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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

12
Dez21

Falso leilão da Jovem Pan rifa tríplex que Moro, sem provar, disse que era de Lula

Talis Andrade

O triplex no Guarujá apontado como suposto pagamento de propina da OAS ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Tríplex faz parte da massa falida da OAS. Não pode ser vendido, nem leiloado, nem sorteado, nem rifado, nem doado

 

O maior golpe de propaganda eleitoral enganosa da história política do Brasil. Já pensou, com a cobertura jornalística da imprensa dos barões, a participação de milhões de brasileiros numa rifa, pagando 19,19 reais, por um tríplex que Sergio Moro e procuradores e delegados da polícia federal continuam a afirmar ser de Lula?

O cara espertalhão que faz o falso sorteio não é dono do tríplex, nem a Jovem Pan. Trata-se de um leilão safado que pretende faturar dinheiro e votos. Vende a história do tríplex que Moro usou para prender Lula.

Esta é a hora de abrir um inquérito parlamentar para desvendar a nociva indignidade, indecência, despudor político, o estelionato da propaganda eleitoral enganosa. De propaganda indireta, de propaganda subliminar, que é mais eficaz.

O leilão do apartamento é um forte apelo persuasivo. Tem ainda a vantagem de oferecer centenas e centenas de prêmios menores, chamados de Pancadão da Jovem Pan. Prêmios cobiçados pela maioria da população como celulares, televisores, máquinas de lavar, automovéis etc.

Numa campanha eleitoral vale tudo...

Publica Brasil de Fato:

Tríplex que Moro dizia ser de Lula será sorteado pelo suposto dono, que não é LulaMesmo com o DataFolha jogando contra, o STF julgou Moro suspeito para  julgar Lula - Tribuna da Imprensa Livre

Apartamento gerou a prisão de Lula, posteriormente anulada pelo STF, que considerou Moro incompetente, suspeito e parcial no julgamento

 

O famoso tríplex do Guarujá (SP), que o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) afirmava pertencer ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), será sorteado [rifado] na internet, no dia 30 de março de 2022. Qualquer pessoa pode concorrer comprando um bilhete por R$ 19,99. [Milhões de eleitores vão participar. Vai depender da publicidade. Já deu manchete na Folha de S. Paulo.

O leilão será feito pelo proprietário do imóvel, o empresário Fernando Gontijo, que adquiriu o tríplex em um leilão, por R$ 2,2 milhões, em maio de 2018. [Gontijo não é o dono do tríplex. O leilão foi anulado pelo Supremo Tribunal Federal - STF]

[A autodenominada] Operação Lava-Jato, do Ministério Público Federal, que agia em conluio com Sergio Moro, nunca conseguiu comprovar que Lula tenha morado no apartamento. O nome do petista também nunca apareceu na escritura da propriedade. [O apartamento faz parte da massa falida da OAS, uma das grandes empresas brasileiras destruídas pela Lava Jato. Esse falso leilão, que é uma rifa, é putaria da grossa, safadeza promovida por escroques, bandidos, em conluiu com a Lava Jato, organização criminosa, quadrilha de juízes, procuradores e políciais da autodenominada Liga da Justiça da autodenominada República de Curitiba, para favorecer candidatos da extrema direita nas eleições do próximo ano. Beneficia, notadamente, os candidatos do Phodemos: Sergio Moro, Deltan Dallagnol e outros. Trata-se de uma propaganda contra Lula. A publicidade e participação da rifa também beneficia candidaturas de outros partidos. A finalidade é Lula não ser eleito no primeiro turno. 

Escreve Fernando Brito:

O 'sorteio' do apartamento, além de prestar-se para explorações políticas, serve também para “desovar” para o sorteado um imóvel que, cedo ou tarde, será devolvido a quem foi confiscado por uma sentença que, desde a decisão do STF é nula e que, portanto, não pode produzir efeitos jurídicos ou patrimoniais!.

E, neste caso, ainda em fraude a credores. E o pobre coitado, que entrar no sorteio a R$ 19,99 mensais, taxa que o tal “Pancadão” cobra aos participantes nem terá do que ser ressarcido por ter “ganho” um apartamento que nunca será seu.

Falem o que quiserem, mas ao Brasil não falta uma coisa: espertos para se aproveitarem da ingenuidade pública".

As redes estão falando do Lula condenado

15
Nov21

A suprema hipocrisia de Sérgio Moro

Talis Andrade

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por Aldo Fornazieri

- - -

Toda história política, desde a Grécia antiga até nossos dias, mostra que na disputa do poder sempre há quem engana e quem se deixa enganar. A hipocrisia e as fórmulas simplórias de proposições falaciosas (os falsos silogismos) ou o apelo à fé deixaram um rastro de mentiras e um cemitério de pessoas enganadas ao longo dos tempos. 

Um dos principais desafios nas disputas políticas implica em que se tenha capacidade persuasiva. Em eleições é preciso ter astúcia argumentativa para triunfar. Nem sempre aquele que diz a verdade nua e crua triunfa. Não se pode ser bom dentre tantos que são maus, pregava o maior pensador da política de todos os tempos. Os romanos antigos tinham um ditado, credo quia absurdum (creio porque é absurdo), equivocadamente atribuído a Tertuliano, que indica bem a propensão de muitas pessoas não se deixarem convencer pelo argumento racional ou pela ciência, como ocorre em nosso tempo.

