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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

O CORRESPONDENTE

30
Ago22

Ana Júlia critica a militarização das escolas e a substituição de professor por TV

Talis Andrade

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Candidata a deputada estadual, a jovem de 22 anos liderou movimentos estudantis em 2016; critica a militarização das escolas e a substituição de professor por TV

 

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Ana Júlia

Uma #NovaPrimavera

 
Ana Júlia 13213  
A gente tem o SUS e tem uma cultura de vacinação de dar inveja pro resto do mundo. O que a gente não teve foi governo pra proteger a população na pandemia.
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O bom de ver a Tebet e a Soraya debatendo juntas é que relembramos que representatividade vazia é em vão. Precisamos de mulheres na política, mas mulheres que defendam um projeto de governo feminista e classista, que coloca o povo pobre como prioridade. #DebateNaBand
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Quando eu digo que todo candidato defende a educação porque pega bem, mas quem defende a educação pública, com gestão pública e dinheiro público são poucos. A Soraya em rede nacional defendeu a privatização da educação.
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Em entrevista ao H2FOZ, tive a oportunidade de falar das pautas prioritárias da nossa campanha: educação pública de qualidade, emprego e renda para todos os paranaenses, além de respeito aos direitos da juventude e das mulheres
 
 

A candidata a deputada estadual Ana Júlia foi entrevistada na série 2 em 1, do H2FOZ e Rádio Clube FM 100.9, durante agenda de campanha em Foz do Iguaçu, onde visitou jovens, professores e lideranças comunitárias. Com 22 anos, ela defende a educação gratuita e de qualidade e maior participação da juventude na vida política como temas prioritários.

Ana Júlia ficou conhecida durante o movimento de ocupação das escolas do Paraná em 2016. “Ocupamos 850 escolas contra a ‘reforma’ do ensino médio e o teto de gastos”, explicou. E foi quando pegou gosto pela política. Essa liderança a levou à primeira suplência na Câmara de Vereadores de Curitiba, nas últimas eleições, com 4,5 mil votos. A estudante acaba de ser empossada efetivamente no Legislativo da capital paranaense.Image

 

Aida Franco de Lima entrevista Ana Júlia

 

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Ao defender a educação pública, direitos da juventude, emprego e renda, Ana Júlia frisou que é preciso renovar as representações e lideranças e garantir a presença das mulheres. “A política parece algo muito distante da gente, que não é feito para nós. Ela precisa ser coletiva e participativa, através da convivência para que as pessoas se sintam representadas”, destacou.

A candidata identifica-se como ativista da educação pública e enxerga o ensino no Paraná ainda pior que no passado, por conta do projeto governamental. “Com tudo feito às pressas, sem discussão com a comunidade escolar. Como a militarização das escolas, a privatização e terceirização. Com a televisão ocupando o papel do professor”, enumerou, de forma crítica.

A candidata disse entender que uma das principais funções legislativas é fiscalizar as ações do Governo do Estado e tornar as políticas públicas concretas. Que é preciso debater com a sociedade as propostas que afetam a vida de todos. Ela realçou a necessidade de combater a evasão escolar, pois “há medidas que o Governo do Paraná pode tomar para evitá-la”.

Ana Júlia observou que há um sentimento de que as pessoas são sub-representadas na política. “Se não há identificação, não se sentem partes. Como no caso das mulheres, negros, LGBTQIs, pessoas com deficiência e a juventude”, refletiu.

Ela estimula a participação dos jovens na política, para definir o futuro que se almeja e avançar em pautas tecnológicas e comportamentais. Lembrou que é dever de todo deputado ou deputada estadual pensar o Paraná além das demandas específicas de cada região: “É fundamental conhecer as diversas realidades. A política se faz com convivência, participação e esperança. É preciso participar”, convidou.Image

Perfil

Ana Júlia Pires Ribeiro, 22 anos, é natural de Curitiba. Estuda Direito na PUC-PR e de Filosofia na UFPR. Em 2016, durante o movimento das ocupações secundaristas, ficou nacionalmente conhecida pelo discurso na Assembleia Legislativa do Paraná. Filiou-se ao PT em 2018.

Ana Júlia na Assembleia Legislativa

Ana Júlia no Senado Federal

Hoje, a Polícia Federal esteve no apartamento de Sergio Moro, que é suspeito de cometer irregularidades em sua campanha, cumprindo mandado de busca e apreensão. A Polícia Federal, como manda a lei, e não o PT.

