Por que a polícia esconde a presença de um amigo do homicida necrófilo Thiago Mayson da Silva no feminicídio de Janaína Bezerra, na sala de mestrado da Universidade Federal do Piauí? Uma universidade que parece sem comando, e caíndo aos pedaços.
Publica MayriaTorres:
No testemunho completo, Thiago Mayson contou que encontrou Janaína durante a calourada e a chamou para "ficarem" novamente. De acordo com o relato (mentiroso), os dois ficaram próximo a um dos corredores do setor de matemática e depois resolveram ir para uma sala que Thiago já possuía a chave.
Por volta das 3h, eles teriam tido a primeira relação sexual consentida dentro da sala e depois foram dormir. Segundo o acusado, eles teriam acordado tempos depois, e Janaína teria dito que estava com fome e pedido açúcar. Ele afirmou que atendeu o pedido e a deu açúcar, além de oferecer uma banana.
Posteriormente, os dois teriam tido uma segunda relação sexual, momento em que Thiago afirmou que "sentiu que Janaína desmaiou e acredita que nessa hora tenha batido a cabeça no chão."
De acordo com o relato, ele dormiu e só acordou de manhã, quando notou que Janaína não tinha acordado e que a sentiu "fria". Ele teria entrado em contato com um amigo chamado Vitor, que o aconselhou a levar para um hospital.
"Coincidentemente um colega do interrogado de nome Vitor, mandou mensagem perguntando onde Thiago estava. Ele relatou a situação para Vitor e o mesmo o aconselhou que levasse Janaina para o Hospital."
Thiago afirmou que pediu um Uber para levar Janaína ao Hospital Universitário, mas logo que saiu da sala com ela nos braços juntamente com o colega de nome Vitor, se depararam com um segurança da Universidade Federal.
"Na sequência apareceu um outro segurança que faz ronda no veículo. Juntamente com este motorista, encaminharam Janaína para Hospital da Primavera. No Hospital a equipe médica fez uma massagem cardíaca em Janaina, mas já estava morta”, diz trecho do depoimento.
Thiago (foto) ia com o amigo Vitor desovar o cadáver de Janaína
Janaína Bezerra foi assassinada dentro da Universidade Federal do Piauí l Foto: Rede sociais
Aos 22 anos, a vida de Janaína foi ceifada com requintes de crueldade. A morte de Janaína Bezerra, estudante da Universidade Federal do Piauí, levou um pouco de cada um e cada uma de nós.
No último sábado (28), a comunidade acadêmica da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e a sociedade piauiense sofreram um duro golpe. Todos fomos surpreendidos com o assassinato da estudante de Jornalismo, Janaína da Silva Bezerra, vítima de estupro, no próprio ambiente da universidade.
Aos 22 anos, a vida de Janaína foi ceifada com requintes de crueldade. Esse caso nos provoca a refletir mais profundamente sobre o machismo e o ódio contra as mulheres, tão arraigados na sociedade e que estão na origem da violência sofrida por Janaína. Esse bárbaro assassinato também trouxe à tona o recorrente debate sobre a política de segurança executada na UFPI.
Nos últimos anos a instituição tem aparecido com frequência no noticiário policial em decorrência dos episódios de assaltos contra estudantes e docentes, entre outros crimes.
Janaína tinha foi assassinada na madrugada do sábado, vítima de estupro e violência praticados quando ela saía de uma calourada, numa sala de aula do Centro de Ciências da Natureza. O acusado de praticar o crime é o estudante do Programa de Pós-graduação em Matemática Thiago Mayson da Silva, que teve decretada sua prisão preventiva em flagrante.
Homenagens e protestos
A segunda–feira (31) seria apenas mais um começo de semana de atividades normais, em salas de aula, mas a UFPI parou. As aulas foram transferidas para os caminhos entre a Reitoria e o Centro de Ciências da Educação, até o Bloco de Jornalismo, onde Janaína estudava. Nesse dia a aula foi sobre denúncia, cobrança por justiça e punição para o assassino da estudante.
Estudantes protestam contra o assassinato ocorrido dentro da Universidade Federal do Piauí (UFPI)
O decorrer da semana foi marcado por manifestações estudantis e de professores, para cobrar da administração superior medidas urgentes com relação à segurança e a implementação de protocolos que coíbam o assédio e a violência de gênero, no âmbito da Universidade Federal do Piauí.
É importante dizer que a Janaína seria a primeira de sua família a concluir um curso superior. A universitária almejava escrever uma nova história para si e para seus pais, que não mediam esforços para que ela conseguisse se manter em uma universidade pública.