O próprio Maquiavel chamou a atenção para este fenômeno: disse que muitas pessoas são tão pouco argutas, de tal modo que se rendem às evidências ou necessidades imediatas, que quem quiser enganá-las encontrará sempre quem se deixe enganar. Este dado de realidade precisa ser assumido como um pressuposto em eleições, muitas vezes negligenciado por democratas e pelas esquerdas. Bolsonaro triunfou em 2018 pregando o absurdo, porquanto mentiroso e falacioso.

Agora o Brasil está diante do risco de um engano ainda maior: Sérgio Moro. Em grande medida, o absurdo de Bolsonaro já foi desmistificado. Além disso, Bolsonaro é dotado de uma mentalidade fascista caótica, tosca, dominada pelo espírito familiar, quando muito de horda. O fascismo de Moro é calculista, frio, persecutório. Por conta das teias familiares, Bolsonaro é incapaz de organizar um movimento operacional em torno de si. No máximo, recruta apaniguados e oportunistas. Sobrepõe os interesses dos filhos e da família aos interesses do movimento ou do grupo. Moro, como mostrou na Lava Jato, tem essa capacidade de montar e coordenar uma equipe operacional, tem capacidade de instrumentalizar o Estado para alcançar seus objetivos persecutórios.

No discurso de filiação ao Podemos, Moro proferiu uma quantidade de sentenças hipócritas difícil de encontrar em outros discursos recentes. Começou dizendo-se alguém “em quem vocês podem confiar”. Mas como confiar num ex-juiz que foi declarado parcial pela Suprema Corte do país? Disse que foi testado na vida pública. Mas como juiz, cometeu uma série de crimes contra o sistema legal do país e como ministro da Justiça serviu um presidente fascista e antidemocrático. 

Logo em seguida cometeu um pecado mortal. Teve desfaçatez de dizer que nunca repudiou seus princípios “para alimentar suas ambições pessoais”. Quer dizer: tirou Lula da disputa de 2018 pela ambição de servir o governo Bolsonaro como ministro e ambicionando uma vaga no STF. Agora ingressa na política com a ambição de ser candidato. 

Em seguida introduziu a cantilena canalha do “não ser político”, acrescentado ter o propósito “de ser justo com todos”. Como pode mentir com tanta desfaçatez? Foi injusto com o Brasil, com o povo e com Lula e patrocinou a eleição de Bolsonaro. Além de parcial, avocou para si o direito de julgar Lula sem ser o juiz natural o que constitui mais uma prova de que queria perseguir o ex-presidente. (Continua

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25
Out21

Facebook e Instagram derrubam live mentirosa em que Bolsonaro associa Aids à vacina da Covid

Talis Andrade

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Informação falsa apresentada por Bolsonaro foi refutada por entidades médicas e agências de checagem

 

por Tácio Lorran

O Facebook e o Instagram derrubaram a live da última quinta-feira (21/10) do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que associou o desenvolvimento da síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) com a vacina contra o novo coronavírus.

Em nota, o porta-voz do Facebook afirmou que: “Nossas políticas não permitem alegações de que as vacinas de Covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas”. A empresa também é responsável pelo Instagram.

“Outra coisa grave aqui: só vou dar notícia, não vou comentar: ‘Relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados […] estão desenvolvendo a síndrome imunodeficiência adquirida muito mais rápido que o previsto’. Recomendo que leiam a matéria. Talvez eu tenha sido o único chefe de Estado do mundo que teve a coragem de colocar a cara a tapa nessa questão”, disse Bolsonaro, ao ler uma suposta notícia, na transmissão ao vivo.

A informação apresentada pelo chefe do Executivo federal, contudo, é falsa.

Em nota, o Comitê Científico de HIV/Aids da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) afirmou não existir nenhuma relação entre qualquer vacina contra a Covid-19 e o desenvolvimento de síndrome da imunodeficiência adquirida.

“Pessoas que vivem com HIV/Aids devem ser completamente vacinados para Covid-19. Destacamos inclusive a liberação da dose de reforço (terceira dose) para todos que receberam a segunda dose há mais de 28 dias”, prosseguiu a entidade, ao repudiar toda e qualquer notícia falsa que circule e faça menção a esta associação inexistente.

 

ze dassilva  jair bolsonaro vacina.jpg

 

Bolsonaro mentiroso compulsivo
 

 

25
Out21

É #FAKE de Bolsonaro que relatórios do governo do Reino Unido sugerem que vacinados contra Covid têm desenvolvido Aids

Talis Andrade

 

 
29
Ago21

Lewandowski alerta: Bolsonaro e sua milícia podem cometer crime inafiançável e imprescritível no 7 de setembro

Talis Andrade

ConJur - Leia voto do ministro Ricardo Lewandowski sobre união homoafetiva

 

 O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, publica neste domingo um importante alerta para todos aqueles que estejam eventualmente planejando um golpe de estado ou um ataque a outros poderes no dia 7 de setembro. "No Brasil, como reação ao regime autoritário instalado no passado ainda próximo, a Constituição de 1988 estabeleceu, no capítulo relativo aos direitos e garantias fundamentais, que 'constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis e militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático'”, escreve o ministro, em artigo publicado na Folha.

