram nos últimos quatro anos. “Os generais da ativa estão focados nisso, sabem o dano causado pelo envolvimento com Bolsonaro e agora só querem ‘tocar o barco’, fazer ‘coisa de soldado’”, afirma o oficial. “Sobrou um monte de trabalho pro Exército, um monte de gente pra punir.” Apesar de ter atuado como braço-direito de Heleno, Baganha não é considerado da sua cota pessoal. Teria trabalhado ao lado dele no GSI de forma “absolutamente circunstancial”. Mas outros nomes ligados a Heleno foram preteridos. O principal é Carlos José Russo Assumpção Penteado, que também foi seu secretário-executivo no GSI e estava no cargo nos ataques de 8 de janeiro.

NOVO CHEFE Indicado por Lula, o novo ministro do GSI, general Gonçalves Dias, demorou a abrir investigações: a Abin foi para a Casa Civil (Crédito: Fátima Meira)

 

A movimentação nos bastidores é lenta. O novo chefe do GSI apenas no dia 26 de janeiro abriu uma sindicância para apurar a atuação de funcionários do órgão. O governo tem resistido a apoiar uma investigação extensiva sobre o papel dos militares, em parte para evitar ampliar a resistência que existe na caserna contra o petismo. Lula também tenta impedir a abertura da CPI dos Atos Golpistas. A PF já investiga ações e omissões que permitiram as invasões, inclusive da parte de agentes do GSI. Mas há ministros do STF incomodados com a falta de empenho da corporação e do Ministério da Justiça em relação aos militares. A responsabilização deles é atualmente um dos temas mais nevrálgicos. Muitos gostariam que, no caso dos fardados, tudo ficasse restrito ao Superior Tribunal Militar (STM). Mas, com a disposição do STF de levar adiante a investigação e trazer o caso para sua jurisdição, será difícil evitar esse encontro com a verdade. É um passo importante para evitar que o País volte a enfrentar novas ameaças autoritárias.

 

Generais serão investigados

 

Além de Augusto Heleno, Walter Braga Netto e Luiz Eduardo Ramos também estão na mira do STF

CANDIDATO A VICE Ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto tinha ascendência sobre as tropas (Crédito:Ueslei Marcelino)

 

Além de Augusto Heleno, o STF decidiu investigar outros dois generais de Bolsonaro que foram decisivos para os atos de 8 de janeiro: Braga Netto e Luiz Eduardo Ramos. Junto com Heleno, os dois foram autores intelectuais do golpe, supõe-se. Braga Netto é visto como tendo um papel-chave. Afinal, ele tinha ascendência com as tropas e era o candidato a vice de Bolsonaro.

Foi ministro da Casa Civil a partir de fevereiro de 2020 até março de 2021, quando o ex-presidente demitiu o então ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e os comandantes das três Forças: Edson Leal Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica). Esse episódio representou a maior crise militar desde a demissão do ministro do Exército pelo presidente Ernesto Geisel, em 1977. Na época, Frota articulava um golpe contra Geisel, e tinha como ajudante de ordens exatamente Augusto Heleno. Braga Netto então assumiu o Ministério da Defesa e só se afastou em abril do ano passado, para concorrer como vice na chapa de reeleição de Bolsonaro.

EX-CASA CIVIL O general Luiz Eduardo Ramos organizou a live contra as urnas (Crédito:WALLACE MARTINS/FUTURA PRESS)

 

O outro general que está severamente envolvido com o golpe é Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro da Secretaria de Governo e da Casa Civil, que chegou inclusive a organizar a “live”, em julho de 2021, em que Bolsonaro iria apresentar evidências de que houve fraude das eleições. Na ocasião, o ex-presidente reconheceu que não tinha provas. Um técnico de informática que participou da transmissão, Marcelo Abrieli, declarou em depoimento à PF que antes dessa participação havia sido chamado ao Planalto por Ramos e que conhecia o general desde 2018, quando este ocupava a chefia do Comando Militar do Sudeste. Ramos foi também titular da Secretaria-Geral da Presidência até dezembro passado, e era amigo próximo de Bolsonaro desde os tempos da Academia das Agulhas Negras, nos anos 1970. Foi preterido para o posto de vice na chapa da reeleição, mas permaneceu atuando no círculo íntimo do presidente. Os três generais, segundo ministros do STF, podem ser considerados os principais articulares militares da tentativa de golpe de Bolsonaro.

