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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

10
Jul19

Fascismo faz nova vítima: Paulo Henrique Amorim

Talis Andrade

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por Eduardo Guimarães

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Morre Paulo Henrique Amorim. Como dona Marisa Letícia, vítima de perseguição política. Falamo-nos anteontem por mensagem. Mais de cem processos fraudulentos na “justiça”, perda do emprego na Record por ação do nazifascista que nos “governa”. O fascismo faz mais uma vitima.

O Blog da Cidadania lançou uma nota de pesar pela morte do jornalista, leia aqui.

 
...levaram ele a morrer antes do tempo
 
por Fabina Freire Pompeu
___
Gente, que perda essa de Paulo Henrique Amorim. Vivo, ácido, inteligente, extremamente ativo aos 77 anos. Uma conversa tão afiada. Notícia muito triste mesmo num dia já especialmente difícil. Penso ser um exercício de adivinhação inócuo, mas passa pela cabeça se a perseguição ocorrida à exaustão, com sequestro de bens, demissão e o escambau, não levaram ele a morrer antes do tempo.
 
Há muitas perdas nesse mundo. Algumas doem mais. É o caso. E eu demorei muito a virar fã. Somente ali em 2015, 2016, quando ele denunciou duramente o golpe contra Dilma, é que me rendi. PHC era, hoje, um dos poucos jornalistas a honrar a profissão. Que ele siga em paz. Adeus, Paulo Afiado Amorim. Obrigada por tudo.
 
 
11
Mai19

Veja documentário da BBC sobre a decadência do país devido ao golpe

Talis Andrade

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olavo bolsonaro_thiagolucas.jpg

 

Blog da Cidadania - Atendendo aos pedidos, apresento “Brasil em Transe” – versão narrada em português do documentário “What Happened to Brazil”, produzido pela K.doc para a BBC World News.

.

Trata-se da mesma série exibida no mundo todo e no Reino Unido ao longo do mês de janeiro pela BBC World News e pela BBC News. É uma tradução quase literal da versão inglesa. Há leves diferenças, próprias para os brasileiros que viveram a crise dos últimos cinco anos.

.

O conturbado período de 2013 a 2018 mudou a história do Brasil. A ascensão da extrema-direita não veio do nada. Tem tudo a ver com as manifestações de 2013, com o controverso impeachment de Dilma, com o impacto da Lava Jato sobre o prestígio dos políticos e dos partidos tradicionais e, sobretudo, com a reação da opinião pública à inédita exposição da corrupção endêmica entre o poder e o empresariado.

.

Compreender o que aconteceu é fundamental para evitar o aprofundamento da crise e um retrocesso civilizatório. Uma grande inspiração para mim foi “Roda Viva”, do Chico Buarque, que abre e encerra os três episódios. Essa canção representa o turbilhão de esperança e desalento no qual o Brasil mergulha ciclicamente.

 

E eu que pensava que Moro seria o último a enganar meio mundo de gente

 

Escreve Fabiana Freira Pepeu: "Gostaria de compartilhar com vocês o meu espanto gigante em relação ao tal documentário sobre Lula, exibido pela BBC, na última sexta-feira, 10.


Há dois dias, penso nisso seguidamente. Estou tão impactada, tão puta da vida com isso, que sequer consegui escrever sobre o assunto antes. Mesmo agora, o texto não flui, mas eu vou rascunhar o que me for possível.

 


Pra mim, não foi uma surpresa a edição em si, pois a divulgação, na semana passada, de uma única pergunta e resposta, que era parte da entrevista, já me deu indícios do que estava por vir. Kennedy Alencar foi inquisitorial. A pergunta era sobre Lula pedir ou não pra cumprir pena em casa. Não queria o jornalista se mostrar imparcial. O tom policialesco do questionamento tinha outro objetivo.
A ausência de críticas a esse material ou mesmo os elogios aqui e ali também estão atravessados na minha garganta.

vitor-teixeira-incendiarios lula .jpg

 


