Julian Lemos com Jair Bolsonaro em 2018 e com Sergio Moro em 2021 (Reprodução Foto 1 Youtube / Foto 2 Twitter Julian Lemos)
Julian Lemos responde a ação trabalhista por não pagar salários a funcionários de empresa de segurança. Coordenador da campanha de Bolsonaro no Nordeste em 2018, agora é entusiasta da candidatura Sergio Moro
Vice-presidente do PSL, que coordenou a campanha de Jair Bolsonaro (PL) no nordeste em 2018,Julian Lemos(PB) teve parte do salário como deputado federal bloqueado em novembro por causa de uma dívida trabalhista movida por um ex-empregado da empresa Perímetro Segurança Privada, que era controlada por Ravena Coura, ex-mulher do deputado federal.
Atual desafeto do presidente, que protagonizou brigas públicas comCarlos Bolsonaro(Republicanos), Lemos foi um dos organizadores da viagem deSergio Moro(Podemos) à Paraíba e é um entusiasta da candidatura do ex-juiz nas redes.
Na ação, divulgada na coluna deGuilherme Amadono Metrópoles, um funcionário da empresa de segurança diz ter sofrido humilhações ao cobrar o salário que não estava sendo pago: “Come uma manga que a fome passa”, diz ter ouvido dos patrões.
Além do não pagamento de salários, a empresa também não concedia férias e deixou de recolher impostos trabalhistas e fundo de garantia dos funcionários.
O bloqueio de R$ 10,8 mil do salário do deputado ocorreu por ordem do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região, na Paraíba. O processo começou a tramitar em 2013 e em abril de 2021, a defesa pediu que o valor fosse cobrado de Julian Lemos, que aparece como responsável pela firma em outros processos trabalhistas.
Além do processo trabalhista, Lemos já respondeu a três processos por violência doméstica: dois movidos pela ex-esposa e um pela irmã, que desistiu da ação em setembro.
“Quando pintar aquela situação embaraçosa faça como o Julian Lemos”, postou Eduardo Bolsonaro, que também colocou uma montagem do paraibano em um vaso sanitário.
Em 2005, quando era juiz, o pré-candidato a presidente pelo Podemos foi alvo de escuta clandestina, que captou conversa comprometedora dele com o "compadre" e lobista Carlos Zucolotto Júnior
por Joaquim de Carvalho
A jornalista Eliane Cantanhêde elogiou Sergio Moro na Globonews, depois de revelar que tomou café com ele e se convenceu de que tudo conspira seu favor. Até porque, segundo a jornalista, o ex-juiz "nunca prendeu preto pobre". Cantanhêde errou duplamente.
Em 2013, Moro prendeu pobres agricultores de Irati, no Paraná, que recebiam menos de 700 reais por mês de um programa ligado ao Fome Zero e foram acusados de falsificação de documento público, falsidade ideológica, estelionato e associação criminosa.
Um deles recebeu recebeu intimação para entregar iate que seria de sua propriedade. O agricultor não tinha sequer charrete. Mais tarde, foram todos absolvidos pela juíza Gabriela Hardt. Era um processo sem pé nem cabeça, gestado por Moro, Polícia Federal e Ministério Público Federal.
Moro também teria sido flagrado em uma escuta clandestina em conversa de teor racista com o amigo dele Carlos Zucolotto Júnior, que é advogado e lobista.
Moro havia mandado prender algumas pessoas por crime financeiro e, em razão disso, apareceu no noticiário de TV do Paraná. Zucolotto lhe telefonou para dizer que o amigo estaria famoso, e Moro teria feito comentários racistas sobre a cor da pele de um dos presos.
Coloco o verbo no condicional porque não ouvi os CDs que integram processo movido por Moro em que o advogado Roberto Bertholdo foi acusado de realizar as escutas ilegais. Mas duas pessoas que tiveram acesso à gravação me confirmaram o conteúdo.
O processo é uma das aberrações jurídicas que compõem a trajetória de Sergio Moro no Judiciário. Quando tomou conhecimento da escuta, ele mesmo abriu a investigação e tomou as primeiras providências como juiz. Mais tarde, pressionado, admitiu a suspeição, e o caso foi para outro magistrado.