Colaboraram Dyepeson Martins e Gabriela Rölke

 
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Os generais comandantes do golpe militar de Bolsonaro
Leia aqui: Heleno tem 'DNA golpista' e esteve envolvido em plano de levante contra Geisel
Leia maisAlém de Heleno, Braga Netto e Ramos serão investigados por suposto envolvimento com atos golpistas
14
Fev23

Michelle Bolsonaro combina data para começar a trabalhar no PL

Talis Andrade
 
 
 
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Ex-primeira-dama terá escritório em Brasília ao lado de Valdemar Costa Neto

 

Redação Yahoo!

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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro já combinou com a direção do PL quando começará a trabalhar, oficialmente, no partido. A expectativa é de que ela se apresente para a primeira reunião na semana após o Carnaval – marcado para 21 de fevereiro, neste ano.

A informação é do blog de Malu Gaspar, do portal O Globo.

 

Qual a função de Michelle?

 

A esposa de Jair Bolsonaro (PL) irá comandar o PL Mulher, cargo cobiçado por deputadas e senadoras do partido. No primeiro compromisso, ela irá escolher sua equipe e determinar um calendário de trabalho.

No que depender de Valdemar Costa Neto, presidente da sigla, Michelle começará a viajar pelo Brasil em março, com o intuito de organizar diretórios do PL Mulher nos estados.

 

Onde ela irá trabalhar?

 

  • Escritório fica em Brasília;
  • Ambiente fica ao lado de onde trabalha Costa Neto;
  • Ela atuará ao lado de Walter Braga Netto, candidato a vice de Bolsonaro em 2022;
  • Também contará com outros militares que o partido empregou após as eleições.

 

Quanto Michelle vai ganhar?

 

O valor acordado é de R$ 39 mil mensais - quantia superior à que Jair Bolsonaro (PL) ganhava, de R$ 30,9 mil, quando era presidente.

Entretanto, ela e os assessores que contratar só serão remunerados quando as contas do partido forem desbloqueadas – o que ainda não tem previsão para acontecer.

 

Por que Valdemar evita falar com Michelle?

 

Segundo a coluna de Malu Gaspar, o cacique partidário tenta se manter longe da ex-primeira-dama para não inflamar novas polêmicas sobre uma possível candidatura dela em 2026.

A hipótese, que não foi negada por Valdemar, gerou forte reação negativa – inclusive, da parte de Bolsonaro, que teria determinado que Michelle declarasse no Instagram que não pretende concorrer a nenhum cargo. Ele permanece nos Estados Unidos.

Por isso, quem costuma discutir os próximos passos dela no partido é Braga Netto.

 
 
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31
Dez22

Plano de golpe de Bolsonaro incluía Braga Netto comandando militares e Valdemar agindo no Congresso

Talis Andrade

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Braga Netto colocaria os militares nas ruas e Valdemar Costa Neto, presidente do PL, seria responsável por "acalmar" a classe política

 

247 - "Durante o período do primeiro turno das eleições, enquanto aparecia atrás nas pesquisas e com risco de perder, Jair Bolsonaro (PL) planejou dar um golpe de Estado", é o que conta o jornalista Daniel Cesar, do IG, que ouviu "um aliado do entorno da Presidência".

"O presidente reuniu os chefes das Forças Armadas e avisou que pretendia usar o artigo 142 da Constituição", diz o aliado. O golpe estaria marcado para a segunda quinzena de novembro, após o segundo turno da eleição, portanto.

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Com Lula eleito em 30 de outubro, Bolsonaro se isolou, abalado pela derrota, mas assessores teriam prosseguido com o plano de golpe. 

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O candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, o general Walter Braga Netto, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, teriam papéis centrais para levar o golpe adiante. "O general Braga Netto seria o responsável por reunir as Forças Armadas em torno da ruptura e colocar os militares nas ruas. O primeiro passo seria anunciar o fechamento do STF por fraude nas eleições". Valdemar teria o papel de "acalmar" a classe política. "O Congresso não seria fechado e os políticos teriam a garantia de que seus mandatos seriam preservados".