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De repente 30 dias para uma nova primavera tomar conta do Paraná  #13213

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24
Mai22

Bolsonaro "o governo da destruição"

Talis Andrade
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Rui Falcão no Twitter
 
 
Grande vitória! Moro, juiz venal e agora réu, vai ter que se explicar pelos prejuízos que causou ao povo brasileiro.Image
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Parabéns, companheiro Pepe Mujica, pelos seus 87 anos. Você é um exemplo para os revolucionários do mundo todo!ImageImageImageImage

Militares querem poder até 2035 e fim do SUS gratuito

Depois do bolsolão da vacina, bolsolão do busão, bolsolão do MEC, agora é a vez do Bolsolão do SUS. Durante a maior pandemia da nossa história, Bolsonaro usou dinheiro da saúde para comprar apoio de deputados. O Brasil não passa um dia sem escândalo de corrupção! #BOLSOLÃODOSUSImage

Protocolei uma representação na Procuradoria-Geral Eleitoral contra Michelle Bolsonaro e a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Rodrigues Britto, por campanha antecipada e improbidade administrativa.ImageImage

AÇÃO CONTRA MORO. Parlamentares do ingressaram com uma Ação Popular contra o ex-juiz Sergio Moro pelos prejuízos ao patrimônio público nacional e à Justiça, por conta de condutas ilegais e parciais enquanto comandou os julgamentos da Lava Jato.

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A ação judicial, apresentada no dia 27 e enviada à 2ª Vara Federal Cível de Brasília, está sob os cuidados do juiz Charles Renaud Frazão de Morais. "Cite-se o réu", determinou o magistrado.O advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Grupo Prerrogativas, assina a ação que afirma que "o ex-juiz Sergio Moro manipulou a maior empresa brasileira, a Petrobras, como mero instrumento útil ao acobertamento dos seus interesses pessoais. (...) O distúrbio na Petrobras afetou toda a cadeia produtiva e mercantil brasileira, principalmente o setor de óleo e gás".

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Moro, juiz venal, tem que prestar contas à Justiça, tendo o direito de defesa que negou aos réus que perseguiu.

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Após o ex-juiz parcial Sergio Moro (União Brasil-SP) ter se tornado réu em ação que pede o ressarcimento aos cofres públicos dos prejuízos causados pela Lava Jato à economia brasileira, o ex-presidente Lula (PT), principal perseguido pela operação, afirmou esperar que Moro tenha seus direitos de defesa respeitados durante o processo, o que não aconteceu com ele anos atrás.

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"Só espero que nessa acusação ele tenha o direito de defesa e a presunção de inocência que eu não tive. Se ele tiver que ser julgado, que ele tenha o direito de defesa, que possa se defender, que a imprensa possa ser honesta ao divulgar as coisas contra ou a favor dele, e não com  a parcialidade que transmitiram coisas contra mim. Eu sou um democrata, mas é difícil você suportar nove horas de matérias contra mim, como eu suportei, nove meses de Jornal Nacional. É muito difícil você sobrevier com 59 capas de revistas te chamando de 'ladrão'. É muito difícil você sobreviver com 680 primeiras páginas de jornais falando que você cometeu corrupção. Eu sobrevivi a tudo isso".

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2022 chegou com a esperança de que juntos vamos fazer o BRASIL FELIZ DE NOVO!

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30
Abr21

O filho do porteiro e o serviçal da elite

Talis Andrade

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por Fernando Brito

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Mais um “vazamento” do pensamento sincero do sr. Paulo Guedes mostra nas mãos de que tipo de gente estamos.

Mais um trecho de seu ‘momento botequim” do ministro na reunião quer teve com representantes dos planos de saúde. desta vez dizendo que “o filho do porteiro” teve direito ao Fies – fundo de financiamento ao ensino universitário – mesmo ‘tirando zero no vestibular”, que foi transmitida sem o seu conhecimento e da qual ele se defende como sendo “um momento infeliz”.

Não foi. Guedes é isso, um escravocrata, um remanescente do Brasil censitário, onde o direito das pessoas vem do berço ou da esperteza.

Do Brasil das castas, aquele que desprezam os trabalhadores e que creem que seus filhos são inferiores e que só podem progredir por truques e falcatruas.

Talvez creiam nisso por identificá-lo em suas próprias trajetórias.

Não ocorreu a Guedes atacar o ensino universitário privado por baixa qualidade, por sua ênfase – já na fase pré pandêmica – à virtualização do ensino, pela falta de espaço à discussão acadêmica e a produção de conhecimento, e por sua absoluta adequação à reprodução dos sistemas empresariais de treinamento de mão de obra, traduzidos na expressão “empregabilidade” com que “qualificavam” a formação superior , ainda que este “superior” contenha um imenso grau de ironia.

É preferível falar que isso acontecia apenas porque era para “o filho do porteiro”, aquele guri pobre que, enquanto é pequeno ainda recebe alguns doces, mas quando crece vira suspeito em potencial de tudo o que de mal ocorre no prédio.

O filho do porteiro segue sendo persona non grata no Brasil dos Guedes: é o que não se quer ver nos shoppings, no aeroporto, nas praias, na Universidade.

