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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

06
Ago23

“Ditadura, conflito e repressão no campo: a resistência camponesa no estado do Rio de Janeiro”

Talis Andrade

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A Profª. Leonilde Servolo de Medeiros, coordenadora do Núcleo de Pesquisa, Documentação e Referência sobre Movimentos Sociais e Políticas Públicas no Campo, do CPDA/UFRRJ, publicou, pela Consequência Editora, o livro Ditadura, conflito e repressão no campo: a resistência camponesa no estado do Rio de Janeiro que reúne  os resultados da pesquisa, financiada pela Faperj Conflitos e repressão no campo no estado do Rio de Janeiro 1946-1988.

Embora haja uma produção acadêmica bastante vigorosa, em especial no âmbito da História e das Ciências Sociais, a respeito das ações do regime empresarial militar, enfatizando a repressão sobre as organizações de esquerda, movimento estudantil, mundo das artes e da cultura, são ainda relativamente poucos os estudos sobre a experiência da classe trabalhadora no contexto da violência e repressão que se sucedeu ao golpe. Com a criação de um grupo de trabalho específico sobre a violência contra trabalhadores e outro para tratar de camponeses e indígenas no âmbito da Comissão Nacional da Verdade (CNV), ficou evidente a necessidade de pesquisas mais aprofundadas sobre os efeitos, diretos ou indiretos, da ditadura sobre o mundo do trabalho.

O livro, com prefácio do Professor Afrânio Garcia, traz uma análise de diferentes situações de conflito no estado do Rio de Janeiro e preenche uma importante lacuna  não só sobre a história do Estado, mas das diferentes faces das relações da ditadura empresarial militar com o meio rural brasileiro.

 Vitorioso o golpe de Bolsonaro, os camponeses seriam novamente perseguidos, expulsos de suas terras, e os índios iriam parar nos campos de concentração

A CPI do MST, ora encenada na Câmara dos Deputados, deixa visível o ódio de classe, o ódio racial dos descendentes dos emigrantes campesinos europeus, supremacistas brancos, contra os camponeses de origem negra e de origem indígena. 

A ditadura militar, iniciada em 1964, criou diferentes campos de concentração, campos de extermínio para o genocídio dos povos indígenas e negros.

26
Jul21

Imigração: quase 3 mil crianças brasileiras entraram ilegalmente nos EUA pelo México em apenas 2 meses

Talis Andrade

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Foto PAUL RATJE/AFP. Agente do órgão americano de Alfândega e Controle de Fronteira patrulha área no Texas pela qual costumam passar imigrantes sem documentação

 

O Brasil já é a sétima origem mais frequente de migrantes sem visto, à frente de Cuba e Venezuela

 

  • por Mariana Sanches /BBC News 

- - -

Apenas em maio e junho de 2021, 2.857 bebês e crianças brasileiros com até 6 anos de idade atravessaram irregularmente a fronteira dos Estados Unidos com o México e acabaram detidas pelo serviço de migração.

Esses dados inéditos do órgão americano de Alfândega e Controle de Fronteira, obtidos pela BBC News Brasil, apontam que o total de menores de 6 anos apreendidos por agentes americanos em apenas dois meses já supera todo o acumulado dos 7 meses anteriores.

Destas 2.857 crianças, 12 entraram no país sem a companhia dos pais ou de algum responsável legal por elas e, no momento do encontro com autoridades americanas, foram mantidas temporariamente sob custódia do governo do democrata Joe Biden.

Uma delas é o bebê João*, de um ano e meio, cuja história a BBC News Brasil contou em detalhes há uma semana. João passou mais de um mês em um lar temporário no Estado da Virgínia depois que foi encontrado na companhia dos avós, encaminhados para deportação. A mãe dele, que conseguiu acesso aos EUA depois de atravessar a fronteira com seu outro filho adolescente, precisou comprovar não ter antecedentes criminais no Brasil para poder se reunir ao bebê. Agora, eles esperarão em território americano pelo desfecho de seu processo na Justiça migratória.

