Jair Bolsonaro tentou o estardalhaço da fakeada de Adelio Bispo de Oliveira. Não deu. Que Adelio Bispo permanece preso incomunicável em um presídio federal, e sofrendo torturas físicas e psicológicas.
Depois da farra praeira em Santa Catarina, da espera sem pressa, sem urgência, de um médico que estava do outro lado do mundo, não havia como vender a imagem de um doente à beira da morte, ou ameaça de uma operação de alto risco.
Segundo o médico insubstituível Antônio Luiz Macedo:
"O presidente está com a saúde muito boa, se recuperando rapidamente. Quando cheguei [no hospital], o intestino estava começando a funcionar e no dia seguinte já estava funcionando."
D. Pedro, quando recebeu o mensagem de Maria Leopoldina, que assinara a Independência do Brasil de Portugal, cagava à beira do Rio Ipiranga.
D. Pedro estava de gaganeira.
Com o desgoverno de Bolsonaro, a destruição da Lava Jato, o Brasil retorna aos tempos coloniais, dependente, deixa de ser a sexta potência mundial do BRICS, para voltar ao Terceiro Mundo, como republiqueta de bananas dos condecorados generais. Para lá de 150.
247 -O jornalista Joaquim de Carvalho, em participação no programa Bom Dia 247 desta quarta-feira (5), falou a respeito da Polícia Federal, que escolheu um delegado que já investigou o PCC (Primeiro Comando da Capital) para dar continuidade ao inquérito sobre as circunstâncias do suposto atentado contra Jair Bolsonaro nas eleições de 2018.
De acordo com o jornalista, que foi a Juiz de Fora (MG) em 2021 produzir um documentário sobre a suposta facada contra Bolsonaro, a movimentação requer atenção.
“É preciso ficar de olho no inquérito sobre o caso da facada ou suposta facada em Juiz de Fora. Não conheço o delegado nomeado para o caso, em substituição a Rodrigo Morais, que foi para os EUA. Mas trocar o titular do inquérito em um caso complexo como este é altamente suspeito”, disse Joaquim.
O jornalista ainda explicou que acompanhou a atuação de Rodrigo e que ele estava “buscando informações mais consistentes sobre o episódio”.
“Numa investigação complexa como essa, jamais podemos trocar o condutor da investigação”, completou.
Bolsonaro contra atestado de doido
O delegado em questão, Martin Bottaro Purper, está há 17 anos na corporação. Caberá a ele buscar informações que possam esclarecer se Adélio Bispo de Oliveira cometeu o atentado sozinho ou contou com a ajuda de alguém.
A Justiça o considerou doente mental e, por isso, inimputável.
Bolsonaro insiste na tese de que a PF não fez uma investigação correta e de que houve um mandante. O objetivo é político, levantar a bandeira de que foi vítima de um atentado político a mando da esquerda. A narrativa sobre a facada volta ao cenário da disputa eleitoral de 2022.
[Por que Adelio Bispo, que treinou armas de fogo na mesma escola de tiro dos filhos de Bolsonaro, preferiu usar uma arma branca no meio de uma multidão de bolsonaristas exaltados em Juiz de Fora, MG?]
Adélio Bispo permanece proibido, pelo ministro da Justiça e da Segurança Pública, de falar com os irmãos, os tios, os sobrinhos, os primos, com os médicos, com os enfermeiros e, principalmente, com a imprensa. Inclusive com outros presos, porque a loucura, para a família Bolsonaro, uma doença mais transmissível que a covid, que a influenza.
Detento incomunicável, em presídio de segurança máxima do governo federal, Adélio não pode responder nenhuma correspondência, é a ordem presidencial.
Para curar Adélio Bispo, doente da cabeça, o melhor remédio a tortura psicológica. O isolamento em uma pequena cela, uma gaiola fechada com porta de ferro.
Adélio, proibido de sair do cubículo, da geladeira, para tomar sol, ou banho de lua, sofre de constante dor de cabeça, de insonia e ansiedade, e dores atípicas, continua sem tomar qualquer medicamento. Assim se faz desnecessária a tão mal falada tortura física da ditadura militar: pau-de-arara, cadeira de dragão etc
O delegado particular de Adélio foi passear nos Estados Unidos. Gostou tanto que vai ficar lá dois anos se... Se Bolsonaro for reeleito.
Para substituir o delegado da mais alta confiança, a Polícia Federal escolheu um outro muito melhor. Que investigou o PCC (Primeiro Comando da Capital). Um comando que persiste, que agora se estende por todo Brasil e outros países.
O novo delegado vai dar continuidade ao inquérito. Arrancar uma versão que ajude a eleger Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
Martin Bottaro Purper, que está há 17 anos na corporação, foi designado. Caberá a ele buscar informações que possam esclarecer se Adélio Bispo de Oliveira cometeu o atentado sozinho ou contou com a ajuda de alguém, informa aFolha de S.Paulo. De algum filiado do PT.
