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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

10
Mar23

Queremos os generais no banco dos réus

Talis Andrade
 
 
www.brasil247.com -
 

A definição do STF para julgar militares golpistas tem potencial para elevar a régua da democracia, mas somente se as leis forem aplicadas para as altas patentes envolvidas nos recentes atentados

por Carla Jimenez /The Intercept

OS MILITARES CRUZARAM o caminho do Supremo Tribunal Federal para definir a qualidade da democracia brasileira. A decisão do ministro Alexandre de Moraes de que a corte vai julgar integrantes das Forças Armadas que tiveram participação nos atos golpistas do dia 8 de janeiro tem, por ora, um poder simbólico no país onde os fardados, sejam eles policiais ou generais, seguem balizas distintas do restante da sociedade para definir as punições de crimes. Contam com uma corte para chamar de sua, o Superior Tribunal Militar, que julga crimes militares, quase sempre num corporativismo que se perpetua.

Não que as leis penais militares sejam mais brandas, esclarece a professora Simone Araújo Lopes, doutora em direito. “Não acho que o ‘problema militar’ se dá porque eles não estão sendo julgados pela justiça comum, mas porque está havendo uma falha generalizada na aplicação de normas militares pelos órgãos competentes e já existentes e que, de omissão em omissão, culminam nos atos extremos”, disse Lopes.

Na investigação sobre os golpistas, há nomes do Exército que precisam ser investigados por terem atravessado a fronteira da instituição ao fechar os olhos ou mesmo fomentando a participação em atos que depredaram a praça dos Três Poderes, e que por pouco não explodiram um caminhão no aeroporto de Brasília, no Natal do ano passado.

A dúvida se a Justiça comum prevaleceria rondou Brasília nas últimas semanas, mas o consenso veio na última segunda, 27. A decisão de Moraes ganhou apoio dentro das Forças Armadas, ainda que tenha contrariado as expectativas dos mais radicais. Para o jurista Lênio Streck, é o certo a ser feito. “É óbvio que os militares envolvidos não estavam em missão [oficial] no dia 8. São pessoas que, como qualquer cidadão, cometeram um ato golpista. Logo, precisam ser julgados pelo STF”, diz.

Tenho um suspiro de esperança de que este juízo em gestação seja uma brecha para tirar de cena os militares que se embrenharam na política e apoiaram ataques à democracia. Mas tenho também uma memória pessimista sobre eles no Brasil, onde nem mesmo os anos de ditadura militar de 1964 a 1985 foram assumidos em uma real dimensão. Passamos décadas usando a expressão “porões da ditadura”, como se as atrocidades cometidas naquele período tivessem partido do baixo clero do Exército.

Somente em maio de 2018 reescrevemos a história oficial, ao tomar conhecimento do memorando de abril de 1974 de um diretor da CIA para o então secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger, informando que o presidente do Brasil Ernesto Geisel autorizava as “execuções sumárias” e orientava o general João Figueiredo, do Centro de Inteligência do Exército, a manter essa política de extermínio. Não eram os porões, era a própria cúpula que amarrava essa gestão violenta e assassina.

A pergunta que volta agora é: teremos generais no banco dos réus desta vez? O juízo dos atos de 8 de janeiro ganha relevância e precisa dos olhos da sociedade para elevar a régua da nossa democracia. As investigações e seus desdobramentos têm potencial de escrever a primeira linha dos próximos capítulos desta peleja entre militares e a democracia. Se ele será justo e levará para a cadeia fardados que comprovadamente ajudaram a construir a bomba relógio contra a democracia é uma incógnita. O que não se pode é mantê-los num território insondável, que alimenta a desigualdade perniciosa e mantém o Brasil refém de golpes cometidos ao longo da sua história.

As doutrinas que norteiam as Forças Armadas não podem estar além ou aquém do anseio social. Foi o ideário dos anos 50 que construiu o caminho para explorar a Amazônia, revivido nos anos Bolsonaro com um novo genocídio indígena, tal qual na ditadura.

Essa liberdade para se recolocar no centro do poder ainda é um desdobramento do país que não teve direito ao julgamento de seus algozes torturadores do regime militar, como aconteceu na Argentina, no Chile ou no Uruguai e segue tratando generais como entidades diferenciadas. Mas e agora? Ficaremos presos a esse erro histórico para sempre, ou usamos a democracia para corrigi-lo?

A pique

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05
Dez22

É hora de abrir a caixa-preta do governo Bolsonaro

Talis Andrade

Twitter 上的 Humor Político:"Caixas pretas por Roque Sponholz  #GovernoBolsonaro #BNDES #caixapreta #combateacorrupção #charge #cartoon  #humor https://t.co/zPbNTJrFD2" / Twitter

 

 

Agência Pública: Precisamos do seu apoio para revelar os segredos que o governo escondeu da população

 

A Pública lança hoje a mais ousada campanha de arrecadação de recursos da sua história. Realizamos esse tipo de campanha desde 2013 e, ao longo da nossa trajetória, nunca nos faltou o apoio de leitoras e leitores que acreditam no nosso trabalho.