Quando o recurso à condenação de Roberto Bertholdo foi parar no STF, um dos ministros, Napoleão Nunes Maia Filho, considerou ação de Moro no processo extravagante. Como vítima, Moro não poderia conduzir a ação, nem em sua fase inicial.
Em 2006, Bertholdo, quando estava preso sob outra acusação, que incluía lavagem de dinheiro e tráfico de influência, mandou a filha entregar à jornalista Denise Mello, da rádio Bandnews em Curitiba, os CDs com o conteúdo das gravações.
Moro também prestou depoimento, conforme o relato que integra o processo no TRF-4:
” (…) foram ouvidas as conversas referentes às fitas apreendidas e que constam nos autos, podendo o depoente reconhecer sua própria voz e diálogos mantidos com o Delegado de Polícia Federal Paulo Roberto Falcão, com o Procurador da República Vladimir Aras, com a Desembargadora Maria de Fátima Labarrère, com o Promotor de Justiça do Estado do Paraná Cruz (de Maringá), com um amigo de nome Carlos Zucolotto, com familiares (filha e esposa) e, segundo lhe parece, também uma conversa com o DPF Luiz Pontel “(fls. 11/12 do Apenso I, volume I).
Apenas a partir desse instante (da obtenção dessa prova) é que o Magistrado pôde ser considerado vítima do delito estando, assim, impedido para o julgamento do feito. O MP, na mesma data da oitiva do Julgador, ingressou com a respectiva Exceção (fls. 281/284, do apenso V, volume II). Em 29.08.05, Sérgio Moro acolheu o pleito, dando-se como impedido (fl. 285 do apenso V, volume II).”
A acusação contra o advogado Bertholdo foi feita pelo procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que já tinha trabalhado com Moro no caso BanEstado e mais tarde, por ocasião da Lava Jato, voltaria a atuar na jurisdição dele, como integrante da equipe de Deltan Dallagnol.
Moro foi representado no processo pela esposa, advogada Rosângela, e pelo amigo Zucolotto.
Em novembro de 2017, eu conversei com a jornaista Denise Mello. Ela já não estava mais na Bandnews, emissora que pertence ao empresário Joel Malucelli, suplente do senador Álvaro Dias e do cículo de relacionamento de Moro. Quando falei com Denise, ela trabalhava na Banda B, outra emissora de Curitiba.
Pouco antes de entrar no ar, Denise falou comigo por telefone. “Lembro vagamente desta história”, contou. Você prestou depoimento à Justiça? “Não lembro, posso ter prestado”. Quando eu li o que a Justiça relatou sobre seu depoimento, ela disse que ocorreu, sim, o depoimento, mas que não havia registrado na memória em razão da falta de notoriedade do Moro à época.
“O Moro não era ainda o MORO, entende?”, comentou. Houve alguma pressão do Malucelli para que as gravações da escuta não fossem divulgadas? “Não, de jeito nenhum. Foi uma decisão minha e do meu chefe na época, Gladimir”, respondeu, e em seguida disse que entraria no ar e que não poderia mais falar.
Conversei pessoalmente com Gladimir, numa das viagens a trabalho que fiz a Curitiba. Gladimir disse não se lembrar do conteúdo das gravações e também negou interferência de Malucelli na reportagens. "Não demos a gravação por conta da sua origem ilícita", disse.
Gladimir lembrou, no entanto, que foi chamado por Moro na época, em ato extraprocessual. O jornalista lembrou que se sentiu constrangido, quando Moro tentou lhe dar lições de jornalismo e o censurou por ter colocado no ar a entrevista com o advogado Bertholdo.
Eliane Cantanhêde, ao dizer que tudo conspira a favor de Moro em 2021, mostra que pode estar entrando mais uma vez numa canoa furada.
As empresas em que trabalha dificilmente autorizarão cobertura crítica ao ex-juiz. Mas, como todos sabemos, o jornalismo na velha imprensa não tem mais força para ditar os rumos do País. Fosse assim, Aécio Neves teria sido eleito em 2014 e Lula continuaria preso.
Há jornalismo fora do controle das famílias e dos bancos que fazem parte do 1% dos brasileiros que detém 50% da riqueza nacional. Moro é uma farsa, como a estátua que aterrorizava Nabucodonor, conforme o relato bíblico.
