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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

01
Set23

DISCURSO HISTÓRICO Erika Hilton rebate deputada e viraliza nas redes: 'sociedade enxerga mulher trans como menos mulher e menos cidadã'

Talis Andrade

Parlamentar do PSOL apontou transfobia em discurso de Cristiane Lopes (União-RO) sobre essa população tomar espaço de mulheres que "que parem"

Por Marlen Couto

O Globo

Um registro em vídeo do discurso da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados, viraliza desde a última quarta-feira nas redes sociais. No momento em questão, a parlamentar rebate declarações da deputada Cristiane Lopes (União-RO) na sessão de ontem. Lopes havia dito que mulheres trans estão tomando espaço de mulheres que "parem, que sentem dores do parto e cólicas" em áreas como esporte e em concursos de beleza em feiras agropecuárias.

No vídeo que já teve mais de 2 milhões de visualizações em sua conta no X (ex-Twitter), Erika Hilton afirma que o parlamento não pode admitir falas transfóbicas e que "desqualificar a mulheridade de mulheres trans e travestis é, sim, transfobia". Também apontou que o discurso biológico exclui, desconsidera o contexto de violência e preconceito contra mulheres trans e travestis na população brasileira e evidencia uma visão de que mulheres trans são "menos mulheres" e, por isso, "menos cidadãs". Esse discurso, argumentou, contribui para o contexto de vulnerabilidade dessa população:

— A sociedade ainda nos enxerga como menos mulher e, ao nos enxergar como menos mulher, também nos enxerga como menos cidadãs, que não merecem proteção, que não podem estar nos esportes, que não podem receber, como a deputada falou, ser consagradas em agremiações e em festivais. Nós temos que estar aonde? Nas esquinas de prostituição, nos cárceres, no drogadicídio? Aonde que é nosso lugar, se também não é aqui discutindo uma agenda de direitos a todas as mulheres? A luta das mulheres transsexuais e travestis desse país nunca excluiu nenhum tipo de mulher. Por que a luta de outras mulheres precisa excluir a nossa existência? — questionou Hilton.

A deputada também lembrou que pessoas trans não ocupam espaços de poder e têm dificuldade de acessar o mercado de trabalho. Em 2022, Erika Hilton e Duda Salabert (PDT-MG) foram as primeiras mulheres trans eleitas para o Congresso Nacional.

— As mulheres "de verdade", nas palavras da deputada, estão perdendo espaços para mulheres trans. Que espaços são esses? Porque onde nós estamos é a pergunta que não se calará. Quantas deputadas transsexuais nós temos nessa Casa? Quantas médicas travestis temos nesse país? Quantas juízas, advogadas? Queremos espaços dignos na sociedade, direito à cidadania — afirmou.

A deputada do PSOL enfatizou ainda que falas como a de Cristiane Lopes contribuem para a cultura do ódio e estigma contra pessoas trans:

— Quando parlamentares eleitas pelo povo usam desse espaço de representação para dizer contra a dignidade dessa população o que nós vemos são travestis que têm seus corações arrancados. O que nós vemos são mulheres transexuais e travestis que não conseguem empregos porque não são consideradas dignas, são expulsas de suas casas, porque existe um sentimento no parlamento brasileiro que corrobora com a cultura de ódio, de preconceito e estigma.

Fabíola Cidral, Leonardo Sakamoto e Josias de Souza entrevistam Erika Hilton

05
Ago23

Deputado safado tumultua cpis para agradar golpistas e terroristas

Talis Andrade

O jurista Walter Maierovitch analisa falas e atitudes desrespeitosas de deputados durante a CPI do MST e a CPMI do 8 de janeiro. O descaso vai desde a defesa da ditadura militar até deputados comendo melancia e fazendo analogias durante a sessão.

 

Durante a sua fala na CPMI do 8 de janeiro, o deputado federal Duarte Júnior (PSB-MA) afirmou ter sido interrompido por gestos pelo deputado Abilio Brunini (PL-MT).

Imediatamente, o presidente da Comissão, Arthur Maia (União Brasil-BA), repreendeu o deputado.

“Abilio, essa CPI não é lugar de brincadeira. Peço que leva a sério essa CPI, leve a sério o trabalho de todos nós, não podemos admitir um negócio desse. O deputado falando e você com um dedo apontando”. O dedo em forma de arma.

