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Um alienado, ontem, na porteira de um quartel em Alegrete,
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repete os analfabetos políticos do golpe contra Dilma
Um povo que fica de joelhos para reivindicar é um povo escravo.
Um povo que fica de joelhos, para pedir a volta da ditadura, o fim da democracia, da liberdade, da fraternidade, dos direitos humanos, é um povo alienado, masoquista, passivo, covarde.
Muitos não viveram os anos de chumbo da ditadura militar. Só o assédio moral na escola, no trabalho, e o medo de ser demitido pode explicar a Síndrome de Estocolmo nos pedidos de intervenção militar. Ou o assédio sexual, a tradição do incesto, que não é crime, e a cultura do estupro.
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Adão
O povo tem que ser livre. Tem que partir para a greve, para os protestos, gritar altar o que deseja. Reivindicar o mínimo direito, quando se ganha o salário mínimo. Quando se vive nas favelas, acossado pela polícia, que chega atirando e derrubando portas.
Se não tem justiça tem escracho.
Por que aceitar, dando a outra face, o assédio policial, o assédio judicial, as costumeiras prisões sob vara?
Por que a sociedade não protesta quando um preso fica mais de sessenta dias encarcerado sem julgamento?
"Bem-aventurados os que têm sede de justiça".
Temos que ir para a rua, por nossas filhas.
As filhas dos militares e dos togados, maiores de idade, recebem pensões vitalícias.
É o Brasil das castas, dos direitos adquiridos das elites, e nenhum direito para os pobres, inclusive os trabalhistas, que o golpe de Michel Temer rasgou a CLT, assim como o primeiro ato institucional da ditadura de 1964, implantada pelo marechal Castelo Branco, foi cassar a estabilidade no emprego dos trabalhadores.
A perturbadora presença dos militares na América Latina
Militarização da política de segurança traz como consequência
o aumento no poder irrestrito do Exército
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Laerte
por Manuel Alcántara Sáez
A mobilização do Exército brasileiro para reduzir os bloqueios dos caminhoneiros nas rodovias que colapsaram o país e a recente prisão de 38 militares na Venezuela envolvidos em atividades conspiratórias colocou nas manchetes a evidência de que um ator que presidiu a política latino-americana durante grande parte de sua vida republicana continua sendo um ator inevitável com poder político.
sto, como ensina a história, é uma vicissitude que apresenta riscos à democracia que, longe de serem imprevisíveis, fazem parte da tradição militar do continente. O envolvimento das Forças Armadas por parte do Governo de Salvador Allende para enfrentar a greve dos caminhoneiros no Chile abriu as portas para sua intervenção política e foi um fator que facilitou o golpe de Estado, assim como o ruído dos sabres na sala de bandeiras dos quarteis.
No Brasil, foi aprovada em outubro a Lei 13.491/17, que ampliou a competência da Justiça Militar Federal relacionada aos graves problemas do crime organizado que assola o país. A lei não confere nenhum poder à polícia civil para investigar ações de soldados que causem a morte de civis. Desse modo, é ignorada a jurisprudência da Corte Interamericana de que a justiça militar tem caráter restrito, funcional e excepcional. Na mesma direção se discute no Senado o projeto de lei 352/201725 que pode alterar o Código Penal brasileiro para qualificar como legítima defesa quando um agente de segurança pública mata ou fere quem porta ilegal e ostensivamente uma arma de fogo. A militarização da política de segurança traz como consequência o aumento do poder irrestrito do Exército e a consequente ampliação das garantias legais que acabam conferindo impunidade às suas ações. Desde a pré-campanha eleitoral no país, a oferta de Jair Bolsonaro, ex-militar e ardente defensor do legado da ditadura, que mantém altas expectativas da disputa pela presidência, é coerente com esse estado de coisas. Tudo isso, juntamente com a presença dos militares no debate político, que aumentou no calor da destituição da presidenta Dilma Rousseff e se acelerou em relação à situação processual de Lula, gera um clima de ansiedade. Nesse sentido, a posição explícita do Comandante em Chefe do Exército, Eduardo Villas-Boas, e outros generais, como Luis Gonzaga Schroeder, que declarou ao jornal O Estado de S. Paulo que se Lula não for mandado para a prisão, “o dever das Forças Armadas é restaurar a ordem”, geram um clima de opinião que pode permear o resto de uma região que começava a olhar seu futuro com algum otimismo depois da desmilitarização vivida na Colômbia. [Transcrevi trechos