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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

O CORRESPONDENTE

07
Nov22

'Desova' de Bolsonaro já vai ao ridículo

Talis Andrade

 

Por Fernando Brito


Rei morto, rei posto, ensina o ditado popular.

Mas convém que os funerais da ex-majestade tenham certo decoro.

A descrição que faz Mônica Bergamo dos planos de aliados para dar “dignidade” ao afastamento de Jair Bolsonaro do cenário político, porém, dá ideia do quanto é ridícula a tentativa de convencê-lo a retirar-se da cena política e não atrapalhar os negócios da política:

O plano é convencê-lo a se transformar numa espécie de “Fernando Henrique Cardoso da direita”, ou “um estadista” que tem prestígio e o poder de influenciar a escolha de candidatos de seu campo político – mas sem entrar na disputa eleitoral. A diferença é que Bolsonaro é hoje muito mais popular do que FHC era quando deixou o governo, em 2002.

Convenhamos que, até para com Fernando Henrique Cardoso, a comparação é injusta. Podia ter ficado impopular após seu governo, mas não muito mais do que Bolsonaro estava antes de derramar os cofres da União para tentar vencer as eleições e, sobretudo, não saiu com contas a acertar em delegacias de polícia.

Como é também ridícula a ideia de que, desde já, Tarcísio de Freitas, por conta da eleição ao governo de São Paulo, tem vaga cativa como novo líder da direita.

Está aí, recente e fresquinho, o exemplo de João Doria, que não fez um governo desastroso e indubitavelmente lavrou um tento nacional com a vacina da Covid e, não obstante, chegou ao processo eleitoral como um cadáver prematuro.

Bolsonaro é – e Tarcísio pode ser também – bom exemplo de que só dinheiro não faz bons candidatos.

O que a política reserva, agora, é o quanto Bolsonaro se moverá – e com que agentes – na oposição a Lula coisa que, tirando o núcleo duro do bolsonarismo, nem a direita quer fazer imediata e abertamente.

Lula manobra com isso, honrando os sinais de que fará um governo que, embora com a natureza social à frente, não vai deixar espaços para perder o centro e a centro direita, como agora há pouco, segundo o Estadão, ao convidar Persio Arida e André Lara presente para a área econômica do governo de transição.
 

[Bolsonaro pede a manifestantes que desobstruam rodovias, mas apareceu hoje em uma barricada de pneus queimados. Ele que já deu um rombo de 400 bilhões, pretende continuar na mamata desenfreada, ele e os filhos 01 senador, 02 vereador geral, 03 deputado federal, 04 lobista.
 
Bolsonaro perdeu feio - gastou um bilionário orçamento secreto, comprando currais eleitorais de prefeitos, governadores e parlamentares, e outros bilhões em uma pec das bondades, e Lula foi eleito nos dois turnos, com o voto livre, democrático e soberano do povo em geral. 
 
"Bolsonaro é bom exemplo de que só dinheiro não faz bons candidatos", escreveu Fernando Brito. 
 
Bolsonaro nazista, da extrema direita, ameaça um golpe com forças fascistas tão imaginárias quanto o comunismo. 
 
A maioria dos brasileiros e os países e governos representados na ONU, na Otan, no Brics esperam por Lula líder mundial. T.A.]
 

05
Nov22

O imitador de Roberto Jefferson

Talis Andrade

 

 

 

Após reagir ordem de prisão com tiros e granadas, Roberto Jefferson se  entrega à PF - Congresso em Foco

Em vídeo, Roberto Jefferson xinga embaixador chinês de vagabundo e macaco

Registros de fuzis como os de Jefferson dobram na gestão Bolsonaro

Roberto Jefferson é preso por ataques a instituições

 

Roberto Jefferson cagado e cuspido

 

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Isso é falta de decoro. Um péssimo exemplo para os jovens. Lugar de arma não é na política. Quem pensa assim não acredita na Democracia, na Liberdade, na Igualdade, na Fraternidade.Queixa-crime de Duda Salabert impede porte de armas de Nikolas Ferreira -  Politica - Estado de Minas
 
 
O Roberto Jefferson do País da Geral
 
 
Sérgio A J Barretto
@SergioAJBarrett
E o Níkolas Ferreira também teve a conta excluída do Twitter. Quando é que terá o mandato cassado?Nikolas Ferreira on Twitter: "Confie em Deus e mantenha seca sua pólvora.  https://t.co/mbv1SNxA7n" / Twitter
Revista Fórum
@revistaforum
Bolsonarista Nikolas Ferreira tem conta do Twitter suspensa por decisão judicial - Deputado eleito estava questionando o resultado das urnas e incentivou atos golpistas Saiba mais: tiny.cc/mqm0vz
 
Vereador de BH, Nikolas Ferreira exibe fuzil e agradece Bolsonaro
Nikolas Ferreira on Twitter: "Por que eu quero carregar uma arma? Porque um  policial é muito pesado 😂 https://t.co/P3E0BWZFkl" / Twitter
Revista Fórum
@revistaforum
Nikolas Ferreira desafia TSE e tem mais contas derrubadas por espalhar desinformação Bolsonarista, que é deputado federal eleito, seguiu com suas acusações de fraude nas eleições e Justiça Eleitoral voltou a puni-lo Leia: tinyurl.com/2p8b96pv
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 Nunca trabalhou, nunca estudou. Corrigindo: Minas não é direita. Lula foi eleito presidente nos dois turnos em Minas Gerais e no Brasil 
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29
Out22

Na véspera da eleição, Carla Zambelli saca arma e aponta para militante de Lula na rua (vídeos)

Talis Andrade

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Crime de racismo. Abuso de poder. Atentado ao pudor. Falta de decoro parlamentar. Gíria miliciana. Ameaça de morte. Violência contra morador de rua negro, pobre e desarmado

 

247 - A deputada federal reeleita por São Paulo Carla Zambelli, apoiadora de Jair Bolsonaro, sacou uma arma e apontou para um homem na rua na tarde deste sábado (29), véspera do segundo turno da eleição.

