Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

O CORRESPONDENTE

27
Out22

Quem são os eleitores de Jair Bolsonaro?

Talis Andrade

eleitor bolsonaro eliane brum.png

coxinha eleitor tucano Payam Boromand.jpg

eleitor professor suicidio .jpg

eleitor propaganda _myrria.jpg

Fadi Abou Hassan eleitores.jpg

fundo eleitoral _edcarlos.jpg

fundo eleitoral.jpg

bolsonaro eleitor arrependido .jpeg

mpaiva eleitor de bolsonaro arma.jpg

palanque eleitoral.jpg

patriota eleitor bolsonaro.jpg

vitor orgia politica eleitoral.jpg

fuzi arma de pobre eleitor bolsonaro.jpg

 

 

eleitor bolsonaro.jpg

 

A maioria é composta por conservadores que introjetaram os valores da sociedade patriarcal, ignorados durante muito tempo pela esquerda como assunto secundário

 

por Liszt Vieira /A Terra É Redonda 

 

Durante muito tempo, boa parte da esquerda rejeitava qualquer tema que se afastasse do que então se entendia por luta de classes, vista apenas numa chave economicista. Assim, as lutas feministas, antirracistas e anti-homofóbicas eram rejeitadas como “pautas identitárias” que enfraqueciam a luta revolucionária do proletariado contra a burguesia. E a questão indígena não era percebida como problema social, e sim como uma questão puramente ambiental. O índio era visto como natureza.

Essa visão equivocada afastou os partidos e organizações políticas da esquerda de setores sociais que lutavam por seus direitos contra a opressão de que eram vítimas. Mas a esquerda tradicional não via opressão social e cultural, só via a exploração econômica dos trabalhadores. Com isso, se afastou de uma agenda crítica da sociedade patriarcal e não enfrentou na luta política os valores conservadores.

Lembrei disso para explicar, por outro ângulo, os 51 milhões de votos recebidos por Jair Bolsonaro no primeiro turno. Entre esses votos, temos os neoliberais que consideram o teto de gastos como questão de princípio, os militares reacionários – a grande maioria – os evangélicos e católicos de direita, e os que são ideologicamente fascistas. Mas esse contingente está longe de ser a maioria.

A grande maioria dos eleitores de B. é constituída por conservadores que rejeitam, assustados, o empoderamento das mulheres que não aceitam mais o seu papel tradicional como mãe de família e dona de casa. Nostálgicos da Casa Grande e da Senzala, ficam intimidados com a luta dos negros pela igualdade e verdadeiramente escandalizados com a luta dos gays (LGBTQIA+) pelo reconhecimento de seus direitos. Por exemplo, casamento entre pessoas do mesmo sexo é visto como algo vergonhoso. Além disso, associam desmatamento a progresso.

No eleitorado de B. não existem apenas interesses econômicos do empresariado capitalista, interesses corporativos dos militares, ou interesses de uma grande massa de evangélicos ludibriados em sua boa-fé por pastores corruptos. A grande maioria é composta por conservadores que introjetaram os valores da sociedade patriarcal, ignorados durante muito tempo pela esquerda como assunto secundário, fora do foco da luta de classes.

Esse grande contingente de eleitores conservadores não pode ser classificado de fascista. Mas não se deve ignorar que eles apoiariam uma ditadura fascista que levantasse bem alto o lema “Deus, Pátria e Família”. São, antes de tudo, conservadores que se identificam com os governantes que, mesmo de forma hipócrita, anunciam aos quatro ventos seus valores retrógrados como política oficial. Por exemplo, defendem a vida desde a concepção, mas não defendem as crianças que morrem de fome ou vítimas de “balas perdidas” nas favelas.

Esse eleitorado conservador transforma seu líder em mito e apoiaria uma ditadura de natureza fascista. Quer um governo forte para impedir as mudanças sociais, principalmente na esfera comportamental. O fascismo italiano e o nazismo alemão servem de modelo, ressalvadas as diferenças e as adaptações necessárias. Mas as palavras de ordem, como “Brasil Acima de Tudo”, “Deus, Pátria e Família”, “O Trabalho Liberta”, “Uma Nação, Um Povo, Um Líder” e outras, o gestual, os passeios de motocicleta, muita coisa é copiada diretamente do nazi-fascismo europeu.