Socorro Bezerra é mãe de Janaína, a primeira da família aingressar na universidade l Foto: Mateus Santos/ Viagora
Ela escrevia poemas e escreveu uma relevante reportagem sobre a violência que existe com relação ao apagamento de escritas negras. Na reportagem deixou explícita a sua postura de resistência e o seu senso de justiça ao falar da importância da representatividade negra na sociedade.
A morte de Janaína levou um pouco de cada um e cada uma de nós. E, no presente instante, como escreve em sua poesia, estamos em resistência, exatamente oito dias depois de sua partida,e com os pulmões arfando, para que não vejamos partir mais uma mulher vítima da violência.
Justiça por Janaína!
Janaína, presente!
Agora e sempre!
O cruel assassino
Leia aqui os termos de qualificação e interrogatório de Thiago Mayson da Silva Barbosa, Maria do Socorro Nunes da Silva genitora da vítima, Raynara da Silva Batista testemunha, Fabio Wanderson e Silva do Nascimento testemunha, Jean Carlos Cavalcante de Sa Coutinho testemunha, Francisco Charles Castelo Branco Santos condutor, idem exames periciais, boletins de ocorrência, auto de prisão em flagrante, crime hediondo, Lei Maria da Penha. Falta identificar o amigo Victor do tarado assassino, que talvez motiva o tardio segredo de justiça.
Ariane Oliveira Caonteira morava na aldeia Jaguapiru, em Dourados, e desapareceu no dia 2 de setembro; entidades e lideranças indígenas denunciam falta de segurança em seus territórios
Desaparecida desde o dia 2 de setembro, aindígenaAriane Oliveira Caonteira, de 13 anos, foi encontradamortano último domingo (11) em uma propriedade rural de Dourados (MS), próximo àaldeia Jaguapiru, onde vivia com sua família.
O corpo da adolescente foi encontrado pelos próprios indígenas da aldeia, que encamparam uma força-tarefa. Ariane era neta do Cacique Getúlio Oliveira e, segundo lideranças locais, sua família jávinha recebendo ameaças há meses.
De acordo com Aldeneia Oliveira, mãe de Ariane, ela e o irmão estavam brincando no celular, na noite de 2 de setembro, quando alguém bateu à porta. A adolescente, então, saiu para atender e não foi mais vista.
A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul informou que um suspeito foi preso e que o caso vem sendo investigado comofeminicídio. Como Ariane era menor de idade, a corporação não forneceu mais informações sobre as circunstâncias do crime.
Lideranças e entidades denunciam falta de segurança
A reserva indígena de Dourados que agrega as aldeias Jaguapiru e Bororó é a mais populosa do país. Historicamente,lideranças locais e entidades denunciam a falta de segurança e assistência por parte do poder público.
"Até quando os povos indígenas continuarão sofrendo com a violência e com o luto constante? Chega! Deixem as crianças indígenas em paz!", diz nota daArticulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).
Apib Oficial
@ApibOficial
11 de setembro último, foi encontrado o corpo da menina Ariane, de apenas 13 anos de idade, que estava desaparecida há 9 dias. Nós, da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade - ANMIGA, lamentamos a perda de mais um corpo território.
ah vc quer me calar?
@erikiterena
Mais uma vez a falta de políticas públicas e segurança no MS tira a vida de um criança indígena. Ariane Oliveira, 13 anos, foi brutalmente assassinada. Após inúmeros bilhetes, as ameaças foram concluídas. A vida indígena no MS segue valendo menos que 1 cabeça de boi.
Na última sexta-feira, dia 02 de setembro de 2022, por volta das 19:30h, Ariane Gabrieli, uma jovem indígena Kayowá, de apenas 13 anos de idade, havia recém chegado da escola, e estava em casa com seu irmão e seu avô, quando foi atender a porta e não mais voltou. #ondeestaariany
Imóvel em Cajati, no interior de São Paulo, foi comprado por cunhado de Bolsonaro por R$ 2,67 milhões em dinheiro vivo. Imagem: Arte/UOL
Thiago Herdy e Juliana Dal Piva /UOL
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O gosto por armas e a personalidade de sujeito mais "bronco" aproximaram Jair Bolsonaro de um dos maridos de suas irmãs, José Orestes Fonseca, que ganhou do político, antes de ele virar presidente, o apelido de "Jagunço".
É do patrimônio de José Orestes e de sua esposa, Maria Denise Bolsonaro, o imóvel mais caro comprado com dinheiro em espécie por um integrante da família Bolsonaro nas últimas três décadas: uma casa em terreno de quase 20 mil metros quadrados na região central de Cajati, no interior paulista, sob o custo de R$ 2,67 milhões (o que equivale a R$ 3,47 milhões hoje, em valores corrigidos pelo IPCA).