Os números da imigração brasileira irregular têm crescido a cada mês, e atraído atenção crescente do serviço migratório americano. O país já é a sétima origem mais frequente de migrantes sem visto, à frente de Cuba, Haiti, Nicarágua, Colômbia e Venezuela, países que vivem intensas crises domésticas e com histórico de remeter grandes quantidades de população ao território americano. A cifra de brasileiros detidos em 2021 ao avançar pela fronteira dos EUA sem visto (29,5 mil) é o recorde registrado em toda a série histórica, que mede tais movimentos por nacionalidade desde 2007. Há 10 anos, em 2011, apenas 472 brasileiros foram detidos na mesma condição.

A esmagadora maioria das quase 4.867 crianças de até 6 anos que chegaram dessa forma aos EUA desde outubro passado estava acompanhada dos pais. O mesmo vale para as outras 1.297 crianças brasileiras entre 7 e 9 anos e os 2.585 pré-adolescentes e adolescentes entre 10 e 17 anos que, igualmente, fizeram o trajeto no período. É o que as autoridades americanas chamam de unidades familiares: ⅔ dos quase 30 mil brasileiros já detidos pela imigração em 2021 estavam em famílias nucleares, o que inclui pais e filhos.

Essa configuração tem a ver com uma estratégia estimulada pelos coiotes, como são chamados os operadores dessas rotas ilegais. Eles incentivam a prática do "cai-cai": ou seja, a viagem de migrantes sem visto com seus filhos menores de idade para garantir que os adultos não sofram deportação imediata na chegada aos EUA, quando se apresentarem às autoridades locais.

"Acompanhei o caso recente de um homem que juntou os US$ 12 mil cobrados por um coiote e ficou furioso quando a mãe de sua filha, com quem não era casado, não aceitou que a menina de 15 anos o acompanhasse na jornada pelo México. Ele dizia que para fazer um 'investimento' tão alto, precisava ter a certeza de que não seria deportado. E isso só seria possível com a presença da adolescente, que não seria deportada nem separada de seu pai", relata a socióloga Sueli Siqueira, especialista em migração de brasileiros para os EUA da Universidade do Vale do Rio Doce.

Estratégia 'cai-cai'

Tanto autoridades brasileiras quanto americanas ouvidas pela reportagem afirmam que a estratégia "cai-cai" havia sido praticamente abandonada durante a gestão Trump, quando o então presidente republicano adotou práticas como a separação entre pais e filhos, a deportação sumária de menores de idade e a obrigatoriedade de esperar pela resposta ao pedido de asilo em território mexicano.

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Famílias latino-americanas continuam contratando 'coiotes' para chegar aos EUA, em viagens arriscadas

 

Mas todas essas medidas restritivas foram revistas e, parcial ou totalmente, abolidas ainda na gestão Trump ou já no governo Biden, o que levou à retomada do "cai-cai".

Eleito sob a promessa de tornar o sistema de migração "mais humano" e de criar um caminho de obtenção de cidadania para 11 milhões de migrantes que já vivem no país sem documentos, Biden tem encarado uma crise no assunto, com a chegada de quase 1,3 milhão de pessoas pela fronteira apenas em 2021. Dessas, 95 mil eram menores de idade sem os pais ou responsáveis.

O volume levou o atual presidente a designar a vice para gerir o problema. Em visita recente à Guatemala, Kamala Harris foi clara: "Não venham (aos Estados Unidos)".

É improvável, no entanto, que o apelo tenha efeito sobre os latino-americanos que querem tentar a vida nos EUA agora. Afundada em um misto de crise econômica e descontrole pandêmico, a região vive uma espécie de nova década perdida, que lembra os anos 1980. Não por acaso, foi nesse período que a primeira grande onda de migrantes brasileiros chegou aos EUA, em fuga do desemprego e da inflação alta. Agora, de acordo com o IBGE, o desemprego no Brasil se aproxima dos 15% e a inflação tem mostrado força especialmente em itens básicos, como alimentos.