Agora, sendo direta: a Pública vai abrir a caixa-preta de Bolsonaro. E você precisa fazer isso com a gente. Quero te explicar o que faremos a partir de três pontos. Olha só:

 

1. Por que abrir a caixa-preta de Bolsonaro? Nos últimos quatro anos, o governo Bolsonaro ​​empurrou o Brasil para o abismo. Ele nos devolveu para o Mapa da Fome, ignorou uma pandemia, atrasou a compra de vacinas, desmatou a Amazônia, sucateou o país e atacou a democracia por todos os lados. Só que muitos desses crimes ainda não foram descobertos, porque eles também se especializaram em mentir. Os segredos desse governo estão guardados a sete chaves por trás do sigilo de 100 anos e de outras táticas de sonegação de informação. 

Agora, estamos vendo com enorme preocupação crescer em diversos setores um papo bem estranho de “pacificação” do país. Esse discurso ganhou projeção depois que o Ministro do STF, Dias Toffoli, criticou o julgamento dos torturadores na Argentina e falou em “sociedade presa no passado”. Isso é perigosíssimo. Na verdade, o momento atual é provavelmente nossa última oportunidade de acerto de contas com nosso passado violento, autoritário e profundamente corrupto. Precisamos acertar as contas para que os algozes da democracia sejam responsabilizados, mas também para que não voltem nas próximas eleições de roupa nova. Exatamente como aconteceu em 2018.

 

2. Como a Pública vai abrir essa caixa-preta? A verdade é que só o jornalismo independente pode revelar esses segredos. Porque as instituições de Estado sozinhas não farão. O jornalismo tem força para investigar, denunciar e expor conchavos de maneira a mobilizar a sociedade e, com isso, gerar pressão. A Pública é a maior agência de jornalismo investigativo do Brasil, ninguém investiga como a gente. Nosso trabalho é respeitado mesmo por aqueles que nos odeiam. Sério! Por isso temos fontes na direita, no judiciário, entre militares e na administração pública. Então, elaboramos um plano de ação e pretendemos, ao longo de 2023, publicar uma série de reportagens em um especial que decidimos chamar de Caixa-preta de Bolsonaro. 

 

3. E o que você tem a ver com isso? Bom, a decisão de mergulhar de cabeça no histórico do governo Bolsonaro mexeu com tudo por aqui, inclusive nas nossas contas. Vamos precisar colocar mais gente pra trabalhar, algumas exclusivamente nisso. Vamos precisar gastar mais do que o previsto com viagens e, claro, com a banca de advogados. Não dá para mexer com grileiros, mineradoras, políticos, militares e empresários de extrema direita sem eles, infelizmente. Fizemos as contas e precisamos chegar a 2 mil apoiadores até janeiro – no momento, temos pouco mais de 1500. Nosso pedido é que você clique aqui e apoie a Pública mensalmente com o valor que puder. Tudo que recebermos nas próximas semanas será totalmente investido nesse projeto especial. 

O trabalho que queremos colocar na rua nos próximos meses é uma cobertura de fôlego que já começou. Nas últimas semanas protocolamos dezenas de pedidos através da Lei de Acesso à Informação – e até o final de janeiro queremos chegar às centenas. Não temos esperança de que eles sejam respondidos agora, mas janeiro está logo aí. Às vezes parece que basta derrubar o sigilo de tudo que a mágica acontece. Mas não é assim que funciona. 

Quando documentos, resoluções e outras coisas que estavam escondidas vierem à tona, teremos um trabalho imenso para apurar, interpretar e de fato transformar tudo em reportagens. Como exemplo, pense numa coisa simples: os gastos dos cartões corporativos. Serão planilhas com intermináveis linhas. Na minha mão ou na sua, isso não tem muito sentido. É preciso separar, organizar, somar e apurar o que é cada gasto para daí termos dimensão do problema. Vamos precisar ir atrás de dezenas de empresas onde esses cartões foram usados para identificarmos o tipo de gasto e qual era o objetivo dele. 

Até poucos dias, estávamos convencidas de que faríamos isso dentro do dia a dia da redação. Mas ao ver crescer o discurso da “pacificação”, nos demos conta do tamanho da missão que Pública tem nesse contexto. Não dá para fazermos o de sempre, vai ser preciso fazer o inimaginável. Vamos precisar de uma equipe dedicada a esse trabalho nos próximos meses, e é por essa razão que vamos precisar ampliar e muito o apoio que já recebemos dos nossos leitores e leitoras.

Falei lá em cima que Pública é respeitada por sua confiabilidade. Tenho orgulho disso, mas o que mais me alegra é notar que somos reconhecidas pela nossa valentia. Nossa história ficou marcada por fazermos jornalismo independente de verdade: livre, sem deixar de ser sério; destemido, mas competente e comprometido com os direitos humanos. 

Todos os dias as reportagens de Pública são reproduzidas em milhares de veículos no Brasil e no exterior, sempre de maneira gratuita. É com essa força que queremos abrir a caixa-preta de Bolsonaro para milhões de leitores no mundo inteiro. Suportamos esses quatro anos com muito sacrifício, agora é hora de responsabilizar os perversos que conduziram esse país para as trevas. 

Sabemos como fazer isso. E a sua contribuição é fundamental para que isso aconteça. Precisamos chegar a 2 mil doadores hoje. Clique aqui para apoiar o jornalismo valente da Pública hoje!