A Justiça considerou Adelio doente mental e, por isso, inimputável. Bolsonaro, um negacionista convicto, não acredita na ciência médica.
Polícia científica constitui aberração.
Informa o portal 247:
Bolsonaro insiste na tese de que a PF não fez uma investigação correta e de que houve um mandante. O objetivo é político, levantar a bandeira de que foi vítima de um atentado a mando da esquerda.
A narrativa sobre a facada volta ao cenário da disputa eleitoral de 2022.
Ao ser internado na segunda-feira (3) com dores abdominais, Bolsonaro e seus apoiadores voltaram a abordar o assunto.
Em novembro passado, com base em um pedido do coiteiro de Fabrício Queiroz, Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro, o TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) determinou, prontamente, a reabertura do caso, ocorrido em Juiz de Fora, MG, em 2018.
O tribunal autorizou que a PF vasculhe o conteúdo do celular apreendido em poder do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, um dos defensores de Adélio. Um advogado imposto, que Adélio tem ojeriza, aversão. Cada doido com sua mania.
As conversas telefônicas podem revelar quem custeou os honorários advocatícios, o que, para Bolsonaro e aliados, levará a polícia ao suposto mentor da suposta facada.
Ora, ora, é só quebrar os sigilos bancários e fiscais dos advogados verdadeiramente contratados pelo Adélio, que foi treinar tiro na academia dos Bolsonaro, mas preferiu usar uma arma fria.
Bem, ficamos de novo de “alarme falso” de uma complicação séria de saúde do sr. Jair Bolsonaro e de mais um caso deLactopurgamais caro do planeta.
A essa altura, já pouco importa se há problemas reais – e certamente há, com o histórico de cirurgias e avida locadas farras praiana do ex-capitão, regadas a pão com leite Moça e frituras de toda espécie – o mais importante é observar a saída pela via hospitalar nos maus momentos políticos em que Bolsonaro se mete.
Vai para um leito, posa de pijama e sonda nasogástrica e alivia a pressão política.
E sobra a brasa da facada –fakeou faca mesmo – e retoma a cantilena de que a esquerda “quer sua morte”, ajudada pela irritação de alguns que vão para as redes dizer isto.
É bom lembrar que tudo – inclusive o que possa parecer ser mais desmiolado – é planejado, quando se trata de Jair Bolsonaro. Até as bombas nas latrinas do quartel com que pensou iniciar sua carreira política tinhamcroquispara serem colocadas.
Não acha que exista contradição em dançar um animadofunkou desfilar com um jet ski e, em seguida, ficar gemebundo em um leito hospitalar.
O papel de vítima, porém, tem duração limitada e efeitos cada vez menores.
No primeiro dia útil de 2022 o inútil Jair Messias acordou internado num hospital de luxo em São Paulo. Desta vez, como a situação parece mais séria, nada de hospital militar.
Aliás, me apresso para corrigir a tremenda injustiça que acabo de cometer: Jair Messias é de insuperável utilidade. Mas apenas para destroçar o país, atentar contra as instituições e proteger cúmplices, filhos e outros quetais que giram à sua volta.
Pois bem, voltando ao assunto: até o final da tarde não havia notícias concretas sobre seu estado de saúde. Sabia-se apenas que se trata de uma obstrução intestinal. E que tais obstruções podem, como tudo aliás nesta vida, ser menos ou mais grave.
Enquanto seu médico preferido, o doutor Antônio Luiz Macedo, vinha do Caribe onde passava férias supostamente em avião da FAB – portanto, voando às custas do erário – corriam rumores de diversos tipos.
Já o doutor em questão disse que o avião não era da FAB coisa nenhuma: tinha sido enviado pelo hospital paulistano.
Leio que o jornal Folha de S.Paulo levantou orçamento em duas empresas de voos fretados. Resultado: um mínimo de 340 mil e um máximo de 680 mil reais.
Resta saber se o hospital vai pagar do próprio bolso, digo, do próprio cofre, ou se o voo será pago pelo bolso de cada um de nós. Do senhor doutor, nem pensar. Do de Jair Messias, menos ainda.
Voltando aos rumores, eles indicavam que seu quadro poderia ser bem mais grave do que aparece no boletim do hospital, ou apenas preocupante. Resumindo: de concreto, ninguém sabia nada ao certo, a não ser, claro, os médicos que atendem o obstruído.
Como não poderia deixar de ser, os bolsonaristas, os sabujos do governo e o mais desequilibrado do quarteto de filhotes, Carluxo, o vereador do Rio que mora em Brasília, logo associaram a obstrução intestinal à famosa facada de 2018.
Mas sabe-se que há anos Jair Messias padece de doenças abdominais, especialmente nos intestinos. Nisso, ninguém fala.
Pois há uma reportagem redonda aqui no 247, de autoria de Joaquim de Carvalho, rigorosa e imperdível, revelando essa questão.
Mestre soberano na arte de manipular, Jair Messias, a senhora primeira-dama, filhotes e cúmplices sempre trataram de esconder este fato.