O Fies, em 2014, financiou a educação de 732 mil jovens. Em 2020, foram apenas 100 mil. Entre os 632 mil excluídos, quantos foram os filhos de porteiro?

E de tantas outras profissões do povão e de tantas famílias de classe média que não tinham como arcar com os preços do ensino superior.

A universidade pública também é maldita por ele que, devendo sua formação a uma delas , reproduz o discurso de Abraham Weintraub – hoje pendurado num cargo público milionário – de que ela é um antro de sexo e drogas: ” “Paulo Freire. Ensinando sexo para criança de 5 anos. Todo mundo… maconha, bebida, droga. Dentro da universidade.”

Paulo Guedes é um decrépito que torna decrépito um país. Habita, com toda os seus diplomas de Chicago, povoar a calçada de botequim que virou o governo brasileiro.

E cairá, de podre, como podre é.

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14
Nov20

Não vote em candidato que despreza, que tem nojo do povo

Talis Andrade

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Pessoas esperam em fila para sacar auxílio emergencial em agência da Caixa, em Brasília - Foto: REUTERS/Adriano Machado

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Os municípios devem combater o aumento da vulnerabilidade social

Eis um exemplo de candidato que não governa para o povo:

O prefeito Rafael Greca declarou: 

Eu coordenei o albergue Casa dos Pobres São João Batista, aqui do lado da Rua Piquiri, para a igreja católica durante 20 anos. E no convívio com as irmãs de caridade, eu nunca cuidei dos pobres. Eu não sou São Francisco de Assis. Até porque a primeira vez que eu tentei carregar um pobre no meu carro eu vomitei por causa do cheiro", disse o candidato. Esse nojo do Greca foi noticiado pela imprensa. 

O vômito de Greca retrata o desprezo, o abandono, a pobreza das populações das periferias. 

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O papel das cidades para combater a vulnerabilidade social

por Tamires Fakih e André Paiva Ramos /Jornal GGN

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O Brasil vive um conjunto de crises simultâneas – sanitária, econômica, social e ambiental – que tem resultado em um significativo aumento da pobreza e da vulnerabilidade social. O Estado deve adotar urgentemente um conjunto de medidas, tanto para conter e reverter o agravamento da situação socioeconômica, quanto para fomentar um desenvolvimento sustentável, com redução de desigualdades, com geração emprego e renda e com responsabilidade ambiental.

As perspectivas apresentam um cenário muito grave para o conjunto da sociedade. Segundo o IBGE, o país já tem 14 milhões de desempregados, mais de 33 milhões de trabalhadores subutilizados e mais de 10 milhões pessoas com insegurança alimentar grave. Ressalte-se que metade das crianças menores de 5 anos vive em lares com insegurança alimentar. Ademais, 50 milhões de brasileiros têm uma renda mensal menor do que R$ 523, situação que pode piorar significativamente.

Além da queda na renda das famílias e da falta de oportunidades no mercado de trabalho, há um expressivo aumento do custo de vida da população, principalmente da parcela mais pobre, pois essa destina a maior parte de seus recursos para alimentação e moradia. Segundo o Dieese, o preço da cesta básica em São Paulo subiu 19% em 12 meses. Já o IGP-M, que usualmente é utilizado na correção dos contratos de aluguel, acumulou aumento acima de 20% em 12 meses.

No estado de São Paulo, houve aumento de 20% no número de alunos que trocaram escolas particulares pelas estaduais entre janeiro e agosto de 2020 em relação ao mesmo período de 2019. A fila para atendimento na saúde pública (exames, consultas e cirurgias) aumentou 70% entre 2016 e 2020, atingindo 1,3 milhão de paulistanos. Já as mulheres têm sofrido uma piora na sua inserção no mercado de trabalho, sobretudo devido à falta de acesso a serviços públicos, como escolas e creches para seus filhos.

Diante de tamanha gravidade, os atuais formuladores de políticas públicas não têm atuado adequadamente. Cortes e contenções de recursos para diversas áreas, como saúde, educação e infraestrutura social, têm sido as principais medidas realizadas, piorando o acesso da população aos bens e serviços públicos, quando há um aumento marcante da demanda por eles. Não se verifica um conjunto de medidas econômicas para a geração de emprego e renda e para impulsionar as atividades econômicas. A destruição do meio ambiente e a falta de responsabilidade ambiental são questões que também têm piorado as perspectivas para o país. Ademais, o corte pela metade do Auxílio Emergencial e a falta de definição para o próximo ano sobre programa de transferência de renda aos mais vulneráveis ampliam a angústia e o desalento da população.

O modelo econômico implementado desde 2015 e a crise atual, enquanto ampliam o desemprego, a desigualdade, a pobreza e a fome para a população, têm impulsionado a concentração de renda e de mercado. Apenas em 2020 a fortuna conjunta de 42 bilionários brasileiros cresceu cerca de 28%.

