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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

15
Fev22

"PT, PV e PCdoB não têm dúvidas sobre Federação. O PSB, tem"

Talis Andrade

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Haddad sonha Marina na campanha de Lula

 

247 – “Nós (o PT) queremos federar. Não temos dúvidas daquilo que queremos fazer. PV e PCdoB, também não. O PSB tem”, disse o ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, aos jornalistas Luís Costa Pinto e Eumano Silva no programa Sua Excelência, O Fato, transmitido ao vivo na manhã desta 3ª feira na TV 247. “E qual é a dúvida?”, seguiu ele, respondendo à própria pergunta: “aparentemente, eles preferem perder bancada para não perderem autonomia em 2024. Aparentemente é isso que está em jogo”.

Candidato ao governo paulista pelo PT, tentando fechar uma aliança com o Partido Soclialista Brasileiro já no 1º turno, fazendo do ex-vice-governador Márcio França candidato ao Senado ou mesmo a vice, novamente, em sua chapa, Haddad lamentou ao longo do programa as dificuldades de sagração definitiva de uma Federação com os quatro partidos – PT, PSB, PCdoB e PV. Respondendo a uma provocação dos entrevistadores, deixou claro que a Federação pode ser formada só com três legendas, sem os socialistas, e que a Federação terá candidatos a governador em estados caros à estratégia eleitoral do PSB como Pernambuco e Espírito Santo, por exemplo. 

Ao responder a uma pergunta de Eumano Silva, sobre o porquê de a ex-ministro do Meio Ambiente, Marina Silva, seguir tão distante do PT e do ex-presidente Lula, mesmo num momento em que o líder petista vem costurando um arco tão amplo de alianças da esquerda ao centro, Fernando Haddad lamentou o distanciamento e pediu ponderação a Marina. “Só ela pode ter dimensão de como aquilo que a machucou tanto em 2014 ainda dói nela. Não vou tratar dessa dimensão. Mas, Marina precisa ver como o Lula tem agido… ele ficou 580 dias em Curitiba, injustamente”, disse. E prosseguiu: “A forma como isso afetou a saúde da Dona Marisa, que morreu em decorrência daquela pressão… É olhar para a frente, Lula tem feito isso, reunindo-se com gente que falou cobras e lagartos dele no passado, num passado até mais recente. Temos de reconstruir o Brasil. Tenho muito carinho pela Marina, por nossa amizade, pelo trabalho que fizemos juntos quando fomos ministros”.

 

 

30
Dez21

Defesa gasta verbas de combate à Covid-19 comprando filé mignon, caviar e e bebidas, aponta TCU

Talis Andrade

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Por Lara Tôrres /Diário de Permabuco

- - -

Um relatório de auditoria elaborado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e divulgado pelo jornal Folha de São Paulo revelou que o Ministério da Defesa gastou verbas destinadas ao combate à Covid-19 para comprar ítens não emergenciais e de preço alto, como filé mignon, picanha, caviar, salmão e bebidas alcoólicas. 
 
Os produtos de luxo são avaliados pelo Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas (Selog) em R$ 535 mil. A auditoria foi aberta pelo tribunal para investigar supostas irregularidades na aquisição de alimentos desde 2017 até o presente. 
 
No processo, os gastos do Ministério da Defesa durante a pandemia causada pelo novo coronavírus, especialmente no ano de 2020, chamaram a atenção. Num período em que os auditores esperavam por uma diminuição de gastos, as despesas da pasta seguiram o sentido oposto. 
 
A justificativa do ministério foi a manutenção de atividades presenciais no período, gerando gastos com a alimentação das tropas do Exército, Marinha e Aeronáutica. Os recursos, contudo, partiram da ação orçamentária "21C0 – Enfrentamento da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional decorrente do Coronavírus", reservado para custear políticas públicas de saúde de combate à Covid.
 
"Ressalte-se que, dos recursos destinados ao combate à pandemia Covid-19 utilizados indevidamente para aquisição de itens não essenciais (aproximadamente R$ 557 mil), 96% foram despendidos pelo Ministério da Defesa", diz o documento do TCU.
 