Maia afirmou que Abílio "envergonha a CPI" e pediu que o deputado levasse a sério o trabalho do colegiado.
 
A discussão começou após Duarte Júnior iniciar os questionamentos para Saulo Moura da Cunha, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que depôs nesta terça. Abilio Brunini, que não integra a CPMI, mas é presença constante nas reuniões, começou a apontar o dedo em direção ao deputado do PSB, a fim de aparecer na transmissão em vídeo.
 
Duarte Júnior parou de falar e solicitou que Maia tomasse uma providência sobre a intervenção de Brunini. O presidente da comissão afirmou que o deputado do PL não costuma prestar um papel "condizente a de um parlamentar" e que a comissão "não é lugar de brincadeira".
 
"Eu peço que Vossa Excelência leve a sério essa CPI, leve a sério o trabalho de todos nós. Nós não podemos admitir um negócio desse. Pelo amor de Deus, o senhor está sendo visto aqui pelo Brasil inteiro. O deputado está falando e Vossa Excelência com o dedo apontando para aparecer no vídeo com a cabeça do deputado", disse Maia.
 
Depois de ser repreendido por Maia, o deputado do PL, que estava atrás de Duarte Júnior, se levantou e se mudou para a cadeira ao lado do parlamentar do PSB.
 
Duarte Júnior insistiu que Abilio Brunini fosse retirado da comissão, o que não foi atendido pelo presidente da CPMI. Maia subiu o tom e chamou as ações do aliado de Bolsonaro de "palhaçada". "Eu vou exigir que Vossa Excelência se comporte."
 
"Isso é inadmissível. Vossa Excelência reiteradamente tem feito um papel aqui que não é condizente com o papel de um parlamentar, e Vossa Excelência está envergonhando essa CPI. E, realmente, se Vossa Excelência continuar com esse tipo de atitude, eu vou ter que tomar uma medida contra Vossa Excelência, o que não é de maneira nenhuma o meu desejo", disse o presidente da comissão.
Antes de prosseguir com os questionamentos ao ex-diretor da Abin, Duarte Júnior disse que Abilio Brunini "se comporta feito um moleque" e disse que o colega de plenário não se comporta como um parlamentar "eleito pela força do voto popular". "Em um colégio, um aluno que faz isso em sala de aula vai para a secretaria, é advertido, é suspenso", afirmou.

17
Jul23

Parlamentares denunciam ao MP coronel golpista Lawand por crime de falso testemunho

Talis Andrade
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Lawand, durante a sessão da CPMI do Golpe: mentiras sobre diálogo golpista com Mauro Cid foram expostas pelos parlamentares

 

Bolsonarista Jean Lawand Junior foi denunciado por mentir na CPMI do Golpe. “Não é normal e aceitável alguém chegar à CPMI e contar fatos inverídicos”, justifica Rubens Junior 

Um grupo de 12 parlamentares, entre eles os deputados do PT Rogério Correia (MG), Rubens Junior (MA), Adriana Accorsi (GO) e os senadores Fabiano Contarato (ES) e Rogério Carvalho (SE), denunciaram ao Ministério Público Federal (MPF) o coronel Jean Lawand por crime de falso testemunho em declarações feitas na sessão da CPMI dos Atos Golpistas dia 27 de junho.

Na denúncia protocolada os integrantes da comissão informaram que Lawand deu versão mentirosa sobre mensagens com teor golpista encontradas pela Polícia Federal no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Eles alegaram ainda que ficou claro o pedido do coronel para que Bolsonaro desse uma “ordem” e não uma mensagem apaziguadora, como ele declarou à CPMI:

“A ideia minha, desde o começo, desde a primeira mensagem com o tenente-coronel Cid foi que viesse alguma manifestação para poder apaziguar aquilo e as pessoas voltarem às suas casas e seguirem a vida normal”. Mas, nas mensagens enviadas no celular de Mauro Cid, Lawand incentiva claramente um golpe de Estado para impedir a posse de Lula. “Cidão, pelo amor de Deus, cara. Ele dê a ordem, que o povo tá com ele, cara”.

Em entrevista na manhã de hoje (5) ao Jornal PT Brasil, o deputado Rubens Junior (PT-MA) esclareceu que o coronel Lawand, na condição de testemunha, tem obrigação de falar a verdade.