O episódio aconteceu na travessa da Joaquim Eugênio Lima com a Lorena, no bairro nobre Jardins, segundo Antonio Neto, do PDT, que divulgou um vídeo da cena no Twitter (veja abaixo).

No vídeo, ela segue o homem por uma distância, que foge e entra num bar. Ela entra atrás e ordena aos gritos: “Deita no chão! Deita no chão!”. “Quer me matar para quê, mano?”, pergunta o homem.

Segundo o jornal O Globo, Zambelli afirmou que "militantes de Lula" a "cercaram e agrediram quando saía do restaurante". As imagens, no entanto, não mostram agressão, e sim Zambelli correndo - e caindo enquanto corria - atrás de um homem negro. Outro vídeo mostra um homem que acompanha Zambelli também correr e atirar - não é possível identificar em qual direção.

Leandro Grass, candidato ao governo do Distrito Federal pelo PV, já anunciou que vai pedir a cassação do mandato da deputada. "Estou preparando o pedido de cassação da Zambelli. Assim que protocolar, enviarei aqui", postou no Twitter.

ДRiКА✜⁷
a fanfiqueira da carla zambelli caindo sozinha e depois botando os cães de guarda dela pra cima da pessoa
@drickaos
"um homem negro"
Quote Tweet
CHOQUEI
@choquei
AGORA: Bolsonarista Carla Zambelli se pronuncia após sacar a arma para petista: “Um homem negro veio pra cima de mim. Me machucaram. Me chamaram de vagabunda e de prostituta. #Eleições2022
 
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13
Set22

Os ataques a mulheres jornalistas e a omissão das empresas de mídia

Talis Andrade

Jornalistas mulheres são agredidas e não têm apoio dos colegas homens e dos empregadores. Fonte: Freepik

 

Janara Nicoletti
Doutora em Jornalismo e pesquisadora do objETHOS

= = =

A última semana começou com o ataque misógino do então ocupante da cadeira do Planalto a uma jornalista no debate eleitoral da Band, e terminou com o mesmo personagem atiçando sua militância contra uma comunicadora grávida ao postar indiretas contra ela em suas redes sociais. Em ambos os casos, além do ódio à mulher, o desrespeito à liberdade de expressão alheia e a falta de decoro, os ataques da militância cega mostraram como a violência de gênero contra as jornalistas brasileiras é usado para intimidar e deslegitimar a voz das mulheres que cometem o sacrilégio de fazer o seu trabalho. Mais importante, o que se viu em comum nesses e tantos outros casos de violência contra jornalistas é o silêncio dos donos da mídia. A falta de posicionamento dos contratantes das profissionais atacadas não apenas evidencia a falta de proteção da categoria frente aos ataques, mas também revela o descaso com um problema presente, mas invisibilizado pela omissão: a misoginia e os assédios contras as mulheres jornalistas nas redações. 

No dia 28 de agosto, a Band, em parceria com Folha de S. Paulo, UOL e TV Cultura, promoveu o primeiro debate eleitoral de 2022 com os candidatos à presidência da República. No terceiro bloco, quando jornalistas das empresas promotoras faziam perguntas aos candidatos, Vera Magalhães, da TV Cultura, perguntou a Ciro Gomes, com comentário de Jair Bolsonaro sobre a baixa cobertura vacinal e sua relação com informações falsas. Ao ter seu momento de comentário, Bolsonaro disparou: “Vera, não podia esperar outra coisa de você. Acho que você dorme pensando em mim. Você tem alguma paixão por mim. Você não pode tomar partido num debate como esse, fazer acusações mentirosas ao meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro”. Em seguida, atacou a candidata Simone Tebet que atuou na CPI da Covid após sua reação solidária à jornalista.

O que se viu no primeiro debate dos presidenciáveis 2022 foi a representação clara da violência de gênero como forma de desqualificar uma profissional. Ao comentar o caso, o presidente da república usou do ataque duplo às mulheres no lugar de dar resposta. Como consequência, a repercussão da atitude machista e grosseira tomou o espaço do que deveria ter sido dedicado ao questionamento da jornalista. Mais uma vez, a misoginia foi usada como forma de evitar responder o óbvio.

Naquele domingo, um segundo fator de misoginia chamou a atenção: o descaso dos demais candidatos. Enquanto Bolsonaro atacou a jornalista e a candidata Simone Tebet, Ciro Gomes riu e depois passou a mão na cabeça parecendo estar desconcertado com a situação. Porém, em seu momento de fala sequer demonstrou qualquer tipo de aversão ou repúdio ao sexismo do seu oponente, falando em pacificar o país. Depois daquilo, as mulheres reagiram de alguma forma, mesmo buscando capitalizar para si. Entre os homens, apenas Luiz Inácio Lula da Silva manifestou solidariedade à jornalista, mas somente nas considerações finais do debate. O silenciamento dos homens que estavam em condições de agir imediatamente contra o ataque no seu primeiro momento de fala escancarou o descaso com a agressão misógina. Eles não disseram nada, assim como as empresas de mídia organizadoras do debate transmitido em TV aberta e pela internet.

