Opositores repercutem frango com farofa de Bolsonaro: 'Piada com a cara do povo'
Registrada neste domingo (30), em Brasília, a cena do presidente Jair Bolsonaro (PL) comendo frango com farofa em uma barraca de rua gerou repercussão entre opositores nas redes sociais.
“Torrar 30 milhões no cartão corporativo, colocar sigilo e depois ir pra rua se derrubar farofa é o ápice da piada com a cara do povo…”, declarou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que integrou o chamado G7 da CPI da Covid e fui um dos mais críticos à atuação do governo na pandemia.
A ex-ministra Marina Silva (Rede-AC) também comentou o incidente e também falou da informação noticiada no fim de semana, sobre os gastos presidenciais com cartão corporativo. “Só passando pra lembrar que não adianta comer com as mãos em sinal de humildade e simplicidade e gastar quase R$ 30 milhões do dinheiro do contribuinte no cartão corporativo. Não acredite no Bolsonaro e em seu teatro”, escreveu.
O deputado Ivan Valente (PSol-SP) fez uma leitura parecida e chegou a afirmar que Bolsonaro não tem postura e capacidade de governar o Brasil. “Bolsonaro já gastou R$ 29,6 milhões com cartões corporativos. Não adianta se sujar todo de farofa para tentar parecer que é simples, do povo, é da mamata, do privilégio, uma vida inteira roubando dinheiro público com rachadinhas não seria diferente na presidência”, criticou o parlamentar. “Não tem nada de popular, é porco mesmo. Não consegue comer um frango com farofa sem fazer lambança, imagina governar um país”, completou.
Para a deputada Fernanda Melchionna (PSol-RS) a cena compartilhada nas redes do presidente é “deplorável”. “A tentativa é de humanizar um genocida? É impossível! Nem coberto de toda a farofa do mundo Bolsonaro convence que tem algum tipo de humanidade dentro de si”, declarou a gaúcha. “Vergonhoso”, completou.
O senador Humberto Costa (PT-PE) foi econômico nas palavras: “Que cena ridícula…”, escreveu.
por Igrid Soares /Correio Braziliense
O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou nesta quarta-feira (2/2) a polêmica sobre um vídeo que viralizou nas redes no último final de semana que o mostra comendo um churrasco com farofa no Jardim Botânico após passeio por Brasília. Nas imagens, é possível ver o presidente de botas, comendo a refeição com as mãos, com uma quantidade considerável de farofa derrubada na calça e no chão. De um lado, apoiadores apontaram humildade por parte do presidente. Do outro, internautas acusaram o líder do Executivo de "cena montada" para autopromoção diante das eleições presidenciais.
Segundo internautas, com a imagem, o presidente pretendia passar uma imagem de "povão", mas parecia um "porco". Com a má repercussão, o ministro das Comunicações, Fabio Faria, uma das pessoas que haviam compartilhado as imagens, apagou o vídeo de suas redes sociais.
"Eu procuro dar o exemplo. Sei que não sou exemplo para um montão de coisa. Comendo farofa e galinha outro dia, dei um arroto lá que... Lamento. Mas sou ser humano aí. Isso não é... buscar ser povão. Sempre fui assim. (A gente) Busca dar exemplo", disse durante evento realizado no Palácio do Planalto para celebrar mudanças nas regras da prova de vida do INSS.
"Nos parlamentos e nas ruas, é hora de reconstruir o país!" disse a deputada federal Natália Bonavides, criticando o comportamento antissocial e antipovo de Bolsonaro. Informou que o PT, com a participação de Lula e Dilma Roussef, começou o Seminário Resistência, Travessia e Esperança, organizado pelas bancadas do PT na Câmara e PT no Senado.
Um espaço de união de forças para derrotar o fascismo e trazer esperança para o povo brasileiro. Debatemos as prioridades das nossas pautas aqui no Congresso, e temas como a nossa tática eleitoral e a formação dos comitês populares de luta. Nós temos lutado muito pra ser resistência neste momento difícil pelo qual o país passa. É chegada a hora de fazermos a travessia e abrirmos as alamedas, portas e caminhos pra derrotar este governo de fome, desemprego e mortes, e, com esperança e luta, enfim construirmos o Brasil Feliz de Novo! Simbora!" afirmou a deputada potiguar.