“Todas as vezes que uma testemunha for a CPMI e a gente perceber que ele está contando uma mentira, logo depois de apurados os fatos vamos fazer a representação criminal por conta do crime de falso testemunho, para que respeitem as investigações e o Legislativo. Não é normal e aceitável alguém chegar à CPMI e contar fatos inverídicos”, ressaltou o deputado, ao explicar que, como investigado, o depoente tem o direito de permanecer calado e de não se incriminar mas, se chamado como testemunha, tem a obrigação e o dever de falar a verdade. “Mentiu, nós iremos entrar com representação”, avisou.

16
Jul23

Um deputado bem trapalhão, que rebaixa o Congresso à 5ª série

Talis Andrade

 

por Chico Alves

- - -

Talvez os eleitores de Mato Grosso não soubessem, mas entre os políticos que eles mandaram para a Câmara nas últimas eleições estava um candidato a comediante. Nada contra os comediantes, desde que as palhaçadas sejam feitas em local adequado. Como se sabe, o Congresso não é - ou ao menos não deveria ser - espaço para piadistas. O palhaço Tiririca, que também é deputado, sabe muito bem separar as duas atividades.

Não é o caso do bolsonarista Abílio Brunini (PL-MT), um estreante na Câmara, que até aqui dedicou seu mandato a ironizar os adversários políticos, tentar provocá-los com atitudes pueris, atrapalhar suas falas. Como um aluno travesso da 5ª série, comparece ao Congresso não para fazer proposições relevantes ou discutir seriamente os problemas do Brasil - seus objetivos são apenas a lacração e a trolagem.

Apesar da semelhança com o comediante Curly Howard, que nos anos 30 e 40 fez parte do seriado cômico "Os três patetas", Brunini não tem graça nenhuma.

Na terça-feira (11), durante a CPMI do 8/1, o deputado foi chamado de carente pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP). Brunini, então, teria dito que Erika estava oferecendo serviços - uma menção a prostituição. Foi acusado de homofobia, já que a deputada é uma pessoa trans. A declaração do deputado foi ouvida pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE).

Algumas horas depois, o parlamentar de Mato Grosso acusou Erika de "aproveitadora" e, na tribuna da Casa, garantiu que não é homofóbico. "Eu tenho inúmeros amigos homossexuais", disse o deputado, repetindo a alegação que costuma confirmar a suspeita.

Misturando alhos com bugalhos, Brunini referiu-se à "causa da transfobia" e à "causa da homofobia". Deveria se referir, na verdade, ao combate à homofobia e à transfobia. Talvez tenha sido um ato falho.

O parlamentar matogrossense já tinha provocado várias outras confusões. Como no dia em que ficou postado infantilmente à frente da deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP) para que ela não conseguisse falar com os integrantes da mesa da CPI do MST. Nesse dia, Brunini foi o pivô de uma intensa discussão.

Volta e meia leva bronca de algum colega, por adotar atitude cínica ou por fazer provocação descarada.

É como aquele tipo de aluno chato que existe em toda sala de aula de 5ª série e se acha muito engraçado, apesar de ser desprezado pelos colegas.

Pela idade que tem e pela função que exerce, esperava-se de Abílio Brunini atitudes mais maduras. Mas, instigado pela tropa de parlamentares bolsonaristas, ele continua a reincidir em palhaçadas por falta de alguma decisão da Mesa Diretora que o obrigue a se comportar como adulto.

Na verdade, tem acontecido o inverso: toda vez que Abilio Brunini age como trapalhão, instaura no Congresso um clima de 5ª série.

Diante de tantos problemas sérios que afligem os brasileiros e que estão à espera de solução, o rebaixamento do Parlamento a essa indigência intelectual não deveria provocar risos.

Na verdade, a situação é para chorar.

16
Jul23

Abílio faz parte da 'turma da 5ª série' na CPI dos Atos Golpistas

Talis Andrade
 

Redação Diário de Cuiabá

O deputado federal Abílio Brunini (PL) ganhou triste fama ao protaganizar cenas lamentáveis, durante sessões da CPI dos Atos Golpistas, no Congresso Nacional.

Além ser considerado machista, homofóbico e misógino, o bolsonarista é criticado pelos seus comportamentos, por assim dizer, ridículos.

Leia também:

Deputada pede cassação de Abílio por associá-la à prostituição

Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, deputados bolsonaristas - como é o caso de Abílio - ganharam de integrantes da base governista o apelido de "turma da 5ª série", por tentarem tumultuar os trabalhos da CP.