Para a socióloga Sueli Siqueira, a "desesperança com a política e a economia do Brasil" e a "crença de que Biden vá tornar mais fácil a vida de quem vem de fora" têm alimentado o fluxo de brasileiros, que deve se manter alto ainda por muitos meses.

Ela nota ainda que as características dessa migração - majoritariamente em família - também indicam que essas pessoas estão tentando uma mudança definitiva de país, um reassentamento e recomeço de vida, e não apenas trabalhar ganhando em dólares por algumas temporadas para depois regressar ao Brasil.

02
Mai19

Alunos brasileiros da Faculdade de Direito de Lisboa protestam contra xenofobia

Talis Andrade

xenofobia-foto-diario-de-noticias.jpg

 

Um grupo de brasileiros se organizou e protestou contra a "brincadeira" Foto: Diário de Notícias

por Francine Marques

___

Uma brincadeira sem graça acirrou os nervos dos estudantes brasileiros da Faculdade de Direito de Lisboa, que ao chegaram para assistir aula, nesta segunda-feira (29), se depararam com uma caixa, cheia de pedras e com a placa que trazia a seguinte mensagem: “Grátis se for para atirar a um zuca que passou à frente no mestrado”. “Zuca” seria o diminuitivo da palavra “Brazuca”, que significa brasileiro.

 

A desculpa de que se tratava de uma brincadeira, não colou, e o edifício da Cidade Universitária foi ocupado por um grupo de brasileiros que pede respeito e refuta atos de xenofobia.

 

Autoria do ato é de um grupo satírico conhecido como Tertúlia Libertas, que comumente zomba de cenas da vida acadêmica, assim como de professores e alunos. Alegação do porta-voz do grupo é de que eles se limitaram a fazer uma piada. “Há muitas piadas aqui sobre uma situação de privilégio de que os alunos brasileiros de mestrado auferem e nós quisemos gozar com quem discrimina os brasileiros, não com os brasileiros. Mas fomos mal entendidos e a coisa tomou proporções que não esperávamos.”

 

Entretanto, Elizabeth Lima, que é presidente do Núcleo de estudos Luso-Brasileiros afirma que após as mudanças das regras de acesso aos mestrados houve aumento da discriminação. “De há dois anos para cá que se sente um aumento da discriminação, não só de alunos, como também de professores”. Lima admite que as novas regras beneficiam os brasileiros que chegam de fora com o curso já concluído.

 

Já no fim da manhã, a direção da faculdade solicitou que a caixa com pedras fosse retirada. Outro ato foi o comunicado de que se orgulha do espaço de liberdade, que “convive com a autocrítica, o humos e a sátira”, porém que “não tolera quaisquer ações ofensivas relativamente a alunos da faculdade”.

 

A subdiretora da faculdade, Paula Vaz Freire, admite que a tensão aumentou no ano passado, quando as regras para a entrada no mestrado e o momento de candidatura mudaram, isso porquê ao abrir os cursos nos meses de março e abril, “verificaram um problema: os alunos portugueses ainda que ainda não tinham concluído a licenciatura, não podiam seguir para mestrado”.

 

Outro grande problema é que, ao contar apenas com a média, foi verificado que os alunos brasileiros chegavam com médias mais altas e por isso entravam nos cursos com maior facilidade. “As notas nunca são muito elevadas na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa”. Freire afirmou que a faculdade vai resolver esse assunto ainda neste ano.