A estátua tinha cabeça de ouro, peito e braços de prata, e pernas de ferro, mas os pés eram de barro e desmoronou quando atingida por uma pequena pedra. O passivo moral de Moro, ainda não revelado inteiramente, é gigantesco.
O pessoal de Moro faz campanha contra Bolsonaro, e o gado fica com raiva do PT. Né engraçado?
Não fosse trágico, o caso Davati serviria como um excelente roteiro para uma comédia pastelão. Um bando de pilantras bolsonaristas, daquele tipo de malandro especialista em aplicar o conto do vigário em rodoviária de cidade do interior, envolve do mais baixo escalão até o Secretário Executivo do Ministério da Saúde em um golpe revestido de um primarismo absolutamente inacreditável. No centro desta piada de mau gosto estão Cristiano Carvalho, o tipo de malandro que não acerta uma, um cabo da Polícia Militar e um pastor evangélico.
Para termos uma ideia de quem é Cristiano Carvalho, logo no início do depoimento, o senador Eduardo Braga revelou que o suposto profissional de vendas havia requerido o auxílio emergencial no ano passado. Por mais que a crise sanitária tenha imposto dificuldades a profissionais de vendas, difícil acreditar que alguém qualificado a assumir a representação de uma empresa internacional no Brasil tenha tido necessidade de apelar a tal recurso de sobrevivência. Ocorre que não só Cristiano não era o que ele vendia, como também não passa de um larapiozinho. Conforme revelou o Poder 360, o currículo de Carvalho é recheado de cargos que nunca exerceu, em empresas pelas quais nunca passou. Em síntese, um estelionatário.
Quanto à empresa que ele representava, a Davati, esta abriu há apenas um ano e pertence a Hernán Cardenas. Um cubano empresário nos Estados Unidos. É obviamente um exilado e negócios de exilados cubanos normalmente não são dos mais recomendáveis. Quanto à empresa, há evidências de que já tenha aplicado golpe envolvendo vacinas no Canadá e claramente pretendia também aplicar no Brasil. É absolutamente inacreditável que Cardenas pudesse obter a representação de qualquer laboratório, especialmente do AstraZeneca ou Jansen. O mais interessante desse enredo é que Cardenas não encontrou Carvalho ao acaso ou por um processo de seleção de executivos.
A ligação entre Cardenas e Carvalho se estabeleceu por meio do coronel reformado da Aeronáutica, Gláucio Otaviano Guerra. Coincidentemente, um coronel que, segundo apurou o blog DCM, vive nos Estados Unidos, onde tem uma empresa de consultoria. Coincidentemente também, muito coincidentemente, o irmão mais velho de Guerra é ex-policial federal acusado de pertencer às milícias do Rio de Janeiro e ter ligações muito próximas a Queiroz, aquele mesmo das rachadinhas de Flávio Bolsonaro.
Carvalho tentou fazer crer em seu depoimento que conheceu Dominguetti em janeiro deste ano e que o cabo o procurou pois tinha uma demanda de vacina. Dominguetti, cabo da Polícia Militar de Minas, mesmo Estado de Carvalho, segundo se pode apurar nas suas redes sociais e de seus familiares, também é, coincidentemente, um fanático bolsonarista. Dominguetti teria vindo a Brasília passear e, também por coincidência, teria se encontrado com um tal coronel Odilon, que o apresentou ao pastor Amilton e ao coronel Blanco. Amilton e Blanco, também assumidamente bolsonaristas.
E aqui já temos mais dois coronéis na jogada, Odilon e Blanco. Papo vai, papo vem, Dominguetti deve ter lembrado que ouviu falar que um determinado sujeito, em Minas Gerais, representava uma empresa americana que tinha vacinas para vender e descobriu, sabe-se lá como, o telefone do tal Carvalho. Ou talvez Dominguetti tenha consultado no Google “oferta de vacinas Covid” e descoberto o Carvalho. Me enganem que eu gosto.
