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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

15
Mai22

Jeferson Miola: é necessário uma forte mobilização em defesa da democracia e pelo retorno dos militares aos quartéis

Talis Andrade

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247 - Em entrevista ao programa Giro das Onze, da TV 247, o articulista Jeferson Miola considerou que a resposta do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Edson Fachin, aos intentos da ala bolsonarista das Forças Armadas veio com atraso e ele defende uma forte mobilização em defesa da democracia e pelo retorno dos militares aos quartéis.

Fachin disse que a corte não se dobrará a quem quer que seja e destacou que é a população desarmada quem trata das eleições no país.

Segundo Miola, “o problema é que ela [resposta] vem com uns meses de atraso. O Fachin deveria ter comunicado isso ao seu colega de Supremo, Luís Roberto Barroso, que cometeu um pecado capital”, enfatizou ele, se referindo à decisão do ministro de incluir representantes das Forças Armadas para fazer parte da comissão de transparência das eleições.

“Tem uma lógica de aproximação muito estratégica que os militares colonizam as instituições e os poderes da República. Não vamos esquecer que eles instalaram em 2018, no gabinete do Dias Toffoli o Fernando Azevedo e Silva, que veio a ser depois o general ministro da Defesa de Bolsonaro”, frisou Miola. 
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“Eles instalaram o Fernando Azevedo e Silva lá com uma função muito determinada. Com um propósito muito claro de tutelar o processo eleitoral e, sobretudo, vigiar para que o STF, naquela ocasião, não liberasse o ex-presidente Lula, e portanto o habilitasse para as eleições de 2018”, acrescenta.
 

Para Miola, a solução que teríamos para essa situação de suspensão que o bolsonarismo impõem contra o paíscom ataques ao sistema eleitoral é “que o Tribunal Superior Eleitoral dissesse de maneira clara: generais e Forças Armadas saiam do sistema eleitoral, vocês não pertencem a esse ambiente. Voltem para o lugar de onde vocês nunca deveriam ter saído, que são os quartéis".  

"Falta um Brizola, por exemplo, para conclamar uma rede da legalidade e atrair amplo setores a se mobilizar fortemente. Só se começa se os atores fundamentais que defendem a democracia se colocarem em movimento. É essencial que as centrais sindicais, as organizações populares, comunitárias, os partidos políticos, deputados, vereadores, governadores, que se levantem. Não é possível que não tenhamos uma voz que diga: alto lá, isso tem que parar!", disse.

 

14
Mai22

O que fazer diante de um golpe em preparação

Talis Andrade

 

 

Carla Barchini, Autorretrato VIIII, 2019, Telhas de cimento, 20 cm3
 
 

Por VLADIMIR SAFATLE

Lutar contra o golpe passa por fazer a política operar no que ela tem de mais forte, a saber, sua capacidade de ampliar o horizonte dos possíveis

A fragilidade institucional do Brasil não é algo que possa, nessa altura, ser objeto de dúvida. Como um trem em direção ao choque e que nada parece conseguir parar, o país descobre a cada dia situações que apenas explicitam como seu processo eleitoral e sua possível transferência de poder não será algo “normal”, independente do que esse termo possa realmente significar. Durante os anos Bolsonaro, não foram poucas as ocasiões nas quais vimos tentativas de desestabilização e de criação de condições para algo próximo a um golpe.

A última delas ocorreu em 7 de setembro do ano passado. Depois disso, Jair Bolsonaro soltou uma carta à nação assinando-a com o lema integralista. Alguns de seus apoiadores mais entusiastas receberam mandados de prisão. Boa parte dos analistas disse que essa era a expressão de que ele fora obrigado a recuar, demonstrando sua fraqueza. Quem disse à ocasião que o golpe já havia começado parecia ter se equivocado.

 

No entanto, o país voltou nesses últimos dias ao mesmo ponto, agora graças às Forças Armadas atuarem de forma explícita como agente desestabilizador, questionando junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) procedimentos eleitorais. Como se às Forças Armadas fosse dada alguma forma estranha de legitimidade para se colocar como instituição que pode exigir de outras instituições da República explicação, “sugerir” modificações de procedimentos, mesmo em se tratando de assunto que em nada concerne aos militares. Ou seja, as Forças Armadas assumiram claramente o que hoje são, ou seja, o governo. Concretamente, esse é um governo militar, como não poderia deixar de ser um governo que tem sete mil militares em postos do primeiro e do segundo escalão.