Caixa preta do BNDES era mais uma fake news de Bolsonaro 📰 - YouTube

26
Jul22

Lula e as exigências históricas

Talis Andrade

Lula -Livre-Free.jpg

 

por Roberto Amaral

Estarrecida, mas sem qualquer surpresa, a opinião pública tomou conhecimento do espetáculo grotesco, de picadeiro de circo de aldeia em que foi transformado o Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência da república, no último dia 18/07. Dirigindo-se a cerca de 50 embaixadores, reunidos pela coorte militar e com a conivência do Itamaraty, que enxovalha sua história, o ainda presidente da república denunciou ao mundo que a democracia brasileira, que preside, se sustenta na mentira eleitoral, portanto, no crime e na falsidade ideológica. O processo eleitoral foi por ele reduzido a uma farsa, e a urna eletrônica, de que tanto se orgulha a justiça brasileira, caricaturada como uma engenhoca a serviço da fraude eleitoral, com a qual seria conivente o Tribunal Superior Eleitoral, que se recusa a submeter-se à fiscalização das forças armadas, e essa recusa pode levar a caserna, de quem o capitão se diz chefe supremo, a não reconhecer o resultado das eleições. Bastaria, insinua, um aceno seu, para ser obedecido por uma tropa que reagiria como o cãozinho de Pavlov.

Todas as alegadas denúncias de fragilidade do processo eletrônico levantadas pelo presidente celerado, e repetidas pelo seu ministro da defesa foram, todavia, uma vez mais, e como sempre, sistematicamente desmentidas pela auditoria do Tribunal de Contas, pela polícia federal e, até, pelos arapongas da Abin, órgão subordinado ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, chefiado pelo inefável general Augusto Heleno, ex-ajudante de ordens do gal. Silvio Frota (aquele que tentou dar um golpe no presidente Geisel, acusando-o de comunista) e recém egresso de bem remunerada mordomia no Comitê Olímpico Brasileiro. As reiteradas mentiras do presidente foram mesmo desautorizadas pela embaixada americana, o que indica que o Tio Sam, desta feita e ao menos até aqui, não está interessado em nova quebra da normalidade institucional, ao contrário do que ocorreu em 1964, quando desempenhou papel decisivo na preparação do golpe militar, e na implantação e sustentação da ditadura. Assim, temos um presidente de república que ataca e desonra o país, que comete crimes em série e goza de impunidade que alimenta sua deformação de caráter, porque, quanto mais se sente inatingível pelas leis do país, mais se anima a desrespeitá-las. Já fez de tudo, até matou, pois foi dolosamente criminosa sua conduta dificultando a defesa da população diante da pandemia da Covid-19. Contam-se em dezenas de milhares de pessoas que conheceram a morte pela desídia do presidente. Age como um criminoso em série, consciente de que está acima das instituições e das leis.

No espetáculo do Palácio da Alvorada, Bolsonaro agiu com abuso no exercício de função pública, quando difundiu informações falsas e injuriosas a instituições da república e autoridades públicas. Cometeu crime eleitoral fazendo campanha fora do período permitido, em imóvel público e durante o expediente, o que é vedado a funcionários públicos. Abusou do poder de autoridade. Utilizou meios de comunicação estatais em benefício de sua candidatura. Cometeu crime de responsabilidade ao utilizar o poder federal, que chefia, para impedir a livre execução de lei federal. Foram inúmeros os ilícitos eleitorais, cada um por si justificador de processo de responsabilidade, de decretação de inelegibilidade ou, amanhã, de impedimento do registro de candidatura. Até o momento, porém, não se conhecem providências objetivas das autoridades dos diversos poderes visando a deter o facínora, que não será contido pela força de declarações, de notas de repúdio, de protestos que se perdem no ar. Continua perigosamente à solta. A seus ataques, a suas mentiras, a resposta da justiça eleitoral se limita aos discursos de abade do ministro Edson Fachin.

Até quando?

E o que ainda espera o país para reagir aos insultos e às ostensivas maquinações golpistas? Esperar que o meliante tenha sucesso para então reagir? Ou levantar-se, como se levantou o país quando, em 1961, os ministros militares anunciaram o golpe que era o impedimento da posse de João Goulart?

Uma vez mais nos assalta o descompromisso das forças armadas com os interesses nacionais e a democracia. Trata-se, aliás, de um descompromisso histórico. Desta feita alegadas e sempre falsas razões politicas e ideológicas são substituídas pela política menor: o gozo do poder pelo poder. Não podem mais, como em 1964, arguir o anticomunismo de fancaria com o qual escondiam seu horror aos interesses das grandes massas espoliadas e seu desinteressa pela afirmação de nossa soberania e de nossa dignidade: o direito de ter um projeto próprio de país; também não podem mais alegar os deveres decorrentes da aderência subalternizada aos EUA numa Guerra Fria que terminou nos anos 90 do século passado, e com a qual nada tínhamos a ver. Não podem, como fizeram aleivosamente contra Jango, acusar o governo de conspirar contra a Constituição, porque elas é que são o governo. Nada podem alegar em defesa do golpismo, além de puro fisiologismo, o usufruto de privilégios antirrepublicanos, o gozo de mordomias, sinecuras e vilegiaturas. E não podem alegar surpresa quanto ao caráter do presidente, pois foram elas que o formaram, como igualmente formaram o brigadeiro Burnier, o general Silvio Frota, o cel. Ustra e um número sem conta de torturadores e assassinos, todos impunes, porque protegidos pela caserna.