Estabelecida a conexão da seção bolsonarista mineira com a seção brasiliense, o trio definiu suas estratégias. O coronel Blanco, que havia trabalhado como adjunto do diretor de importação, Roberto Ferreira Dias, abriria, por intermédio deste, as portas do Ministério da Saúde. O pastor, por meio dos canais bolsonaristas neopentecostais, tentaria chegar diretamente em Bolsonaro ou Michele. Nesse meio tempo, Blanco conseguiu um encontro dele e Dominguetti com Dias em um restaurante onde negociaram a divisão do butim. Já o pastor descobriu que tinha menos cacife do que imaginava e, por meio das redes bolsonaristas, estabeleceu um novo caminho, contatando o coronel Hélcio Bruno, presidente de uma organização envolvida com o Gabinete do Ódio. Mais um coronel entrou na jogada.
Por meio do coronel Hélcio Bruno, a dupla Carvalho e Dominguetti conseguiu audiência com o secretário executivo do Ministério da Saúde, coronel Élcio Franco. Na reunião estavam presentes, além de Élcio Franco, os coronéis Boechat e Lima. A reunião decidu pela absurda indicação do pastor Amilton como representante do governo junto à Davati, assim como pelo encaminhamento de proposta ao Ministério de fornecimento de vacinas da Jansen. O contrato seria assinado entre a ONG do pastor e o Ministério. Obviamente o esquema não foi para frente, pois a tal ONG certamente não tem nenhuma qualificação para firmar tal contrato, mas o fato é que, nessa história toda, saiu coronel pelo ladrão.
No caso Covaxin, a mutreta foi mais sofisticada. Ao que tudo indica, foi montada pelo Centrão, mais especificamente pelo esquema do deputado Ricardo Barros. Utilizando-se de uma empresa da cidade do parlamentar como representante da fabricante, a assinatura do contrato logrou êxito e o que mais chamava a atenção, embora não constasse no contrato, era a insistência de que os pagamentos fossem efetuados antecipadamente e a uma empresa offshore, sediada em um paraíso fiscal. Em que pesem as suspeitas sobre a integridade da Precisa, seria natural que a fabricante a remunerasse pela representação. Porém, uma vez que os pagamentos seriam remetidos a empresas situadas em paraíso fiscal, certamente a representante brasileira não seria a única a ser remunerada. Se o esquema era do Centrão, não se pode desconhecer o envolvimento de Élcio Franco e Pazuello, pois o contrato foi negociado e assinado por eles.
O último caso de maracutaia que tomamos conhecimento é o da World Brands, uma empresa de Itajaí, Santa Catarina, cuja atividade principal, segundo pude apurar, é o comércio atacadista. Talvez até importe bugigangas para lojinhas de R$ 1,99, mas vacinas e produtos farmacêuticos, seria muitíssimo pouco provável. Segundo ficou evidente com o vídeo divulgado na semana que passou, esta absurda negociação foi conduzida diretamente por Pazuello. Ainda está por ser revelado quem intermediou a reunião que resultou no vídeo.
Nos casos da dupla Carvalho e Dominguetti e da World Brands, é impossível que a cúpula do Ministério, totalmente militarizado por Pazuello, não tivesse consciência de que a AstraZeneca e a Sinovac, cuja representação está legalmente delegada à Fiocruz e ao Butantã, respectivamente, jamais designariam outros representantes para negociar seus imunizantes no Brasil. Ou seja, Pazuello e Franco tinham absoluta clareza de que as vacinas oferecidas pelos intermediários com quem negociaram com pagamento antecipado nunca seriam entregues e de que negociações diretamente com os representantes legais ocorreriam a um custo bem menor. Em outras palavras, o que fica absolutamente evidente nesses três casos é que tanto a ala militar do Ministério como a ala representante do Centrão estavam atrás de treta, de maracutaia, e não de vacinas. Isso que apenas estes três casos vieram à tona até agora.
Diante de tais fatos, reagir como reagiu Braga Netto à manifestação de Omar Aziz – que apontou a existência de uma banda podre das Forças Armadas –, é vestir a carapuça. Braga Netto e toda a turma de generais ligados a Villas Boas sabiam muito bem com quem estavam se associando e que estavam carregando as Forças Armadas junto. Não era segredo para ninguém a ligação de Bolsonaro com as milícias cariocas e muito menos suas práticas de rachadinha. Sabiam, esses generais, que estavam se juntando a um bando de pastores charlatões e empresários picaretas, que vão desde os “veios da Havan” com seus negócios escusos a golpistas de rodoviária como Cristiano Carvalho. Não serão ameaças de “não nos investiguem que reagiremos” que irão absolvê-los por terem colocado as instituições militares nesse lamaçal de corrupção e bandidagem. Serão julgados pela história por sua associação com o genocídio e com a corrupção. Esperamos que a banda sadia, se houver, comece a reagir e a extirpar de suas fileiras essa banda podre que só faz manchar ainda mais a imagem das Forças Armadas.