Sendo governo, os militares mostraram como estão completamente alinhados aos desejos do sr. Bolsonaro. Há mais ou menos um ano, ele havia trocado o comando das Forças Armadas e houve analistas que entenderam, mais uma vez, que se tratava de expressão de fraqueza e desespero do governo em sua tentativa de submeter os quarteis a seus interesses. Um ano depois, está evidente que não havia fraqueza alguma, que o processo de alinhamento transcorreu de forma consistente. Ou seja, o Brasil se prepara para uma crise institucional.

Um golpe clássico é apenas um dos cenários possíveis, sempre ao alcance da mão, caso seus atores entendam que as condições estão dadas para tanto. Mas, entre um golpe e o respeito ao resultado das eleições, há múltiplos cenários possíveis. O Brasil sabe muito bem fazer remendos institucionais quando suas elites julgam isso necessário, haja vista a invenção prêt-à-porter do parlamentarismo nos anos 1960.

A verdade é que muitos de nós insistimos que não havia outra coisa a fazer do que lutar e exigir o impeachment de Bolsonaro o mais rápido possível, antes do processo eleitoral, pois justificativas não faltavam, seus desejos de ruptura institucional nunca precisaram ser escondidos. No entanto, em nome do respeito institucional e da recusa em fazer o país passar por mais outro “trauma”, estamos agora diante de um trauma que chega até nós em câmera lenta.

Insistiria que esse comportamento dos atores políticos governistas é fundamentado, entre outros, na compreensão de que haverá apoio popular relativo a tudo que Bolsonaro tentar. Depois de uma gestão criminosa da pandemia, com suas mais de 650 mil mortes, depois de uma gestão econômica de pauperização e depois de ser o primeiro governo em décadas a entregar a nação à diminuição do poder de compra do salário mínimo, o ocupante atual da presidência detém algo em torno de 30% das intenções de voto.

Se levarmos em conta que sequer começamos a campanha eleitoral e que, em campanha, ocupantes do governo que tentam reeleições têm a tendência natural de subir, uma vez que contam com o apoio da máquina governamental, podemos perceber uma impressionante resiliência que mereceria ser estudada mais a fundo e de forma mais analítica.

“Mais analítica” não está aí de maneira gratuita. Seria o caso de salientar que de nada adianta afirmar que a luta contra Bolsonaro é uma luta “da civilização contra a barbárie”, “da ciência contra o obscurantismo”, “da alegria contra o ódio” e coisas dessa natureza. A afirmação de nossa pretensa superioridade moral e intelectual nunca serviu de nada, apenas para compensar nossa dificuldade em compreender como a extrema direita e governos protofascistas se consolidam.

Fascistas se viam como os reais representantes da grande cultura ocidental pretensamente degradada devido à sua instrumentalização pelo “bolchevismo cultural”. Os livros didáticos da Alemanha nazista tinham citações de Platão para justificar o racismo, pareceres a favor da eutanásia vinham com citações de Sêneca. Isso serve, entre outras coisas, para nos lembrar de que nossa civilização não é garantia alguma contra a barbárie. Ela a porta em seu coração como uma de suas potencialidades. Estaremos mais aptos a lidar com regressões sociais e políticas se compreendermos o quanto de sombra há em nossas luzes.

Da mesma forma, seria o caso de dizer que “ódio” é uma categoria teológico-moral. É a figura sucedânea do “mal”, do “irracional”, do “diabólico”. E não está nítida qual pode ser a função de categorias teológico-morais dessa natureza dentro de um embate político. Bolsonaristas também nos descrevem como seres impulsionados pelo ódio.

Por isso, seria mais útil nesse momento se perguntar como a extrema direita cresce a partir de nossas próprias contradições e silêncios, como ela captura desejos reais de mudança e ruptura. Bolsonaro mobilizou seus eleitores durante toda a pandemia utilizando o discurso da liberdade como propriedade que cada indivíduo teria sobre seu próprio corpo. Ele falou a todo momento da capacidade de assumir riscos e não esperar alguma forma “paternalista” de segurança em relação ao Estado. Bem, quantas vezes discursos dessa natureza foram usados por quem se diz progressista? Continuamos a acreditar neles?

De fato, o discurso político da oposição ao governo tem um movimento pendular que oscila entre os chamados a “dialogar” com setores da população fieis a Bolsonaro e a descrição de que nossa luta é contra a “barbárie”. Essa polaridade não tem como funcionar. Melhor seria lembrar que mobilizações políticas que se organizam de forma eminentemente negativa, a partir da recusa a um candidato (“agora, somos todos contra Bolsonaro”), tem fôlego curto. Quebrar a força popular do bolsonarismo exige mais, exige impedir que a imaginação política passe pela atrofia.