O capitão não é o projeto em si, mas o seu operador tornado necessário pelas circunstâncias.

 

Bolsonaro convoca sua tropa para o golpe

 
 
17
Jul22

O país de Bolsonaro

Talis Andrade

 

 

 

 
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xico sá
@xicosa
O fascismo brabo miliciano tá mais aceso do que nunca. Todo cuidado é pouco com essa gente. Bolsonarismo mata. Todo apoio e solidariedade à campanha de . #FreixoImage
Michel Gherman
@michel_gherman
Cenas de terrorismo agora na Tijuca. teve passeata atacada por fascistas. Clima de terror político. Negar isso é parte do terror.
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Marcia Tiburi
@marciatiburi
Várias pessoas relatando sobre o ataque do Rodrigo Amorim (um dos que quebraram a placa de Marielle) e sua malta contra Freixo na praça Sans Pena. Eles estavam armados. Ouvi alguém dizer que foi difícil proteger o Freixo. Tomem cuidado. Não se brinca com grupos de extermínio.ImageISTOÉ
 
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Reinaldo Azevedo
@reinaldoazevedo
Fascistoides em ação. Querem se impor com ameaça e truculência. Reitero o q já disse na rádio e escrevi na Folha e no UOL: hora de ocupar as ruas. Opor a paz ao terror. E aí ⁦⁩É violência à revelia ou parceria?
 

Veja
Diario de PernambucoImage
@mariadorosario
Mais de 1 milhão de pessoas passam fome no RS, segundo o Consea-RS. De cada 10 famílias, 7 enfrentam insegurança alimentar. A fome segue no plano desse desgoverno para empurrar o povo brasileiro para a extrema miséria. Com Lula existe esperança. VAMOS JUNTES NESSA LUTA!Image
 
11
Jul22

Vassalo de Bolsonaro, ministro da Defesa compartilha artigo lavajatista que diz que eleição de Lula será “ruína moral da nação”

Talis Andrade

Mundo Tentacular: O Carniceiro de Uganda - O Canibal, torturador e Tirano Idi  AminBolsonaro é um projeto de Hitler tropical? - O Cafezinho

Idi Amin, o precursor de Bolsonaro

 

Paulo Sérgio Nogueira compartilhou artigo de um general golpista, da extrema direita, com ataques mentirosos ao ex-presidente Lula

 

Agenda do Poder - O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, compartilhou na noite deste sábado, via WhatsApp, um artigo de um general da reserva que diz que a eventual vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro “será o desastre e a ruína moral da nação e de suas instituições”. Um general que repete a quadrilha da lava jato que destruiu as empresas multinacionais brasileiras. 

A informação é da repórter Malu Gaspar em seu blog no Globo.

Malu informa também:

“O texto não é assinado por Nogueira, mas pelo general da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva, ex-comandante da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e diretor de geopolítica e conflitos do Instituto Sagres", entidade salazarista composta por militares da reserva. Todos saudosistas da ditadura de 1964, que prendeu, matou e roubou adversários políticos. 

O título do artigo, que também foi publicado na página de Rocha Paiva no Facebook, é “Lula presidente – Ruína moral da nação e das instituições”. 

Em março do ano passado, esse mesmo militar disse que o Brasil vivia o risco de ruptura institucional e que as “Forças Armadas serão chamadas pelos próprios Poderes da União, como reza a Constituição”. 

Questionado sobre o artigo com críticas a Lula, o ministro da Defesa respondeu que “o texto é muito bom” e que o autor “é uma das maiores inteligências da história do Exército”. É! o nível anda mesmo baixo. Daí a liderança de Jair Bolsonaro, que o presidente Ernesto Geisel considerava um mau militar que pedia um novo golpe, a volta da ditadura. 

Bolsonaro foi expulso do Exército pelo seu terrorismo, e parece que, filnamente, seu sonhado golpe vai mesmo acontecer, sendo ele, quem imaginaria, o novo ditador militar, o Idi Amin tupiniquim, o soba de uma republiqueta de bananas com seus generais vassalos.

O envio do artigo pelo WhatsApp ocorre depois de uma semana em que o ministro fez indiretas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em uma audiência na Câmara dos Deputados e aumentou a tensão entre os poderes ao reforçar ataques de Jair Bolsonaro. 

Adotando um discurso dúbio, Nogueira disse na Câmara que não colocava em dúvida o sistema eleitoral, mas que “nenhum sistema é inviolável” e que “as Forças Armadas estavam quietinhas no seu canto” quando foram chamadas pelo TSE para participar de uma comissão técnica para melhorar a segurança e a transparência nas eleições. Na santa ignorância, o ministro da Defesa deu como possibilidade de fraude nas urnas: o exemplo a clonagem do seu próprio cartão de crédito:

“Tem os bancos que gastam milhões com segurança e eu tive meu cartão clonado há três semanas. A minha esposa, no ano passado”, disse o Pazuello do ministério da Defesa em audiência na Câmara dos Deputados. Leia mais aqui

Intramuros, na reunião ministerial no Planalto, ele adotou um tom diferente, corroborando os ataques de Jair Bolsonaro à corte eleitoral e às urnas eletrônicas. Na ocasião, ele reclamou que o TSE até hoje não atendeu seu pedido para uma reunião específica dos militares com a corte e sugeriu que vai tentar impor um cronograma para que a corte atenda às sugestões dos militares para o sistema eletrônico de votação”. 