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O tribunal ressaltou ainda que o Estatuto dos Militares prevê que a alimentação das tropas por meio do fornecimento de refeições, é direito dos militares em atividade, mas reforça que “não parece razoável alocar os escassos recursos públicos na compra de itens não essenciais, especialmente durante a crise sanitária, econômica e social pela qual o país está passando, decorrente da pandemia", reforçando que a compra de comida por órgãos públicos deve ter como finalidade “o fornecimento de alimentação saudável, balanceada e adequada para suprir as necessidades nutricionais básicas de seu público-alvo".
 
Já os itens "não essenciais, supérfluos ou de luxo", como os encontrados pela auditoria, não fazem parte de uma alimentação básica, segundo a auditoria. A avaliação do órgão é preliminar, mas trata como injustificada a aquisição dos itens de luxo já citados. 
 
Ainda em março deste ano, deputados federais chegaram a pedir a convocação do ministro Walter Braga Netto (Defesa) para prestar explicações sobre a compra de picanha, mas o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), acatou um recurso do líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), anulando a convocação. 
 

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18
Nov21

Pastore, conselheiro econômico de Moro, presidiu Banco Central na ditadura e deixou hiperinflação como legado

Talis Andrade

bezerro de ouro o luxo o povo o lixo.jpeg

 

 

247 - O jornalista Eumano Silva destacou no Twitter que, além de servir diretamente aos militares, Pastore foi secretário de Maluf na mesma época:  "Conselheiro de Sergio Moro, o economista Affonso Celso Pastore presidiu o Banco Central entre set/1983 e mar/1985. Saiu depois de uma inflação anual de 166% em 1984. Antes de servir à ditadura, foi secretário do governo Paulo Maluf em São Paulo. Aos 82 anos, tem longa trajetória".

Na verdade, a inflação deixada por Pastore na ditadura foi ainda maior que a indicada por Eumano Silva. Em 2015, no governo Dilma Rousseff, Pastore criticou o governo e o Banco Central pela inflação à época. Em 2015, o país teve inflação de 10,67% acima da meta de 4,5%, em boa parte devido ao processo de desestabilização da economia patrocinado pela direita, a extrema direita e amplos setores do empresariado. Em resposta ao economista, o Banco Central soltou nota poucas horas depois da crítica, em um seminário no interior de São Paulo, registrando que no período de Pastore à frente da instituição "a inflação acumulada em 12 meses passou de 134,69% para 224,60%".Image

Conselheiro de Sergio Moro, o economista Affonso Celso Pastore presidiu o Banco Central entre set/1983 e mar/1985. Saiu depois de uma inflação anual de 166% em 1984. Antes de servir à ditadura, foi secretário do governo Paulo Maluf em São Paulo. Aos 82 anos, tem longa trajetória.
@eumanosilva
O mercado certamente receberá com satisfação o nome de Pastore na equipe de Moro. O experiente economista tem a confiança da banca - como Paulo Guedes em 2018.
 

 

 
 
26
Set21

O meu, o seu, o nosso dinheiro

Talis Andrade

 

por Cristina Serra

- - -

Em abril de 2009, uma série de reportagens do site “Congresso em Foco” abalou o Congresso Nacional, ao revelar que parlamentares faziam turismo com dinheiro público. A verba era de uma generosa cota para compra de passagens aéreas relacionadas às atividades do mandato.

Na prática, porém, cada congressista gastava o dinheiro ao seu bel prazer e sem dar satisfações a ninguém. Deputados e senadores ainda levavam a tiracolo parentes, amigos e cupinchas para destinos turísticos no Brasil e no exterior, como Nova York, Miami, Londres, Paris, Milão, Madri. Uma farra!

Doze anos depois, os repórteres Eduardo Militão, Eumano Silva, Edson Sardinha e Lúcio Lambranho revisitam o escândalo e trazem mais novidades no livro “Nas asas da mamata”, recém-publicado. Eles descobriram agora, por exemplo, que o contribuinte bancou as passagens de Jair e Michele Bolsonaro para a lua de mel em Foz do Iguaçu, em 2007. 

A gastança era possível graças a regras extremamente permissivas adotadas por Michel Temer e Aécio Neves, quando exerceram a presidência da Câmara. No Senado, com José Sarney no comando, não era diferente. A falta de controle era de tal ordem que a cota aérea de dois senadores foi gasta depois da morte deles. Ao todo, 560 parlamentares foram investigados e os gastos, em valores de hoje, seriam de R$ 105 milhões.