Bem: a exemplo de milhões e milhões de brasileiros minimamente lúcidos, espero com todas as minhas forças que Jair Messias se recupere o mais rápido possível, e que essa recuperação seja sólida.
Só assim ele poderá ser defenestrado nas urnas de outubro, perder a impunidade e ser levado para os tribunais onde responderá por um robusto rosário de crimes.
O que me espanta, em meio ao caos em que o Brasil naufraga e diante das cenas dantescas protagonizadas por Jair Messias nos últimos dias no belíssimo litoral de Santa Catarina, é que ninguém fale de outra obstrução padecida pelo senhor presidente, menos grave para ele, mas mortal para todo o país.
Estou me referindo à sua cada vez mais bestial e evidente e concreta obstrução cerebral. Do cérebro de Jair Messias só sai maldade, crueldade e desejo incontrolável de destruição.
Pensando bem, uma obstrução até pode ser resultado do efeito colateral da outra.
Como o conteúdo de seu cérebro dá, a cada dia, mais e mais claros e sólidos indícios de ser exatamente o mesmo de seu intestino, essa é uma hipótese bastante consistente.
De tudo isso, ao menos uma certeza é clara de toda claridade: caso ocorra – e reitero meu mais forte desejo de que ocorra, e o mais rápido e firme possível –, a recuperação de Jair Messias será infinitas vezes mais fácil e menos dolorosa que a recuperação do país que ele destroça cada vez mais dia a dia, hora a hora, com persistência insuperável.
Bolsonaro, doente antes da facada ou suposta facada, participa de prática de cura mística-religiosa
O pregador do Evangelho Adélio Bispo não era militante de esquerda quando houve o episódio em Juiz de Fora e Bolsonaro já tinha sido internado duas vezes
por Joaquim de Carvalho
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Bolsonaro tem problemas gastrointestinais que o levam para hospitais desde antes da facada ou suposta facada em Juiz de Fora, em 6 de setembro de 2018. Mas ele e aliados continuam a usar o caso Adélio com um enredo político que não se sustenta nos fatos.
"A turma do ódio do bem ou ódio permitido invade mais uma publicação! Crer que a facada de antigo filiado do PSOL foi um fato isolado não é inocência”, escreveu Carlos Bolsonaro, em resposta à postagem na qual o pai anunciou que foi internado às 3 da madrugada, em São Paulo.
Adélio se filiou ao PSOL em 2007, assim como um dos seguranças de Bolsonaro em Juiz de Fora, o militar da reserva Hugo Ribeiro. Este deixou o partido para se filiar ao PTN e integrar o grupo chamado Direita Minas.
Hugo Ribeiro foi encontrado morto no início do ano passado no edifício onde trabalhava, em Juiz de Fora. Segundo laudo médico, ele foi vitima de enfarte fulminante.
Adélio deixou formalmente o PSOL em 2014, quando era pregador evangélico, mas antes disso já militava com a direita. Participou de manifestações contra Dilma Rousseff em Brasília em 2013 e frequentava o diretório do PSD em Uberaba, no Triângulo Mineiro.
Era tão próximo do partido que acreditava ter sido filiado. Tanto que a Polícia Federal encontrou na pensão onde se hospedou em Juiz de Fora uma carta de janeiro de 2016 com pedido de desfiliação, com o protocolo de recebimento assinado por um representante do PSD.
No âmbito nacional, o PSD é um partido de centro-direita, mas, em Uberaba, está mais à direita, sob a liderança do ex-deputado e médico Marcos Montes. Ele era da bancada ruralista e hoje é secretário-executivo do Ministério da Agricultura.
Nos pertences de Adélio, além da carta ao PSD, foi encontrado um cartão com os telefones de Marcos Montes.
A Polícia Federal em Juiz de Fora tinha essas informações ao elaborar o auto de flagrante de Adélio, mas as omitiu. Registrou, no entanto, sua filiação ao PSOL.
Dois agentes da PF na cidade, que atuaram no esquema de segurança informal de Bolsonaro, foram promovidos depois da eleição. Marcelo Bormevet se tornou chefe de um departamento da Abin e Felipe Arlotta Freitas foi nomeado assessor do diretor-geral, Alexandre Ramagem.
Outros três policiais federais que estavam em Juiz de Fora naquele dia também foram promovidos, dois deles para cargos no exterior da alçada do Itamaraty.
Se efetivamente houve a facada, e não foi autoatentado, hipótese não investigada pela PF, a promoção dos policiais é tão bizarra quanto nomear um médico que comprovadamente falhou numa cirurgia para dirigir um hospital.
E por falar em médico, chama a atenção que a Força Aérea Brasileira tenha deslocado um avião para buscar o cirurgião Antônio Macedo para atender Bolsonaro no hospital Vila Star, em São Paulo.
"Estranho um paciente com complicações gostar tanto do mesmo médico”, disse um cirurgião que prefere não ser identificado.