 

Responsabilidade por omissão

 

Logo após o episódio, uma onda de declarações contra a fala do presidente e em solidariedade à jornalista tomou conta das redes sociais, desencadeando por lá uma nova onda de ataques. Jornalistas, a maioria mulheres, e entidades representativas repudiaram a fala agressiva. Porém, até o último domingo (4), as empresas organizadoras do debate não se posicionaram a respeito. Infelizmente, esta é uma prática recorrente no caso de violência contra jornalistas: profissionais são agredidos, ofendidos ou atacados online e offline e as corporações empregadoras não se manifestam publicamente. Muitos jornalistas sequer recebem suporte, enquanto outros acabam punidos.

A omissão nesses casos evidencia um vácuo na proteção dos profissionais da mídia. Faltam mecanismos de defesa dos trabalhadores, principalmente às mulheres vítimas de qualquer tipo de violência. Um relatório da organização Repórteres Sem Fronteiras demonstrou que o Brasil ainda precisa avançar muito neste sentido. Na prática, os mecanismos de Estado existentes não atendem aos jornalistas brasileiros. 

Nos últimos anos aumentou o número de ações para monitorar e dar suporte às jornalistas vítimas de violência. Elas aparecem como reação à escalada de hostilidade contra a mídia, porém, ainda há muito a ser feito, especialmente do ponto de vista organizacional. É preciso que as empresas de mídia, assim como as novas iniciativas, tenham como princípio desenvolver ações para ampliar a segurança dos profissionais e oferecer suporte àqueles que sofrerem violência, especialmente as mulheres, que estão mais expostas e vulneráveis a assédios moral e sexual. Ações que precisam levar em conta a misoginia presente dentro do próprio setor e omitida por vários empregadores.

De acordo com o monitoramento Violência de Gênero da Abraji, somente em 2022 foram registrados 55 ataques com viés de gênero contra jornalistas no Brasil, sendo que 56,4% dos casos contêm discursos estigmatizantes, que buscam difamar ou constranger as vítimas. Segundo o monitoramento, 30,9% dos casos são ataques de gênero. Em 2021, foram 119, sendo 38% considerados violência de gênero. Já a pesquisa “O impacto da Desinformação e da violência política na internet contra jornalistas, comunicadoras e LGBT+” constatou que 53% das jornalistas que sofreram violência online admitiram que isso impactou sua rotina de trabalho. 

Em “The Chilling: global trends in online violence against women journalists; research discussion paper”, 73% das mulheres jornalistas afirmaram já terem sido atacadas online, porém, somente um quarto delas informaram os casos a seus empregadores. Mesmo assim, parte delas não recebeu suporte. Entre as respostas recebidas, segundo o estudo da Unesco, estavam o descaso, orientações para endurecerem frente aos ataques, além de casos em que elas foram questionadas sobre o que haviam feito para provocar as agressões.

Em 2022, a Unesco lançou um novo relatório para debater soluções e a responsabilização das empresas de mídia na proteção das jornalistas. Segundo o documento, as ações dos empregadores frente à violência de gênero era inexistente ou inadequada. Muitas vezes, elas acabavam gerando ainda mais dolo às mulheres expostas à violência. Com isso, o relatório destaca a sensação de abandono de muitas profissionais. As autoras do estudo avaliam que a relutância em denunciar os ataques online pode estar ligada a falhas sistêmicas como culturas organizacionais misóginas, patriarcais ou hostis no local de trabalho. Além de lideranças fracas e ausência de protocolos de denúncia e tratamento destas situações.

A violência contra mulheres na mídia deve ser observada a partir de uma perspectiva interseccional, uma vez que mulheres pertencentes a grupos considerados minoritários estão mais vulneráveis à violência, como por exemplo, indígenas, LGBTQIA+, negras, quilombolas. “Em outras palavras, uma abordagem feminista para a proteção de mulheres jornalistas consideraria sua segurança não apenas no trabalho, mas também no caminho para o trabalho, nas redações, e como preucupações com segurança podem envolver aspectos de suas vidas privadas”, aponta o relatório Equally Safe: Towards a feminist approach to the safety of journalists, da Artigo 19.

Devido à natureza da profissão, a jornalista é uma pessoa pública. Independente de estar ou não em uma empresa de mídia, a pessoa física se confunde com a identidade profissional. Esta visibilidade, somada ao mundo digital, a coloca num teto de vidro, amplificando a exposição e os riscos aos quais está exposta. No caso das mulheres que são jornalistas, pensar e expor suas opiniões, acaba sendo o suficiente para se tornar alvo de ataques misóginos. Muitas vezes, eles extrapolam a vida profissional e afetam também familiares. 

Em 2020, a Comissão de Direitos Humanos das Organizações das Nações Unidas destacou que no universo midiático é esperado que as mulheres se encaixem em papeis estereotipados e atuem em um sistema com relações de poder desiguais entre homens e mulheres. Segundo o texto, elas são frequentemente visadas pelo seu trabalho, devido a sua voz, “especialmente quando estão quebrando as regras de desigualdade de gênero e estereótipos”.