Os conservadores detestam a liberdade. Precisam de um chefe autoritário para dar ordens, estão ansiosos por obedecer. Combatem a mudança, principalmente no que se refere a valores morais. Esse substrato do bolsonarismo terá de ser atacado de forma permanente, mesmo correndo o risco de romper depois a atual frente democrática anti-fascista de apoio a Lula. As lutas das desprezadas “questões identitárias” terão de ser travadas em articulação com as lutas econômicas da classe trabalhadora e com a luta pela redução da desigualdade social.

O que está hoje em questão não é uma disputa eleitoral “normal” entre dois candidatos, como a imprensa gosta de apresentar. Há um confronto entre democracia e ditadura dentro das próprias instituições, como o episódio surrealista do Roberto Jefferson demonstrou. Já estamos convivendo com medidas de um Estado de exceção. O presidente cometeu dezenas de crimes e nem processado foi, tamanha a cumplicidade criminosa das instituições de controle. O que está em jogo é a sobrevivência da democracia em luta contra a ditadura que, com o apoio dos conservadores, certamente seria implantada com a vitória do candidato hoje no poder.

Após a provável vitória de Lula, por margem mais apertada do que imaginávamos, a luta contra os valores conservadores da sociedade patriarcal será inadiável. Teremos de articular essas lutas “identitárias” com as lutas econômicas dos trabalhadores. Na linguagem da filósofa norte-americana Nancy Fraser, trata-se de articular o “reconhecimento” com a “redistribuição”, que não podem mais andar separados.

pro justiça eleitoral.jpg

11
Set22

Bolsonaro "atravessou barreira legal" ao fazer campanha no 7 de Setembro

Talis Andrade

Image

 

Cientista política aposta que a justiça não levará adiante pedidos de adversários de Jair Bolsonao para avaliar se ele cometeu abusos nos eventos do 7 de Setembro. Candidatos ao Palácio do Planalto disseram que feriado da Independência foi sequestrado pelo candidato à reeleição.

Analistas e políticos afirmam que o presidente Jair Bolsonaro ultrapassou as linhas da legalidade ao fazer dos atos oficiais pelos 200 anos de Independência do Brasil um claro palanque eleitoral. Se haverá punição, é outra história. Partidos políticos adversários do presidente anunciaram ações na justiça alegando abuso do poder político e econômico por parte de Bolsonaro na data nacional.

“Ficou claro que ele atravessou a barreira legal fazendo dos atos um comício eleitoral, mas acho muito difícil haver punição. Acredito que o TSE e o Supremo Tribunal Federal vão segurar o quanto puderem essas ações, até para não abrir caminho para os apoiadores de Bolsonaro usarem desse ambiente de guerra jurídica e questionarem a validade das eleições como um todo”, disse à RFI a cientista política Carolina de Paula, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio do Janeiro (UERJ).

“Era uma data representativa que pedia um balanço de nossa história e reflexões sobre nosso futuro”, lamenta a analista da UERJ. Ela lembra que não é a primeira vez que o presidente usa da estrutura montada pelo poder público para fazer discurso de campanha e que em nenhuma ocasião houve sanção da justiça. “Ele poderia perder parte do horário eleitoral, por exemplo, para que seus adversários tivessem o direito de resposta, mas isso dificilmente irá acontecer.”

7 de Setembro vira palanque eleitoral

 

Bolsonaro discursou pela manhã em Brasília assim que terminou o desfile cívico-militar de 7 de Setembro, no qual atacou adversários, sugeriu comparação entre as primeiras-damas em declarações machistas e jogou para seu eleitorado mais conservador e religioso. À tarde no Rio de Janeiro ele pegou novamente no microfone e falou abertamente de eleição enquanto aviões da Força Aérea faziam acrobacias no céu pela data comemorativa.

“Vocês sabem o que é preciso fazer para que esse governo continue a melhorar o Brasil. Esse é um governo que respeita seus militares, que respeita a família, que honra a Deus. E faremos um governo muito melhor com a reeleição”, afirmou Bolsonaro.

Adversários do presidente disseram que o feriado nacional foi sequestrado pelo presidente em benefício próprio, passando por cima da regras eleitorais. “Participei de dois feriados do 7 de Setembro em época eleitoral como presidente da República. E a gente nunca usou essa data como instrumento de política eleitoral", disse o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. "O presidente atual, ao invés de discutir os problemas do Brasil, de dizer como vai acabar com a fome, com o desemprego, com o arrocho do salário mínimo, ele tenta me atacar.”