"A gente atende obstrução quase todo dia. Eu até entendo que ele queira ir para um hospital maior. O que é incomum é um paciente ter tantas complicações, mesmo que sejam complicações conhecidas e descritas na literatura, e gostar tanto do mesmo médico”, acrescentou.
No caso, hospital não é o mais importante, mas efetivamente o médico. Até porque, depois que atendeu Bolsonaro, Antônio Macedo se desligou ou foi desligado do Albert Einstein, mesmo tendo trabalhado lá por muitos anos, e foi para o Vila Nova Star.
O prontuário de Bolsonaro no Albert Einstein não foi entregue à Polícia Federal, apesar de solicitado. Em vez disso, o hospital entregou uma folha que parece ser um boletim médico, que tem a assinatura de Carlos Bolsonaro como recebedor.
A análise do prontuário é importante do ponto de vista de uma investigação médica ou policial a respeito da doença preexistente de Bolsonaro. No dia 7 de fevereiro de 2018, sete meses antes do episódio em Juiz de Fora, ele foi levado para uma clínica particular de Cascavel, onde participava de atos de pré-campanha, porque teve problemas gastrointestinais, segundo divulgado por sua assessoria de imprensa na época.
No dia 13 de abril, Bolsonaro passou mal no aeroporto de Boa Vista, Roraima, e foi levado para o Hospital Central do Exército, no Rio de Janeiro. No dia 29 do mesmo mês, Bolsonaro participou do evento Gideões Missionários da Última hora, em Blumenau, e se levantou quando o pastor pediu oração de cura para as pessoas com doenças no abdômen. Nas imagens registradas em vídeo, Michelle e um homem de terno colocam a mão sobre a barriga de Bolsonaro (foto acima).
No dia 6 de setembro, Adélio supostamente desferiu um golpe de faca no local que, coincidência ou não, é o mesmo em que os dois colocaram a mão. Digo "supostamente" porque não há nenhuma imagem que mostre a faca penetrando o corpo do então candidato. E havia um drone gravando toda a caminhada. A íntegra dessas gravações, realizadas por uma empresa contratada pelo Associação Comercial e Empresarial de Juiz de Fora, desapareceu.
O médico que estranhou o apego de Bolsonaro ao cirurgião Macedo comentou que dificilmente a doença preexistente fosse câncer, já que, se houve facada, o risco de atingir o tumor era grande e, em consequência, as células se espalhariam e tornaria a doença muito mais difícil de ser curada. “Se havia doença preexistente e se houve facada, talvez ele tivesse diverticulite”, afirmou.
Que Bolsonaro estava doente, parece restar poucas dúvidas. Duas horas antes da facada ou suposta facada, ele mesmo se exibiu diante de fotógrafos e cinegrafistas que faziam a cobertura em Juiz de Fora tomando antiácido e ingerindo um comprimido que disse, em tom de galhofa, não ser “viagra”.
Essas dúvidas poderiam ser esclarecidas no inquérito que foi reaberto recentemente pela Polícia Federal, com autorização do Tribunal Regional Federal da 2a. Região. Mas essa possibilidade parece ter ficado mais distante com a transferência do titular da investigação, Rodrigo Morais, para uma força-tarefa nos EUA.
As reportagens de Joaquim de Carvalho desmoralizaram a trama da prisão incomunicável de Adélio Bispo de Oliveira.
A verdade que Adélio é portador de transtorno delirante persistente. E vem sofrendo tortura psicológica e tortura física, inclusive proibido de receber o devido tratamento psiquiátrico, e os medicamentos receitados antes do atentado e detenção em presídio de segurança máxima do governo federal.
Adélio sofre de insônia, e não recebe nenhum sonífero. Tem uma permanente dor de cabeça, mas a polícia política de Bolsonaro proíbe que receba analgésico. Um Melhoral. Uma simples Aspirina.
Fernando Zuba, TV Globo, publica hoje: A Polícia Federal reabriu o inquérito sobre a facada em Jair Bolsonaro e vai analisar o celular do advogado de Adélio Bispo. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) autorizou no começo do mês a análise de dados bancários e do material reunido em busca e apreensão realizada contra Zanone Manuel de Oliveira Júnior.
Adélio já pediu o afastamento de Zanone, que pegou, na marra, a defesa de Adélio, a mando da mãe dele que já morreu faz tempo. Há décadas.
O material está com o delegado Rodrigo Morais Fernandes, que vai analisar também as informações fiscais de Zanone. Imagens do circuito interno de TV do escritório de advocacia também serão parte do inquérito.
O acesso aos dados do advogado tinha sido suspenso provisoriamente, por meio de um recurso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Por 3 votos a 1, os desembargadores do TRF-1 rejeitaram a ação.
A defesa de Bolsonaro argumenta que o material pode ajudar a esclarecer se Adélio Bispo agiu de fato sozinho ou teve algum tipo de auxílio, como financiamento, e considera que decisão do TRF-1 viabiliza a reabertura da apuração.
Zanone ainda não se manifestou sobre a abertura de inquérito. Muito menos Adélio, proibido de falar com a imprensa e familiares, irmãos e sobrinhos.