No final de 2020, Andressa Kikuti alertou que a misoginia é um risco à liberdade de expressão ao debater os ataques online contra jornalistas mulheres. “Se eu dissesse que a maior parte das pessoas responsáveis por noticiar os assuntos mais importantes do dia o fazem sob condições de vulnerabilidade e violência? Seria preocupante, não é mesmo? Pois bem, infelizmente essa não é apenas uma afirmação hipotética.” Essas pessoas são as mulheres, afirmou a pesquisadora. Em 2021, Kikuti debateu outro tipo de violação de gênero presente no jornalismo brasileiro: a desigualdade do mercado de trabalho e suas consequências. As mulheres são maioria nas redações, são as que trabalham mais horas, recebem menos e estão mais expostas a assédios e violências.

A violência de gênero não se limita aos abusos e ataques feitos por terceiros. Ela aparece em estruturas de poder e dominação que as coloca em condição de inferioridade frente aos seus colegas homens, que são maioria em cargos de chefia. Se materializa por toques inadequados de colegas ou chefes, comentários ofensivos ou embaraçosos sobre corpo, peso, comentários depreciativos de suas habilidades e qualificações profissionais, entre outras situações cotidianas que aparecem naturalizadas no dia a dia das redações, porém, podem gerar danos profissionais e psicológicos em longo prazo.

Para se ter uma ideia, 83,6% das participantes da pesquisa Mulheres no Jornalismo Brasileiro afirmaram já terem sofrido algum tipo de violência psicológica nas redações. Outras 70,4% admitiram já ter recebido cantadas que as deixaram desconfortáveis enquanto exerciam seu trabalho. O estudo de 2017 mostra que  65,7% das participantes tiveram sua competência questionada por colegas ou superiores ou viram uma colega nesta situação, enquanto 64% relataram abuso de poder ou autoridade de chefes ou fontes. Além disso, 46% das respondentes informaram não existirem canais adequados para denúncias de assédio ou discriminação de gênero em seu local de trabalho.

É imprescindível que as empresas de mídia assumam seu papel em defesa das jornalistas e desenvolvam medidas efetivas de proteção às profissionais vítimas de violência, dentro e fora do seu local de trabalho. Além de posicionamento público, defesa jurídica e suporte psicológico, é preciso implementar protocolos de ações efetivas que combatam as violações aos direitos das mulheres, além de mecanismos de segurança para combater ataques externos. O relatório “The Chilling: What More Can News Organisations Do to Combat Gendered Online Violence?” destaca medidas que vem sendo adotadas por algumas organizações jornalísticas ao redor do mundo para garantir a proteção às jornalistas. Entre elas, estão os empregadores defenderem publicamente seus jornalistas vítimas de ataques, ampliar ações sobre questões interseccionais que precisam ser enfrentadas e criação de novas funções dedicadas a enfrentar de forma mais efetiva a violência contra os jornalistas.

Também é essencial que jornalistas homens tomem partido. É triste ver que maior parte das notas de repúdio a agressões contra mulheres venham de mulheres. Homens jornalistas devem assumir o papel de defensor da liberdade de expressão também quando mulheres são atacadas. E muito mais que cobrar decoro e se solidarizar pela vítima, a sociedade civil organizada precisa cobrar insistentemente a responsabilização das empresas de mídia pelo suporte e proteção de seus profissionais. O caso do primeiro debate eleitoral de 2022 escancarou a permissividade dessas organizações ao ataque misógino. Duas mulheres foram agredidas verbalmente em cadeia nacional. No decorrer da semana, a jornalista sofreu ainda mais ataques. Uma nota de repúdio não resolveria o problema central, porém ao menos demonstraria respeito a quem foi violada no seu direito profissional e civil de se expressar.

Mulheres jornalistas sofreram 6 ataques por mês em 2021 – Home | ABI –  Associação Bahiana de Imprensa

27
Mai22

Linguajar demoníaco do pastor Otoni de Paula que ameaçou Lula de morte

Talis Andrade

otoni imita gay.jpeg

 

Vice-líder do governo na Câmara imita gay e diz que o ministro Alexandre de Moraes é "um câncer" e que ele está "endemoniado"

 

Pastor Otoni de Paula, treinado em imitar gay exibicionista, possui o ódio no coração.

Deputado federal e vice-líder do governo, Otoni (MDB-RJ) disse que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes está “endemoniado” e é um “câncer para o país”. 

“Ele [Moraes] se tornou alguém incontrolável. Na minha religião, eu digo que ele está endemoniado. Ele se satanizou, esse cara tá incorporado, e ninguém pára, ninguém detém”, disse de Paula durante discurso no plenário da Câmara, de acordo com a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles. “Moraes se tornou um câncer, um tumor maligno neste país”, emendou em seguida. 

“Além de ter sido alvo de diversas decisões de Moraes no STF, que mantêm suas redes sociais bloqueadas, Otoni é processado pelo ministro na Justiça de São Paulo.

No ano passado, Otoni foi condenado a pagar R$ 70 mil de fiança a Moraes por ter chamado o ministro de ‘cabeça de ovo’, 'esgoto', entre outras ofensas. Como consequência, em fevereiro deste ano, a conta-salário do parlamentar na Câmara foi bloqueada”, revela o colunista.

Otoni também ameaçou o presidente Lula de morte.

 

Otoni de Paula usa o plenário da Câmara para ameaçar Lula: ‘Vai ser na bala'

O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) é mais um a fazer ameaças ao ex-presidente Lula. Em discurso no plenário da Câmara, o bolsonarista se dirigiu a “vagabundos igual a Lula” e afirmou que “lá no Rio a gente tem um método de tratar bandido, e é na bala".