Prossegue a coluna:

“Numa entrevista recente, Bolsonaro afirmou que Supremo Tribunal Federal “tudo faz” para “eleger Lula de forma não aceitável”. O petista é hoje o líder de todas as  pesquisas de intenção de voto nas eleições presidenciais. 

O artigo compartilhado por Nogueira ontem diz que Lula “representa o que são antivalores” para as Forças Armadas.

“E, após condenado por unanimidade em três instâncias da justiça e descondenado com base em questões formais de discutível legitimidade, criou-se uma situação de extremo embaraço para as FA (Forças Armadas). Como promover o culto a valores morais, cívicos e éticos, ao mesmo tempo em que se submeteriam e prestariam honras militares a um comandante supremo com o histórico de Lula? Quais os reflexos na coesão, disciplina, autorrespeito e autoestima nas FA?”, questiona Paiva. Que esquece que a ditadura militar de 64 prendeu o presidente JK. E que Lula foi inocentada pelo STF e pela Onu, pelos tribunais brasileiros e internacionais. Que os algozes de Lula já foram condenados pela História. 

O general não menciona e parece não considerar passíveis de gerar embaraço para as Forças Armadas o escândalo de corrupção sobre o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e nem os episódios de tráfico de influência em negociações para a venda de vacinas contra a Covid, na gestão do general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde – igualmente capazes de criar embaraço para as Forças Armadas. Idem o orçamento secreto, o orçamento paralelo, o orçamento terceirizado, a pec das eleições, a pec do desespero, a pec kamikaze. 

Não escandaliza a Nação a farra do cabaré do Viagra, do lubrificante íntimo, das próteses penianas tamanho gigante -23 cm. Farra com vinhos, licores, filé, picanha superfaturados. Quando a insuficiência alimentar, a fome de milhões de brasileiros é um tormento exclusivamente civil. 

Mas diz que que a volta de Lula à cena política poderia provocar a “ruína” das instituições, ao discorrer sobre as decisões do STF que restabeleceram a elegibilidade do ex-presidente. 

No passado, o STF anulou as condenações impostas a Lula na Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Justiça Federal de Curitiba, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ) no caso do triplex do Guarujá. 

A Lava Jato é reconhecidamente uma quadrilha a serviço dos interesses dos Estados Unidos, criada para destruir as empresas multinacionais brasileiras, a destruição da construção pesada, destruicão da construção civil, destruição da indústria brasileira, e de 4,5 milhões de empregos. 

Citando uma declaração do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, que disse no mês passado que “ninguém pode esquecer” que houve corrupção no Brasil, o general Rocha Paiva avança: 

“Caso a Nação o eleja em 2022, o Brasil passará um atestado de indigência moral, ferindo de morte o seu futuro”, em apontando o que considera “injustificável a adesão ou a leniência de segmentos da sociedade, inclusive de grande parte da mídia e de empresários, aos desígnios de um político inconfiável como Lula”, ele conclui: “Na realidade, as instituições não funcionam e, por isso, o Brasil é uma pseudodemocracia.” Pior, o Brasil pode ter Bolsonaro como ditador, que bem representa o Exército do gal Rocha Paiva. 

Um trecho do artigo, porém, revela o que talvez seja a real preocupação tanto do general Rocha Paiva como do próprio ministro da Defesa:  “Em sua autocrítica, após a queda de Dilma, o PT e militantes comuno-socialistas declararam que o erro cometido foi não ter assumido o controle das Forças Armadas (FA), em particular de seus sistemas de ensino, promoções e designação de cargos. Assim, para implantar seu projeto de poder, as Instituições mais atacadas serão as FA”.

Ora, ora, o golpe contra Dilma foi para prender Lula, e abrir caminho para eleger Bolsonaro sucessor de Michel Temer, que nomeou Braga Neto interventor militar do Rio de Janeiro que metralhou Marielle Franco. Vide tags 'sinergia golpista', 'stf tutela militar'.

O exército golpista é a escória da Nação, envergonha o Brasil e trama um golpe sangrento com listas estaduais de presos políticos e listas de lideranças marcadas para morrer. 

Esses militares nazifascistas deviam ser presos por conspiração, por tramar uma guerra civil, para manter o centrão, a mamata militar, e desejar um genocida como ditador, o Idi Amin brasileiro, o tenente terrorista Bolsonaro, capo miliciano do Rio das Pedras, que bem representa os coronéis Brilhante Ustra e Paulo Manhães, serial killers.  

 

NAZIL: cartunistas estrangeiros comparam Brasil de Bolsonaro ao nazismo -  Socialista Morena

20 charges sobre o nazismo e outros absurdos no governo Bolsonaro em 2020 –  blog da kikacastro

Chargistas denunciam tentativas de censura: "Como nos piores | Geral

Alemanha acima de tudo! | Opinião

TRIBUNA DA INTERNET

Charge que associa Bolsonaro ao nazismo não gera dever de indenizar

10
Jul22

Réquiem para um presidente em acelerado processo de decomposição

Talis Andrade

Policiais federais carregam o caixão com os restos mortais do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, encontrados ontem na Amazônia

 

Bolsonaro chegou ao fim e não se conforma

 
 
Foi como se nada tivesse acontecido, além de um crime banal. Mas se fosse banal, se não tivesse alcançado repercussão planetária, o governo não teria escalado a Polícia Federal, o Exército e a Marinha para esclarecê-lo e achar os corpos martirizados do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips.
 