O cenário para o conjunto da sociedade brasileira nas diversas localidades é muito grave e confirma a importância de uma atuação adequada do Estado. Apesar de muitas das medidas necessárias serem de responsabilidade federal e estadual, no âmbito municipal há a possibilidade de implementarmos um conjunto de medidas para o enfrentamento desse cenário adverso e, desta forma, melhorarmos a qualidade de vida da população.

Despontam-se algumas políticas necessárias, como: renda básica municipal complementar; programa municipal de compras públicas de alimentos da agricultura familiar para distribuição em associações de bairro e unidades socioassistenciais, direcionada à população mais vulnerável; alterações na legislação tributária municipal, focando em melhoria de aspectos de progressividade; e políticas de apoio às micro, pequenas e médias empresas, a fim de gerar mais trabalho e renda, principalmente nas periferias.

 

 

05
Nov20

Símbolo dos movimentos secundarias de 2016, Ana Júlia agora universitária volta à luta

Talis Andrade

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Ela defende as universidades: 'Quando o governo corta ou limita o Orçamento, ele destrói o sonho de milhões de jovens'

 

por RENÉ RUSCHEL /Carta Capital

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O corpo franzino, os cabelos esvoaçantes, o sorriso largo e a voz pausada disfarçam a força da curitibana Ana Júlia Ribeiro, estudante de Direito (UFPR) e Filosofia (PUCPR). “Minha história foi um acidente”, resume.

Tudo começou em uma quarta-feira, 26 de outubro de 2016. Mais de 800 escolas no estado permaneciam ocupadas por estudantes secundaristas, em protesto contra a Medida Provisória de Michel Temer que previa a reformulação no Ensino Médio. Eis que Ana Júlia atende ao telefone. “Recebi o convite para falar na Assembleia Legislativa sobre a paralisação. Pedi um tempo para consultar os companheiros. Eles acharam que eu devia aceitar. Topei.” No dia seguinte, emocionada e “muito nervosa”, a secundarista subiria à tribuna, não se intimidaria diante do presidente da Casa, calaria o plenário e despontaria como a estrela do renascimento do movimento estudantil.

“Não somos doutrinados nem estamos lá para brincadeira. Sabemos o que queremos e pelo que estamos lutando”, discursou. Dois dias antes, um colega havia morrido em uma das escolas ocupadas. Ana Júlia encarou os parlamentares e disparou: “Vocês estão com as mãos sujas de sangue”. Ao fim, acabaria ovacionada.

Filha de um assistente social, depois advogado, e uma professora primária, Ana Júlia teve uma infância tranquila. Aos 6 anos dava sinais de seus pendores políticos. Em 2006, a escola ensaiava uma peça de teatro e ela fazia parte do elenco. Até saber de uma apresentação especial para o então prefeito da capital, o tucano Beto Richa. “Disse à professora que não iria participar, porque não gostava dele.” A mãe foi chamada pela direção da escola, mas ninguém conseguiu demovê-la da ideia. A carreira de atriz estava encerrada.

Na adolescência, uma de suas paixões foi a leitura. Com o pai fazia apostas: a cada 15 livros lidos, com os respectivos resumos apresentados, tinha direito a um presente. Encarou as obras de Shakespeare. Em casa, os livros ficavam espalhados sobre uma estante e ela escolhia pelo título. Aos 12 anos esbarrou em um exemplar de O Príncipe, de um certo Nicolau Maquiavel. Leu, mas não entendeu. “Por coincidência, neste semestre, na faculdade, estamos estudando esse livro”, conta.

Pouca coisa mudou desde o dia em que Ana Júlia enfrentou os deputados paranaenses, quatro anos atrás. O cenário só piorou, na verdade. Tornou-se impossível, portanto, dar um tempo na militância. Nos protestos em defesa do ensino e da ciência, em maio, a agora universitária estava nos palanques em Curitiba. “A educação é a base segura do desenvolvimento econômico e social de qualquer país. Educar é apropriar conhecimento. Precisamos dotar nossos jovens de formação humana e intelectual, para depois pensar em capacitação. No Brasil, interessa apenas o trabalho para se transformar em mão de obra. Este deve ser o grande embate em favor da educação pública”, resume.

A deterioração social, política e econômica teve o efeito de fortalecer as suas convicções. “Comigo, todo esse processo deu-se às avessas. Quando tudo aconteceu, eu não tinha formação política ou conhecimento teórico. Não sabia o que era militância política. Restou seguir minha intuição e os conselhos de quem me cercava.”