Como assim?
A edição do tal documentário, que utiliza fragmentos da entrevista concedida por Lula a Kennedy Alencar, coloca o ex-presidente em uma situação extremamente delicada, na qual é ele mesmo quem, praticamente sozinho, busca mostrar ou provar sua (suposta) inocência. A escolha das falas de Lula são todas infelizes. O documentário reafirma, diferente de do que havia sido noticiado no exterior, as denúncias e a suposta legalidade da operação Lava Jato; Moro é chamado de ‘carismático’; em nenhum momento é dito que Lula liderava as pesquisas, evidenciando a intrínseca relação entre a sua prisão e o cargo de ministro, agora ocupado pelo ‘paladino da Justiça’. A inédita urgência da tramitação de um processo no moroso judiciário brasileiro contra Lula, para que ele estivesse preso, durante as eleições, como todos nós sabemos, sequer é citada.

moro inquisição.jpeg

 

Por que o questionamento público e notório acerca da peça que incrimina Lula não tem espaço? Por que a posição de dezenas de juristas sérios não foi levada em consideração?


O documentário repete a fórmula da imprensa comercial brasileira de um país dividido. Se isso não bastasse, mostra imagens de uns gatos pingados da Vigília em Curitiba como sendo esse o ‘grande’ apoio de Lula contra manifestações gigantes de patos e coxinhas, futuros neofascistas, na perspectiva contrária. Em um documentário para estrangeiros, uma gente que, via de regra, ainda tem respeito pela ONU, o parecer favorável dessa organização à candidatura de Lula não foi sequer citado. Usa a conversa grampeada entre Dilma e Lula, e vazada por Moro?!

adaptado Wilson Vieira moro torquemada.jpg

 


Me causa um enorme estranhamento que nem mesmo o Partido dos Trabalhadores tenha compreendido a sutileza malévola da edição desse material. Eu não sei o que se passou ou se passa pra que as pessoas estejam compartilhando o pior material jornalístico já produzido fora do PIG como se fosse o documentário do ano.


Até onde tenho conhecimento, esse documentário, segundo a própria RedeTV! e Kennedy Alencar, tem assinatura do jornalista em questão. Aliás, ele teria ido pra Londres pra fazer a edição e é o nome dele que consta nos créditos, portanto, nem vale responsabilizar a BBC que é sempre cuidadosa e trata dos temas com rigor.


E eu que pensava que Moro seria o último a enganar meio mundo de gente. [Transcrevi trechos]

 

 

 

19
Abr19

Que legislatura!

Talis Andrade

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Alexandre Frota tem duas opções. Caso consiga aprovar seu cadastro, cair no buraco sem fundo do empréstimo consignado ou voltar a ser ator pornô, se bem que não sei se querem ele de volta.


É que 30% do seu salário como deputado é retido na fonte por causa de um processo judicial aqui em São Paulo. Ele tem também uma dívida com o Banco Econômico.


Agora, foi condenado em outro processo, em segunda instância — ou seja, tem que desembolsar de imediato e pagar 50 mil a Gilberto Gil. Ele fez insinuações de racismo e comentários injuriosos contra o músico.


Ainda tem a mãe de um filho seu que entrou com uma queixa-crime e pede também 50 mil por danos morais. Frota esculhambou pesado a moça nas redes sociais, numa troca de mensagens com o próprio filho.


Já o deputado federal de Pernambuco, Túlio Gadelha, do PDT, protocolou uma ação contra Alexandre Frota por prática de xenofobia. O processo está em tramitação, mas ele não deixou de espezinhar Gadelha.


Por fim, ou até o ponto em que os casos foram noticiados, tem uma produtora que organiza festas tentando reaver um cachê que teria sido adiantado a Frota da Festa do Orgulho Gay de Brasília. Nice Pereira afirma que pagou 2 mil por uma performance e ele não apareceu para honrar o compromisso. Nice, agora, quer seu dinheirinho de volta.


Frota, que é ex-ator de filmes eróticos, se elegeu deputado federal por São Paulo com uma pauta conservadora. 155.522 pessoas votaram nele. 😱
O ator é filiado ao mesmo partido de Bolsonaro, o PSL, e parece que, no momento, os dois estão de mal.