Dois homens foram presos e confessaram o crime. Um deles disse que foi torturado para confessar e depois apontou o local da cova. Um terceiro, procurado, entregou-se. Restos dos corpos foram encontrados e ainda estão sendo examinados. Bruno foi morto com quatro tiros de rifle de caça, Dom com um.

O crime não teve mandantes, apressou-se a dizer a Polícia Federal. Como? O crime não teve mandantes, concluiu a Polícia Federal antes mesmo do enterro do que sobrou de Bruno e Dom. Sabe-se da eficiência da Polícia Federal, mas sabe-se também que ela hoje está sob o estrito controle do governo Bolsonaro.

Não era para estar. A Polícia Federal é órgão de Estado, não de governo. Não deve satisfações ao presidente, mas ao Poder Judiciário. Pelo menos era assim até a ascensão do ex-capitão que o Exército vomitou das suas fileiras por indisciplina e má conduta. Ele planejou atentados à bomba a quartéis e foi garimpeiro.

Quando ministro da Justiça, o ex-juiz Sergio Moro resistiu à intervenção de Bolsonaro na Polícia Federal. Seus sucessores, porém, conformaram-se. Bolsonaro ignora regras e leis. Elas existem para ser desrespeitadas. E ele faz questão de demonstrar isso ao negar-se, por exemplo, a usar capacete para pilotar motos.

A Amazônia, um dia, já foi nossa. Ou pensávamos que fosse. Hoje, é do crime organizado, nacional ou transnacional, dos contrabandistas de madeira e de outras riquezas, dos garimpeiros e dos caçadores ilegais, e dos que a desmatam para que a pecuária avance sobre as reservas indígenas. Bolsonaro está nem aí.

O Estado Criminoso e Abandonado da Amazônia (ECAA) está repleto de bandidos, e crer-se que nenhum poderoso chefão, que nenhuma das organizações à margem das leis que por lá atua não possa ter encomendado a morte de Bruno e Dom, é tudo menos imperícia da parte da Polícia Federal. É cumplicidade.

Bolsonaristas sempre traem suas verdadeiras intenções. Foram às redes sociais no fim de semana tirar partido da comoção provocada pelo duplo assassinato. Compararam a investigação do caso com a da facada em seu líder em setembro de 2018. E postaram barbaridades do tipo:

“Os mandantes dessas mortes vocês querem saber, mas quem mandou Adélio Bispo dar a facada, não.”

“Se revelarem os mandantes desses dois, também quero o mandante do atentado ao presidente.”

“A indignação de vocês é hipócrita, porque não se indignaram com o crime não resolvido contra o presidente?”.

Procedem assim não porque sejam idiotas, mas porque estão a serviço da desinformação. Bolsonaro sobreviveu à facada, segundo ele, graças a Deus – Bruno e Dom não escaparam aos tiros. Por três vezes, depois de anos de investigação, a Polícia Federal concluiu que Adélio agiu sozinho. E daí?

A facada catapultou Bolsonaro na preferência dos eleitores há quatro anos. Ele conta com a lembrança da facada para não perder pontos entre seus fanáticos seguidores. Quanto mais se discutir o que fez o seu governo até aqui, menores serão as chances de se reeleger. Portanto, assuntos incômodos devem ser logo sepultados.

Para tal, é necessário desviar a atenção coletiva do que de fato importa. A Petrobras faz mais um reajuste no preço dos combustíveis? Pau nela. CPI para investigá-la, prega Bolsonaro, fingindo que nada tem a ver. O governo é o maior acionista da Petrobras, depende dos seus lucros para ter dinheiro.

Bolsonaro não mudou a política de preços da Petrobras porque não quis ou não teve coragem. Tenta justificar seu fracasso como governante culpando a empresa, a Justiça, a oposição, a mídia e o que mais lhe parecer conveniente. Voltou a repetir em Manaus que não cometeu um só erro durante a pandemia.

É useiro e vezeiro em atirar no próprio pé. Arrisca-se qualquer dia a atirar no próprio peito.

Com censura e cerco à arte, Bolsonaro repete ditadura que temia a cultura

Lenio Luiz Streck
@LenioStreck
Para Bolsonaro, a culpa é “desse inglês”! Pronto! Eis a fala presidencial! E Mourão, presidente da conselho da Amazônia, está em campanha para o senado. Usando a máquina pública. O Brasil não é para amadores. É para militares.
 