O pastor Valdemiro Santiago de Oliveira, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD), anuncia sementes de feijão com supostos poderes de curar a Covid-19
Juiz federal de SP mandou governo federal informar na internet se há eficácia em alimento oferecido pelo pastor Valdemiro Santigo por R$ 1 mil a semente. MPF diz que União não cumpriu decisão de outubro e que caso é propaganda enganosa.
Por G1
A Justiça Federal determinou nesta semana, pela segunda vez em menos de dois meses, que o governo federal informe no site da internet do Ministério da Saúde se há ou não eficácia comprovada das sementes de feijão no combate à Covid-19. O uso das sementes é defendido em vídeo pelo líder religioso Valdemiro Santiago de Oliveira, da Igreja Mundial do Poder de Deus.
Mas, segundo o Ministério Público Federal, a ordem não foi cumprida pelo Ministério da Saúde. O G1 pediu a posição da pasta sobre a nova decisão, e aguarda retorno.
Segundo o MPF, o Ministério da Saúde criou uma página sobre notícias falsas e postou recomendações sobre "alimentação e fake news, que somente destaca a importância de comer de forma saudável e tomar cuidado ao compartilhar informações sem comprovação científica sobre alimentos com supostos efeitos terapêuticos" contra o coronavírus.
A Justiça diz que, "em nenhum momento são mencionados os feijões que foram comercializados pelo líder religioso em vídeos disponibilizados nas redes sociais".
Na primeira decisão, o juízo determinou que “que a União informe em site do Ministério da Saúde, em caráter contínuo, de forma cuidadosa e respeitosa, neutra, limitando-se a informar se há ou não eficácia comprovada do artefato (sementes de feijão/feijões) no que tange à covid-19”. Essa informação, porém, ainda não foi incluída.
O pastor vendia as sementes por valores entre R$ 100 a R$ 1 mil, sob o argumento de que teriam eficácia terapêutica para a cura da Covid-19, mesmo em casos graves.
Para o MPF, houve prática abusiva da liberdade religiosa, já que Valdomiro e a Igreja Mundial do Poder de Deus tinham o objetivo de angariar recursos financeiros com a venda das sementes.
Igreja disse que 'não prometeu cura'
Em nota quando começou a ser investigada pelo MPF sobre o vídeo, a Igreja Mundial do Poder de Deus disse que a referência ao feijão nos vídeos não se referia a "uma promessa de cura, mas sim o início de um propósito com Deus".
Segundo a instituição, "a semente é uma figura de linguagem, amplamente mencionada nos textos bíblicos, para materializar o propósito com Deus" e que não há nenhum oferta de venda de cura por parte do pastor Valdemiro Santiago.
Um dos supostos hackers preso hoje é um preso em regime aberto: Gustavo Henrique Elias Santos, de Sorocaba, preso em 2013 por porte ilegal de arma de fogo e, outra vez, em 2015, pelo mesmo crime, em Itajaí, Santa Catarina, em maio.
Gustavo estava condenado a seis anos de prisão em regime aberto, no processo Nº 0000966-95.2013.8.26.0037, por sentença do desembargador Ivo de Almeida, do TJSP.
Nesta ultima prisão, estava com outro acusado de ser “hacker”, Walter Delgatti Neto, que foi detido poucos momentos antes de Gustavo, por se passar por delegado de polícia no parque Beto Carrero, em Itajaí (SC). Com ele foram encontrados anabolizantes e seringas. Walter, informou a polícia na época, já teria sido preso por estelionato.
Os nossos “hackers russos” andam mal e a história bem esquisita…
Polícia de Moro prendeu dois golpistas como hackers
Agora ou Nunca (Jardel Cassimiro) - Entre os suspeitos presos nesta terça-feira (23) pela Polícia Federal (PF), pelo suposto hackeamento dos telefonescelulares de Moro estariam Walter Delgatti Neto e Gustavo Henrique Elias Santos.