Em várias partes do mundo, vemos o exercício de construir novos horizontes de luta através da produção de inovações políticas e criações institucionais. O Chile discute a implantação do Estado Paritário e do estado Plurinacional, Berlim luta por aprovar uma lei que tabela e diminui o preço dos alugueis, a França discute a criação de um salário máximo e de uma limitação da diferença salarial no interior das empresas (como forma de forçar subir os menores salários), os Estados Unidos, através de Bernie Sanders, discutiram a implementação de uma cota obrigatória de trabalhadoras e trabalhadores no conselho de gestão de todas as empresas.

E nós? Estamos a criar unidade a partir do quê? A partir do medo a Bolsonaro? O quanto isso pode efetivamente funcionar e por quanto tempo? Lutar contra o golpe passa por fazer a política operar no que ela tem de mais forte, a saber, sua capacidade de nos fazer criar futuros, ampliando o horizonte dos possíveis.

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12
Mai22

Bolsonaro não conseguiu desmoralizar a urna eletrônica

Talis Andrade

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Por Helena Chagas /Jornalistas pela Democracia

Desde que foi eleito - e pelo atual sistema de votação -, Jair Bolsonaro vem se dedicando a denegrir a Justiça Eleitoral e desmoralizar a urna eletrônica, apontando supostas fraudes que nunca conseguiu comprovar. Como água mole em pedra dura tanto bate até que fura, em setembro do ano passado, a popularidade da urna chegou a níveis desconfortáveis, chegando a um percentual de desconfiança que batia perto dos 30%.

Ter um terço do eleitorado desconfiando da urna, com um presidente golpista questionando o voto eletrônico dia sim, outro também, alarmou o então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, que encomendou duas campanhas publicitárias de valorização do voto e do sistema eletrônico. Cerca de seis meses depois, as pesquisas estão deixando claro que o brasileiro recuperou boa parte de sua confiança nas urnas - e talvez isso explique a nova investida de Bolsonaro contra elas, instrumentalizando os militares na linha de frente de seu combate tresloucado.

O levantamento Genial/Quaest divulgado nesta quarta mostra que o percentual dos que dizem não confiar nas urnas caiu para 22% - um número que não é pequeno, mas que coincide com parte do eleitorado bolsonarista e não chega a ameaçar a democracia. A soma dos que dizem "confiar  muito" e "confiar um pouco" na urna eletrônica cresceu de 70% para 75% (40% muito, 35% um pouco) de setembro para cá, pelo mesmo instituto, indicando uma recuperação de imagem.

Não sabemos ainda o que mais Bolsonaro e seus operadores verde-oliva vão aprontar contra a urna. Mas a cruzada bolsonarista contra as Cortes superiores do Judiciário - STF e TSE - não vem sendo aprovada pela maioria da população e pode resultar em perdas eleitorais. A mesma pesquisa aponta que 45% das pessoas consideram errado o perdão dado pelo presidente da República ao deputado Daniel Silveira, contra 30% que acharam certo.

Este último índice, não por acaso, coincide com o eleitorado de Bolsonaro - que, pelo que se vê, late, assusta e faz muito barulho, mas continua confinado na própria bolha.

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18
Abr22

Viagra é uma pequena amostra da grande corrupção que turbina o projeto de poder dos militares

Talis Andrade

 

por Jeferson Miola

- - -

O Viagra, medicamento usado para tratar disfunção erétil e melhorar o desempenho sexual masculino, foi adquirido pelo Exército Brasileiro em grande quantidade e, ainda por cima, com superfaturamento de 143%, segundo denunciaram os deputados do PSB Elias Vaz/GO e Marcelo Freixo/RJ.

O ministério da Defesa, sempre muito inventivo na arte de tergiversar e mentir, alega que a compra se destina ao tratamento de militares com hipertensão arterial pulmonar. A falsa alegação é contra-arrestada pelo esclarecimento científico da coordenadora da Comissão de Circulação Pulmonar da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Veronica Amado.

A especialista afirma que para hipertensão pulmonar se prescreve o Viagra somente na dosagem de 20 mg. Mas o Exército adquiriu 35 mil comprimidos com dosagens de 25 mg e 50 mg, cujo emprego é exclusivo para aumentar/melhorar a ereção do pênis.

No início do ano passado, quando surgiram denúncias sobre compras esdrúxulas – e também superfaturadas – de leite condensado e de chicletes, o ministério da Defesa esclareceu de modo sui generis. Justificou a compra de toneladas de leite condensado “por seu potencial energético”, e de chicletes para compensar a “impossibilidade de escovação apropriada”.

A preocupação com a melhora da “moral das tropas” não se restringe ao Viagra. Conforme denunciado, na farra com dinheiro público o Exército também adquiriu próteses penianas infláveis, do melhor padrão do mercado, pelo valor de 3,5 milhões de reais.