A educação pública, acredita, não pode se manter à base do romantismo, das planilhas teóricas ou das promessas de campanha, mas a partir de ações concretas, capazes de interpretar o mundo real. “Quando o governo corta ou limita o Orçamento, ele destrói o sonho de milhões de jovens. Tirar dinheiro dos restaurantes universitários é fazer os estudantes passarem fome.” Como no caso das ocupações secundaristas de 2016, avalia, o principal desafio é convencer os universitários da importância das políticas públicas e incentivá-los a protestar contra a usurpação de seus direitos.

“Minha história foi um acidente”, resume a estudante, ao relembrar a ocupação das escolas em Curitiba 

Nesse esforço ela não está sozinha. Matteus Henrique de Oliveira, 22 anos, aluno de Direito na Federal do Paraná, é secretário-geral do Diretório Central dos Estudantes. Empenhado na luta por melhorias no ensino público, ele acredita que o maior desafio do movimento estudantil neste momento tem sido manter a força e a coesão. “Como lideranças, não fomos capazes de mobilizar os estudantes em questões como a reforma trabalhista e, mesmo recentemente, na discussão sobre a reforma da Previdência. Eles vieram às ruas porque, de fato, agora o problema os atinge diretamente.”

Deu-se, acredita Oliveira, um salto de qualidade. A partir das demandas pessoais, os estudantes entenderam os efeitos gerais das medidas do governo sobre a vida dos cidadãos, estejam eles ou não em uma faculdade. E vê nos protestos uma oportunidade para o movimento estudantil recuperar o protagonismo do passado. “Não basta sair às ruas e se manifestar. É preciso discutir, debater e propor medidas. Faltou, para nós, uma política de comunicação que mostrasse propósitos e objetivos claros.”

Ana Júlia teve de aprender rápido a lidar com as nuances da vida universitária, mas tudo em sua vida sempre aconteceu de maneira veloz. Sua indicação para falar na Assembleia não foi por acaso. A Medida Provisória nº 746 começava a ser discutida pelos estudantes e professores. Um panfleto com informações sobre as alterações no Ensino Médio caiu em suas mãos. A leitura atenta estimulou-a a discutir a MP com colegas. “No início eram poucos, cinco ou seis apenas. Mas tomamos consciência de que as mudanças iriam afetar as nossas vidas.”

O primeiro passo levou o grupo à sala da diretora da escola. Ana Júlia e os colegas queriam permissão para estender o debate aos demais estudantes. A diretora não se opôs, mas limitou as reuniões a antes e depois do recreio. “A gente lia o folder que tinha recebido, ponto por ponto. Depois, debatíamos cada item. Descobrimos que nós, estudantes, seríamos os mais prejudicados.” As conversas ganharam dimensão com as manifestações marcadas naquele período. Na primeira passeata, cerca de 30 dos 400 estudantes saíram às ruas. Foi só o estopim. Insuflados pelas crescentes manifestações Brasil afora, os alunos de Curitiba decidiram ocupar a escola como forma de protesto. “Foram 15 dias intensos”, recorda. Os professores não se envolveram. Coube aos próprios estudantes planejar a ocupação. Eles mapearam o prédio e dividiram as tarefas.

Para a maioria, acredita Ana Júlia, o grande aprendizado foi perceber que a democracia exige uma boa dose de paciência e de maturidade para conviver com as divergências e as adversidades. “A quase totalidade deles nunca havia participado de uma manifestação pública. Até os diretores e os professores aprenderam a lição. Eles não foram democratas por opção, mas porque viram que era a melhor opção.”

Aos 20 anos, ela já pode se considerar uma experiente militante. Após o discurso na Assembleia Legislativa, choveram convites para viajar pelo Brasil e pelo mundo. “Imagine, eu nunca havia me hospedado em hotel. Para mim, foi um enorme choque. Uma reviravolta sem limites”, recorda. Esteve na Índia, na Costa Rica, no Uruguai, na Itália, e em Gana, na África.

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COM KAILASH SATYARTHI, NOBEL DA PAZ, E A ENTÃO SENADORA FÁTIMA BEZERRA. (FOTO: MARCOS OLIVEIRA/AG. SENADO)

Além da militância estudantil, Ana Júlia coordena no Brasil a campanha “100 Milhões por 100 Milhões”, do Nobel da Paz Kailash Satyarthi

A convite do Prêmio Nobel da Paz em 2014, o indiano Kailash Satyarthi, assumiu, no Brasil, a coordenação da juventude na campanha internacional “100 Milhões por 100 Milhões”. O objetivo do projeto é mobilizar 100 milhões de indivíduos, especialmente jovens, na luta pelos direitos de 100 milhões de crianças que vivem na extrema pobreza, sem acesso a saúde, educação e alimentação, em situação de trabalho infantil e completa insegurança. O projeto aumenta a sua responsabilidade – e a sua projeção.