O UOL procurou o presidente Jair Bolsonaro, por meio da assessoria do governo, para perguntar a razão da preferência da família pelas transações em dinheiro, mas ele não se manifestou antes da publicação da reportagem. Nesta terça, o presidente demonstrou irritação ao ser questionado sobre o assunto.
"Qual é o problema de comprar com dinheiro vivo algum imóvel, eu não sei o que está escrito na matéria... Qual é o problema?", disse o presidente após participar de uma sabatina promovida pela União Nacional do Comércio e dos Serviços. "O que eu tenho a ver com o negócio deles?", afirmou sobre os filhos e a familiares que moram no Vale do Ribeira (SP).
"Então tudo bem. Investiga, meu Deus do céu. Quantos imóveis são? Mais de cem imóveis... Quem comprou? Eu? A minha família? Meus filhos já foram investigados. Desde quando eu assumi, quatro anos de pancada em cima do Flávio, do Carlos, Eduardo menos... Familiares meus do Vale do Ribeira. Eu tenho cinco irmãos no Vale do Ribeira."
Conforme dados da Casa da Moeda sobre o peso das cédulas, a quantidade de dinheiro vivo declarada na compra da casa pesaria em torno de 6,5 quilos, considerando o pagamento integral com notas de R$ 100. O volume de 267 maços de cem notas cabe em uma mala de viagem.
O terreno comprado pelo cunhado e pela irmã de Bolsonaro abrigava originalmente a casa de visitantes da Bunge Fertilizantes, empresa pioneira na exploração de minério de fosfato, que impulsionou o desenvolvimento da cidade a partir dos anos 1940. Luxuoso, o imóvel era usado por executivos da multinacional.
A compra com dinheiro em espécie do terreno e da antiga casa foi registrada em janeiro de 2018. O pagamento foi feito à Vale, empresa que na época era a dona do parque industrial que pertenceu à Bunge.
Uma das primeiras providências dos novos compradores foi pintar o telhado da casa com a cor azul, marca registrada de sua rede de móveis, eletrodomésticos e materiais de construção, a Campos Mais, fundada nos anos 1990.
Além de reformar a antiga casa, José Orestes construiu uma segunda casa no mesmo terreno, equipada com quadras esportivas, área de lazer e até mesmo um clube de tiro particular a partir de 2020 em sociedade com dois filhos, sobrinhos do presidente. Apesar de o clube ter sido constituído formalmente há mais de dois anos, o estabelecimento ainda não consta entre os registrados pelo Exército.
Nos anos 2000, José Orestes e Maria Denise construíram juntos um império de lojas de móveis, eletrodomésticos e miudezas no Vale do Ribeira. Eles se casaram em 1980, sob o regime de comunhão universal. Atualmente os dois vivem separados, mas ainda brigam pela divisão dos bens.
Até que a disputa se resolva, do ponto de vista legal, o patrimônio ainda pertence a ambos —incluindo bens que tenham sido adquiridos recentemente.
Além do terreno e das casas de Cajati, a disputa entre os dois envolve quase uma dezena de lojas e uma casa de veraneio à beira-mar em Cananéia, no litoral sul paulistano, com lancha e jet-ski.
Hoje o telhado azul da antiga casa de visitantes da Vale desbotou, voltando ao bege original. O jardim abriga aves diversas e uma bandeira do Brasil pode ser avistada no ponto mais alto da casa - gesto que se repete entre apoiadores do presidente Bolsonaro.
Apesar da briga com a irmã de Bolsonaro, José Orestes ainda é descrito por familiares como admirador e figura querida do presidente.
Em agosto, o UOL procurou José Orestes para ouvi-lo sobre as razões de optar por realizar transações imobiliárias com dinheiro em espécie, mas ele não foi localizado em sua casa ou no escritório central de suas lojas.
Em um dos seus endereços, a reportagem localizou um dos filhos de Orestes. Ele informou que a família não se manifesta, por não concordar com a linha editorial do Grupo Folha e do UOL.
Réu por tentativa de feminicídio
Em julho deste ano, a Justiça de São Paulo determinou que Orestes Bolsonaro Campos, filho de Maria Denise e sobrinho do presidente Jair Bolsonaro (PL), vá a júri popular por tentativa de feminicídio.
