O deputado estadual Filippe Poubel (PSL) foi acusado de agressão dentro da boate da qual é sócio em Cabo Frio, na Região dos Lagos. O engenheiro Carlos Eduardo Salvio registrou um boletim de ocorrência contra Poubel na 126ª DP neste sábado, dia 8. Ele também se manifestou sobre o caso por meio de suas redes sociais, afirmando ter chegado ao clube noturno por volta das 3h40, quando teria sido abordado pelo parlamentar, acompanhado de pelo menos dois seguranças, e então agredido.
— Entrei no estabelecimento, segundos depois, ele (Poubel) veio para cima de mim igual um maluco, falou que eu tinha feito um perfil fake para falar mal dele e do Capitão Diogo Souza de Oliveira e do filho dele — contou Carlos Eduardo.
Jornalistas Livres @J_LIVRES Parece inacreditável, mas o policial militar Gabriel Monteiro, integrante do MBL e assessor do deputado Filipe Poubel do PSL, foi ao velório de Agatha, menina de 8 anos assassinada pela polícia de Witzel, para agredir as pessoas presentes. A quem serve a polícia militar?
Revista Forum - Gabriel Monteiro tenta trilhar o mesmo caminho de Arthur do Val, do Mamãefalei, e já quase foi expulso da PM por conta do tempo dedicado como youtuber.
Gabriel Monteiro tem ganhado certa visibilidade na política do Rio de Janeiro causando polêmicas ao produzir vídeos no mesmo estilo espalhafatoso do deputado estadual Athur do Val (DEM-RJ), do Mamãefalei. Nessa malandragem de youtuber, quase foi expulso da Polícia Militar por faltar o serviço para atuar em manifestações do MBL. Neste domingo (22), ele ficou marcado por agredir um jovem durante o enterro da menina Agatha Félix, de 8 anos.
“Não dá pro cara chegar numa manifestação onde você não tem a mínima noção do que é viver como favelado e ter saudades das pessoas próximas a você que falecem para botar os familiares em contradição, para botar as pessoas que estão em um momento de dor, num momento de sofrimento em contradição para encher o c. da sua página de seguidor”, é o que conta o rapaz que foi derrubado pelo PM com um soco.
A prática narrada pelo jovem é a mesma que fez o youtuber Arthur Mamãefalei aparecer no cenário político e conseguir ser eleito deputado estadual. Em tom ainda mais intimidatório, Monteiro faz perguntas a pessoas que não estão prontas para rebater seus argumentos e lança vídeos nas redes sociais. Em muitas das gravações ele usa farda.
No velório, ele tentou fazer o mesmo, abordando pessoas que foram para o enterro da menina Ágatha, de 8 anos, que morreu após um tiro de fuzil da Polícia Militar enquanto voltava para casa com sua família. O policial argumentava que a PM não era a culpada pela morte e desafiava as pessoas a responder.
Ágatha fuzilada pela covarde e cruel polícia de Witzel, filipe Poubel e Gabriel Monteiro
Um deles foi o jovem agredido. “Ele começou a passar a versão dele e as coisas começaram a ficar pior quando a gente chegou e falou que ele justificou a morte das pessoas com a apreensão de 400 fuzis sendo que são mais de 1080 pessoas mortas no estado por violência policial”, contou.
Monteiro quase foi expulso da Polícia Militar uma vez devido aos seus vídeos. Em denúncia de desobediência hierárquica feita por um coronel da PM, a corporação concluiu que Monteiro não cumpria com suas funções como policial para atuar no MBL. “Desobediência hierárquica com palavras ofensivas contra a instituição em redes sociais, conduta irregular, ineficiência no cumprimento da função, inúmeras transgressões disciplinares como faltas ao serviço para envolvimento em manifestações políticas com o MBL, do qual faz parte”, diz trecho da decisão publicada em 27 de agosto deste ano.
O secretário de Estado da Polícia Militar, General Rogério Figueiredo – nomeado por Wilson Witzel -, decidiu anular a condenação indicada pela Corregedoria da PMERJ. A interferência fez o corregedor Joseli Cândido da Silva se demitir do posto, segundo o Jornal Extra.
Hoje, Monteiro está à disposição do deputado estadual Filipe Poubel (PSL-RJ) e não atua nas ruas – membros do 12º Batalhão, da cidade de Niterói, criticaram a “boquinha”.