Ana Júlia e Oliveira são protótipos de uma nova geração de estudantes que não se envergonham de defender um ensino público, gratuito e de qualidade. Filhos de trabalhadores, mães professoras, estudaram em escolas públicas e foram forjados na defesa dos interesses da maioria. O conhecimento da realidade deu-se fora das salas de aula. Brotou dos desafios cotidianos, da defesa dos valores democráticos, da ocupação das ruas. A experiência vale como um diploma.

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Ana Júlia é a aposta da juventude do PT para a Câmara de Curitiba  Leia no jornal Estado de São Paulo aqui

Ana Júlia 13013
@najuliaribeiro
Outra vez Bolsonaro interfere na democracia das universidades e nomeia o MENOS votado da lista tríplice para reitor na Universidade Federal da Paraíba, desrespeitando o voto de toda a comunidade acadêmica! Inaceitável! Chega de intervenções autoritárias nas nossas universidades!
Ana Júlia 13013
@najuliaribeiro
Foi aprovado hoje no Congresso Nacional o projeto de lei enviado pelo governo que RETIRA R$ 1,4 bilhão do orçamento da Educação para repassar para obras. Agora a aprovação está nas mãos dos senadores. Não podemos permitir isso! É mais um ABSURDO do governo contra nossa educação!
23
Out20

Ana Júlia adolescente se tornou internacionalmente conhecida (vídeos)

Talis Andrade

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Chegou a vez de Curitiba reconhecer uma vocação política para legislar o futuro da Cidade

 

BBC News / Jornal O Globo:

Em poucas horas, a vida da estudante do ensino médio Ana Júlia Ribeiro virou de cabeça para baixo - do completo anonimato, ela se tornou o rosto do movimento secundarista após a repercussão de seu discurso na Assembleia Legislativa do Paraná.

Aos 16 anos, a adolescente assumiu a tribuna na última quarta-feira para defender a ocupação do Colégio Estadual Senador Alencar Guimarães, em Curitiba, um dos mais de 800 colégios ocupados - segundo números dos manifestantes - no Estado. Sua fala viralizou.

Usuários das redes sociais chegaram a compará-la com Malala Yousafzai, ativista paquistanesa que se tornou a pessoa mais jovem a ganhar um Nobel da Paz pela sua defesa à educação de meninas no Paquistão.

Em conversa com a BBC Brasil, Ana Júlia disse que não sabia da comparação - mas gostou dela. "Que incrível, a Malala é demais, a luta dela é maravilhosa." Transcrevi trechos. Leia mais aqui

 

 

 

 

 

 

 

19
Nov19

VÍDEO: A marcha dos jovens que perderam a visão lutando pela democracia no Chile

Talis Andrade

 

 

Diário do Centro do Mundo - Segundo uma associação médica do Chile, ao menos 230 pessoas perderam totalmente ou parcialmente a visão. Os ferimentos no olho são decorrentes de policiais que, em meio aos protestos no país, atiram com esferas de chumbo ou bala de borracha.

A guerra de Piñera está deixando cego o país

Com informes de Megáfono Popular y EL TIEMPO.
 
“Faz muitos dias que nossos filhos estão ficando sem seus olhos. Você, sr. presidente, se faz de bobo, de surdo. Necessitamos justiça para Gatica, para Abel Cuña, e que parem com a repressão.” Palavras de uma mãe desesperada no vídeo abaixo.
 
 
217 pessoas já foram feridas até ontem, 17/11, pelo uso de perdigões e balas de borracha disparados aos olhos dos manifestantes desde o dia 18 de outubro, segundo salientou ao EL TIEMPO o  Instituto de Direitos Humanos do Chile (INDH).
 o  Instituto de Direitos Humanos do Chile (INDH).
 

 

19
Nov19

CHILE: MUTILAÇÃO NOS OLHOS

Talis Andrade

É uma estratégia de guerra a mutilação de pessoas 

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“Em uma estratégia de mutilação importada diretamente de Israel, em apenas duas semanas de protestos, Carabineros cegaram parcialmente 157 pessoas devido a tiros intencionais, uma brutalidade de número que não tem precedentes em todo o mundo, onde até a mídia internacional está denunciando esse massacre”. A imprensa não oficial do Chile também está ajudando a denunciar o massacre.

Foram15 ataques nesse desde o surto social que o país vive. Nesse contexto, o diretor do Instituto Nacional de Direitos Humanos (NHRI), Sergio Micco, relatou um novo número de feridos. Segundo o profissional, até as 06:00 horas do sábado, 157 pessoas sofreram lesões oculares. Resultado de espingardas disparadas pela polícia. Micco também indicou que, como agência, eles entraram com 179 ações legais; 132 são queixas sobre tortura e tratamento cruel e degradante. Em lesões oculares, a Micco já solicitou a realização de opiniões de especialistas relevantes. “Pedimos uma opinião de especialistas para conhecer a composição dos pellets; a quantidade de pólvora e a pressão impressa em seu uso. É um assunto que temos que estudar. É da maior gravidade ter 157 pessoas com ferimentos nos olhos ”, disse o diretor da agência.