 

Pastor Otoni de Paula além de valentão é especialista em imitar e humilhar gay

 

18
Mai22

Deputado histérico atira durante votação virtual no MS: 'advertência ao comunismo'

Talis Andrade

Vídeo: deputado dispara arma durante sessão contra “comunismo” - Pensar  Piauí

Descontrolado João Henrique Catan

Quebra de decoro e apologia à violência

  • Parlamentares votavam PL que reconhece riscos do tiro desportivo

  • Autor deputado, que sofre de histeria, atira durante argumentação

  • PL foi aprovado

Durante a votação de um projeto de lei que reconhece o risco da atividade de atirador desportivo no estado de Mato Grosso do Sul, nesta terça-feira (17), o deputado estadual João Henrique Catan (PL-MS) sacou uma arma e disparou diversas vezes. Ele anunciava os argumentos do seu voto, de forma remota, desde um estande de tiro. Segundo ele, os disparos eram uma “advertência ao comunismo”.

"Esse projeto é um tiro de advertência no comunismo e na mão leve que assaltou o país. Por isso, uma salva de tiros sim", bravejou, atirando em uma imagem com uma foice e martelo, que é símbolo de partidos comunistas e de esquerda.

Ele é o autor do projeto, que acabou sendo aprovado por 16 votos a 3. Agora deverá ser sancionado pelo governador. E admirador apaixonado do vereador Carlos Bolsonaro, outro fanático da extrema direita.

O texto prevê o reconhecimento, no âmbito estadual, do risco da atividade de atirador desportivo integrante de entidades de desporto legalmente constituídas, com o objetivo de contribuir com os interessados em retirar o porte de armas de fogo.

Catan disse que o objetivo da lei "seria armar o cidadão de bem e inibir invasões ilegais, diminuindo a criminalidade e prevalecendo o direito de propriedade".

"O povo armado jamais será escravizado", declarou, no vídeo, repetindo uma fala do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os demais deputados presentes ficaram surpresos. A atitude foi condenada pelo presidente do Legislativo estadual, Paulo Corrêa (PSDB). "Não pode fazer isso, houve um exagero", disse.

Outros parlamentares também criticaram a demonstração. Paulo Duarte (PSB) disse que se sentiu desrespeitado e que tal atitude incentiva a violência. "Qual é a lógica de fazer isso? Meu repúdio a esse tipo de voto e ninguém vai me intimidar aqui".

Já o deputado Pedro Kemp (PT) repudiou o ato e afirmou que a intenção de Catan seria ganhar mídia com polêmicas.

"Isso aqui não é um teatro. Da próxima vez, se quiser se aparecer, pendure uma melancia no pescoço. Temos assuntos mais importantes do que debater armas, assuntos como fome, miséria, desemprego, violência contra a mulher, a LGBTfobia", disse.

Apesar das críticas de colegas, nenhum pedido de apuração da conduta do parlamentar foi solicitado até o momento, segundo apuração do jornal Folha de S. Paulo. 

24
Abr22

Pastor que já imitou gay agora virou cowboy líder de Bolsonaro porque ameaçou Lula de morte e atacou o STF

Talis Andrade

Vereador Otoni de Paula ridiculariza colega de oposição após defender Crivella em discurso — Foto: Willian Corrêa/GloboNewsOtoni ainda fez uma "banana" para aqueles que o vaiavam após discurso na Câmara — Foto: Willian Corrêa/GloboNews

O pastor, velho palhaço de pastoril, deputado Otoni de Paula, que ameaçou matar o presidente Lula, além do instinto assassino, sente prazer em ofender as pessoas. Veja ele dando uma de exagerado afeminado gay, para ridicularizar e humilhar o deputado David Miranda.

Veja o vídeo:

Escreveu Gabriel Barreira, no G1 Rio:

Otoni de Paula (PSC) fez gestos polêmicos ao fim do discurso em que defendeu o prefeito Marcelo Crivella (PRB). Olhando para David Miranda (PSOL), que é assumidamente gay, ele fez gestos considerados homofóbicos.

Logo antes, ao acabar o seu discurso, ele havia feito o mesmo gesto olhando para os espectadores. Ele também "deu uma banana" com as mãos.

Vereadores da oposição afirmaram que vão processar Otoni na Justiça por homofobia.

Em setembro do ano passado, Otoni se envolveu em outra polêmica ao fazer uma postagem no Facebook com o título 'cantora ou garota de programa?' usando fotos da cantora Anitta em um show. O político posteriormente pediu desculpas por ter usado a expressão "vagabunda de quinta" na postagem, e atribuiu a abaixaria misógina a assessores. Anitta respondeu às críticas na própria página do parlamentar.

O mais grave é que o pastor, fundamentalista do movimento cristofascismo, com o seu propagado, exibionista e espalhafatoso falso amor cristão, ameaçou Lula de morte.

 

Otoni de Paula usa o plenário da Câmara para ameaçar Lula: ‘Vai ser na bala’

 

 

Publica Carta Capital: O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) é mais um a fazer ameaças ao ex-presidente Lula. Em discurso no plenário da Câmara, o bolsonarista se dirigiu a “vagabundos igual a Lula” e afirmou que “lá no Rio a gente tem um métodode tratar bandido, e é na bala”.