A expressão é usada para criticar o que eles veem como comportamentos infantis dos parlamentares.

Além de Abílio Brunini, a alcunha é aplicada a deputados como André Fernandes (PL-CE), Mauricio Marcon (Podemos-RS), Éder Mauro (PL-PA) —este último e o parlamentar de Mato Grosso não são membros do colegiado.

Eles costumam fazer piadas e provocar parlamentares governistas durante suas falas.

Na terça-feira (11), Brunini foi repreendido pelo presidente da comissão, Arthur Maia (União-BA), por filmar e debochar de colegas nas sessões.

Na sequência, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) disse ter ouvido uma fala homofóbica de Abílio Brunini a respeito da deputada Erika Hilton (PSol-SP).

O bolsonarista negou ter dito que a parlamentar estava "oferecendo serviços", como relatou o petista.

A infantilidade de Abílio passa a impressão de que a bancada de MT no Congresso, quando nada, é composta de elementos despreparados.

O que não é verdade.

12
Jul23

Transfobia: Erika Hilton denuncia deputado a Conselho de Ética da Câmara

Talis Andrade

 

 (crédito: Billy Boss/Câmara dos Deputados)
(crédito: Billy Boss/Câmara dos Deputados)

 

Abilolado Abílio Brunini é o parlamentar denunciado pela deputada federal. Na CPMI do 8 de Janeiro, ele teria sugerido que Hilton estava "oferecendo serviços". Outros deputados endossaram também a denúncia

 

A deputada federal Erika Hilton (PSol-SP) formalizou uma denúncia no Conselho de Ética e Decoro da Câmara contra o deputado Abílio Brunini (PL-MT). Ele foi acusado de ter feito comentários transfóbicos e misóginos contra a parlamentar, uma mulher transgênero.

Os ataques, segundo a deputada, ocorreram durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), nesta terça-feira (11/7), que investiga os atos de depredação do Congresso nos atos golpistas do 8 de Janeiro. Enquanto Hilton discursava, Brunini teria dito que ela estava "oferecendo serviços". 

"Denunciei hoje com a bancada do PSOL no Conselho de Ética um Deputado bolsonarista que me atacou de forma misógina e transfóbica. E isso não é apenas sobre mim, é também sobre o avanço de mulheres e pessoas LGBTQIA+ na política. Não aceitarei que isso ocorra. Enquanto eles se dedicam a atacar mulheres na CPMI, trabalharei para que a Câmara seja um lugar de respeito e decoro para todas nós. E para que os criminosos que atacam a Câmara com sua misoginia e transfobia, e os que a atacaram em 8 de Janeiro, sejam punidos. Seguimos em frente. Na defesa das mulheres, da nossa comunidade, e da Democracia, sempre", escreveu Erika Hilton, em seu perfil no Twitter.

Na publicação, a deputada compartilha a captura de tela de uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo que acrescenta que Erika Hilton enviou ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), uma representação que cobra a cassação de Brunini. Esse pedido foi corroborado pela bancada do PSol. 

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ERIKA HILTON
@ErikakHilton
CHEGA DE TRANSFOBIA E MISOGINIA Denunciei hoje com a bancada do PSOL no Conselho de Ética um Deputado bolsonarista que me atacou de forma misógina e transfóbica. E isso não é apenas sobre mim, é também sobre o avanço de mulheres e pessoas LGBTQIA+ na política. Não aceitarei que isso ocorra. Enquanto eles se dedicam a atacar mulheres na CPMI, trabalharei para que a Câmara seja um lugar de respeito e decoro para todas nós. E para que os criminosos que atacam a Câmara com sua misoginia e transfobia, e os que a atacaram em 8 de Janeiro, sejam punidos. Seguimos em frente. Na defesa das mulheres, da nossa comunidade, e da Democracia, sempre. #ErikaHilton #Política #CPMIdoGolpe
 
Print de Manchete da  Folha de S. Paulo / Coluna de Mônica Bergamo:“Erika Hilton pede a cassação de deputado do PL acusado de homotransfobia em CPI”
 
Além de Erika Hilton, outros deputados presenciaram a suposta fala de Brunini. "O seu Abílio foi homofóbico", denunciou Rogério Carvalho (PT-SE). "Fez uma fala homofóbica quando a companheira estava se manifestando, ele acusou e disse que ela estava 'oferecendo serviços'. Isso é homofobia, é um desrespeito. Peço a vossa excelência que o senhor peça para o deputado se retirar do plenário", afirmou.
 