 
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Ficheiro:Idi Amin caricature2.jpg – Wikipédia, a enciclopédia livre
Idi Amin e suas medalhas de ditador
General Idi Amin – A Self Portrait (1974) – Bobby's Pakoras & Reviews
TRIBUNA DA INTERNET
Mostra de charges sobre Bolsonaro retirada da Câmara de Porto Alegre será  exposta de modo itinerante | Rio Grande do Sul | G1
O entreguismo fardado do regime Bolsonaro
Charge - Angelo Rigon
 

10
Jul22

Justiça dividida entre os que temem o golpe e os que não acreditam

Talis Andrade

IMPERADOR OU DITADOR? – Contra o Vento

 

Enquanto isso, os preparativos são discutidos em reuniões no Palácio do Planalto

 
 
Ainda haverá juízes em Brasília? Ou os que existem, mas andam cercados de agentes de segurança, moram em casas monitoradas por câmeras e são os últimos a embarcar em aviões e os primeiros a desembarcar, sentem-se cada vez mais tolhidos e temem exercer seu papel com liberdade e independência?
 

Natural que se sintam tolhidos, mas indesculpável que cedam às pressões de um presidente da República em desespero com a derrota que se avizinha e de generais que incondicionalmente o apoiam. O Estado Maior do Exército virou um serpentário de bolsonaristas, e os que não são, calam-se e apenas observam.

O golpe que Donald Trump tentou dar no dia 6 de janeiro do ano passado naufragou porque as mais altas patentes do Exército americano e os chefes das agências de inteligência se opuseram, além do vice-presidente Mike Pence. Sem o apoio das armas, o Congresso foi invadido e tudo o mais o que se viu, mas só.

Aqui, Bolsonaro está em melhor situação do que Trump para colapsar a democracia. A maioria dos generais o segue; o vice-presidente, o atual e o aspirante a próximo, também; uma grande parcela do Congresso, uma vez assegurada a preservação do mandato, não será empecilho ao golpe; nem o aparato policial.

Não se faz mais segredo de que se conspira em reuniões de ministros no Palácio do Planalto para abortar as eleições ou para anular seus resultados caso Bolsonaro não se reeleja. Há estudos de cenários para todos os gostos, só não há para o reconhecimento da derrota e a transferência pacífica da faixa presidencial.

Se a Justiça Eleitoral não admitir que os militares participem do processo de apuração de votos, Bolsonaro poderá abdicar de sua candidatura para gerar uma comoção entre seus devotos. Se esse não for o caso, um apagão de energia poderá ocorrer em algumas regiões do país no dia do primeiro turno. Se… Se… Se… Se…

Um assessor direto de Bolsonaro, talvez mais prático do que os demais, acha que não deve ser desprezada a hipótese de um lobo solitário, ou não tão solitário assim, atentar com sucesso contra a vida de Lula. Ora, Adélio Bispo (em 6 de setembro fará quatro anos) não quase matou Bolsonaro com uma facada?

Os Kennedy, John, presidente, Robert, senador, não foram assassinados? O pastor Martin Luther King não foi? Ronald Reagan, presidente, não foi baleado e quase morreu? Os Bolsonaro apreciam muito a história dos Estados Unidos. De resto, o Brasil, hoje, é um dos países onde a venda de armas só cresce.

Por se sentirem emparedados pelas tropas de Bolsonaro e a indiferença do Congresso, os ministros do Supremo se dividem entre os que acham que devem resistir cumprindo as leis, e os que ainda dizem não acreditar que a democracia acabará golpeada. A propósito, alguns lembram a renúncia de Jânio Quadros em 1961.

Eleito com uma votação espetacular, Jânio renunciou seis meses depois alegando que o Congresso o impedia de governar. Os militares o apoiaram para que permanecesse no cargo. Jânio abandonou Brasília levando a faixa presidencial. Imaginou voltar nos braços do povo. Não voltou e teve que devolver a faixa.

O último presidente da ditadura militar de 64, o general João Baptista de Oliveira Figueiredo, recusou-se a transferir a faixa para José Sarney em 1985. Preferiu deixar o Palácio do Planalto pela porta dos fundos. Menos mal.

Charge do Amarildo

10
Jul22

Não vamos falar sobre assédio dos generais?

Talis Andrade

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por Ayrton Centeno

- - -

Pedro Maluco ou, conforme o cartório, Pedro Duarte Guimarães, então presidente da Caixa, foi o personagem da semana passada mas continua sendo protagonista nesta, mesmo após seu encontro com a guilhotina. Maluco virou ex mas a destruição que produziu nos princípios mais elementares de convivência em um ambiente de trabalho prossegue trazendo vítimas à tona.

Revirando-se as entranhas do banco, descobre-se que o vírus do bolsonarismo transformou o constrangimento em política corporativa com direito ao acobertamento militante por parte de diretores e à omissão de órgãos que deveriam zelar pela instituição. Ao ponto de uma das vítimas falar em “dezenas de Pedro Guimarães” e na naturalização da cultura do assédio.

Mas falamos em assédio – sexual e moral – do ex-presidente da Caixa, amigo do peito de Jair Bolsonaro, parceirão de lives e pescarias, mas deixamos encoberto outro tipo de assédio, constante e impune: o assédio sobre a democracia.

Encarapitados no Planalto, os generais palacianos não perdem oportunidade de importunar a débil e imperfeita democracia brasileira. Dá-se o assédio político e ideológico contra um dos instrumentos democráticos por excelência: as eleições. Tentam alvejá-las por uma presumida fragilidade nunca demonstrada nos últimos 90 anos.

Levantam dúvidas, dão pitacos e invocam o direito de arbitrar a lisura do pleito deste ano. Mas qual é mesmo a expertise da caserna no métier? Certamente não será maior do que a do Ministério da Agricultura e Pecuária. Ou da Saúde. Quem sabe a do Turismo?