Bilynskyj também fez enquete debochando de quem não vai comparecer aos atos bolsonaristas, com as seguintes opções: "Eu vou no 7 de setembro" ou "Eu não vou, sou fracote". O valentão tem um passado de sangue. Ameaçou Lula de morte. E 'suicidou' a noiva que apareceu morta numa troca de balas. Delegado solto uma ameaça política
O delegado Paulo Bilynskyj, da Polícia Civil de São Paulo, que levou (?) seis tiros da noiva, Priscila Delgado de Barrios, no apartamento onde mora, em São Bernardo do Campo, afirma que ela atirou várias vezes quando ele saiu do banheiro. Ele teria descarregado a arma depois que a modelo caiu no chão, mas que não se recorda como tirou o carregador da arma porque estava com medo de que ela acordasse e continuasse a fazer alguma coisa. As informações são da Record., que teve acesso ao (fantasioso) depoimento de Bilynskyj à polícia.
De acordo com Bilynskyj, a pistola estava carregada com 22 balas. Ele conta, durante o depoimento, que achou que Priscila fosse disparar até acabar a munição porque ela atirava muito rápido e não tinha controle da arma. O delegado também disse que durante todo tempo a modelo segurou a arma com apenas uma das mãos.
Aos policiais civis, o delegado civil declarou que em nenhum momento teve contato físico com Priscila e que viu quando ela virou a arma para o próprio peito e disparou. Ele achou que o tiro tivesse sido de raspão. Depois do disparo fatal, Bilynskyj diz que não chegou perto de Priscila porque “que queria sair de perto dela”.
Investigações apontam reviravolta em morte da namorada de Paulo Bilynskyj
Priscila mantinha um relacionamento com o delegado Paulo Bilynskyj, 33 anos, e morreu na manhã do dia 20 de maio, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Segundo a versão de Bilynskyj, a namorada viu uma mensagem em seu celular, deu seis tiros nele e se matou em seguida.
Segundo revelações da revista, a bala que matou a modelo não partiu da arma que estava perto de seu corpo. Informações obtidas pela Época dão conta de que peritos concluíram ser pouco factível a hipótese de suicídio.
A tese mais aceita pelos peritos é a de que Priscila alvejou o namorado e, no meio do tiroteio, ele fez um disparo certeiro no peito da modelo. Os investigadores ainda tentam descobrir de que arma partiu o tiro que matou Priscila.
Na útima sexta-feira (29/05), os peritos voltaram ao apartamento, colheram novas provas e digitais para descobrir se o corpo de Priscila foi arrastado pelo local.
Delegado prometeu casamento
Tudo havia começado apenas cinco meses antes, no fim de dezembro de 2019. O delegado deu um like numa foto publicada no Instagram pela modelo. Por dois meses, conversaram por mensagens privadas na rede social e pelo WhatsApp. Em fevereiro, Bilynskyj viajou de São Bernardo do Campo, onde mora, para Curitiba, onde a modelo vivia, para encontrá-la.
Após o encontro, eles decidiram noivar e morar juntos. Em abril, ela se mudou para a casa do delegado e o casal marcou o casamento para 5 de junho. Mas a relação rompeu tão breve quanto começou.
Segundo o delegado, a noiva teria ciúmes da relação. Numa das mensagens que trocou com a ex, ele teria dito que o noivado chegaria ao fim no dia seguinte e que os dois poderiam voltar a namorar. Essa pode ter sido a mensagem que Priscila leu no celular pouco antes do crime. [Que safado. Escreveu de propósito, e depois foi dormir na mesma cama com a noiva. Ainda diz que morria de medo...]
Caso Bilynskyj: família de modelo questiona versão sobre tiros e suicídio
Um primo da modelo Priscila Delgado de Barros, de 27 anos, disse que a família não acredita na versão do namorado dela, odelegado Paulo Bilynskyj, 33.
Priscila foi encontrada morta na casa do companheiro, em São Bernardo do Campo (SP). Bilynskyj alegou que a mulher se matou após atirar contra ele. A polícia investiga um possívelfeminicídio.
“Não, não acreditamos. A família não acredita [de que Priscila teria se matado após atirar contra Bilynskyj”, ressaltou um primo da modelo em entrevista aoFantástico, da TV Globo.
Priscila foi baleada com um tiro no peito após supostamente ter tentado matar seu namorado o delegado Paulo Bilynskyj de 33 anos. Em vídeo divulgado em redes sociais ele relata que o motivo do desentendimento seria uma crise de ciúmes dela que teria encontrado mensagens em seu celular.
Ele foi submetido a cirurgia após ser baleado na mão, e perna. Um vizinho acionou a Polícia Militar após ouvir cinco disparos. Ele não relatou ter ouvido a discussão que segundo o delegado antecedeu os tiros. No apartamento foram encontradas seis armas de fogo. No chão do corredor havia uma pistola Glock 9mm. Uma carabina Taurus CTT 40 encontrava-se sobre o sofá da sala. Outras armas de fogo foram vistas sobre a cama de um quarto do apartamento, além de grande quantidade de munições de diversos calibres.