12
Jul23

Deputado bolsonarista Abilio Brunini, que atrapalha trabalhos da CPI do 8/1, será investigado por homofobia contra Erika Hilton

Talis Andrade
Deputado bolsonarista Abilio Brunini, que atrapalha trabalhos da CPI do 8/1, será investigado por homofobia contra Erika Hilton
Deputado abilolado Abilio Brunini, que atrapalha trabalhos da CPI do 8/1, será investigado por homofobia contra Erika Hilton

 

"Se Vossa Excelência agiu dessa forma, haverá uma punição contra o senhor", disse o presidente da CPMI, deputado federal Arthur Maia

 

247 - Membros da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos golpistas do dia de 8 de Janeiro acusaram o deputado federal (PL-MT) Abilio Brunini, de proferir discurso transfóbico contra a deputada Erika Hilton (Psol-SP) durante a sessão desta terça-feira, dia 11. O presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA) anunciou a abertura de uma investigação para apurar se houve transfobia por parte do deputado bolsonarista.

“Eu não ouvi, mas outros deputados disseram que ouviram. O deputado Abilio negou ter feito tais declarações. A nossa decisão é a seguinte: iremos realizar uma investigação, analisando as gravações. Caso Vossa Excelência tenha falado, utilizaremos a leitura labial e será fácil identificar isso. Se Vossa Excelência agiu dessa forma, haverá uma punição contra o senhor", disse Maia.

Em sua intervenção, Erika Hilton afirmou que Brunini deveria "resolver sua carência em outro lugar". Logo em seguida, o senador Rogério Carvalho (PT-SP), interrompeu a parlamentar para denunciar a suposta declaração transfóbica. "Seu Abilio foi homofóbico, proferiu um discurso homofóbico. Quando a companheira estava se manifestando, ele a acusou e disse que ela estava oferecendo serviços", disse Correia. "Isso é homofobia, é uma falta de respeito. Peço que Vossa Excelência solicite ao deputado que se retire do plenário”, completou. Outros parlamentares endossaram a acusação.

Pouco depois, Erika Hilton explicou sua declaração sobre Brunini. "Quando eu mencionei sobre carência, baseou-se no comportamento dele de buscar constantemente chamar a atenção. Eu poderia até aconselhá-lo a adotar um cachorrinho, para que ele não se sinta tão solitário. Esse comportamento não condiz com a posição desta CPMI", afirmou.

CPMI do 8/1: Abilio Brunini é acusado de homofobia por colegas durante fala de Erika Hilton. Deputada pelo PSOL-SP fazia uso da palavra quando colegas interromperam para denunciar Abilio Brunini (PL-MT). "O senhor Abilio foi homofóbico aqui", denunciou o senador Rogério Carvalho (PT-SE). A denúncia foi endossada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos -MS), que também afirmou ter ouvido a fala. Brunini teria dito que Erika "ofereceu seus serviços" após ela sugerir que o parlamentar "procurasse tratar sua carência". #terranoticias

 
 
07
Jul23

‘Foi passivo’, diz travesti ao revelar que teve caso com pastor André Valadão

Talis Andrade
'Foi passivo', diz Travesti ao revelar que teve caso com pastor André Valadão

'Foi passivo', diz Travesti ao revelar que teve caso com pastor André Valadão 

 

 

por ISTOÉ

Após o pastor André Valadão ser detonado nas redes sociais por atacar a comunidade LGBTQIAP+, a travesti Talita Oliveira usou seu perfil no Instagram para contar que já fez sexo com o religioso. Ela afirma que Valadão a contratou duas vezes para executar serviços sexuais.

 

+Casado e pai de três filhos: pastor André Valadão teria feito sexo com travesti


“É muito fácil condenar o outro, assuma os erros do seu passado, assuma que me pagou duas vezes, na hora que você assumir conversaremos novamente”, escreveu na legenda do post. Talita ainda disse para Valadão assumir que a pagou duas vezes para realizar programas sexuais.

 

“O André Valadão tá abrindo a boca pra falar muita besteira, sabe? Então, André, eu vou abrir a minha boca também, sabe? Porque você pagou meu programa anos atrás em São Paulo e em Porto Alegre. Você se lembra, André Valadão?”, disparou a travesti.