Se o Zanone participou de alguma trama assassina, que seja devidamente julgado e preso, inclusive proibido de exercer a profissão.
Se a justiça fosse séria, Adélio estaria internado em um hospital psiquiátrico. Não continuaria no inferno do Presídio Federal de Campo Grande.
O general Carlos Alberto dos Santos Cruz se filiou nesta quinta-feira (25) ao Phodemos, mesmo partido do ex-juiz Sérgio Moro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por parcialidade contra o ex-presidente Lula.
Durante o ato de filiação, que ocorreu em Brasília, o ex-juiz incompetente saudou a chegada do ex-colega de governo Jair Bolsonaro. “O ato de hoje representa o projeto que queremos para o Brasil. Um projeto com ideias, mas acima de tudo com pessoas de credibilidade. Aqui temos uma síntese da nossa proposta. O Podemos ganha muito”, afirmou Moro.
Ao se filiar, Santos Cruz se colocou à disposição para ajudar o Brasil. O general de pijama definiu um candidato ideal que o ex-juiz incompetente jamais será. “O respeito tem que ser restaurado no Brasil. Respeito às pessoas, às instituições, aos demais partidos. Diálogo e respeito devem ser mantidos. Não podemos descer para uma campanha de fake news em que o Brasil não vai ganhar nada. Esse extremismo entre direita e esquerda leva à violência. O Brasil tem que repudiar todo esse fanatismo político”, advertiu.
Ao lado de Sérgio Moro, o juiz suspeito, que durante a operação Lava Jato dirigiu uma operação de perseguição da atividade política e partidária contra Lula e o PT, Santos Cruz disse rejeitar a criminalização da política e destacou que as soluções devem ser construídas dentro da democracia. “A política não pode ser criminalizada. A política é a única forma de mudar a realidade. As soluções devem aparecer dentro do processo político”, reforçou.
Moro é a antítese do candidato idealizado por Santos Cruz. O general Vilas Boas, nas Forças Armadas, e Moro, no Judiciário, promoveram o golpe eleitoral de 2018, para eleger Jair Bolsonaro presidente.
A sinergia do STF, a passividade medrosa do STF, diante do autoritarismo, do golpismo do general Vilas Boas, permitiu a criação do tribunal de exceção de Sergio Moro, que possibilitou a prisão ilegal, coercitiva, arbitrária, injusta, facciosa, partidária, pressuposta, bacoreja de Lula da Silva, o candidato vitorioso nas pesquisas, o líder máximo do maior partido da oposição, o PT, que teve de improvisar, lançar, de última hora, a candidatura de Fernando Haddad, que não teve tempo nem meios de comunicação para contatar o povo em geral.
O candidato ex-militar, capitão da reserva, deputado 28 anos do Centrão, da velha política, que fugiu dos debates, depois de uma possível suposta canivetada, ou fakeada do pastor errante e insano e fanático religioso Adelio Bispo de Oliveira, anestesiou o eleitorado com o vitimismo, a mortificação, o flagício, a cruciação, a santificação, a venerável, bem-aventurada candidatura messiânica de Jair [o Messias] Bolsonaro.
O golpista Bolsonaro substituiu na presidência o golpista Michel Temer, que derrubou a presidenta eleita com o famoso grito "Dilma vai tomar no c.", dos adoradores do touro de ouro, recentemente colocado na sede da Bolsa de Valores de São Paulo. Entre os gritadores, os candidatos da chamada Terceira Via, na época, Aécio, Luciano Huck, um apresentador de televisão, a voz mais famosa.
Moro eleito seria mais um golpista traidor que substituirá o golpista Bolsonaro, que substituiu o golpista Michel Temer traidor.
O caso Adélio Bispo de Oliveira desmoraliza a justiça brasileira. Primeiro que pagaram advogados para servir de carrascos. Advogados e juiz de custódia, se for o caso, ou juiz responsável pela Penitenciária Federal de Campo Grande fazem vista grossa para a punição que sofre Adélio nas mãos dos cruéis carcereiros nomeados por Jair Bolsonaro.
Melhor seria Adélio fosse executado - a pena de morte criada exclusivamente para ele, do que sofrer tortura diária em uma cadeia de segurança máxima do governo federal. Preferível a morte do que padecer cada interminável segundo de solidão, cada imutável minuto sem falar com nenhuma alma viva ou morta.
Desde que deu uma suposta canivetada em Bolsonaro, Adelio passou a ser um preso incomunicável, sem noção de quando é noite e de quando é dia. E fazendo jejum, comendo o pão que o diabo amassou, e sem os medicamentos que deveria tomar para amenizar os transtornos mentais de insônia, de ansiedade, de tensão, de medo das visagens. Fanático religioso, o medo do demônio, do inferno.
Que custa um comprimido para a constante dor de cabeça? Um telefonema para amenizar a saudade dos parentes, afastado que está das coisas, dos bichos e das pessoas?
Nem advogado Adélio tem. Apareceu um advogado de porta de cadeia.