Os policiais militares encontraram Priscila no banheiro. Ela foi atendida ainda com vida mas não resistiu. Havia marcas de sangue em um outro cômodo do apartamento e a Polícia Civil irá investigar agora o delegado civil.
Priscila nasceu em Campo Bom e se destacou sendo escolhida a rainha do Festejando Parobé em 2010. Ela decidiu morar em São Paulo buscando oportunidades no mercado de moda.
Delegado influencer faz vídeo ironizando Lula com 'livro recheado' de arma
Na gravação, compartilhada no perfil do Instagram de Bilynskyj, que conta com mais de 660 mil seguidores, o delegado influencer surge na companhia de outras duas pessoas frequentadoras do TZB, e, juntos, eles exibem três "livros", todos sem páginas, mas com revólveres dentro.
Oi, Lula. A gente já começou o clube do livro no TZB, em Goiânia. A gente adora você cara. Olha que livro bonito", declarou, em tom irônico o instrutor de tiros e delegado paulista.
Nas redes sociais, tanto Paulo quanto a escola e clube de tiros TZB se posicionam de forma crítica ao ex-presidente Lula.
Ao UOL, a assessoria de imprensa do PT informou que vai avaliar a gravação "juridicamente".
Em comunicado enviado ao UOL, Hugo Santos, presidente do Clube de Tiro e Caça TZB, afirmou que o delegado Paulo Bilynskyj frequenta o espaço quando está por Goiânia, mas negou que seja funcionário do clube e que o vídeo seja uma ameaça à vida do petista.
Ainda, Santos reiterou que a gravação irônica "tem o objetivo de dar publicidade" ao posicionamento de Lula em defesa do fechamento dos clubes de tiros, pois o petista "tem a intenção de acabar com empregos de um setor que gera empregos e proporciona diversão a milhões de brasileiros".
"Os clubes de tiros hoje no Brasil empregam mais de 150 mil pessoas e continuam gerando novas oportunidades de emprego [...] Os clubes de tiros não serão fechados por Lula ou qualquer outro que seja eleito, pois todo cidadão brasileiro tem direito ao esporte, à saúde, à educação e à segurança pública."
Lula defende transformar clubes de tiros em clubes de livros
Em abril, no evento em que o PSOL oficializou o apoio à campanha do ex-presidente Lula no pleito presidencial deste ano, o petista, ao criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que os clubes de tiros que foram criados nos últimos anos devem "ser fechados" e substituídos por "clubes de livros". "Trocar os tiros pelos livros", pontuou.
"O Brasil terá a oportunidade de decidir que país vai ser pelos próximos anos e [pelas] próximas gerações. O Brasil da democracia ou do autoritarismo? Do conhecimento e tolerância ou do obscurantismo e da violência? Da educação e cultura ou dos revólveres e fuzis?", declarou. E da sangreira.
"Eu estarei lá", diz delegado bolsonarista sobre 'possível ataque' no 7 de Setembro em Copacana
247 -O delegado bolsonarista da Polícia Civil de São Paulo, Paulo Bilynskyj, que já ameaçou atirar em Lula, fez publicação em seu Instagram com menção a um 'possível ataque' no 7 de Setembro,quando haverá manifestações golpistas a favor de Jair Bolsonaro (PL), afirmando que "estará lá". O registro foi recuperado pelacoluna Maquiavelda revista Veja.
O policial é um sujeito perigoso, líder dos clubes de tiro bolsonarista, que acumula mais de 700 mil seguidores em seu perfil na rede social, e já fez uma sequência de 'stories' enquanto fazia sessões de treinamento de tiros. Nas publicações, havia ameaças de morte que precisam ser bem investigadas, e menções às manifestações golpistas em apoio a Bolsonaro no bicentenário da Independência. Bilynskyj fez enquete em tom irônico, debochando de quem não vai comparecer aos eventos, com as seguintes opções: "Eu vou no 7 de setembro" ou "Eu não vou, sou fracote".
No mesmo post, havia uma mensagem enviada por um seguidor: "O capitão já convocou para irmos às ruas, qual sua opinião sobre um 'possível' ataque?" Em resposta, o delegado adicionou um vídeo descendo de um veículo para atirar em um alvo de papelão, enquanto gritava "é fogo!" Na legenda, escreveu: "Eu estarei lá."