ONU exige o fim do uso de pelotas contra a população

O Sistema das Nações Unidas no Chile pede às autoridades que acabem com o uso de projéteis não letais. Três semanas após o início da crise social no país, o Sistema das Nações Unidas no Chile reitera sua rejeição de todas as formas de violência e sua preocupação com a situação nacional, especialmente com o grande número de mortes e feridos.

Em particular, o Sistema das Nações Unidas no Chile pede às autoridades a pararem imediatamente o uso de granulados, que até hoje causaram centenas de feridos e mais de 170 traumas oculares, segundo dados oficiais da Instituto Nacional de Direitos Humanos. O uso arbitrário e indiscriminado deste tipo de armas não letais constitui uma violação grave dos direitos humanos e viola o princípio da proporcionalidade.

O Sistema das Nações Unidas no Chile também pede o alinhamento das ações de controle da violência com os padrões internacionais existentes que foram ratificados pelo Estado chileno.

O Sistema das Nações Unidas no Chile, que mantém diálogos com a sociedade civil e organizações estatais, é disponibilizado às autoridades e à sociedade como um todo, para avançar em medidas que permitam a proteção de todas as pessoas e paz social

O caso de crianças palestinas mutiladas

O HISPANtv, em um relatório sobre os ataques contra o povo palestino, publica: O Comitê de Defesa dos Direitos Humanos na Palestina, em um relatório citado terça-feira pela agência de notícias palestina Maan, informou que atualmente 12 moradores da cidade de Al-Quds (Jerusalém) ficaram cegas depois de ter sido alvo das forças israelenses.

Em sete desses casos, ele acrescenta, crianças têm menos de 6 anos de idade e perderam pelo menos um dos olhos. A agência, em um comunicado, denunciou o caso ao consultor judicial e ao inspetor geral da polícia israelense.

Referindo-se a evidências consistentes, eles confirmaram que os agentes recorreram ilegalmente a esse tipo de arma, uma vez que, sob as leis, é proibido disparar balas de borracha contra crianças, mulheres grávidas e idosos.

Mesmo nas manifestações, ele só pode ser usado para indivíduos identificados e apontar a parte inferior do corpo.

Essas restrições, diz a entidade palestina, não são muito claras, pois, dadas as consequências perigosas dessas balas, na maioria dos casos não existe legislação específica.

Assim, alertou sobre o uso continuado dessa arma pelas forças armadas israelenses e a considera um sinal da irresponsabilidade da polícia do regime de Tel Aviv. No final, pediu que sejam tomadas imediatamente as medidas para o fim imediato do uso de armas dissuasivas, como balas de borracha.

Em 1º de abril, a Palestina denunciou oficialmente no Tribunal Penal Internacional de Haia (TPI), que poderá permitir que as autoridades do regime israelense sejam julgadas por seus crimes de guerra ou contra a humanidade.

 

Fonte: Alejandra Paredes, Kaos en la Red

Tradução: IBRASPAL

19
Nov19

Mais de 200 pessoas perderam visão em protestos no Chile

Talis Andrade

Vítimas foram atingidas por balas de borracha ou chumbo disparadas por policiais durante as manifestações, iniciadas há menos de um mês. Governo diz que vai custear tratamento de quem sofreu "violência política"

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Por Deutsche Welle

Manifestantes com tapa-olhos representando feridos por violência policial em protesto no Chile

A principal associação médica do Chile anunciou nesta quinta-feira (14/11) que pelo menos 230 pessoas perderam a visão, parcial ou completamente do olho afetado, devido a tiros com espingarda de pressão disparadas por agentes de segurança do Estado durante protestos no país sul-americano.

Dessas 230, pelo menos 50 pessoas precisarão de olhos protéticos, segundo o oftalmologista Patricio Meza, vice-presidente do Colégio Médico do Chile. "Isso significa que o paciente não apenas perdeu a visão, mas também o olho", afirmou.

Estatísticas adicionais da instituição mostraram que a idade média das vítimas é de 30 anos. Na grande maioria dos casos, o ferimento foi causado pelo impacto de um projétil de chumbo ou borracha nos olhos, de acordo com a instituição universitária.

"Estamos enfrentando uma verdadeira crise de saúde, uma emergência de saúde, já que em poucos dias, em três semanas, tivemos o maior número de casos envolvendo complicações oculares graves devido a tiros no olho", acrescentou Meza.

Segundo o especialista, a polícia "está atirando a 90 graus, ou seja, diretamente no rosto". Ele afirma que a maioria dos feridos acusa agentes da força policial nacional, chamada de Carabineros.

O Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH) chileno afirmou que condena a violência de protestantes, mas que isso não justifica o uso "indiscriminado" de espingardas de pressão pela tropa de choque.