Segundo o site Cidade de Araquara, ao contrário do que se imaginava, o grau de capacidade técnica dos hackers não é alto, como afirmou o ministro Sergio Moro. Além disso, o site informa que de acordo com fontes, o histórico deles demonstraria que estariam mais para golpistas do que hackers.
A polícia civil prendeu o sádico estuprador Marco Aurélio de Freitas, 42 anos, bispo presidente da Igreja Internacional Plena Paz, com sede em Belo Horizonte. Conheça a operação batizada de Falso Profeta aqui
Veja vídeo do predador sexual :
Os prejuízos cometidos pela quadrilha estão em torno de R$ 1 milhão, podendo chegar a quase R$ 2 milhões.
As primeiras prisões foram feitas na sexta-feira passada. O bispo e a esposa estavam em Goiás, quando ficaram sabendo da ação da polícia. A dupla chegou a negociar uma apresentação espontânea do delegado. Mas fugiu para Brasília. Os dois foram presos com apoio da polícia civil do Distrito Federal e trazidos para Belo Horizonte nesta quarta-feira (29).
Entre os crimes, o grupo pode responder por estelionato. O bispo Marco Aurélio de Freitas ainda é investigado por estupro, estupro de vulnerável e aborto de mulheres e crianças que frequentavam a igreja. Até agora, são pelo menos dez vítimas.
De acordo com a Polícia Civil, outras vítimas devem ser ouvidas nos próximos dias.
Os procuradores da Lava Jato de Curitiba, que assinaram acordo com a Petrobras, para desviar 2 bilhões e 567 milhões de reais, são estelionatários
Apenas seis procuradores assinaram o acordo. Os 2 bilhões e 567 milhões da Petrobras foram depositados em uma conta gráfica e secreta da Caixa Econômica Federal de Curitiba. O sigilo judicial concedido pelo juiz responsável pela Lava Jato é bem revelador das ocultas intenções. Falta investigar se algum sabido já sacou alguma grana.
Aos membros da comunidade jurídica, que se reuniram na noite desta sexta-feira (3/5) em um jantar em homenagem ao Supremo Tribunal Federal, em São Paulo, organizado por lideranças da advocacia, disse o ministro Dias Toffoli:
Não se pode criar recursos para si próprio nem se apropriar de algo que é da União. Isto tem até nome no Código Penal, mas não vou dizer o tipo".
Criação de fundo do MPF não foi informada a conselho fiscal da Petrobras
ConJur - A criação do fundo para entregar dinheiro da Petrobras aos procuradores da “lava jato” não foi informada aos acionistas da empresa nem ao seu conselho fiscal. Em petição enviada ao Supremo Tribunal Federal na quarta-feira (10/4), a companhia informa que apenas sua diretoria executiva e os “comitês de minoritários e de auditoria estatutário” participaram da decisão. Ao final, a decisão foi tomada pelo conselho de administração da Petrobras, segundo o documento.
Os esclarecimentos foram enviados ao ministro Alexandre de Moraes, relator de uma ADPF que pede a suspensão do fundo — o que já foi atendido por meio de liminar. Para o ministro, não há previsão legal para a criação de um “fundo patrimonial” para receber o dinheiro pago pela empresa num acordo com o governo dos Estados Unidos.
O fundo foi criado por meio de acordo entre a Petrobras e os procuradores da República que tocam a “lava jato”. A ideia era que a parte destinada ao Brasil de um acordo da empresa com o Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) ficasse nesse fundo, a ser gerido pelos procuradores. O fundo receberia metade dos R$ 2,5 bilhões prometidos pelo DoJ ao Brasil — a outra metade ficaria com os acionistas que apresentaram ação arbitral contra a companhia no Brasil.
A petição foi enviada ao ministro Alexandre na quarta, na verdade, para pedir que os documentos que ele exigiu que fossem apresentados fiquem sob sigilo. Entre os documentos está o “Documento Interno Petrobrás (DIP) Jurídico”, com detalhes sobre a negociação e a decisão de criar o fundo.
Os procuradores da “lava jato” vêm defendendo, inclusive no Supremo, que o envio do dinheiro para esse fundo atende a exigências do DoJ. Segundo informaram em petição ao ministro Alexandre de Moraes, o DoJ estipulou no acordo que, se o dinheiro não ficasse sob os cuidados do Ministério Público Federal, seria depositado numa conta do Tesouro dos EUA.