 

Polêmicas de André Valadão

Essa não é primeira vez que André Valadão se envolveu em polêmicas. A IstoÉ Gente relembra algumas delas abaixo. Confira!

Recentemente, André Valadão condenou a palavra “orgulho”. Na ocasião, o líder religioso falou sobre o movimento LGBTQIAP+ e, atrás dele, a frase “Deus odeia o orgulho” ditou o tom do discurso. Valadão falou sobre o mês de junho — um mês de luta pelos direitos da comunidade LGBTQIAP+, também chamado de Mês do Orgulho.

“Deus odeia o orgulho. Deus não tolera. Uma das palavras mais difíceis para Deus é orgulho. Deus odeia, ele repugna, qualquer atitude de orgulho. Só o uso da palavra orgulho Deus já abomina”, disse Valadão, ovacionado pelos fiéis da igreja logo após proferir as palavras. O pastor ainda alegou que “qualquer movimento que carrega o termo orgulho, Deus abomina”, começou.

 

“A figura do orgulho é Lúcifer. A figura da palavra orgulho é o anjo caído, é alguém que, debaixo dos seus atributos, dons e possibilidades, quis se igualar a Deus […] orgulho é dizer: ‘eu não preciso de Deus’. O símbolo do orgulho, na bíblia, é Lúcifer e a palavra mostra que Deus não tolerou Lúcifer”, defendeu André Valadão.

O pastor ainda usou passagens bíblicas que falam sobre sexualidade e orgulho. “Vocês não sabem que os perversos não herdarão o reino de Deus? Eu amo essa frase, essa pequena frase: não se deixem enganar”, continuou o pastor. “Nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o reino de Deus”, citou o que ele atribuiu ao livro bíblico de Coríntios — mesmo que a bíblia não cite as palavras citadas por ele.

“A minha preocupação aqui é porque hoje 57% da família cristã aceita o mês do orgulho. Hoje 57% da família evangélica e que se diz cristã não se opõe ao arco-írizinho nas lojas. 57% das famílias evangélicas hoje trata com normalidade a prática do pecado da homossexualidade”, alegou Valadão. O pastor garantiu ainda que durante todo o mês do orgulho vai “apontar o caminho da santidade”.

“Deus não destruiu a humanidade por causa de roubo, assassinatos ou idolatria. Deus destruiu a humanidade por causa da imoralidade sexual. Imoralidade sexual é um pecado grave. Não sou eu que estou dizendo, é a bíblia que diz: homossexuais passivos ou ativos não herdarão o reino de Deus”, finalizou.

TSE

Em outubro do ano passado, Valadão, que foi uma das figuras mais atuantes do segmento evangélico no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, após várias publicações a favor do então candidato e ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), publicou um vídeo se retratando com o presidente Lula (PT).

No vídeo, o pastor diz que foi intimado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), através de Alexandre de Moraes a fazer o pedido de retratação.

Horas após a publicação, André fez uma postagem em suas redes sociais em que mencionava censura. A assessoria do TSE, no entanto, negou qualquer pedido de declaração vinda do pastor.

Homofobia e Gordofobia

Em 2021, após ter se envolvido em uma polêmica com a comunidade judaica por ter tido uma fala preconceituosa contra judeus, o pastor André Valadão foi acusado de fazer comentários homofóbicos, gordofóbicos e favoráveis à violência policial rotineiramente, segundo informações dadas pela colunista Fábia Oliveira.

De acordo com a jornalista, as declarações com teor preconceituoso por parte de André Valadão não foram pontuais e são constantes na vida dele. O pastor admitiu ser contra relações homoafetivas, as quais considera pecado, e também ser contra homossexuais frequentarem igrejas cristãs.

Além disso, ele foi gordofóbico com um outro pastor que lhe fez uma crítica e o mandou se calar em vez de “falar besteiras”. “Pela sua foto, vejo que quem tem que fechar a boca é você. Vá jejuar”, rebateu André Valadão, em tom considerado gordofóbico.

 

Investigado pelo Ministério Público Federal

Na segunda-feira, 3, o Ministério Público Federal instaurou um procedimento para apurar a possível prática de homofobia cometida pelo pastor evangélico e bolsonarista André Valadão por ter incitado a violência contra as pessoas LGBTQIA+.