O "método de tratar bandido": o lavajatista "excludente de ilicitude" das chacinas, dos massacres policiais, e genocídio dos jovens negros. 

 
14
Abr22

Vereador bolsonarista que já deu chilique homofóbico ameaça Lula com rifle

Talis Andrade

Sargento Simões ameaça Lula

 

Ele também ameaçou, em 2019, um PM que pediu o namorado em casamento com a farda

 

Por 

 

O vereador bolsonarista Anderson Alves Simões (Avante), de Mauá (SP), divulgou em suas redes na semana passada um vídeo em que ameaça o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com uma arma.

O bolsonarista imitou o vídeo do deputado federal Junio Amaral (PL-MG). O parlamentar criticou um vídeo do petista em que ele sugere fazer um mapeamento das casas dos deputados, “conversar com a mulher dele, conversar com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele”, ao invés de fazer protestos em frente ao Congresso.

“Oi, Lula. Tudo bem? Estava aqui em casa, tomando café com minha família, nós vimos um vídeo seu falando para visitar os deputados federais, deputado federal tem família. Eu sou vereador, pré-candidato a deputado federal em São Paulo. Eu queria te convidar, convidar seu povo, para vir aqui em casa tomar um café comigo. Você eu sei que até esses dias morava em Curitiba, nas sela (sic) da Polícia Federal, não é isso? Agora a gente não sabe onde você mora. Fala para mim onde você mora. Eu quero visitar você aí também. Tomar um café com você. Vai ser um prazer te receber aqui em casa ou ir na sua casa tomar um café com você, tá bom? Tamo junto, Lula. Sou o Sargento Simões, tá?”, disse ele enquanto carregava uma pistola e segurava um rifle.

 

Ameaça e homofobia

Antes mesmo de ser eleito, Simões, que é sargento aposentado da PM, foi denunciado por ameaça e homofobia pelo policial militar Leandro Prior, que pediu em casamento o namorado Elton da Silva Luiz usando a farda da corporação.

Sargento Simões, como é conhecido, teria atacado via redes sociais o policial após saber do pedido, feito próximo a uma base da PM em São Paulo. Entre palavras de baixo calão, o sargento disse que iria caçar o soldado e "ensiná-lo a virar homem na porrada, seu filha da p*** do c******".Best Cavalo Homen Kill GIFs | Gfycat

 
07
Abr22

PT entra com representação contra deputado cabo Junio Amaral que ameaçou Lula

Talis Andrade

cabo junio.jpg

 

por Beatriz Castro /DCM 

O PT entrou com uma representação no Conselho de Ética da Câmara contra o deputado federal cabo Junio Amaral (PL-MG), após ele divulgar um vídeo segurando uma arma e dizer que aguardava a “turma” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegar em sua casa. “Serão muito bem-vindos”, afirmou o parlamentar. 

O vídeo de Amaral foi uma reação a fala de Lula durante evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), na segunda-feira (4). O petista sugeriu que os sindicalistas mapeiem o endereço dos parlamentares e se dirijam às residências deles para “incomodar a tranquilidade”, pressionando-os com demandas sindicais.

“Então, se a gente (…) pegasse, mapeasse o endereço de cada deputado e fossem 50 pessoas para a casa desse deputado… Não é para xingar, não, é para conversar com ele, conversar com a mulher dele, conversar com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele. Eu acho que surte muito mais efeito do que a gente vir fazer manifestação em Brasília,” disse o ex-presidente. 

A representação do partido, segundo reportagem do Estadão, afirma que a resposta do parlamentar foi “desproporcional, autoritária, odiosa, totalmente incompatível com o que se espera de um deputado federal”. O PT pede a abertura de um processo ético, disciplinar, no Conselho, por quebra de decoro parlamentar.

“O representado responde à fala do presidente Lula fazendo expressa ameaça, consistente em receber, tanto o presidente, quanto eventuais cidadãos (manifestantes), com uma arma de fogo totalmente carregada, a indicar que poderia matá-los ou lesioná-los, de forma grave”, denuncia o PT.

[É preciso conhecer o histórico desse cabo de guerra. Se participou de alguma chacina. Que perigo representa.

ameaça de morte é a ameaça, feita geralmente de forma anônima, de matar alguém. A ameaça de morte constitui crime na maioria das jurisdições modernas. O propósito das ameaças de morte é o de constranger ou dissuadir a vítima, sendo ainda uma forma de coerção.

Ameaça se torna mais grave quando realizada por um militar, um profissional que sabe usar arma de fogo, treinado para matar. 

Do tipo objetivo no crime de Ameaça

 
Eduardo Luiz Santos Cabette, Professor de Direito do Ensino Superior

 

O verbo do tipo do artigo 147, CP é “ameaçar”. No caso, ameaçar alguém de um mal injusto e grave. Como diz claramente a lei, o mal prometido há que ser “injusto”, ou seja, não configurará o crime a ameaça de um mal “justo”. Por exemplo, não configura crime de ameaça o fato de alguém dizer que irá pleitear seus direitos na justiça ou registrar ocorrência policial contra outrem. Além disso, o mal deverá ser “grave”. Esse elemento do crime deve ser analisado de acordo com o caso concreto, aferindo se o mal prometido atinge um interesse de considerável importância para a vítima.

A ameaça é crime de forma livre, podendo ser perpetrada de diversas maneiras: oralmente, por escrito, por telefone, por gestos etc.