Bolsonaro ainda nomeou aliados no exterior para buscar respaldo internacional ao golpe. De acordo com a fonte ouvida pelo jornalista, até mesmo uma ligação ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi feita para buscar apoio.

No Brasil, bolsonaristas teriam passado a financiar e incentivar apoiadores do atual governo a sair às ruas pedindo intervenção militar, em um "teatro" para "obrigar" Bolsonaro a agir com mais firmeza. "Era tudo teatro".

"No dia 30 de novembro veio a decisão de que não haveria uma ruptura por falta de apoio e Bolsonaro se sentiu abandonado", conta a fonte.

O plano teria começado a ir por água abaixo quando o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, condenou o PL a pagar uma multa por litigância de má-fé ao questionar as urnas eletrônicas. Valdemar, então, recuou do golpe. "Sem dinheiro para pagar os funcionários e apoiadores, Valdemar não tinha força".

Na sequência, Bolsonaro teria recebido a informação de que não teria o apoio de Putin para o golpe. Os Estados Unidos avisaram que também não apoiariam o golpismo bolsonarista e que, se preciso fosse, enviariam forças para restaurar a ordem no país. A decisão norte-americana teria feito com que os militares brasileiros abandonassem o plano.

"Justo no dia 30, quando Bolsonaro estava animado para anunciar a ruptura, ele ficou isolado e furioso", conta a fonte. 

20
Nov22

Michelle Bolsonaro é convidada a se tornar presidente do PL Mulher

Talis Andrade

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O foco de Valdemar Costa Neto, presidente do partido, é de utilizar o bolsonarismo nas próximas eleições municipais. Michelle Bolsonaro vai ganhar cargo e gabinete no PL em 2023

 

 

por Band Jornalismo

Michelle Bolsonaro, atual primeira-dama da presidência da República, foi convidada a ser presidente do Partido Liberal Mulher nesta segunda-feira (14). O partido do marido dela, Jair Bolsonaro, fez o convite para ocupar a ala específica para atrair mulheres ao partido e designar como filiadas do PL devem agir na Câmara, Senado e assembleias legislativas pelo Brasil. 

Fontes da BandNews TV informam que a esposa de Bolsonaro já aceitou o convite e deve ocupar o posto a partir de janeiro de 2023. Além de Michelle, o próprio Bolsonaro foi convidado a permanecer no partido e recebeu a proposta de ser presidente de honra do PL. 

Bolsonaro saiu derrotado das eleições presidenciais, mas a participação dele é considerada uma força política, já que recebeu mais de 58 milhões de votos. O foco de Valdemar Costa Neto, presidente do partido, é de utilizar o bolsonarismo nas próximas eleições municipais e, em 2026, lançar Bolsonaro à presidência novamente. 

O político não anunciou se aceitou ou não o cargo, mas Valdemar Costa Neto afirmou que dará o que for preciso para que ambos continuem no Partido Liberal. 

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Michelle Bolsonaro vai ganhar cargo e gabinete particular no PL em 2023

por Voz da Bahia

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O partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL, ofereceu para a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, um escritório para ela despachar a partir do próximo ano. A função de Michelle na legenda será como presidente do PL Mulher e, portanto, ela deverá ter uma “estrutura” no partido. O convite para ocupar o posto foi feito na semana passada e Michelle aceito, segundo informações do UOL.

A primeira-dama poderá ter um espaço na sede da sigla ou até mesmo uma sala preparada para ela no escritório que o PL alugou para Bolsonaro, que fica ao lado da sede da legenda. Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o local que foi dado para o presidente atuar a partir de 2023 tem dois andares e ao menos dez salas.