Um grupo de garimpeiros invadiu uma aldeia na Terra Indígena Vale do Javari, oeste do estado do Amazonas, e obrigaram indígenas a beber água com gasolina e suco com etanol
por Anne Moura
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Cuidar do meio ambiente é preservar toda espécie de vida na terra. Rios, florestas, animais, humanidade. Tudo o que existe e se move no globo, necessita de interação e harmonia para continuar existindo. Há uma frase que diz que na verdade, somos nós, os seres humanos quem realmente precisamos da natureza, ela em si não precisa de nós. A terra existe há 4,56 bilhões de anos. Viveu eras glaciais intensas, se dividiu, abrigou dinossauros e diversas outras espécies que nem podemos nos dar conta. Ela criou as condições perfeitas para a existência humana e é, o único corpo celeste onde há conhecimento da existência de vida da forma como conhecemos.
Infelizmente, a sociedade do capital trata a terra como descartável. Inúmeras são as pesquisas em busca de planetas habitáveis, de naves com condições perfeitas para abrigar a vida por longos períodos, ideias astronômicas de colonização de marte e muito dinheiro envolvido para a busca de um segundo lar. Eles querem transformar a terra em seus plásticos descartáveis jogados nos mares e lixões espalhados pelo globo. Mas nós, sabemos que não existe um planeta B. O mundo é nossa casa e projetos megalomaníacos como esses servem apenas aos interesses dos mais ricos, que podem pagar o seu lugarzinho na nave da salvação.
Recentemente descobri o termo ‘racismo ambiental’, que trata das violências contra pessoas negras e indígenas, que na maior parte das vezes são as mais prejudicadas ou são as que mais morrem vítimas de desastres ambientais. Quando aproximamos mais a lupa das estatísticas dos indivíduos que mais padecem com as catástrofes da natureza, encontramos as mulheres como as mais vulneráveis. Uma característica comum no tratamento entre mulheres e o ambiente são as ações de exploração, de ambição, de poder e de controle. A analogia de como o patriarcado e o capitalismo (indissociáveis), tratam o meio ambiente e os corpos femininos, exibem a ótica de uma mulher que foi criada para procriar e criar mão de obra para o capital e a natureza que serve para ser explorada em todos os seus recursos.
O Brasil é o 5º país que mais mata mulheres no mundo. Entre 1980 e 2013, foram 106.093 crimes de feminicídio, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Na Amazônia, essas estatísticas muitas vezes estão acima da média nacional e dentre os crimes mais cometidos contra as mulheres, destaca-se a violência sexual.
Recentemente, um grupo de garimpeiros invadiu uma aldeia na Terra Indígena Vale do Javari, oeste do estado do Amazonas, e obrigaram indígenas a beber água com gasolina e suco com etanol. Além disso, cometeram crimes de abuso sexual contra mulheres indígenas da aldeia, que fazem parte dos povos Kanamari e Tyohom-dyapa. Mas não para por aí, em Coari, a exploração sexual de meninas e jovens mulheres e o favorecimento à prostituição é endossado por familiares e políticos.
As violências sofridas por mulheres na defesa da Amazônia também são demonstradas em dados alarmantes. De acordo com o Instituto Igarapé, 8 em cada 10 defensoras de direitos e do meio ambiente, sofreram alguma forma de violência enquanto atuavam na Amazônia brasileira, em 2021. A maioria delas, vítimas de violência motivadas por disputa pela posse de terra, exploração ilegal de madeira e minérios preciosos ou por causa da expansão do agronegócio. Violência moral e física são os tipos mais frequentes entre os casos reportados.
Na contramão de todos esses dados, o Governo Bolsonaro, cometeu um desmonte nas políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres. Um estudo técnico realizado pela Câmara dos Deputados, mostrou que a execução orçamentária de ações de combate à violência contra mulheres caiu 95% nos últimos 5 anos. Em 2015, no governo da ex-presidenta Dilma Rousssef (PT), o governo federal investiu R$ 119 milhões. Em 2019, primeiro ano de governo, Jair Bolsonaro (PL) o investimento foi de R$ 5,3 milhões.
Da mesma maneira como os recursos destinados às mulheres foram reduzidos, Bolsonaro também cumpriu suas promessas de campanha em favor do agronegócio e do desenvolvimento a qualquer custo. A proteção do meio ambiente perdeu recursos consideráveis e os órgãos de controle também foram sucateados. O Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Fundação Nacional do Índio (Funai) sofreram cortes no orçamento público, demissões e perseguições de servidores contrários às políticas do Governo, além de paralisação na criação de novas unidades de conservação e demarcação de terras indígenas.