Para não esvaziar a surpresa da leitura, acrescento apenas que os autores reconstituíram as investigações oficiais para traçar a teia de impunidade que resultou em mais um crime sem castigo. O que fizeram Corregedoria, Conselho de Ética, Câmara, Senado, Polícia, Ministério Público, Judiciário? Está tudo no livro, com nomes, datas, decisões. 

Esse belo trabalho jornalístico põe em evidência um dos aspectos mais nefastos da mentalidade e da prática política no Brasil: o de que autoridades em geral não querem entender que têm a obrigação de prestar contas de cada centavo gasto do meu, do seu, do dinheiro suado dos nossos impostos. 

25
Ago21

Uma família que só pensa em cadeia

Talis Andrade

 


A corda ficaria bem esticada se, na carona de um passo em falso dos Bolsonaros, pedissem a prisão de um dos filhos. Se Flavio, Eduardo ou Carluxo caíssem, a corda poderia rebentar, ou não.

Mas prender com que argumento? Flavio não se desvencilhou como pretendia dos rolos das rachadinhas, mas hão há nada que indique que deva estar em prisão temporária ou preventiva. É senador, é complicado.

Eduardo, o que mais tem falado, está envolvido no inquérito das fake news, mas que acusação hoje poderia provocar uma prisão? Esse também é o caso de Carluxo, que anda quieto e no ano passado poderia, dizem, ter sido enquadrado na Lei de Segurança Nacional

Por que então eles ficam falando que um dos manos pode ser preso? No dia 17, quando do depoimento de Braga Netto em audiência conjunta de comissões da Câmara, Eduardo disse:

“Aqui nessa casa há deputados cogitando a prisão do meu irmão”.

Dois depois, em entrevista, o rapaz se queixou do cerco de Alexandre de Moraes:

“Qual seria o próximo passo? Prender o presidente? Prender um dos filhos?”

Bolsonaro e os filhos se comportam como líderes mafiosos cercados e autorreferentes. Bolsonaro não fala de nada do governo, de nenhum projeto, da pandemia, de obras, das reformas de Arthur Lira, nada.

Só fala de como a família tenta se defender de suspeitas, indícios e acusações. É a única ocupação dos Bolsonaros, depois que a história do voto impresso foi sepultada pela Câmara.

Eduardo foi fazer intervenções, no depoimento de Braga Netto, para defender o irmão, só isso. Chegamos a uma situação em que o que mais temos, a todo momento, é a família esperneando.

Os Bolsonaro dizem a todo momento que um deles pode ser preso, como se esse alerta fosse uma estratégia para preparar resistências.

Mas resistência de quem? Quem poderia reagir hoje a uma prisão de um dos Bolsonaros, mesmo que isso seja improvável? Braga Netto reagiria à prisão de Carluxo? Com mais uma nota ou com jipes? Bolsonaro acionaria milicianos? As polícias militares?

Todo debate sobre os riscos representados pelas ações do
Supremo contra a extrema direita é repetitivo e acaba acionando a família em defesa da própria família.

Há mais de um ano os Bolsonaros lidam com esse medo, sempre a partir de alertas que estariam sendo dados pelos movimentos de Alexandre de Moraes. Isso vem desde abril.

Mas o que temos até agora é a prisão da chinelagem. O Supremo vai comendo a valentia dos Bolsonaros pelas bordas, pegando o entorno e ainda longe do miolo.

A lista de presos e/ou liberados é de gente do segundo e do terceiro times. Sara Winter, Oswaldo Eustáquio, Daniel Silveira, Roberto Jefferson e uma turma que em 2020 cercou a casa de Alexandre de Moraes em São Paulo.


Só a chinelagem do bolsonarismo experimentou a cadeia até agora, alguns por poucos dias. Se mandarem prender o blogueiro Allan dos Santos, o nível continuará o mesmo.

Dá pra ir além dessa turma e qualificar a cadeia? Talvez não. Os Bolsonaros devem saber que não, mas insinuam que sim.

O pai e os filhos gostam desse jogo em que sugerem que estão sempre escapando de cercos injustos e de que eles são os mocinhos.

A família acorda pensando em cadeia, passa o dia vagabundeando e falando de cadeia e dorme e sonha com a cadeia.

familicia bolsonaro .jpg

Eumano Silva
@eumanosilva
Objetivo.
Paulo Teixeira
@pauloteixeira13
·
O pedido de impeachment de Alexandre de Moraes tem como objetivo torná-lo impedido de prender o Carlos Bolsonaro.

 

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