O chefe do Executivo ainda negociou com o presidente do seu partido, o ex-deputado federal Valdemar Costa Neto (PL), um salário pago pela legenda no mesmo valor ao que é pago para o mandatário da sigla. Bolsonaro deverá ganhar mais de R$ 80 mil por mês a partir do ano que vem. [O valor do salário de Michelle ainda é desconhecido]

 

19
Nov22

"Quem financia os acampamentos golpistas? O que falta para serem presos?", pergunta Paulo Pimenta

Talis Andrade

www.brasil247.com - Paulo Pimenta

 

"Organizar e apoiar atos antidemocráticos é crime. Impunidade corrói a democracia", afirma o deputado

 

 

247 - O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) usou o Twitter neste sábado (19) para cobrar a identificação dos financiadores dos atos golpistas bolsonaristas, realizados em várias partes do país desde a derrota de Jair Bolsonaro (PL) para o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Quem financia os acampamentos golpistas? O que falta para serem presos? Organizar e apoiar atos antidemocráticos é crime previsto em lei. Cumplicidade e facilitação também é crime e deve ser igualmente punido. Impunidade corrói a democracia", escreveu o parlamentar.

General Idi Amin Dada A Self Portrait Movie Poster (11 x 17) - Item #  MOVGI0632 - Posterazzi

Bolsonaro lembra o ditador Idi Amin Dada. A mesma brutalidade, ignorância e necropolítica. Com a Covid 19, Bolsonaro se transformou em um monstro, um genocida. Quantos milhares de brasileiros foram assassinados com o 'kit cloroquina me engana', com a prática do negativismo e do negocismo das vacinas, crentes no risco premeditado da imunidade de rebanho.

Bolsonaro é um assassino em série.

Quantos civis e militares Bolsonaro, general Braga e os marechais de contracheque pretendem matar? Quantos esquerdistas? Quantos petistas? Quantos senadores? Quantos deputados federais? Quantos governadores devem ser cassados? Quantos prefeitos serão guilhotinados? Idem vereadores? 

Quem tem as listas estaduais de lideranças que devem ser presas e torturadas? Quem tem a lista nacional? 

O Gabinete do Ódio trabalha há quatro anos neste golpe de república de bananas, para mando da família miliciana Bolsonaro e alguns generais de pijama, que passaram a receber soldos de marechais. Eta vida boa! Eta farra danada regada a vinhos caros, licores raros, uísque. Eta safadeza da boa com Viagra, próteses penianas e lubrificante íntimo. Eta banquetes e mais banquetes com filé, picanha, salmão, lombo de bacalhau, caviar, e o povo com fome, e o povo com fome, e o povo com fome. 33 milhões de brasileiros com fome. Que a fome uma exclusividade da população civil. 

Bolsonaro segue depressivo, em quadro grave

 
 

Villas Bôas, o general golpista, volta a atacar

 
 
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19
Nov22

Braga Netto insinua que haverá golpe

Talis Andrade

 

 

General pediu “paciência” a apoiadores que pediam golpe militar. Uma mulher publicou no Instagram vídeo da conversa com a legenda “Esperança renovada; recado foi dado”

Empresários punidos por Moraes fazem chantagem

 

O empresário Roberto Henrique França, que está há 18 dias na frente do quartel do Exército, no bairro Santa Rosália, em Sorocaba, disse nesta quinta-feira, 17, que os caminhoneiros também vão parar em represália às medidas do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que determinou o bloqueio de contas bancárias de pessoas e empresas que financiaram o fechamento de rodovias após a derrota do presidente Jair Bolsonaro. França foi candidato a vereador pelo PP em 2018, em Votorantim, cidade vizinha, mas não se elegeu.

Apontado como porta-voz do grupo, ele disse que a mobilização tende a ganhar força. “Você acha que um ministro do Supremo, a maior Corte do país, tem o direito de falar ‘perdeu, Mané’? O (Luís Roberto) Barroso, boca de veludo, falou. A cada dia que passa os ministros te dão mais e mais motivos para que a população saia para a rua. O ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio das contas dos caminhoneiros. Vou te contar uma coisa em primeira mão. Os caminhoneiros vão tirar os equipamentos deles das ruas e, daqui a dez dias, não vai ter produtos nos supermercados. Os caminhões não vão andar mais. Já começou em Mato Grosso, Santa Catarina, Goiás. Em São Paulo começou agora à tarde”, disse. Nesta sexta, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou bloqueios pelo País.

O apoiador disse que a mobilização na frente dos quartéis só será suspensa quando o TSE liberar o código-fonte das urnas para as Forças Armadas analisarem. França apontou como principal motivo das manifestações uma suposta fraude no resultado das eleições, embora não apresente prova concreta. “Você acompanhou antes do dia 30 às manifestações a favor de um candidato e de outro? Você quer dizer que o candidato que foi eleito é o que estava na frente? Nós desconfiamos, sim (de fraude).”