O apoio na votação de projetos que violam os direitos dos povos indígenas; a PL da grilagem que visa conceder anistia a grileiros e favorece a impunidade de crimes ambientais; os PLs que liberam o garimpo ilegal, o uso de agrotóxicos e a exploração de reservas indígenas, assim como o crescente desmatamento da Amazônia; são apenas alguns exemplos da falta de compromisso do governo Bolsonaro com o planeta. É esse o projeto de poder do neoliberalismo, declarar que mulheres sejam passivas, controladas, submissas e que a natureza morra, ou seja substituída.
Quando lutamos por um mundo melhor para as mulheres, também bradamos que é imprescindível lutarmos pela natureza. A representação máxima do feminino é a Mãe Terra, aquela que nos deu a vida, o alimento e todas as condições necessárias para que pudéssemos crescer e prosperar.
Somos parte da natureza, precisamos dela para continuarmos vivos e precisamos, principalmente, de mais políticas de preservação e sustentabilidade, para que a nossa vida também seja preservada. Me somo à esta luta, como filha da grande Mãe Amazônia, descendente de um povo que conhece e se conecta com a força visceral da vida.
Por isso também sou uma guardiã da floresta e continuarei cumprindo o meu dever na conscientização ecológica e na denúncia de atividades ilegais e imorais contra a natureza.
247 - Em cada 10 mortes violentas intencionais na faixa etária de 0 a 17 anos, cerca de 8 são de crianças e adolescentes negros. A maior parte das vítimas, 86%, são do sexo masculino, enquanto o grupo mais atingido é o de jovens de 15 a 17 anos (82%). A reportagem é do jornal Folha de S.Paulo.
Os dados fazem parte do novo relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (2), que reforça o risco de morte que homens negros jovens correm no Brasil.
O levantamento Violência contra crianças e adolescentes reuniu boletins de ocorrência a respeito de cinco tipos de crimes, entre janeiro de 2019 e junho de 2021, contra vítimas de 0 a 17 anos.
Foram compilados números de maus tratos, lesão corporal dolosa em contexto de violência doméstica, exploração sexual, estupro e mortes violentas intencionais (homicídios dolosos, feminicídios, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenção policial).
Segundo a pesquisadora Sofia Reinach, coordenadora do levantamento, essa é a primeira vez que o instituto detalha os tipos de crimes cometidos contra as crianças. "É um estudo que qualifica melhor a violência", diz.
O promotor André Luís Garcia de Pinho, preso sob acusação de matar a esposa, defendeu a pena de morte em artigo publicado na revista da Universidade Fumec, de Belo Horizonte.
“Posiciono-me favorável à possibilidade de modificação no ordenamento jurídico para que o legislador constituinte viabiliza a aplicação da pena capital a outros casos de ocorrência mais frequente, nas situações em que, em tempos de (suposta) paz, deparamo-nos com criminosos irrecuperáveis, multi-reincidentes em certas modalidades de delito”, escreveu. O artigo foi publicado em fevereiro do ano 2000.
André de Pinho está preso desde maio do ano passado, quando sua mulher morreu no apartamento em viviam. Segundo a denúncia da Procuradoria Geral de Justiça, o promotor envenenou a mulher, Lorenza, e a fez beber cachaça para que a interação medicamentosa e álcool a levasse à morte.
Como ela não morreu, diz a denúncia, André de Pinho a enforcou com as próprias mãos, e depois chamou um médico do hospital Mater Dei, que emitiu um laudo falso, que atestou que a vítima havia falecido por ingerir o próprio vômito.
André de Pinho cumpre prisão em cela especial, prerrogativa de quem é promotor, mas ele não quer ser julgado pelo órgão especial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, como determina a lei em casos de membros do Ministério Público acusados de crime.
André de Pinho recorreu às cortes superiores para ser jugado pele Tribunal do Júri, em que os julgadores são cidadãos comuns.
Pinho já era conhecido antes do crime considerado hediondo. Em 2014, ele mandou prender o dono do jornal digital que era crítico à administração de Aécio Neves em Minas Gerais, Marco Aurélio Carone.
Também mandou prender um lobista que havia entregue documentos que associavam Aécio Neves à corrupção.
O mesmo promotor autorizou buscas na casa de um advogado, Dino Miraglia Filho, que teve sua reputação destruída na época, já que a ação policial autorizada por André de Pinho foi acompanhada pela imprensa.
Outro alvo do promotor foi o jornalista Geraldo Elísio, o Pica-Pau, ganhador do Prêmio Esso na década de 70 por denunciar tortura. Na época, Geraldo Elísio era editor do Novojornal, o veículo crítico de Aécio.