O INDH, a ONG Anistia Internacional e o Colégio Médico do Chile têm apelado sem sucesso para que o governo proíba o uso de espingardas de pressão pela polícia desde o começo dos protestos no país.

Meza frisa que enquanto outros países respeitam protocolos sobre o uso dessas armas, "isso claramente não ocorre no Chile".

O ministro chileno da Saúde, Jaime Manalich, anunciou um programa de "reparação ocular" para "vítimas de violência política", que deve cobrir custos de tratamento e atendimento psicológico.

Procuradores abriram 1.089 investigações criminais sobre acusações de "violência institucional" durante as duas primeiras semanas do conflito. Dessas, 70% são direcionadas à polícia.

Mais de 20 pessoas foram mortas e 2.500 ficaram feridas desde o início dos protestos, em 18 de outubro, no que começou como uma manifestação estudantil contra o aumento das tarifas de metrô.

No entanto, desde então, a onda de protestos evoluiu para um movimento muito maior e mais amplo, com uma longa lista de demandas relacionadas à crescente disparidade financeira entre ricos e menos abastados. Os cidadãos pedem reformas nos serviços de saúde, educação, no sistema de pensões e na Constituição do país.

Os legisladores do Congresso Nacional aprovaram na madrugada desta sexta-feira um roteiro para a criação de uma nova Constituição, que substituirá a atual Carta Magna, promulgada durante o regime militar de Augusto Pinochet em 1980.

Um plebiscito será realizado em abril de 2020, perguntando aos eleitores se eles são a favor de uma nova Constituição, bem como sobre o modelo da assembleia constituinte que elaborará o texto.

 

15
Ago19

Professores, estudantes e demais trabalhadores foram às ruas para protestar novamente contra os cortes do governo federal na educação.

Talis Andrade

A batalha contra o desmonte da educação pública ganhou mais um capítulo. Professores, estudantes e demais trabalhadores foram às ruas na terça-feira para protestar novamente contra os cortes do governo federal na educação.

Professores, estudantes e demais trabalhadores foram às ruas para protestar contra os cortes do governo federal

 

Correio do Brasil - Convocada pelos movimentos estudantis, e realizada em 38 cidades de 18 Estados, esta foi a terceira mobilização nacional em favor da pasta desde que Bolsonaro tomou posse.

A primeira aconteceu em 15 de maio. A segunda no dia 30 do mesmo mês. Entre as pautas dos manifestantes, além do fim da política de austeridade imposta pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, a Reforma da Previdência também foi alvo dos protestos, assim como o ministro Sérgio Moro.

A mobilização dos atos começou logo nas primeiras horas da manhã de terça-feira. Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Bahia, Sergipe e Alagoas foram alguns dos estados que registraram manifestações.

Manifestantes

Na capital carioca, os manifestantes se concentraram na Igreja da Candelária a partir das 17 horas. Depois, caminharam até as fachadas do prédio da Petrobrás e do BNDS, onde gritaram palavras de ordem em defesa do pré-sal e da soberania nacional.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a ideia é pressionar os deputados em suas bases. “Vamos fazer manifestações na praça, no coreto da cidade em que eles têm mais votos, espalhar cartazes mostrando que são contra a classe trabalhadora”, analisou.

Conforme noticiado nos últimos dias, o governo retirou R$ 16 milhões do orçamento bloqueado da UFRJ e repassou os recursos para emendas parlamentares. O revés não se restringiu a maior universidade federal do país. O Projeto de lei do Congresso Nacional nº 18/2019 liberou nesta semana R$ 3 bilhões de vários ministérios para projetos indicados pelos deputados.

Centrais sindicais

Entre falas e discursos das centrais sindicais, o protagonismo do ato ficou com os movimentos estudantis e suas ramificações. Ao contrário de manifestações anteriores, onde parlamentares falavam ao público, os estudantes foram os donos da palavra no carro de som.

Para estudante Ana Bia, do coletivo estudantil Kizomba, “a adesão popular ao ato foi surpreendente. Conseguimos fazer oposição aos cortes, ao governo Bolsonaro, mas, sobretudo notamos que os atos pela educação conseguem trazer a participação dos demais trabalhadores, que se sentem também prejudicados”. “Esse é um processo construído com muitas mãos. A unidade nas ruas se faz necessária”, completou.

Acima do carro de som, a maioria dos estudantes ressaltou que no último dia oito o Conselho Universitário da UFRJ rejeitou de forma unânime a adesão ao Programa “Future-se”. Decisão que deve ser seguida pelas demais universidades. Para o presidente da UNE Iago Montalvão, “Nossas universidades pedem socorro e só nossa luta organizada poderá dar resultados’’. Para ele, o programa é uma forma de privatização, e poderia até se chamar “fature-se”.

 

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