Mané Roberto Henrique França, Bolsonaro perdeu no primeiro turno. Perdeu no segundo turno.
 
 
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Paulo Flexa
@MedFlexa
Replying to @nadanovonofront
O Braga Netto tá brincando com artigos que podem dar 20 anos de cadeia pra ele, que sirva de exemplo o aspirante de ditardozinho que surgiu com a intervenção federal inútil no RJ

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Rodrigo Rangel
@rodrigo_rangel
Exclusivo: comitê de campanha de Jair Bolsonaro vira “QG do golpe”, sob o comando do general Braga Netto. No ar, na coluna, com @Sarahteofilo
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19
Nov22

Comitê de Bolsonaro vira sede de encontros de Braga Netto com políticos e militantes que defendem golpe

Talis Andrade

O BLEFE QUE BRAGA NETTO NÃO CONSEGUE DESMENTIR – Moisés Mendes – Jornalista  – Porto Alegre – Rio Grande do Sul

 

por Fernando Miller /Diário do Centro do Mundo

O endereço alugado no Lago Sul de Brasília para ser usado como comitê da campanha de Jair Bolsonaro em sua tentativa frustrada de ser reeleito transfomou-se em uma espécie de central do golpe, de acordo com reportagem de Rodrigo Rangel, do Metrópoles, publicada nesta sexta-feira (18).

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QG do golpe fascista

 

Liderados pelo ex-ministro Braga Netto, que tem dado expediente de forma regular no local, conspiradores reúnem-se lá para discutir estratégias visando questionar o resultado das urnas.

De acordo com a apuração do jornalista, que tem acompanhado a movimentação no endereço, o deputado federal Osmar Terra foi um dos frequentadores do “QG do Golpe” nesta última quinta-feira (17).

Questionado, o parlamentar gaúcho reconheceu que foi tratar da auditoria contratrada pelo PL que visa por em xeque a credibilidade do sistema eleitoral.

Outro veículo do mesmo modelo, de um empresário do Mato Grosso, também chegou ao QG pouco antes do general sair de lá.

“(A reunião) foi para buscar informações, (saber) se tinha alguma novidade sobre o processo do PL”, disse ele, referindo-se à auditoria. “Queria ter a informação mais adequada”, emendou, acrescentando que segue no aguardo de “novidades”.

Além de Terra, outros parlamentares aliados do presidente têm frequentado a casa, como Marcel Van Hattem, do Partido Novo e o Senador Eduardo Girão, do Podemos. Além deles, o senador Guaracy Silveira, do PP, também participou da reunião.

O ex-tesoureiro da campanha de Bolsonaro,  coronel da reserva Marcelo Azevedo, é outro frequentador.

A casa tem um fluxo intenso de pessoas, que inclui manifestantes que participam dos protestos antidemocráticos. Isso acaba por ser uma evidência sobre a cadeia de comando das manifestações que vêm ocupando portas de quartéis e estradas com o objetivo de questionar o sistema eleitoral.

Decorada com uma bandeira do Brasil e dirigida por homem com camiseta com inscrições pedindo intervenção militar, uma camionete Amarok, avaliada em R$ 300 mi e com placa de Luis Eduardo Magalhães, na Bahia, esteve no endereço na tarde desta sexta-feira (18). Indagado pelo jornalista sobre quem o receberia, o ‘patriota’ não respondeu. Braga Netto estava lá.

Outro veículo do mesmo modelo, de um empresário do Mato Grosso, também chegou ao QG pouco antes do general sair de lá.

Um terceiro veículo que também passou por lá foi visto horas depois em uma manifestação no quartel-general do Exército, no Setor Militar Urbano de Brasília.

Ou seja, há vínculo claro entre as manifestações e o que se planeja no antigo comitê de Bolsonaro.

Braga Netto tem comparecido tanto a esse local quanto ao Palácio do Alvorada, onde tem visitado Jair Bolsonaro.

O general tem sido umas das principais vozes de incentivo aos golpistas, sempre deixando acesa a expectativa de que uma surpresa ainda pode ocorrer. A um prefeito do interior do Mato Grosso, ele disse que “algo muito bom” iria acontecer até o fim desta semana.