O responsável pela investigação contra o pastor é o procurador regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) no Acre Lucas Costa Almeida Dias.

“Após a apuração dos fatos, o MPF encaminhará as medidas cabíveis para o caso”, informou o órgão.

Processos feitos por políticos

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) enviou uma representação ao Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) contra o pastor.

Por meio de uma publicação no Twitter, a parlamentar afirmou: “Não aceitaremos mais a incitação a crimes de ódio disfarçado de religiosidade. Deus não odeia o orgulho. Deus não quer nossa morte. Esse ódio e ataque às nossas vidas vêm de seres humanos. E estes responderão na justiça dos homens”.

Além dela, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) divulgou em suas redes sociais que pretendia processar criminalmente o religioso por suas falas. “Por tudo que sou, pelo que acredito, pela minha família e por tudo que espero para a sociedade, não posso me calar diante do crime praticado por André Valadão. Vamos representar criminalmente para que ele responda por manipular a fé e incitar a violência. Em um país onde tanto se mata LGBTQIA+, André Valadão não pode falar em nome de Deus. Deus é união, amor, respeito e tantos sentimentos bons, jamais um incentivador de discurso de ódio e de assassinatos em massa”, destacou.

Vale informar que essa não é a primeira vez que André Valadão é alvo de representação no MP. Em outra ocasião, o pastor disse que “Deus odeia o orgulho”, em referência ao mês do Orgulho LGBTQIA+, celebrado em junho.

O pastor André Valadão, presidente da Lagoinha Global, na matriz da Igreja Batista da Lagoinha em Belo Horizonte, será investigado pelo MPF após trecho de sua pregação viralizar na internet. Ele foi fortemente criticado por Xuxa, Felipe Neto, Caio Fábio, Hermes Fernandes, e muitos portais de notícias têm noticiado sua fala de forma distorcida. Senador Fabiano Contarato e Erika Hilton pedem sua prisão. André é conhecido pelos anos que cantou ao lado de sua irmã Ana Paula Valadão, Nívea Soares, Helena Tannure e outros no Diante do Trono, com sucessos como "Manancial", "Te agradeço", "a Ele a glória",       "Preciso de ti", "águas purificadoras", "Nos braços do pai" etc. 

 

06
Jul23

Pastor André Valadão diz em culto que, se pudesse, 'Deus mataria' a população LGBTQIA+ e fala para fiéis 'irem para cima'

Talis Andrade

 

 

Durante pregação na filial da Igreja Batista da Lagoinha nos EUA, pastor ainda associou casamento homoafetivo à sexualização de crianças. Em publicação nas redes sociais, Valadão disse que apenas citou um trecho bíblico de Gênesis

Por Rodrigo Salgado, g1

Durante pregação em um culto nos EUA, o pastor belo-horizontino André Valadão disse que, se pudesse, "Deus mataria" e "começava tudo de novo" em relação à comunidade LGBTQIA+. Em seguida, afirmou aos fiéis que "agora estava com eles" e que deveriam "ir para cima"

A fala aconteceu na filial da Igreja Batista da Lagoinha em Orlando, nos Estados Unidos, neste domingo (2). O trecho foi transmitido ao vivo pelas redes sociais.

"Aí Deus fala: 'não posso mais, já meti esse arco-íris aí, se eu pudesse eu matava tudo e começava tudo de novo. Mas já prometi pra mim mesmo que não posso, então agora tá com vocês'", disse André Valadão.

O Ministério Público Federal no Acre instaurou uma investigação para "apurar possível prática de homofobia" no episódio, após representação apresentada pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão no estado, Lucas Costa Almeida Dias.

 

 

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) apresentou uma representação junto ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), estado onde a igreja de Valadão tem sede, após o mesmo pastor realizar um culto com o tema "Deus Odeia O Orgulho", realizado no início de junho.

A denúncia teve como base na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que equipara a homotransfobia ao racismo. O caso está sendo investigado pelo MPMG, que, depois disso, decidirá se vai denunciar ou não o pastor à Justiça.

Pelas redes sociais, a parlamentar informou que vai representar sobre o novo episódio envolvendo o pastor.

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) afirmou que pretende "representar criminalmente para que ele responda por manipular a fé e incitar a violência".