O mais notável é que, se a gente der uma espiada na história destes tristes trópicos, a contribuição que as Forças Armadas podem oferecer às eleições rivaliza com aquela dada pelo general Pazuello no enfrentamento da covid-19.

Senão vejamos: em 1964, os generais assediaram a democracia, removendo um presidente eleito pelo voto popular. E acabaram com as eleições para presidente durante 21 anos. Quando a população saiu às ruas cantando “Um, dois, três, quatro, cinco mil, queremos eleger o presidente do Brasil”, a reação do regime foi mover os deputados que comiam nas mãos do generalato para derrotar a emenda Dante de Oliveira em 25 de abril de 1984.

Dois dias antes da votação das “Diretas Já”, o general João Figueiredo, então no poder, suspendeu o direito de reunião, decretou estado de emergência em Brasília e arredores e botou a tropa na rua.

Refulgia à frente de seis mil soldados e 116 tanques e carros de combate, o comandante militar do Planalto, general Newton Cruz, montado em um cavalo branco. Na Esplanada dos Ministérios, diante do buzinaço promovido por quem queria eleições sem demora, o general chicoteava os carros e desafiava: “Buzina agora, seu filho da puta!”

Sendo generosos, com a maior boa vontade, podemos dizer que os fardados sofrem de uma dificuldade bastante óbvia para lidar com eleições. Então, o assanhamento para instruir o TSE sobre como conduzir suas próprias atribuições pode não ser muito proveitoso. Alguns sinais estão nos ares.

A desconfiança do povo nas Forças Armadas subiu, segundo levantamento deste mês do Instituto da Democracia. O grupo de eleitores que diz não confiar nos militares chegou a 29,2%, enquanto aqueles que confiam muito somam 24,9%.

Compulsivo assediador da democracia, Bolsonaro já disse que as Forças Armadas “não farão papel de idiota” nas eleições.

Talvez o maior papel de idiota seja respaldar um energúmeno na elaboração do caos, desonrando-se ao lidar com uma tarefa com a qual não têm e nunca tiveram a menor afinidade.

General diz que Bolsonaro é refém de facção

 
 
10
Jul22

Joaquim de Carvalho: 'todos sabem que o que Bolsonaro quer é uma guerra civil. Ele é inimigo de todos os democratas'

Talis Andrade

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Jair Bolsonaro "é um terrorista"

 

O jornalista Joaquim de Carvalho alertou neste sábado (9), no programa Bom Dia 247, para a violência política estimulada, segundo ele, pelo bolsonarismo. O colunista afirmou que Jair Bolsonaro (PL) "é um terrorista".

"Todos sabem que ele quer uma guerra civil, diz que quer fechar o Congresso. Bolsonaro está investindo na divisão do País. Ele comprou o Congresso porque não tem alternativa para fechar. O Bolsonaro vai engolir vocês (parlamentares) na frente", disse Carvalho.

De acordo com o jornalista, Bolsonaro "não quer democracia, ele quer poder". "Não consegue se manter por meio de voto. Personalidades que chegaram ao poder com esse perfil são autocratas".

 
 

 

 
08
Jul22

Bolsonaro tem certeza da vitória de Lula

Talis Andrade

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A forças das urnas

A vitória do povo

 

Bolsonaro diz que Fachin tem certeza da vitória de Lula. brasil247.com/poder/bolsonar Fachin e povo em geral que vota livre na Democracia e no fora genocida e no tortura nunca mais, e na ditadura nunca mais, e na comida no prato tem certeza da vitória de Lula. 

Bolsonaro esqueceu de dizer que o favelado, o povo massacrado nas favelas, o povo torturado e morto pelos deputados militares serial killers, o povo que teve seus filhos vitimados nas chacinas da polícia militar, e da polícia rodoviária federal tem certeza da vitória de Lula.

Os camponeses, os sem terra, os operários, os pequenos funcionários civis, os sem teto tem certeza da vitória de Lula.

Os generais de pijama, que vão deixar ricas pensões para as filhas desempregadas e que vão ficar para titias, para herança de ricas pensões vitalícias, têm certeza da vitória de Lula. 

Os generais de Bolsonaro, os coronéis da vacina, cuja ganância asfixiou de Covid milhares e milhares de brasileiros, têm certeza da vitória de Lula.

Os 8 mil e 450 militares malandros, com cargos comissionados no governo, têm certeza da vitória de Lula. 

Os derrotados milicos, que são partes do centrão militar, que mamam adoidados nas tetas das burras do Estado, que vão chorar a perda das mamatas bolsonaristas do orçamento paralelo, do orçamento secreto, tramam o golpe, o anunciado golpe para evitar a vitória de Lula no primeiro turno das eleições, no dia 2 de outubro próximo, conforme a previsão de todas as pesquisas realizadas. Conspiram o golpe para impedir  a posse de Lula da Silva no dia 1 de janeiro, início do Ano Novo e do Novo Governo do Povo, da Felicidade do Povo e do Brasil Independente. O povo deseja comida no prato e que sejam devolvidos os direitos roubados, os direitos sociais, os direitos humanos, os direitos trabalhistas, os direitos previdenciários. O povo tem o Direito de ser Feliz! 

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