O prefeito Carlos Capeletti, do município de Tapurah, havia ido para comprar mantimentos para o acampamento. Logo depois, Capeletti fez um vídeo dizendo o que ouviu e publicou nas redes sociais.

 

Eu falei que eu iria embora, que não acreditava em mais nada, e ele (Braga Netto) falou assim: ‘Fica tranquilo que vai acontecer’”, disse o prefeito ao Metropoles.

 

O relato demonstra  que o general tem gerado expectativas golpistas entre os bolsonaristas que estão na rua.

Em outro vídeo ele saúda militantes bolsonaristas na frente do Alvorada. Ao ouvir apelos do grupo, que diz estar firme nos protestos, ele afirma:

 

Não percam a fé. É só o que eu posso falar para vocês agora”. 

 

Braga Netto cumprimenta golpistas em Brasília: "Presidente tá bem. Não percam a fé"

 

Dê uma coletiva, Braga Neto! - Renato Aroeira - Brasil 247

Daniela Duarte
@danieladart
Acabamos de encontrar o Vice no Palácio da Alvorada, ele estava em reunião com o presidente. Braga Neto estava com semblante muito tranquilo e disse que tem esperança. Estamos no caminho certo pessoal!
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Urgente: general Braga Neto descaradamente insuflando os caminhoneiros patriotarios a continuarem com a escalada golpista e ataques a democracia.ImageImage
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22
Out22

A ditadura sonhada pelos marechais de contracheque (galeria de charges)

Talis Andrade
 

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Candidatos a führer. Duce serve
 
 
Carlos Alberto Jr.
@cajr1569
11
Ago22

Ministros militares e oficiais das Forças Armadas receberam salários de até R$ 1 milhão no auge da pandemia

Talis Andrade

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A farra dos altos salários veste farda

Somente o general Braga Netto, interventor militar do governo golpista de Michel Temer no Rio de Janeiro, e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro, recebeu R$ 926 mil entre março e junho de 2020, sendo R$ 120 mil a título de "férias"

 

247 - Os militares em altos cargos do governo Jair Bolsonaro (PL) receberam vencimentos turbinados, que em alguns casos chegaram a R$ 1 milhão, no auge da pandemia de Covid-19. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, nomes como o do general Walter Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo atual ocupante do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro (PL), do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, e do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque figuram na lista dos oficiais que tiveram seus vencimentos turbinados.

O deputado Elias Vaz (PSB-GO), disse que pedirá explicações ao Ministério da Defesa sobre os “supersalários” pagos aos militares e pensionistas. O Exército alega que os pagamentos são legais, enquanto a Marinha e Aeronáutica não se pronunciaram sobre os valores pagos.

 

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A reportagem aponta que Braga Netto recebeu R$ 926 mil entre março e junho de 2020, quando a pandemia avançava pelo país, sendo R$ 120 mil a título de férias. O militar recebe R$ 31 mil na forma de salário bruto como general da reserva do Exército. O almirante de esquadra reformado da Marinha Bento Albuquerque registrou vencimentos brutos de R$ 1 milhão nos meses de maio e junho do mesmo ano, ante um vencimento normal de R$ 35 mil. 

O general reformado Luiz Eduardo Ramos, por sua vez, recebeu R$ 731,9 mil entre julho e setembro de 2020. Sem o incremento, o salário normal de Albuquerque e de Ramos é da ordem de R$ 35 mil. Além deles outros militares também tiveram seus salários engordados no período. 

“O tenente-brigadeiro da reserva Juniti Saito, ex-comandante da Aeronáutica, recebeu um montante bruto de R$ 1,4 milhão, em abril de 2020, enquanto o salário habitual é de R$ 35 mil. A Marinha contesta o valor divulgado pelo próprio governo e diz que o correto é R$ 717 mil”, destaca o periódico.

Os altos valores pagos aos militares e pensionistas das Forças Armadas estão ligados ao primeiro ano do mandato de Jair Bolsonaro: 2019. Na época, o governo mudou as regras para a aposentadoria permitindo, entre outros pontos, que o benefício pago saltasse de quatro para oito vezes o valor do soldo. “O gasto com os salários aumentou de R$ 75 bilhões em 2019 para R$ 86 bilhões”, ressalta a reportagem. 