A doutrina costuma classificar a ameaça em algumas espécies:

a) Ameaça direta – aquela que incide sobre a pessoa ou patrimônio da vítima;

b) Ameaça indireta – aquela que incide sobre pessoas próximas à vítima devido a laços familiares, amorosos, de amizade etc.

c) Ameaça explícita – feita diretamente, de maneira clara, sem sutilezas. Por exemplo, dizer a alguém que vai agredi-lo ou matá-lo.

d) Ameaça implícita – aquela feita sutilmente, indiretamente, de forma velada. Por exemplo, dizer a alguém que ela ficaria muito feia com os dois olhos inchados ou dizer a outra pessoa que naquela região costuma-se resolver as questões na faca.

e) Ameaça condicional – quando a ameaça do mal está condicionada a alguma ação ou omissão da vítima. Por exemplo: se você repetir o que disse lhe dou um tiro.

Deve-se lembrar que para a configuração do crime o mal ameaçado deve ser daqueles que se encontram na esfera de ação do autor. Se a ocorrência ou não do evento não está vinculada à atuação do agente, desconfigura-se o ilícito. Exemplo disso são as pragas e maldições. Se alguém diz para outrem que “vá para o inferno” ou que quer que a vítima morra, não ocorre o crime de ameaça, embora possa eventualmente caracterizar-se a injúria (artigo 140, CP).

Questão controversa na doutrina é aquela que versa sobre a necessidade de que o mal prenunciado na ameaça seja futuro. Alguns autores entendem que o crime somente se configura quando o mal ameaçado é futuro. Se o mal for presente ou iminente (“ameaça em ato”), descaracterizado estaria o crime de ameaça. Neste sentido: Celso Delmanto[1], Rogério Greco [2] e Guilherme de Souza Nucci [3]. No entanto, há quem entenda que o mal pode ser futuro ou mesmo presente ou iminente, já que o tipo penal não faz nenhuma distinção ou restrição. Neste sentido: Ney Moura Teles [4], Damásio E. De Jesus [5], Flávio Augusto Monteiro de Barros [6], Luiz Regis Prado, [7] Manzini, Piromallo, Nelson Hungria [8], Agnes Cretella, [9] dentre outros.

Parece-nos mais correto o segundo entendimento, o qual inclusive predomina. Apenas deve-se ter em conta o devido cuidado com a acepção que se pretenda imprimir à palavra “presente”. Note-se que acaso um mal, por exemplo, de agressão física, seja ameaçado contra alguém em meio a uma discussão, sendo que neste mesmo momento a dita agressão se concretize, ocasionando lesões na vítima, ficará afastado o crime de ameaça, o qual será absorvido pelas lesões corporais. É claro que qualquer ameaça é sempre de um mal “futuro”, senão não seria uma ameaça e sim um ato concreto. Quando se fala em caracterização do crime de ameaça, referindo-se a ameaças presentes pretende-se referir-se a situações em que o autor do crime promete agir naquele momento ou muito próximo no tempo. Nestes casos não há por que afastar o crime de ameaça. Inclusive se o mal for muito remoto, aí sim é que estará descaracterizado o ilícito sob comento.[10]

Cezar Roberto Bitencourt é bastante claro sobre o tema de acordo com nossa linha de pensamento:Sim, existe uma Bancada da Bala - Ponte Jornalismo

“Só a ameaça de mal futuro, mas de realização próxima, caracterizará o crime, e não a que se exaure no próprio ato; ou seja, se o mal concretizar-se no mesmo instante da ameaça, altera-se a sua natureza, e o crime será outro e não este. Por outro lado, não o caracteriza a ameaça de mal para futuro remoto ou inverossímil, isto é, inconcretizável”.[11]

No mesmo diapasão leciona Mirabete:

“Entende-se que somente haverá o crime se a ameaça for da prática de mal iminente e não do prenunciado para futuro remoto. Por outro lado, discute-se se o prenúncio de mal a ser executado no curso de entrevero ou de contenda caracteriza o crime de ameaça (...) ou se deve ser de um mal ‘futuro’ (podendo ser próximo ou iminente) e que não se confunde com a simples etapa de um mesmo complexo material ou verbalmente agressivo (...). Mais correta se nos afigura a conclusão de que haverá ameaça com a promessa de mal iminente, mas que será ela absorvida pela concretização do mal ou pela tentativa de causá-lo”.[12]

Vale ainda lembrar que predomina na doutrina o entendimento de que a ameaça, para configurar o tipo penal, precisa ser marcada pela seriedade e idoneidade, razão pela qual são encontráveis diversas decisões jurisprudenciais apontando a não configuração de crime quando a ameaça é produto de ato impensado, “em momento de cólera, revolta ou ira”; estando o autor ébrio; ou quando a vítima não lhe confere maior relevância. [13]

Por derradeiro deixe-se consignado que o crime de ameaça é subsidiário, de modo que quando compõe o “iter criminis” de outros ilícitos, é por estes absorvido. Por exemplo, nos casos de estupro, roubo, extorsão, tortura etc.Nani Humor: BANCADA DA BALA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARROS, Flávio Augusto Monteiro de. Crimes contra a pessoa. São Paulo: Saraiva, 1997.

BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. Volume 2. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

CRETELLA, Agnes. A ameaça. Revista dos Tribunais. São Paulo: vol. 470, p. 299 – 304, dez., 1974.

DELMANTO, Celso, “et al.” Código Penal Comentado. 6ª ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2002.

GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Volume II. 2ª ed. Niterói: Impetus, 2006.

JESUS, Damásio Evangelista de. Direito Penal. 2º Volume. 27ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

MIRABETE, Julio Fabbrini, FABBRINI, Renato N. Manual de Direito Penal. Volume II. 25ª ed. São Paulo: Atlas, 2007.

NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. 3ª ed. São Paulo: RT, 2003.

PRADO, Luiz Regis. Comentários ao Código Penal. 2ª ed. São Paulo: RT, 2003.

TELES, Ney Moura. Direito Penal. Volume II. São Paulo: Atlas, 2004.


[1] DELMANTO, Celso, “et al.”Código Penall Comentado. 6ª ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2002, p. 316.

[2] Curso de Direito Penal. Volume II. Niterói: Impetus, 2006, p. 570. Greco faz uma abordagem interessante do assunto fundamentando com esmero seu entendimento, merecendo a consulta mais detida do leitor.

[3] Código Penal Comentado. 3ª ed. São Paulo: RT, 2003, p. 466.

[4] Direito Penal. Volume II. São Paulo: Atlas, 2004, p. 293.lápis de memória: Bancada da bala

[5] Direito Penal. 2º Volume. 27ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 254.

[6] Crimes contra a pessoa. São Paulo: Saraiva, 1997, p. 237.

[7] Comentários ao Código Penal. 2ª ed. São Paulo: RT, p. 608.

[8] Apud, JESUS, Damásio Evangelista de. Op. Cit., p. 254.

[9] A ameaça. Revista dos Tribunais. São Paulo: vol. 470, dez., 1974, p. 301.

[10] Neste ponto a doutrina é pacífica.

[11] Tratado de Direito Penal. Volume 2. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 449.

[12] MIRABETE, Julio Fabbrini. FABBRINI, Renato N. Manual de Direito Penal. Volume II. 25ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 162.

[13] Sobre o tema, ver por todos: DELMANTO, Celso, “et al.” Op. Cit., p. 316.



 

06
Abr22

Destino de Eduardo Bolsonaro será termômetro para democracia real no país

Talis Andrade

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O deboche de Eduardo Bolsonaro contra Míriam Leitão, torturada na ditadura, tornou-se um termômetro da democracia

 

 

por Paulo Moreira Leite

- - -

A origem do ataque de Eduardo Bolsonaro à jornalista constitui, em si, uma barbaridade com a qual ninguém pode se habituar. 

Explicando. Em artigo publicado neste domingo, Míriam Leitão esclareceu um ponto essencial na comparação entre as candidaturas Lula e Bolsonaro, que polarizam a campanha de 2022.

"Na disputa entre Lula e Bolsonaro não há dois extremistas. Há um: Bolsonaro. O centro deve procurar seu espaço, seu programa, seu candidato, ou seus candidatos, porque o país precisa de alternativa e renovação. Mas não se deve equiparar o que jamais teve medida de comparação. O ex-presidente Lula governou o Brasil por oito anos e influenciou o governo por outros cinco. Não faz sentido apresentá-lo como se fosse a imagem, na outra ponta, de uma pessoa como o presidente Jair Bolsonaro", escreve a jornalista.

"O PT jogou o jogo democrático, Bolsonaro faz a apologia da ditadura", lembrou Míriam comparando candidaturas que dividem em fatias desiguais a preferencia de 69% do eleitorado do país, conforme o último Data Folha ( 43% para Lula, 26% para Bolsonaro). 

Nesta situação,  Eduardo Bolsonaro disse no  tuite que "sentia pena" da cobra. Trata-se de uma manifestação criminosa e cruel,  incompatível com a Constituição, que diz, em seu artigo 5, inciso III, que "ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante". 

Nada mais adequado, portanto, que Eduardo Bolsonaro seja levado ao Conselho de Ética, primeiro passo para um debate necessário -- num país que há quatro décadas enfrenta assombrações e venenos da ditadura. 

Elemento essencial da luta contra o regime de 64, o episódio pode alimentar parte indispensável da campanha presidencial de 2022 -- definindo compromissos e valores entre candidaturas que mobilizam a atenção da maioria de brasileiros e brasileiras. 

Vamos entender o que está em debate aqui. Ao estabelecer a fronteira da democracia como uma distinção e obrigatória entre Lula e Bolsonaro, fato visível como a silhueta  do Pão de Açúcar nas praias do Rio de Janeiro, Míriam Leitão nada mais fez do que apontar um fato jornalístico relevante do debate eleitoral de 2022, quando ameaças de retrocesso político tem sido proferidas a todo momento por Jair Bolsonaro e aliados. 

A reação de Eduardo Bolsonaro apenas confirma que, do ponto de vista do bolsonarismo, a tortura permanece como um instrumento aceitável de luta política -- inclusive com o uso de cobras, como ocorreu com Míriam Leitão em 1972, numa cela onde também foi atacada por um cão feroz. 

"A publicação é repugnante. Se isso não é quebra de decoro, o que será?", questiona o deputado Orlando Silva (PC do B-SP). 

Lula prestou  solidariedade Míriam Leitão, "vítima de ataques daqueles que defendem o indefensável: as torturas e os assassinatos praticados pela ditadura." 

Numa lição pertinente num país onde a democracia frequentemente é colocada à beira do abismo, Lula também afirmou: "seres humanos não precisam concordar entre si, mas comemorar o sofrimento alheio é perder de vez a humanidade".

Este é o debate, urgente.   

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