Para o candidato do PDT, Ciro Gomes, o balanço do feriado foi um misto de alívio, por não ter havido violência nas ruas, e revolta pelas atitudes de Bolsonaro. “Aliviado por não ter havido mortes, porque a gente temia que a irresponsabilidade do presidente pudesse estimular atos que descambassem para ações violentas. Mas profundamente frustrado, humilhado por assistir aos 200 de independência liderado por esse espetáculo de vulgaridade, de promiscuidade, de uso despudorado do dinheiro público para fazer comício, usando toda a estrutura do pode público”, criticou Ciro.

A candidata do MDB, Simone Tebet, destacou: “triste o país que tem um presidente preocupado com a sua masculinidade enquanto milhões passam fome, enquanto cinco milhões de crianças vão dormir sem ter o que comer. Um dia tão importante como esse e ele não fala em unir o país, não apresenta um projeto para tirar o país dessa situação. Lamentável o personalismo, o populismo desse presidente”.

 

Reflexo nas urnas

 

A analista ouvida pela RFI acredita que o tom conservador, ofensivo às mulheres e agressivo do presidente não atrai aquele eleitor que hoje é a menina dos olhos dos candidatos, os 20% de indecisos. “Não acredito que esse tipo de discurso tenha poder de convencer aquele eleitor que é menos radical, que ainda não decidiu o voto. A forma de falar, os assuntos abordados, isso tem ressonância entre os que já apoiam o presidente”, avalia Carolina de Paula.

Orientado por sua equipe, o presidente não falou em urnas eletrônicas e dosou as palavras sobre o sistema judiciário. “Todos temos que jogar dentro das quatro linhas da Constituição. Com a reeleição, irei colocar dentro dessas quatro linhas todos aqueles que insistem em atuar fora delas”, discursou Bolsonaro. Antes, num café da manhã, ele havia falado que a “história pode se repetir”, após citar eventos de tensão na política brasileira, alguns inclusive que terminaram com a ruptura institucional, como o golpe militar de 1964.

“Ele deixa no ar o que fará com o resultado das urnas. De todo jeito não vejo que Bolsonaro tenha apoio político para levar adiante um golpe, por exemplo. Veja que os presidentes da Câmara, do Senado e do STF não foram ao desfile, um evento que costuma contar com a participação dessas autoridades, ainda mais um bicentenário”, analisa de Paula. “Se o Exército estaria com ele numa ruptura institucional, não dá para saber com certeza. Acredito que não, pelas informações que temos hoje, mas podemos errar. De todo jeito, ele não conta com o apoio dos demais poderes”, completa.

Image
10
Jul22

'Comprem o que comer, e na hora de votar, deem uma banana neles', diz Lula em Diadema

Talis Andrade

Image

 

 

Sobre a PEC Kamikaze, Lula deu um conselho para que a população pegue o dinheiro, compre comida e, depois, na hora do voto, escolha quem tem soluções definitivas

 

Metrópoles - Em evento neste sábado, em Diadema (SP), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT à Presidência da República, falou sobre a chamada PEC dos Auxílios, que deverá ser votada na Câmara nesta semana, com apoio da oposição. O petista deu um conselho para que população pegue o dinheiro, compre comida e, depois, na hora do voto, escolha quem tem soluções definitivas.

“Se o dinheiro cair na conta de vocês, peguem e compre o que comer. Na hora de votar, dê uma banana neles e votem para a gente mudar a história desse país”, disse Lula. Ele refere-se ao governo de Jair Bolsonaro (PL), que lançou o pacote com o objetivo de minimizar o impacto da inflação e do preço dos combustíveis para a população mais pobre.

“Não se recusa dinheiro não. Se cair o dinheiro pegue, mas na hora do voto é preciso votar em quem vai cuidar desse país definitivamente”, disse o petista, lembrando que os benefícios, pelo projeto do governo, só valem até o dia 31 de dezembro.