Frota pode ser uma espécie de campeão do escárnio, mas, infelizmente, não é uma exceção no país. Nem seriam necessárias essas considerações finais, mas tem dias que a gente, sem querer, acaba lembrando dos nossos conhecidos que votaram nessas coisas, nos metendo nessa enrascada, e prefere chover no molhado.

09
Fev19

Todo dia a gente sofre

Talis Andrade

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por Fabianna Freire Pepeu

___

Todo dia a gente sofre. A morte desses meninos, saudáveis, cheios de vida e de sonhos, nos tira o ar. E mesmo se estivessem sem saúde e sem perspectivas.


É preciso ter muita estrutura psíquica ou ter perdido a humanidade pra não sucumbir às sucessivas tragédias nacionais.


Não é de estranhar que tanta gente esteja tirando a própria vida, mas, pra proteger a vítima e a família e também pra não incentivar a prática, a causa mortis não tem sido divulgada. Sem falar noutro tanto de gente que confessa ter perdido o gosto pela vida porque está triste, porque está sem trabalho, porque já não aguenta mais tanta notícia ruim.


Muito pesado tudo isso. É urgente esquecer as diferenças circunstancias, as bobajadas cotidianas menores, para pensar em um Brasil como um lugar bom pra nascer e viver, mesmo que isso ainda demore e demore e demore.

 

Qual seria a palavra mágica que paralisaria o brasil, por alguns dias que fosse, porque assim não aconteceria nada, mas nada de nada mesmo?

 

‘Criança’ ou ‘adolescente’, ‘morte’ e ‘queimadura’ na mesma frase é algo da ordem do insuportável.

 

Tenho impressão que, além de fazer denúncia e ficar indignado - algo legítimo, embora ineficaz -, é necessário também pedir um refresco ao Céu.

 

O brasil parece ter entrado em modo ‘vísceras à mostra.’


Flamengo: ‘ tristezas são belezas apagadas pelo sofrimento.’

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25
Nov18

de Fabianna Freire Pepeu

Talis Andrade

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Fui ao Genésio almoçar com minha mãe, ontem. Na Vila Madalena, em todo bar aberto, é um grande entra e sai de vendedores. Foi assim que conheci, dessa vez, Seu Francisco, que é pernambucano, lá de Salgueiro, tem 71 anos e vende pequenas violas coloridas. Muito mais velho, mas nem parece, é Seu Modesto. Vende petecas, também coloridas, e tem 96 anos! Mostrou o RG, possivelmente, indignado com minha expressão desconfiada. Quase 100 anos! E eu pensava: “a Semana de Arte Moderna de 1922, a Semana de 22!” Vocês conseguem imaginar essa linha do tempo em plena atividade? O mundo é esse imenso arco-íris de petecas e violas.

17
Out18

Ustra deixou um saldo pesado de 502 casos de tortura e mais de 40 assassinatos

Talis Andrade

Livro da cabeceira de Bolsonaro são as memórias do coronel Ustra

 

torturador ultra brilhante.jpg

 


por Fabianna Freire Pepeu

__

 

O livro de cabeceira de Bolsonaro são as memórias do coronel reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra. Ele considera o coronel seu ídolo.

 

Hoje, às 12h, no Tribunal de Justiça de São Paulo, haverá o julgamento do recurso de defesa desse coronel, condenado em primeira instância por tortura e assassinato do jornalista Luiz Eduardo da Rocha Merlino, em 1971. Ustra recorreu da condenação antes de morrer. Para a família de Luiz, a decisão favorável já obtida é importante porque há um reconhecimento do Estado brasileiro acerca das violações cometidas contra o jornalista

 

Luiz não é um caso isolado. Ustra morreu em 2015, mas deixou na Terra um saldo pesado de 502 casos de tortura e mais de 40 assassinatos, ocorridos durante o seu comando no Destacamento de Operações de Informação-Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) de São Paulo, um dos mais tenebrosos centros de tortura da ditadura militar (1964-1985).