Nenhum preso sofre mais a fome, a falta de tratamento médico psiquiátrico, a solidão, o apartamento, a separação, a incomunicação que Adélio.
A tortura que padece um castigo pelo crime que praticou ou medo de que ele fale. Por que preferiu usar uma arma branca depois de treinar tiro ao alvo na escola dos filhos de Bolsonaro?
Adélio está hoje visivelmente insano
por Joaquim de Carvalho
O advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que defendeu Adélio Bispo de Oliveira, disse que a chance da Polícia Federal encontrar em seu celular qualquer informação que leve a quem pagou pela defesa do autor da facada ou suposta facada em Juiz de Fora é zero.
Como o advogado Saul, da série Breaking Bad, ele contou que tem por hábito usar celulares por pouco tempo e depois destruí-los.
O celular apreendido com ele em dezembro de 2018, três meses depois do episódio em Juiz de Fora, já não era o que ele usava quando teria sido contratado para assumir a defesa de Adélio.
Eu entrevistei Zanone para o documentário “A máquina de fakeadas da extrema direita no Brasil”. A entrevista durou cerca de 20 minutos.
A certa altura, quando perguntava sobre detalhes do processo, Zanone disse que estava recebendo ligação de uma assessora, desligou e não atendeu mais a meus telefonemas.
“Eu destruo os celulares para proteger meus clientes, para que ninguém saiba o que converso com eles”, disse.
Outros pontos da entrevista serão publicados no documentário, que está em fase de finalização.
Zanone entrou no caso de maneira surpreendente.
No dia da facada ou suposta facada, ele agiu rápido para assumir o caso. Como tem escritório em Belo Horizonte, pediu a um ex-estagiário, que tem escritório em Barbacena, que fosse até a sede da Polícia Federal em Juiz de Fora e assumisse o caso, em nome próprio e também dele.
Em entrevista ao UOL, esse advogado, Pedro Possa, deu a versão de que foram contratados por um líder religioso que teria assumido o caso por “amor ao próximo”.
Cascata. Repito: cascata.
A entrevista foi publicada na sexta-feira passada, dois dias depois do Brasil 247 publicar artigo de minha autoria que relatava a conversa do perito José de Ribamar de Araújo e Silva com o ativista de direitos humanos Marconi Burum.
Nessa conversa, transmitida pelo Canal Resistência Contemporânea, Ribamar contou que entrevistou Adélio numa visita ao presídio federal em Campo Grande (segurança máxima).
Segundo ele, Adélio está hoje visivelmente insano, o que contrasta com seu estado de saúde em 7 de setembro de 2018, quando falou em audiência de custódia à Justiça Federal em Juiz de Fora.
Segundo ele, Adélio vive em condições análogas à tortura, como denunciaram outros presos do presídio.
Há mais de três anos, ele vive isolado em uma cela, de onde sai apenas num intervalo de duas horas, para banho de sol.
Adélio também nunca recebeu visita da família. Há duas semanas, um dos sobrinhos dele, Jeferson Ramos de Souza, mandou mensagem ao advogado Zanone, para tentar agendar uma visita.
O advogado respondeu em áudio que providenciaria o deslocamento, mas não deu nenhuma data. Parentes de Adélio contam que ele sempre dá essa resposta — “visita em momento oportuno” —, mas nunca toma nenhuma providência.
O perito Ribamar relatou que Adélio reclamou muito da falta de contato com os parentes.
“Ele disse que tem três irmãos, com quem se dava muito bem, e um sobrinho, com quem também se dá muito bem, mas que nunca foi visitado por eles, e ele sente falta desse contato”, destacou Ribamar, na conversa transmitida pelo canal Resistência Contemporânea.
Na hipótese de que Adélio tenha mesmo o transtorno mental grave que o tornou inimputável, Adélio deveria ser tratado em hospital psiquiátrico ou, na ausência de vaga, permanecer junto de familiares e receber atendimento médico adequado na rede pública.
Na entrevista ao UOL, o advogado Pedro Possa afirmou que Adélio é medicado no presídio. “Acredito que o tratamento tenha surtido efeito e ele esteja melhorando a consciência”, afirmou.
Não é possível dizer a que interesse atende essa declaração veiculada num site de grande audiência, mas com certeza não é a interesse público, já que a situação de Adélio é vista pelo defensor público Valber Rondon como uma grave violação de direitos humanos.
No ano passado, o defensor recorreu à Justiça para que Adélio fosse transferido a um hospital psiquiátrico em Minas Gerais.
O juiz de Campo Grande responsável por acompanhar a execução penal no presídio federal determinou a transferência, mas o magistrado responsável pelo caso em Juiz de Fora negou.
Estabeleceu-se um conflito de competência, que acabou no Supremo Tribunal Federal. Kássio Nunes Marques negou liminar para a transferência, e a ação foi julgada, em caráter definitivo em agosto, pela Segunda Turma do STF, que confirmou por unanimidade a decisão do ministro indicado por Jair Bolsonaro.