 

É preciso destacar que atualmente, 60% dos alunos de metrado em Direito e Ciências Jurídicas são brasileiros. Dos 5488 alunos da Faculdade de Direito de Lisboa, 1227 são brasileiros – ou seja, 22%. Os portugueses representam 66% dos estudantes da instituição, com 3620 inscritos.(Com informações Diário de Notícias)

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Ministro da Educação “democratiza” sua estupidez

Por Fernando Brito

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O cidadão colocado à frente do Ministério da Educação, Abraham Weintraub, ao anunciar que vai estender a todas as universidades federais o corte de 30% de seus recursos que anunciou ontem para as três – UNB, UFF e UFBA – que, segundo ele, “faziam balbúrdia” deveria estar dando, para os que ainda se iludem, uma lição sobre a entronização do arbítrio como forma de governar.

É claro que Weintraub tomou a atitude por uma ideia tacanha de autoproteção, pois lhe seria difícil, frente a ações judiciais, justificar o corte seletivo à base de declarações despropositadas como aquela. A solução “genial” foi, claro, universalizar o corte como forma de torná-lo “democrático”, certo?

Se tal ou qual universidade é um centro de excelência, se tem pesquisas avançadas, se desempenha um papel importante no desenvolvimento científico e tecnológico, “não vem ao caso”.

É apenas, como já se disse ontem aqui, uma desculpa para o desmonte da educação superior e para a abertura de mercado para o ensino privado. Como?

Simples: sem quase um terço dos recursos, a solução natural de sobrevivência é “enxugar cursos” e reduzir o número de vagas. Totalmente ineficiente – afinal, as instalações e o corpo docente já estão lá e serão utilizados abaixo de suas capacidades mas, com menos gente, reduz-se custos de manutenção, que é onde resta a cortar: luz, água, limpeza, materiais, etc…

Mas há pior.

O primeiro é foi o anúncio que se mutilaria o ensino de Ciências Humanas, supostamente em favor de cursos que “gerem retorno imediato ao contribuinte, como: veterinária, engenharia e medicina”, como tuitou o presidente. Deixo de lado considerações filosóficas sobre esta suposta contradição entre os ramos do conhecimento – que um insuspeito de qualquer esquerdismo, Delfim Netto, desmonta hoje na Folha, no artigo Direitismo cultural – e trato o assunto de maneira, perdoem-me por isso, unicamente contábil.

Os cursos mencionados pelo presidente têm um custo muitíssimo maior que os de Humanas, em geral. Deixemos que o próprio “mercadismo” explique: quantas vezes mais cara é a mensalidade de um curso de Medicina ante um de, digamos, História. Dez, doze? Como se trata de um problema objetivo, significa que se fechariam, para abrir uma vaga dos cursos “eleitos” por Bolsonaro, sete, oito, dez outras nos que ele maldiz.

Mercado aberto para os interesses privados, está claríssimo.

por Gervasio Umpiérrez ensino privatização.jpg

 

Nem falo na perda de conhecimento, até porque nenhum dos conhecimentos cientificos “duros” se faz sem a necessária base de história, de filosofia e de outros ramos do saber, para que possa gerar qualquer coisa que não seja a simples repetição. Porque situar e especular são duas das essências do conhecer.

Há ainda pior: invocar o ensino básico, como fez num vídeo, para dizer que é muito mais cara uma vaga universitária do que uma em creche, o Sr. Weintraub mostra que sua capacidade cognitva parece mais adequada à segunda que à primeira. Falta-lhe, para ficarmos no campo das “Exatas”, a capacidade de compreender que não se compara coisas de qualidades diferentes.

O argumento puramente aritmético levaria, segundo o próprio transtornado raciocínio – hoje estou generoo para chamá-lo assim – de que, se uma vagas universitária média extinta permitiria abrir 30 vagas em creches, como ele diz, uma vaga nos cursos que o sr. Bolsonaro e ele dizem que “compensam” daria para abir 150 ou 200 vagas em creches.

O ensino pré-escolar é, óbvio, uma necessidade de sociedades urbanizadas, onde a “infância em casa” – muito embora eles sejam adeptos do “homeschooling” – tornou-se uma impossibilidade, seja pela necessidade de trabalhar, seja pela perda dos espaços e relações de convivência disponíveis.