"O projeto de lei há pouco aprovado pelo Parlamento brasileiro, que revogou a Lei de Segurança Nacional, desdobrou esse crime em vários delitos autônomos, inserindo-os no Código Penal, com destaque para a conduta de subverter as instituições vigentes, 'impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais'. Outro comportamento delituoso corresponde ao golpe de Estado, caracterizado como 'tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído'. Ambos os ilícitos são sancionados com penas severas, agravadas se houver o emprego da violência", lembra ainda o ministro.

"E aqui cumpre registrar que não constitui excludente de culpabilidade a eventual convocação das Forças Armadas e tropas auxiliares, com fundamento no artigo 142 da Lei Maior, para a 'defesa da lei e da ordem', quando realizada fora das hipóteses legais, cuja configuração, aliás, pode ser apreciada em momento posterior pelos órgãos competentes", destaca o ministro. "Como se vê, pode ser alto o preço a pagar por aqueles que se dispõem a transpassar o Rubicão", finaliza.

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24
Jun21

A improbidade sanitária em tempos de Covid-19

Talis Andrade

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Por Nésio Fernandes, Edson Pistori e Thiago Campos /ConJur

- - -

A probidade é a qualidade do que é íntegro, reto ou honesto; é a virtude de quem tem comportamento moralmente irrepreensível.

O seu oposto, a improbidade, não é apenas a ausência de probidade, mas a existência de maldade, perversidade ou falseamento proposital da verdade com intuito de enganar ou ludibriar.

A improbidade está diretamente relacionada à ideia da má-fé, que se caracteriza pela atitude contra a lei praticada de plena consciência, com deslealdade e sem justa causa.

A probidade, assim como a boa-fé, são valores intrínsecos à Administração Pública, cujo fundamento está na base da confiança entre os cidadãos e o Estado.

Constitui-se, portanto, em improbidade sanitária os atos ou omissões intencionais que atentem contra o dever do Estado de "garantir a saúde" e de reduzir os "riscos de doenças e de outros agravos" (artigo 196 da Constituição Federal).

Mais grave do que a improbidade administrativa, que se refere à lesão ao patrimônio público e ao enriquecimento ilícito às custas do erário, a improbidade sanitária atenta contra o bem-estar físico, mental, social das pessoas e da coletividade, quando não solapa a própria vida.

A situação sanitária do Brasil é uma tragédia superlativa.

A perda de meio milhão de vidas, em pouco mais de um ano, é a consequência da alta capacidade de transmissão do vírus e da sua natureza letal, mas, sem dúvida alguma, isso foi agravado exponencialmente pela desigualdade social no país, e pela irresponsabilidade do presidente da República e de seus auxiliares.

Não se trataram de meros erros de avaliação quanto às alternativas de políticas governamentais disponíveis, e, sim, de um descaso deliberado, um desprezo absoluto pela vida, pela dor e pelo sofrimento alheios.

Alertas críticos foram dados insistentemente, porém a gravidade da crise sanitária sempre foi minimizada, com um desdém cínico e insofismável.

Diante do número colossal de óbitos e da doença fora de controle, é improbidade sanitária pregar o não uso de máscaras ou deixar de usá-las.

É improbidade sanitária colocar em dúvida a efetividade de vacinas, relativizar a necessidade de tomá-las.

Improbidade maior é causar obstáculos à aquisição de imunizantes ou retardar o início e a velocidade da imunização, sob o falso pretexto de obstáculos legais ou falta de vantajosidade econômica.

Essa improbidade sanitária tem o preço impagável de 500 mil sepulturas até agora, e o fim disso ainda está longe do horizonte.

Para se mostrar ativo, porém com notório propósito divisionista, para levar vantagens diante das divergências ou dissensões, incentivou-se o uso indiscriminado pela população de medicamentos sem nenhuma eficácia contra a doença, o que também é um ato de improbidade sanitária.

A Lei nº 1079, de 1950, estabeleceu que os atos do presidente da República e dos ministros que atentarem contra a probidade da Administração são considerados crimes de responsabilidade.

Temos um crime continuado acontecendo, caracterizado pela unidade de propósito em minimizar a tragédia, falsear intencionalmente a verdade e a gravidade da situação, pela sabotagem as soluções e a prevenção necessária, por se esquivarem das responsabilidades legais que lhes foram conferidas e por ludibriar a boa-fé de algumas pessoas ao custo da vida de milhares de outras.

Tudo isso asfixia a democracia e atenta contra o caráter civilizatório da República, enunciado pela Constituição de 1988.

Há mais de 500 mil consequências graves da improbidade sanitária praticada no Brasil, outras ainda estão por vir. Quantas vidas perderemos a mais até colocarmos um fim nessa loucura?

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