 

O que repete André Valadão

 

No mesmo culto, o pastor também fala sobre casamento homoafetivo e chega a associá-lo à sexualização de crianças e ainda cita factóides, como que drag queens estariam em salas de aula ensinando sexualidade.

Procurados pelo g1, o pastor André Valadão e a Igreja Batista da Lagoinha não se manifestaram até a última atualização da reportagem.

Em publicação nas redes sociais no início da tarde desta segunda-feira (3), Valadão disse que citou um trecho bíblico de Gênesis, no Antigo Testamento, "quando Deus a partir do dilúvio destrói toda a humanidade pela promiscuidade sexual e libertinagem".

Completa, dizendo, que não diz sobre matar ou aniquilar pessoas, mas "levar o homem ao princípio da vontade de Deus".

 

 

 

 

04
Jul23

Abílio Brunini forja video falso da tentativa de golpe no dia 8 de janeiro para desmoralizar CPMI; veja

Talis Andrade

 

 

Deputado foi chamado atenção por diversas vezes na sessão que ouve acusado de planejar atentado terrorista em Brasília

 

por CÍNTIA BORGES

Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) de 8 de janeiro, o deputado federal Arthur Maia (União-BA) elevou o tom e ameaçou representar o deputado Abílio Junior (PL) na comissão de ética da Câmara Federal. 

O parlamentar mato-grossense interrompeu a sessão, que ocorre nesta quinta-feira (22), por diversas vezes.

A comissão realiza nesta manhã a oitiva de George Washington de Oliveira Sousa, acusado de planejar atentado no Aeroporto de Brasília, em dezembro passado.

Segundo o presidente da comissão, Abílio tentou tumultuar a sessão por diversas vezes.

O presidente da CPMI, Arthur Maia: "Se vossa excelência insistir com esse papel, vou fazer uma representação no Conselho de Ética"

"Eu não vou permitir que vossa excelência fique tumultuando o trabalho na CPMI. Vossa excelência não vai conseguir isso. Eu afirmo a vossa excelência que não vai conseguir tumultuar esse trabalho”, disse Maia em tom de voz exaltado. 

“Se vossa excelência insistir com esse papel, vou fazer uma representação dessa presidência no Conselho de Ética. Não vou aceitar isso”, acrescentou.

A declaração ocorreu após Abílio interromper o tempo de fala do deputado Rogério Correa (PT-MG), que integra a comissão.

 

Outros momentos de sacanagens

 

Em outro momento, enquanto havia a oitiva de Renato Martins Carrijo, perito criminal da Polícia Civil do Distrito Federal, Abílio pediu para que ele se identificasse. Arthur Maia, então, chamou a atenção do mato-grossense.

"Se vossa excelência tivesse chegado no horário que começou a sessão, não precisaria ter feito essa pergunta. Isso foi colocado no começo da sessão, como também o nome do depoente está escrito ali", disse apontando para a placa em cima da mesa.

"Eu vou pedir pela terceira vez à vossa excelência que se mantenha calado como todos os seus pares estão fazendo nessa comissão", acrescentou.

Em outros momentos da sessão Abílio foi acusado, não só pelo presidente da CPMI, mas por colegas parlamentares de atrapalhar a sessão. 

“É impressionante. Toda reunião ele tenta atrapalhar os trabalhos”, disse a deputada Erika Hilton (Psol-SP).

Abílio não integra a CPMI de 8 de janeiro.

À reportagem, Abílio disse que interpretou como “natural” a postura do deputado Arthur Maia, pois ele tentava conter os diversos pedidos de questão de ordem. No entanto, sinalizou que continuará acompanhando os trabalhos da CPMI.

“Não posso aceitar que em um CPMI alguém passe um vídeo com a cara do presidente Bolsonaro falando que ele é a cara do Golpe. Não vou aceitar isso tipo de colocação. Isso não cola”, disse.

“Se você assiste só pela internet, parece que está tudo quebrado em Brasília” , diz o deputado federal eleito Abílio Brunini, do PL do Mato Grosso, durante live em que circulou pela Câmara dos Deputados. Uma mulher, que se identifica como "de esquerda, petista", questionou o futuro parlamentar.

O deputado Abilio Brunini (PL-MT) fez uma live no Salão Verde da Câmara dos Deputados, no dia 11. A intenção era mostrar que Brasília não ficou tão destruída com os ataques de 8 de janeiro quanto a mídia divulgou. 

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