Mas nada tem a ver com as necessidades de uma Nação em formar – como formaram todas as que se desenvolveram – camadas sucessivamente de profissionais e de estudiosos nu mundo onde, cada vez mais, aprender a repetir o consagrado é insuficiente para o profresso social e econômico.

O sr. Weintraub, como disse aqui ontem, é pior do que seu antecessor, Ricardo Vélez. Este era um tosco indisfarçado. O Sr. Weintraub teoriza sobre sua própria estupidez.

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02
Mai19

UNIVERSIDADE DE LISBOA. Xenofobia na Faculdade de Direito indigna estudantes brasileiros

Talis Andrade

 

 

22
Jun18

E se as crianças presas fossem americanas?

Talis Andrade

 

massacre de herodes.jpg

 

 

por Fernando Brito

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Finalmente, da metade da capa para baixo, ganha algum – e ainda muito pouco – destaque na Folha o fato de haver crianças brasileiras presas – e são ao menos 49, em lugar das oito informadas ontem – por seus pais estarem sendo processados por imigração ilegal aos Estados Unidos.

 

A imprensa e a diplomacia brasileira, diante do caso absurdo, não fazem mais que miar lamentos e preferem destacar a “ordem” de Donald Trump para que sejam reunidas aos pais – e sigam presas, portanto. No máximo, uma nota do Itamaraty dizendo que o episódio “é uma prática cruel e em clara dissonância com instrumentos internacionais de proteção aos direitos da criança”.

 

Tão pouca é a reação que candidato do fascismo por estas bandas não se acanha em, nos jornais, estar mendigando uma audiência para prestar vassalagem a Donald Trump.

 

Basta aos amigos e amigas imaginarem, para que se tenha ideia do absurdo que é isso, se uma, apenas uma, criança norte americana estivesse detida num abrigo com grades e telas, posta a dormir num colchonete em uma quadra de esportes ou em barracas de lona, como se viu nas fartas fotografias distribuídas pelas agências de notícias.

 

E separadas dos pais, também presos, por uma distância maior que a entre Porto Alegre a Manaus, em linha reta, como registra a Folha:

 

A reportagem da Folha (…) identificou a localização das 15 instituições que receberam os brasileiros. A maior parte das crianças está na região de Chicago, que concentra 29 delas. Oito estão no estado fronteiriço do Arizona, sete, no Texas, e duas, na Califórnia. Também há menores brasileiros em instituições da Flórida e de Nova York. Os pais, por outro lado, estão em prisões federais próximas à fronteira –ou seja, a até 3.500 km de distância dos abrigos. Na maior parte dos casos, eles não sabiam do paradeiro das crianças até que o consulado brasileiro fizesse contato.

 

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Imagine o desespero de crianças que, algumas, têm apenas cinco anos de idade.

 

 

Faltaria pouco para nos ameaçarem com os marines, não é? No mínimo, nosso embaixador em Washington teria sido chamado a dar explicações e exigir a repatriação de pais e filhos.

 

Mas agora o “problema” parece estar “resolvido”, com as crianças “podendo” ficar presas com os pais!

 

Se alguém precisava de uma “ilustração” prática do que é o “complexo de vira-latas”, aí está: os pais pegos pela “carrocinha” e os filhotes levados com eles para o canil.

 

 

22
Jun18

UM CRIMINOSO NAZISTA NO PODER SEQUESTRA MILHARES DE CRIANCINHAS

Talis Andrade

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por MIRSON MURAD 

 

É inadmissível supor que seja verdadeira a notícia de que duas mil criancinhas foram separadas, violentamente, de seus pais e colocadas em jaulas de alumínio. Seus pais foram presos e serão processados. Infelizmente é verdade!

 

Em pleno século 21 o Pato Donald Merda Trump, presidente dos States, ainda vive no tempo das cavernas. Para chantagear os congressistas de seu País, o Merda Trump está praticando esse horroroso crime. O boçal nazista, seguidor fervoroso de Hitler quer, porque quer, arrancar alguns bilhões de dólares de Tio Sam para construir um longo muro na fronteira com o México.