Na verdade, o que o acordo diz é que 80% do dinheiro pago pela Petrobras deve ficar com “as autoridades brasileiras”. E no decreto que validou o acordo de cooperação jurídica entre Brasil e EUA, a autoridade brasileira para a relação entre os dois países é o Ministério da Justiça, representante do Poder Executivo.
Não está na maioria dos jornais, mas saiu no Valor: em jantar promovido em São Paulo pelo site jurídico Conjur, quando o presidente do STF disse que o Ministério Público “não pode querer ser o dono do poder, criando, inclusive, do nada, recursos para tal finalidade” e que isso “tem até nome no Código Penal”, a platéia gritou:
– 171, 171!
Para quem não sabe, estelionato. Ou “obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”.
É, para eles, o que Deltan Dallagnol fez ao tomar posse do equivalente a R$ 2,5 bilhões da Petrobras para constituir um “fundo”, gerido por indicados da “força-tarefa” da Lava Jato para financiar, ao seu talante, “ações anticorrupção”.
Foi um ataque mais duro à República de Curitiba, mais duro, até, que a abertura do inquérito sobre as ofensas ao Supremo.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, defendeu a investigação sobre as intimidações contra ministros da corte e disse que fundação de R$ 2,5 bilhões, que seria criada por Deltan Dallagnol, é criminosa.
A fundação foi criada sim. É tão secreta que permanece desconhecida do presidente Toffoli.
"Há quem diga que o STF não precisa ser defendido. Será que a democracia não precisa ser defendida? É preciso que defendamos diuturnamente as instituições responsáveis pelo estado democrático de direito e pela democracia", afirmou. "O que não pode é querer ser dono do poder usando inclusive recursos para isso. Recursos devem voltar para os cofres da União. Isso tem até nome no Código Penal, mas não vou dizer o tipo", disse o presidente do STF. O nome e o número da prática criminosa qualquer homem do povo conhece: estelionato, chuncho, 17l.
Ora se diz que a Lava Jato desvia verbas públicas ou recebe grana de governo estrangeiro, por serviços prestados. Qual dos dois crimes o mais grave, mais danoso? A Lava Jato acontece na América Latina para desestabilizar governos de esquerda, e derrubar ou eleger presidentes da direita ou da extrema direita. Acontece aberta e espalhafatosamente no Brasil, na Colômbia, no Peru, na Argentina, no Equador.
"O ataque às instituições, à democracia, ao estado democrático de direito não é privilégio do Brasil, são questões que vem ocorrendo em todo mundo. O ataque ao STF também não é algo recente, é algo que já vem ocorrendo há algum tempo assim como o ataque à advocacia, ao Parlamento, a quem esteja no poder, no momento que esteja, mesmo tendo a legitimidade do voto", afirmou.
Leia mais na reportagem de Ricardo Galhardo e Mateus Fagundes.
A juíza da 5ª Vara Criminal de Cuiabá, Silvana Ferrer Arruda, recebeu denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra a servidora do Estado, Ester do Nascimento Galli, que é filha do deputado federal e candidato à reeleição, Victório Galli (PSL), pelos crimes de furto qualificado e estelionato.
Junto com Ester, também foram denunciados e passaram a ser réus: Eliani Aparecida de Oliveira, Suely Gonçalves da Silva, Vanildo Nogueira, Julio Campos da Silva, Jean Carlos Ribeiro Barcelos Ferreira, Marcio Sales de Freitas, Augusto Cesar Ribeiro Macaúbas e Zaqueu Vieira da Rocha.
A denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) aponta que entre novembro de 2008 e outubro de 2010, Ester e Eliani subtraíram inúmeras folhas de cheques da empresa Grupo Atame, totalizando R$ 32 mil.
“Ester era subordinada a denunciada Eliani e que trabalhavam no setor financeiro, responsável por administrar os cheques de pagamento à vista e também pré-datados que os alunos davam para a empresa como forma de pagamento parcelado pelos cursos em que matriculavam (...) durante o período acima referido, adulteraram várias cártulas de cheques emitidas por alunos ao inserir o nome da acusada Ester na ordem de pagamento”, diz trecho do documento.