Para o defensor público Valber Rondon, o caso deveria ser denunciado a cortes internacionais de direitos humanos, da ONU ou OEA, já que Adélio é o único caso de inimputável que cumpre medida de segurança em presídio federal, onde 90 por cento dos presos tomam remédio psiquiátrico para suportar o isolamento e as regras de segurança máxima.
Valber foi trnsferido para Brasília há cerca de um ano. Segundo ele, a transferência não tem relação com o caso Adélio.
Seu sucessor em Campo Grande, efetivado há pouco tempo, ainda não tomou nenhuma providência nesse sentido.
A entrada de Zanone no caso é vista nos bastidores de Justiça como uma estratégia de advogados para assumir um caso de repercussão e, com isso, ganhar publicidade.
Pedro Possa, o advogado mobilizado por Zanone na tarde da facada ou suposta facada, esteve com Adélio no mesmo dia.
Para abordar o possível cliente, ele teria dito que tinha sido enviado pela mãe de Adélio.
Policiais que acompanharam a abordagem contam que Adélio riu e contou que a mãe tinha falecido fazia tempo.
Pedro Possa tentou se corrigir e afirmou que, na verdade, era uma tia. Adélio respondeu que não tinha proximidade com nenhuma tia.
Mesmo assim, assinou procuração no dia seguinte para Zanone, Pedro Possa e outros dois advogados para que assumissem sua defesa.
Uma questão importante: se Adélio já era portador de transtorno mental grave, essa procuração teria valor?
Mais tarde, outro criminalista entraria no caso, Alfredo Mejia, que é do Rio Grande do Sul e, a exemplo de Zanone, tem vasta experiência em direito penal, inclusive com livros publicados. Este, como Zanone, também não tem um patrocinador conhecido.
Zanone foi o primeiro a dar ao caso um encaminhamento que não é próprio de quem quer exposição midiática positiva.
Ele poderia ter defendido o Tribunal do Júri para Adélio, por tentativa de homicídio.
Mas, desde a primeira hora, propôs que o caso fosse enquadrado na Lei de Segurança Nacional então vigente, por inconformismo político; que Adélio fosse declarado inimputável; e que fosse transferido para presídio federal, longe de Minas Gerais.
A estratégia de Zanone pode ser vista como contrária aos interesses do cliente, já que, no Tribunal do Júri, ele não teria uma pena por tempo indeterminado (como, na prática, ocorre agora) e ficaria mais claro a motivação de Adélio para a ação em Juiz de Fora.
O que se sabe é que Adélio, ao contrário do que ele mesmo disse, não era um militante de esquerda — portanto, não tinha uma “ideologia diametralmente oposta à de Bolsonaro”.
Na rede social e em pregações em igrejas, Adélio promovia bandeiras bolsonaristas, como a redução da maioridade penal (projeto do próprio Bolsonaro e de seu filho senador, Flávio) e o combate ao projeto que criminaliza a homofobia.
Adélio só começou a fazer ataques a Bolsonaro depois de 5 de julho de 2018, quando dividiu o mesmo espaço com Carlos Bolsonaro no Clube de Tiro .38, onde fez um curso de três dias.
Encerrado o processo em Juiz de Fora que considerou Adélio inimputável, Zanone passou a dividir a defesa dele com a Defensoria Pública da União.
O órgão, criado pela Constituição de 1988 para atuar em casos em que o réu ou condenado não tenha condições financeiras para bancar a defesa, só entrou no caso depois que recebeu uma carta manuscrita de Adélio, em que ele pedia o afastamento de Zanone.
Trecho da carta em que Adélio pede o afastamento do indesejado Zanone. Um afastamento que a Justiça cúmplice não concede. Até um doido sabe quando um advogado não serve. Suspeito não é Zanone ter um suposto contrato. Suspeito é ele teimar em ser advogado de um preso na marra...
Hoje Zanone é, formalmente, curador processual do autor da facada ou suposta facada em Juiz de Fora, mas ainda dá as cartas no caso, como mostra a resposta que forneceu há duas semanas ao sobrinho de Adélio sobre a visita no presídio federal.
Pode ter havido facada em Juiz de Fora? Sim. Pode ter sido um autoatentado? Sim. O episódio é marcado por uma série de lacunas, que só uma investigação independente pode preencher.
Enquanto isso, Bolsonaro viaja para Dubai e dá declarações que, à primeira vista, parecem soar insanas, como a de que discutiu lá a troca de “presos políticos”.
Adélio não é um preso político, pelo menos formalmente, mas o desdobramento de uma investigação independente poderia gerar, efetivamente, acusados por agirem politicamente num caso que foi decisivo para a ascensão da extrema direita no Brasil.