 

Justificando seu monstruoso ato, Merda Trump disse: "Quem não quizer separar-se de seus filhos não venha para os Estados Unidos". Se isso não fosse suficientemente vergonhoso para um nação que se alto proclama defensora da justiça internacional e da democracia plena, o presidente Merda rompeu com o Conselho dos Direitos Humanos da ONU.

21
Jun18

49 CRIANÇAS BRASILEIRAS PRESAS EM GAIOLAS NOS EUA, MAS ALOYSIO NUNES SÓ FALA DA VENEZUELA

Talis Andrade

 

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Crianças brasileiras num número estimado em 49 continuavam aprisionadas nos EUA na manhã desta quinta, separadas dos pais, algumas em gaiolas; o governo brasileiro reage burocraticamente à verdadeira agressão do governo Trump ao Brasil e a outros países da AL - o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, permanece em silêncio e dedica-se a seu tema favorito, atacar o governo eleito da Venezuela.

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247 - Crianças brasileiras num número estimado em 49 continuavam aprisionadas nos EUA, separadas dos pais, algumas em gaiolas, na manhã desta quinta-feira. O governo brasileiro reage burocraticamente à situação que é uma verdadeira agressão do governo Trump ao Brasil e outros países da América Latina - o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, permanece em silêncio e dedica-se a seu tema favorito, atacar o governo eleito da Venezuela. Apenas na noite de ontem Itamaraty soltou uma nota formal sobre o assunto.

 

Ontem, o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) apresentou à Secretaria Geral da Câmara dos Deputados requerimento solicitando informações a Aloysio Nunes sobre quais providências estariam sendo tomadas pelo governo em relação às crianças brasileiras, mas sem qualquer resposta até agora. As únicas informações do governo brasileiro até o momento são iniciativa do cônsul adjunto do Brasil, em Houston, Felipe Santarosa. Ele informou à Agência Brasil que o trabalho dos diplomatas brasileiros neste momento é o de pesquisar onde estão essas instituições e fazer contato com os abrigos - um trabalho difícil por falta de informações precisas, informou. O cônsul Santarosa disse que a preocupação inicial é colocar as famílias em contato. O trabalho será localizar as crianças, visitá-las e verificar as condições em que estão. Depois, o intuito é estabelecer contato com as famílias.

 

Apenas na noite de ontem, depois que o assunto virou um escândalo de proporções mundiais, o Itamaraty soltou uma nota burocrática sobre a grave crise de direitos humanos. Na abertura da nota, um protesto frágil e a manifestação de "preocupação" em relação à crise, sem qualquer defesa das famílias e das crianças: "O governo brasileiro acompanha com muita preocupação o aumento de casos de menores brasileiros separados de seus pais ou responsáveis que se encontram sob custódia em abrigos nos Estados Unidos, o que configura uma prática cruel e em clara dissonância com instrumentos internacionais de proteção aos direitos da criança."

 

O Itamaraty disse ainda na nota que espera a “efetiva revogação da prática de separação” de crianças e pais -a revogação da política de separação das famílias foi anunciada por Trump ontem, depois de uma onda de repúdio mundial, que não contou com o concurso do governo Temer.

 

Além de não protestar e sair em defesa das famílias e especialmente das crianças brasileiras, o Ministério de Aloysio Nunes recomendou aos membros dos consulados a "realização de campanhas de esclarecimento, em coordenação com os conselhos de cidadãos brasileiros nos Estados Unidos, sobre os riscos da travessia pela fronteira, em especial com menores de idade".

 

A nota ainda afirma incrivelmente que "o governo brasileiro mantém consultas regulares sobre temas consulares com o governo norte-americano", como se a questão das crianças brasileiras fosse um "tema consular" - leia aqui.