 

Por falhas históricas na educação brasileira, muita gente não sabe o que é ‘livro de cabeceira’, e nem ‘DOI-Codi’. Mas todo mundo sabe o que é tortura e assassinato.Em geral, os ídolos nos servem de exemplo, sendo um farol em nossas vidas. Muita gente, por exemplo, tem Jesus Cristo como guia, mesmo 2 mil anos após sua morte. Jesus foi brutalmente torturado, antes de ser morto na cruz.

 

Pra mim, parece estranho alguém preferir ter como exemplo de vida o soldado romano que açoitou pesadamente Jesus em lugar de dar preferência ao próprio Cristo. Ou eleger como referência o outro soldado presente, que, zombando do Nazareno, ofereceu vinagre quando Ele disse ter sede. Ou ainda mesmo um terceiro personagem presente na cena do crime que, também fazendo chacota de Jesus, afundou uma coroa de espinhos em Sua cabeça.

 

Sempre que penso no sofrimento de Jesus, lembro de adultos e crianças torturadas aqui no país e em outros lugares do mundo.

 

Bolsonaro usa em sua campanha um slogan que diz: ‘Deus acima de todos’, mas tem por farol existencial um assassino e torturador condenado. Será que o candidato não sabe que Jesus era, Ele mesmo, o Filho de Deus?

 

Fico imaginando que se ele soubesse dessa ligação fundamental entre Pai, Filho e Espírito Santo, em lugar dessas memórias, o candidato teria, na mesinha ao lado de sua cama, uma Bíblia, que é o livro sagrado dos cristãos.

 

Será que Bolsonaro, bem como a sua legião de seguidores, tomou o nome do Senhor, nosso Deus, em vão?

 

‘Sua garganta é um sepulcro aberto,
sua língua profere enganos;
há veneno de serpente
debaixo de seus lábios,
sua boca está cheia de maldição e amargura.
Seus pés são velozes
para derramar sangue;
há destruição e miséria
em seus caminhos.
Desconheceram o caminho da paz,
não há temor de Deus diante de seus olhos.’

[ Romanos 3:13-18 ]


Leia o Artigo

26
Set18

de Fabianna Freire Pepeu

Talis Andrade

pete_kreiner.jpg

 




Na padaria


Fico sabendo que seu D., que há dois anos tomava um cafezinho aqui toda tarde, pulou do 11o andar do prédio no qual ainda trabalhava. Tinha uns 70 anos e era médico. Eu conversei com ele, rapidamente, apenas uma vez, mas era meu preferido entre os frequentadores habituais. Perguntei em quem votaria pra presidente, depois de um rápido pedido de desculpas pela intromissão. Afirmou que estava em dúvida. Falei qualquer coisa sobre o Bolsofasci e ele retrucou, com ligeiro desprezo: “ganha nada.” Pensei que o veria muitas outras vezes, antes e depois do dia 7 de outubro.


A padaria ficou vazia e sem graça. A rua S., pela primeira vez, me pareceu triste. Tive uma vontadezinha de chorar. Quis voltar no tempo pra fazer qualquer coisa que estivesse ao meu alcance. Não havia mais nada que pudesse ser feito. Adeus, seu D

 

 

15
Set18

Haddad enfrenta o jornal inimigo

Talis Andrade

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 Meme Diogo Ramalho

 

Mauro Lopes: Haddad briu a entrevista no Jornal Nacional lavando a alma do país e enfrentando o império em sua sede: "Boa noite, presidente Lula". Mais ainda, afirmou que quem deveria esta sentado na bancada de entrevistas não era ele, mas Lula. Coragem, fidelidade, firmeza.

A partir da saudação a Lula, dominou a cena e inverteu a lógica que presidiu as demais entrevistas conduzidas por William Bonner e Renata Vasconcelos: foi ele quem conduziu a entrevista, e não os executivos da Globo. Defendeu seu partido, defendeu seu programa e foi incisivo na crítica à Rede Globo, deixando claro ao país que a moleza acabou para a família Marinho.