Todos foram inocentados das acusações depois que Aécio Neves perdeu as eleições para Dilma Rousseff, em 2014.
A posição de André de Pinho sobre a pena de morte reproduz o comportamento que não é incomum entre promotores e procuradores.
Blindados pela legislação, eles dificilmente são punidos — exceto quando o caso ganha repercussão nacional, caso desse feminicídio ou do procurador da Lava Jato descoberto em um crime de falsidade ideológica para fazer promoção dele e de outros membros da operação, como Deltan Dallagnol.
Quando punidos, procuram brechas na lei para fugir do julgamento, como a prescrição — Dallagnol escapou de uma pena mais rigorosa no MPF, como a demissão, por ter conseguido protelar a análise de uma de suas transgressões.
Procuradores e promotores também são, em geral, ferrabrases, embora a sua função seja também a de fiscal da lei, não apenas responsáveis do sistema acusatório.
O texto de André de Pinho sobre a pena de morte deverá ser usado em seu julgamento perante o órgão especial do Tribunal de Justiça.
Mas ele não corre o risco de ser levado para a cadeira elétrica, para a forca ou receber uma injeção letal, graças ao legislador, que não atendeu a apelos como o dele para que haja no Brasil pena de morte.
Se houvesse, dificilmente escaparia, já que o crime do qual é acusado teria sido cometido com requintes crueldade.
Fica aqui, no entanto, o registro de que, há muito, os membros do Ministério Público Federal falam e escrevem demais, muitas vezes usurpando outras funções e esquecem o antigo provérbio “Quem com ferro fere, com ferro será ferido”.
Mais um triste dado levantado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Unicef: jovens negros representam 80% das vítimas de mortes violentas de crianças e adolescentes no Brasil nos últimos 5 anos. Até quando?
É preciso proteger nossas meninas. Em estudo inédito divulgado pelo Unicef e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cada 20 minutos, uma menina foi estuprada no Brasil no período entre 2017 e 2020. De todos os casos analisados, 86% foram praticados por conhecidos das vítimas, como pais, padrastos, vizinhos e tios. O estudo traz ainda orientações para frear o índice de violência contra as crianças. Entre elas, a capacitação de profissionais que trabalham com crianças e adolescentes, além da educação, de acordo com cada idade, sobre o que é violência sexual e como identificar casos de abuso. Somente com acesso a informação nossas crianças poderão compreender os diversos tipos de violência e assim pedir ajuda.
Segundo a pesquisa Impactos Econômicos da Violência contra a mulher, feita pela Fiemg, seriam poupados em 10 anos mais de R$ 214 bilhões do PIB brasileiro se houvesse o combate a este problema. Os cálculos levam em conta o fechamento dos postos de trabalho resultantes da violência contra a mulher, que impacta na queda da renda, na redução do consumo, no faturamento das empresas e também na arrecadação de impostos. Violência é sempre ruim para todos.Relatores da ONU cobraram Bolsonaro sobre veto na distribuição gratuita de absorventes para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Nosso país precisa garantir dignidade menstrual para quem menstrua. Seguiremos na luta para derrubar esse veto!
Nojento! Acusado de cometer crimes contra humanidade, Bolsonaro segue com seu projeto de morte, espalhando a absurda fake news de que quem está tomando as 2 doses da vacina está adquirindo HIV/AIDS.
Sabem o cartaz com suástica que levaram na Câmara dos Vereadores no dia dos ataques racistas e fascistas? Conforme a delegada da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância, a mulher que levou alegou que recebeu um "chamado divino" para confeccioná-lo. Como pode isso, gente??!Eu quero voltar a esse episódio para falar sobre como funcionam as redes de ódio da extrema direita. Hoje cedo, li no jornal que dois dos homens envolvidos na violenta manifestação da extrema direita são militantes do movimento cristão conservador do PTB. Não acho uma casualidade que esse seja o Partido de Roberto Jefferson, que numa manifestação recente sugeriu que invadissem plenários e atirassem em parlamentares de oposição. Aliás, essa manifestação foi o que me fez procurar o MP e denunciá-lo e que agora faz com que o supremo o investigue novamente. Muitas vezes ouvimos que esses discursos não causam nada. Sabemos que isso não é verdade. Não causam nada apenas para quem não os enfrenta. Inflamados por esses discursos e por Fake News, “lobos solitários” se movimentam e agem. O discurso falso gera um ódio verdadeiro. Foi isso que vimos na Câmara de vereadores dessa semana. Por isso, a importância de identificar e punir quem produz e distribui os conteúdos falsos e de ódio. Eles são a raiz. Mais um abraço cheio de carinho pras minhas camaradas Daiana e Bruna.