Depois das folhas de cheque serem adulteradas, Eliani ordenava os seus depósitos na conta de Chirley Conceição do Nascimento, que é mãe de Ester. O órgão ministerial ainda aponta que os crimes de furtos com abuso de confiança e fraudes só foram descobertos pela empresa em 28 de dezembro de 2008, quando duas cártulas de cheques aparentemente subtraídas pelas acusadas em data anterior foram depositadas na conta corrente de Ester.
As duas ainda teriam planejado um furto no Grupo Atame, em dezembro de 2009, dois meses após serem demitidas da empresa, onde teriam contado com o apoio dos outros denunciados. Do local, foram levadas 67 folhas de cheque em nome de alunos da empresa no valor de R$ 220 mil, diversos talões dos bancos do Brasil e Itaú em nome da empresa, nove monitores, dois aparelhos datashow e documentos de vários veículos.
Além disto, Ester, Elyzo, Suely, Vanildo, Marcio Julio, Augusto Cesar, Zaqueu, Jean Carlos e Eliani praticaram ainda o crime de estelionato. Isso porque uma das acusadas se passou pela pessoa de Jussara Neves Furtado de Souza apresentando documentos RG, CPF e Carteira de Trabalho falsificados para abertura de duas contas correntes para saques das quantias referentes às compensações dos cheques furtados nelas depositadas, no total de R$ 106 mil.
Em nota, Ester nega os crimes e explica que sempre exerceu sua função com "zelo" e "honestidade":
"Venho por meio desta nota, dizer que jamais aceitarei qualquer tipo de acusação e calúnia envolvendo meu nome ou de minha família. Temos uma história de fé e temor a Deus, seguimos o caminho da retidão. Exercemos trabalhos lícitos, criamos nossos filhos com dignidade e nos caminhos do cristianismo.
Trabalhei há mais de 10 anos, durante 8 meses, numa determinada empresa na cidade de Cuiabá, exerci minha função com zelo e honestidade. A época, ocorreu um sinistro naquela empresa e todos os 10 funcionários, naquela ocasião, foram chamados em um processo e considerados suspeitos, embora eu considere a suspeita absurda e covarde.
Não há nenhum depoimento de suspeitos ou de envolvidos que tenham citado, em qualquer momento, o meu nome. Não há o menor sentido ou cabimento de me incluírem em tal situação.
Tomei conhecimento deste processo pela boca de um jornalista e estive no fórum, mesmo sem ser intimada, e constituí uma defensora para cuidar do assunto.
Para tanto, embora o lento processo esteja há 10 anos consumindo recursos de nós brasileiros e tempo do Poder Judiciário, eu fiz questão de fazer a peça de defesa, no meu dever de cidadã. Pois, a partir de agora, eu sou a maior interessada em mostrar o tamanho da covardia ao envolver meu nome nisso.
Após a conclusão e o devido arquivamento do processo, irei processar, por calúnia, todos que me citarem e usarem, deste fato, de forma sorrateira para afrontar minha família e atacar meu pai em pleno processo eleitoral.
Desejo toda a paz do Senhor Deus de Israel a todos. E peço, deixem minha família em paz.
Por que trazer um fato de 10 anos atrás, sem fundamentação, sem cabimento e sem provas, numa acusação absurda em pleno processo eleitoral?"
O deputado Victório Galli também se posicionou através de nota:
"Parte da imprensa tem interesse, de alguma ordem, em fomentar ataques contra mim.
Querem atacar minha família para me atingir. Denigrem a imagem das pessoas, pais e mães de famílias, sem qualquer responsabilidade. A imprensa nacional está fazendo isso contra [Jair] Bolsonaro, atacaram a memória do pai de Bolsonaro com distorções e mentiras. Agora, sob alguma orientação, estão fazendo comigo.
O irônico é que a esquerda está atacando a honra de uma mulher e mãe! Então, fica comprovado que a imprensa esquerdista só exclui, de sua fúria e militância, mulheres de esquerda? Sendo uma mulher e mãe conservadora, direita e cristã, pode atacar e denegrir? Essa é a ironia dos absurdos que li na imprensa.
Fake News e matérias com perseguição, por eu ser um deputado cristão, defensor da família, não irão me fazer perder o foco".