 

Fabianna Freire Pepeu: Trabalhei na Globo Nordeste. Gostava muito de fazer entrevistas. Mas, na qualidade de entrevistadora, era assim: eu perguntava e o entrevistado respondia. Quando eu julgava que o entrevistado tinha, digamos, driblado minha pergunta, eu insistia. Mas eu nunca disse ao meu entrevistado ou entrevistada que a sua resposta não servia aos meus propósitos, desclassificando sua fala. Eu não tinha propósitos. Também não fazia uma pergunta e, imediatamente, começava a falar por cima da fala da outra pessoa. Minha ideia era fazer uma entrevista. Entrevistar é deixar o outro se expressar, contar uma história ou mesmo uma mentira. Nem precisava ter trabalhado numa televisão pra saber disso, não é, minha gente? Apertar um entrevistado, ser crítico e ousado é algo bem diferente do que se viu hoje no Jornal Nacional com o presidenciável Fernando Haddad. Desconfio que William Bonner e Renata Vasconcellos não são jornalistas. Nunca foram. Em especial, nesse episódio, eles encarnaram uma versão arrumada e engomada de uma coisa muito feia chamada torturadores psicológicos. A gente usa essa expressão ‘tortura psicológica’ em algumas situações ou quando pessoas amigas, de maneira informal, nos aperreiam, mas isso é coisa séria, muito séria. Isso é extremamente violento. E é crime.

Vamos fechar o seguinte: não é Bozo o inimigo do Brasil, mas sim esse abjeto monstro chamado Globo. Enquanto isso não for mexido, nunca avançaremos. Mente; distorce; não permite que se fale, roubando a fala do outro; tripudia da verdade; nos lembra que chafurdamos numa estrada enlameada que parece não ter fim.

 

Ricardo Miranda: Não sei qual é o Brasil que William Bonner quer ver, mas certamente não é um em que Fernando Haddad possa responder às suas perguntas.

Teve jeito de interrogatório. Pior. Dos 27 minutos de entrevista – assisti diversas vezes para cronometrar -, 16 minutos foram com perguntas e interrupções de William e Renata Vasconcellos, sua parceira de palco. 16 minutos! Ou seja, Haddad teve 11 minutos. Em outras palavras, as perguntas e interrupções tomaram 60% do tempo. William Bonner fez 53 interrupções. Renata outras 19. Em diversos momentos falaram ao mesmo tempo que o candidato, impedindo seu raciocínio.

Mas não eram só perguntas. Bonner e sua coadjuvante de bancada no JN fizeram ilações, deram opiniões, citaram números contestáveis, ocuparam o tempo que podiam. Sempre com ar de deboche e colocando-se como porta-voz da verdade, Bonner indignou-se quando, quase perdendo a paciência, Haddad tentou diferenciar denunciado de réu, citando as Organizações Globo e, por exemplo, seus problemas com a Receita Federal.

 

 

 

 

15
Set18

A violência pregada pelo candidato teria se voltado contra ele

Talis Andrade

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Por Fabianna Freire Pepeu

___

Fiquei sabendo da facada na 5a feira numa padaria. Lá, havia apenas homens. Homens muito simples, nem jovens, e nem velhos, que tomavam uma média, no intervalo do trabalho ou antes de voltar pra casa. Todos fizeram comentários que, naquele momento, me causaram surpresa. Em lugar de comoção ou revolta, ouvi frases de desconfiança ou crença de que a violência tão pregada pelo candidato teria se voltado contra ele. As pesquisas divulgadas agora são um retrato daquele pequeno cenário. Aumento da rejeição do homem que, mesmo diante de uma oportunidade, nada aprendeu com o episódio.


Quanto ao atentado em si, não acredito ter sido orquestrado pelo próprio, em hipótese alguma, simplesmente porque não teria essa coragem e nem tem essa sofisticação, ficando a conta - se não foi apenas ato de um maluco mesmo - para as forças ocultas que rondam esse neofascista útil.

 

 

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