 

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25
Jul22

É sete a conta do mentiroso?

Talis Andrade

Geuvar: vampirão manda o Exército não deixar o morro descer - Brasil 247

General Braga Neto foi o interventor militar de Temer no ano que Marielle Franco foi metralhada

 

por Fernando Brito

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Deixa uma pulga gigantesca atrás da orelha uma das frases com que, apocalíptico, Jair Bolsonaro promoveu-se hoje na convenção do PL em que foi oficializado candidato à reeleição, ao convocar seus adeptos para que “vão às ruas pela última vez” no dia 7 de setembro.

O que acontecerá depois do 7 de setembro, que as pessoas não poderão ir às ruas, ainda que seja pela infeliz motivação de apoiar Bolsonaro?

Não há nenhuma dúvida, nem mesmo para os mais ingênuos, que o atual presidente deseja o golpe de Estado e que, se houver ainda eleição, que esta se faça sob a sua tutela, controladas pela Forças Armadas, instituições armadas onde a lei é a obediência, não a escolha.

Só sobraram duas indagações sobre isso: se Bolsonaro terá apoio político-militar para tentá-lo e se, tentando, terá forças para triunfar, a partir de quando não haverá rua para ninguém se manifestar.

É só isto que nos separa de um golpe, porque as ferramentas republicanas para evitar uma ação golpista estão anuladas pela cumplicidade de seus portadores constitucionais: o Legislativo, nas mãos de Arthur Lira que, homem de fino trato, não falará pois tem a boca ocupada por bilhões de reais que distribui como quer e Augusto Aras, que não desperta do sonho de obter, com um novo período de Bolsonaro, a cadeira no STF para a qual duas vezes foi rebarbado.

A outra questão, a quebra da lei e da ordem – a qual remanesceu, pelo desejo de militares, na constituição, no seu invocadíssimo Artigo 142, está resolvida, porque a falange que atacará primeiro será a paramilitar, a qual hoje, como prova de sua força, o ocupante da cadeira presidencial mostrou a seu general incondicional, Braga Netto:

Esse, Braga Netto, é o nosso exército. É o exército do povo, o exército que está do nosso lado, que não admite corrupção, não admite fraude. Esse é o exército que quer transparência, quer respeito. Quer, não. Merece e vai ter”

“Pela última vez, em 7 de setembro”, será paranoia deste escriba aqui? Há duas semanas, Bolsonaro disse em sua live que não precisava dizer o que estava pensando, nem o que estava em em jogo: ” Você sabe como você deve se preparar, não para um novo Capitólio, ninguém quer invadir nada. Mas sabemos o que temos que fazer antes das eleições”.

Depois da eleição, é a revolta do perdedor; antes, a insurreição de um autoproclamado “defensor da vontade popular”.

Temos ainda mês e meio para que seja desfeita a dúvida sobre a certeza: será a Sete de Setembro que Bolsonaro fará suas tropas de assalto atacarem “”esses poucos surdos de capa preta” do STF, que “têm que entender o que é a voz do povo”.

Estas tropas – como ele próprio não cessa de comemorar – estão armadas e excitadas, mordendo o freio, como se diz em cavalaria.

Cabos e soldados bastam para fechar o Supremo, sob a justificativa de manter a ordem e a paz social, bem como, mesmo soltando fumaça, meia dúzia de tanques bastarão para dissolver valentias remanescentes.

Pois não será do Legislativo, com seus mandatos e privilégios estendidos até que se organizem “eleições sem vícios”, sabe Deus quando, e é bom lembrar que 64 se fez, alegadamente, para “garantir” eleições presidenciais em 1965. Obviamente, jamais realizadas.

Desejo ardentemente estar errado e tudo isso ser fruto da mente de quem cresceu contemporâneo ao Ubaldo, o paranóico do Henfil.

Mas as peças do mosaico estão aí, velhas e emboloradas, e se encaixam, para quem não se esquivar de olhá-las.

Bolsonaro não as esconde, são as instituições que se escondem do óbvio.

Ubaldo O Paranóico | Guia dos Quadrinhos

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