 

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18
Jan18

Chile: «Que o grito do pobre nos ensine a estar atentos às novas formas de exploração»

Talis Andrade

Antes de se despedir do Chile nesta quinta-feira, 18, o Papa Francisco visitou a cidade de Iquique, ao norte do país, onde celebrou a Santa Missa. 

 

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Francisco destacou que Iquique é uma “terra de sonhos”, que soube abrigar pessoas de diferentes povos e culturas que tiveram que deixar suas terras, uma região de imigrantes. 

 

Francisco pediu ainda que, a exemplo do que fez Maria em Caná, as pessoas procurem estar atentas às realidades de hoje para reconhecer aqueles que estão necessitados, pessoas que tiveram suas vidas arruinadas, que não têm mais razão para fazer festa.

 

 

“Estejamos atentos a todas as situações de injustiça e às novas formas de exploração que fazem tantos irmãos perder a alegria da festa. Estejamos atentos à situação de precariedade do trabalho que destrói vidas e famílias. Estejamos atentos a quem se aproveita da irregularidade de muitos migrantes porque não conhecem a língua ou não têm os documentos em ‘regra’. Estejamos atentos à falta de teto, terra e trabalho de tantas famílias. E, como Maria, digamos com fé: Não têm vinho”. Leia mais 

 

 

 

13
Nov17

A justiça e o trabalhador no seu devido lugar

Talis Andrade

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Ato inaugural José Cairo Junior, juiz do trabalho da Bahia, proferiu dura sentença contra um empregado no sábado (11), baseando-se na nova legislação trabalhista.

 

Não deu. O funcionário havia processado o empregador por ter sido assaltado a mão armada pouco antes de sair para a firma. Pedia R$ 50 mil, mas foi obrigado a desembolsar R$ 8.500 por litigância de má-fé e pelas custas da ação.

Folha de S. Paulo

 

 

Para você entender melhor a lei trabalhista, o ato da pedra inaugural do juiz José CAIRO Junior, a pedra jogada nos trabalhadores vigiados pela justiça do trabalho

 

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Na escravidão legal existiam os castigos corporais aprovados por Lei. A justiça nomeava e considerava o escravo uma "peça".

 

O que é legal não é tortura.
A tortura psicológica é mais eficaz que a física.

 

O que é um juiz hoje ?
Um capataz .
Um capataz das grandes e médias empresas.


Assim os tribunais do trabalho provam para as elites a necessidade de continuarem existindo.

 

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Na escravidão quem perseguia os escravos fugitivos?
Os tenentes do exército brasileiro.


Foi a revolta dos oficiais - que não queriam mais exercer esse ofício sujo - que deu força para a princesa Isabel assinar a Lei Áurea, hoje letra-morta com a reforma trabalhista de Temer.

Foi assinar e perder o trono.
Perdeu para a ditadura implantada por Deodoro, que considerado frouxo, foi substituído por outro marechal, o Floriano.
Uma ditadura militar que ficou devendo a reforma agrária para os negros sem terra.

 

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Os negros libertos foram substituídos pelos emigrantes. Camponeses e operários 'brancos' de diferentes países.
Os negros são considerados inferiores porque descendentes de escravos.
Acontece que os branquelos com nomes europeus, asiáticos, judeus e árabes, que comandam a economia, a política, a justiça, as forças armadas do Brasil são todos descendentes desses emigrantes, que retirantes das guerras, da fome, do desemprego, dos holocaustos raciais, do fanatismo religioso, da perseguição de governos ditatoriais fugiram para o Brasil para realizar o trabalho escravo, para substituir o negro escravo nos serviços humilhantes e pesados. Essa ascendência pobre, tão escrava quanto a negra africana, todos negam.

 

Se Rui Barbosa queimou os arquivos da escravidão para negro rico se passar por branco, o mesmo faz hoje as elites desse Brasil de mãe índia estuprada, de mãe negra fecundada para parir filhos para vender no mercado de escravos legalizado pela justiça do trabalho e pela justiça ppv

 

 

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