Na página 106 do livro Conversa com o comandante, organizado pelo professor Celso Castro, o general Villas Bôas cita com certo regozijo o episódio – ou mimo – em que um helicóptero do 4º Batalhão de Aviação do Exército foi usado com o exclusivo propósito de levar-lhe uma revista Playboy na selva, onde estava em treinamento com a tropa há 20 dias.

Além de zelar pela luxúria e prazer dos fardados, as cúpulas das Forças Armadas também se esmeram em propiciar-lhes o desfrute de sofisticada gastronomia nos quartéis.

Enquanto milhões de brasileiros famintos catam osso no lixo para enganar a fome dolorosa, a rotina alimentar nas instalações militares é suprida com toneladas de picanha, filé mignon, cortes nobres de carne, lombo de bacalhau, camarão, frutos do mar selecionados etc.

Tudo, claro, regado a muita cerveja, uísque 12 anos e conhaques de grife, e tudo bancado com orçamento público e a valores superfaturados, conforme denúncias jornalísticas.

Por mais anedóticos e ultrajantes que possam parecer tais gastos das Forças Armadas com dinheiro público, é preciso observar que se tratam, no entanto, de pequenas amostras do descontrole e da grande corrupção que turbina o projeto político-partidário das cúpulas militares.

O governo militar protagonizou inúmeros escândalos, a maioria deles abafados ou acobertados pelo colaboracionismo fascista na PGR, PF e judiciário.

A cobrança de propinas é a moeda de troca do governo militar, como aconteceu na compra de vacinas pelo ministério da Saúde dirigido por um general da ativa do Exército, e na roubalheira em nome de deus no MEC, para ficar apenas nesses dois exemplos.

Os militares propagam um falso-moralismo, falso-profissionalismo e falso-legalismo para venderem uma imagem de austeridade, pureza, competência e incorruptibilidade. É, evidentemente, mero artifício diversionista para apresentarem-se como fundadores da consciência nacional e tutores da Nação. Sem noção do ridículo, entendem que incumbe a eles conduzir os destinos do país em lugar das elites civis incompetentes, corruptas e impuras.

A realidade, no entanto, é bastante diferente, como atestam os privilégios, nepotismos, favorecimentos, corrupção, práticas nada republicanas e, óbvio, a tremenda incompetência.

As Forças Armadas vivem de modo quase clandestino e secreto no Estado brasileiro; vivem totalmente à margem do controle do poder político, o Congresso, e das instituições civis.

É uma instituição isolada, que se autogoverna e se organiza como partido político – o partido dos generais; ou Partido Militar, como definiu Oliveiros Ferreira – que desestabiliza o sistema, conspira contra a democracia e participa ativamente de golpes contra governos democrático-populares.

Os militares administram com critérios opacos um orçamento anual de mais de 115,9 bilhões de reais [2021] do ministério da Defesa. Uma desproporção considerável em relação ao SUS, que contou com 189,9 bilhões de reais para atender 212 milhões de brasileiras e brasileiros.

Do orçamento total do ministério da Defesa, apenas 8 bilhões de reais são para investimentos, e 89,6 bilhões [77,3%] são despesas de pessoal da “família militar”. Nestas despesas de pessoal está incluído o impressionante valor de 55,6 bilhões pago a militares da reserva, reformados e pensionistas: 137,9 mil filhas de militares mortos são pensionistas. A pensão vitalícia mais antiga remonta ao ano de 1930 do século passado, paga a uma filha de militar.

Há casos notórios de burla na concessão de pensões militares, como o da neta do ditador Garrastazu Médici, adotada pelo general como filha quando ela tinha 21 anos e pais vivos. O ditador praticou esta fraude poucos meses antes de falecer, em 1985. Com isso, a pensionista forjada receberá, enquanto viver, uma pensão mensal de R$ 32,6 mil correspondente ao salário de “marechal”.

O símbolo maior de corrupção do governo das cúpulas partidarizadas das Forças Armadas, que tem nominalmente Bolsonaro na presidência é, no entanto, o esquema do bilionário orçamento secreto de mais de 20 bilhões de reais.

O orçamento secreto é o nome fantasia do regime de corrupção bilionáriamontado pelo partido dos generais para comprar apoio e sustentação da escória no Congresso e, desse modo, garantir a continuidade do projeto de poder dos militares.

O orçamento secreto é, enfim, o Viagra que turbina o colaboracionismo fascista e por meio do qual os larápios do Centrão foram promovidos de anões a “gigantes do orçamento”.

xico sá
Deu no NP
Puraingresia
@fsmcruz
Não sei ainda bem os porquês, mas esta chibança dos milicos me fez lembrar desta antalógica manchete do NP.
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