Bolsonaro quer tirar Lula das eleições do ano que vem. O presidente chegou a procurar a PF para abrir algum tipo de processo que garantisse a prisão do ex-presidente e sua saída da disputa. “Qualquer processo serve”, teria dito na reunião e feito uma sugestão. [Bolsonaro quer repetir o golpe eleitoral de 2018, tramado e executado pela dupla Sérgio Moro/ Deltan Dallagnol e asseclas procuradores e delegados da autodenominada Lava Jato da autodenominada Liga da Justiça da autodenominado República de Curitiba. Bolsonaro além de investir bilhões do orçamento secreto para comprar deputados e eleitores com o apelidado 'auxílio Brasil', voltou a reafirmar que Lula deve apodrecer na cadeia]
Segundo o DCM ouviu de duas pessoas – uma da Polícia Federal e uma do Planalto – a tentativa foi no mês de outubro. “O presidente pediu para a PF fazer uma investigação secreta contra Lula pra tirá-los das eleições”. A frase é de uma fonte que trabalha na Polícia e confirmou que houve encontro do ministro da Justiça com o diretor geral da PF.
A intenção era fazer o que Moro fez em 2018 e garantir alguma condenação para que Lula ficasse fora da disputa. Para isso, a PF teria até iniciado uma investigação preliminar, a pedido do presidente, mas que não caminhou. Isso porque, tanto delegados quanto o Poder Judiciário não viram elementos para investigar o petista.
Bolsonaro quis barrar Lula
O DCM conversou com pessoas ligadas ao Planalto e descobriu o plano que chegou a ser posto em prática. A ideia era que a PF iniciasse alguma investigação e usasse a ‘imprensa parceira’ para tratar o caso como prioridade. Não à toa, blogueiros como Allan dos Santos e sites de direita armaram sua artilharia. Até mesmo a Record fez reportagem sobre o caso, usando uma espanhola como ‘fonte’.
O nome de Lula passou a ser citado nesses ‘veículos’ como parte de uma série de crimes. O petista foi acusado até de ter recebido dinheiro do narcotráfico. O próprio Bolsonaro divulgou a fake news para tentar fazer a informação ‘pegar’ antes da investigação.
Segundo pessoas ligadas ao presidente, a aposta era alta, mas poderia pegar. Se a PF ‘vazasse’ informações da investigação poderia haver apelo popular para a prisão de Lula e seu impedimento. A ideia era de que a população ficaria chocada com o tal dinheiro do narcotráfico e exigisse investigações.
A estratégia naufragou porque Bolsonaro foi convencido de que não teria apoio do STF. “Ele ficou com medo de ser acusado de ter aparelhado a PF”, disse uma fonte. Mesmo assim, o presidente segue acreditando que o melhor jeito de vencer Lula é repetir 2018.
[E depois avião da comitiva presidencial transportou cocaína para Europa. Outra sacanagem seria uma confissão fake de Adélio Bispo de Oliveira, já considerado pela justiça federal um doente mental]
Autor de facada em Bolsonaro tem doença mental e não pode cumprir pena de prisão, decide Justiça
Adélio Bispo de Oliveira é escoltado para prisão federal em Campo Grande 08/09/2019 REUTERS/Ricardo Moraes
By Ricardo Brito /Reuters
O autor da facada no presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral do ano passado, Adélio Bispo de Oliveira, tem uma doença mental e não poderá ser punido criminalmente com uma eventual pena de prisão, concluiu o juiz federal Bruno Savino, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG).
Em nota oficial, a assessoria de imprensa da Justiça Federal mineira disse que o magistrado decidiu que Adélio é inimputável por ter uma doença mental. Segundo a nota, tanto os peritos oficiais nomeados pelo juiz da causa como os assistentes técnicos da defesa e do assistente de acusação, no caso os representantes legais de Bolsonaro, concluíram que ele tem Transtorno Delirante Persistente.
“O juiz Federal, a partir de uma visão panorâmica acerca dos laudos e pareceres técnicos dos peritos e assistentes técnicos --que, descrevendo minuciosamente o histórico pessoal, a doença diagnosticada, suas características e sintomas identificados no periciado, convergiram em vários dos pontos abordados-- e do grande volume de informações colaterais fornecidas pelos inquéritos policiais instaurados, homologou o laudo do perito oficial, que concluiu pela inimputabilidade do réu Adélio Bispo de Oliveira”, decidiu o magistrado.
Bruno Savino determinou que o acusado permaneça preso no Presídio Federal de Campo Grande (MS) até o julgamento da ação penal. Segundo a nota da Justiça Federal, há uma manifestação favorável do psiquiatra assistente técnico da defesa de que “aquele estabelecimento prisional possui condições adequadas para a realização do tratamento necessário para a patologia do réu”.
Então líder nas pesquisas de intenção de voto no primeiro turno, Bolsonaro foi alvo de atentado à faca cometido por Adélio, que foi preso em flagrante. Posteriormente, ele foi denunciado pelo Ministério Público e se tornou réu com base na Lei de Segurança Nacional.
Contudo, essa ação está suspensa após ter sido instaurado um processo de sanidade do autor do atentado, isto é, se ele pode responder criminalmente pelos seus atos (imputável), não pode (inimputável) ou só parcialmente poderia (semi-imputável).