 

 

 

Image

Image

Image

ImageImageImageImage

Image

Image

Image

23
Jun22

Bolsonaristas atacam e ameaçam juiz que mandou prender Milton Ribeiro

Talis Andrade

www.brasil247.com - Juiz Renato Borelli e Milton Ribeiro

Juiz Renato Borelli e Milton Ribeiro (Foto: Reprodução/Youtube | Walterson Rosa/MS)Image

 

 

Juiz Renato Borelli, que determinou a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, vem sofrendo ataques e ameaças de bolsonaristas e de "grupos de apoio" ao ex-ministro

Segundo a assessoria de imprensa da 15ª Vara Federal de Brasília, Borelli vem recebendo “centenas de ameaças” originárias de "grupos de apoio" ao ex-ministro. "Os pedidos de investigação já foram encaminhados para a PF [Polícia Federal]", destacou a corte por meio de nota.

Apesar das acusações feitas pelos bolsonaristas, Borreli já condenou políticos de variados espectros e partidos políticos.

  • Determinou que João Paulo Cunha devolvesse R$ 11 milhões aos cofres públicos e Marcos Valério, R$ 536,4 mil.
  • Determinou que Bolsonaro fosse obrigado a usar máscara em 2020 com R$2mil/dia de multa por descumprimento.
  • Determinou suspensão da assistência médica da Câmara ao ex-deputado Rocha Loures (MDB), ex-assessor especial de Temer, e obrigou o emedebista a devolver salários recebidos no período em que esteve afastado.

     

    Image

     

09
Set21

Dino alerta: se ditadura não for derrubada, muitos irão para o cárcere ou para o exílio

Talis Andrade

 

torres indelible-memory.jpg

 

Às vésperas das manifestações da direita contra Jair Bolsonaro, marcadas para o dia 12 de setembro, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), afirmou nas redes sociais, nesta quarta-feira, 8, que “não é hora de tribunal sobre o passado, e sim de união contra uma ditadura”.

É ótimo que pessoas que não são de esquerda se manifestem contra Bolsonaro. Não é hora de tribunal sobre o passado, e sim de união contra uma ditadura. Se tivermos êxito, aí teremos a eleição de 2022 para debater o passado e o futuro. Se não, o debate será no cárcere ou no exílio".

Sobre a ofensiva bolsonarista, o governador afirmou no Twitter que a greve de caminhoneiros que implantou um caos no país mostra que “Bolsonaro perdeu qualquer condição de se manter no governo”.

Bloqueio de estradas; invasão do Ministério da Saúde por bolsonaristas; crise nos mercados. São sinais de que Bolsonaro perdeu qualquer condição de se manter no governo. E não adianta ficar pensando em ‘emendas’ nessa hora, pois daqui a pouco nem isso vai andar”.

demo 7 set.jpeg

 

30
Ago21

Bolsonaro debocha da fome e da dor do povo

Talis Andrade

 

por Adilson Araújo /CTB

A insensibilidade diante da fome e das agruras do povo brasileiro é uma característica das classes dominantes brasileiros e seus representantes políticos. Com Jair Bolsonaro este desprezo pela dor alheia (a dos pobres) está ganhando requintes de crueldade.

Na quinta-feira (26), o presidente chamou de “idiota” quem diz que precisa comprar feijão. “Tem que todo mundo comprar fuzil”, esbravejou.

Um comportamento que nos remete ao personagem Justo Veríssimo, de Chico Anísio, um deputado que detesta o povo brasileiro.

A carência de compaixão e o desprezo pela vida foram explicitadas pelo presidente por mais de uma vez durante a pandemia do coronavírus em frases como “mi mi mi”, zombando dos que lamentam a tragédia sanitária, ou “e daí?”, ao negar suas notórias responsabilidades no genocídio.

Infelizmente as palavras do chefe do Executivo têm sérias consequências práticas para o povo. Não é sem razão que, sob Bolsonaro, o Brasil voltou ao Mapa da Fome da ONU.

Em abril deste ano, 116,8 milhões de pessoas passaram a viver em insegurança alimentar: 43,3 milhões não têm acesso aos alimentos em quantidade suficiente (insegurança alimentar moderada) e 19 milhões passam fome (insegurança alimentar grave).

Os dados constam da pesquisa da Rede PENSSAN – Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, realizada em dezembro de 2020. São a contrapartida lógica do arrogante e criminoso descaso presidencial.

O drama do povo é agravado pela alta dos preços dos alimentos e gás de cozinha, superior à inflação e aos reajustes salariais, o que impõe a trabalhadores e trabalhadoras, sobretudo os mais pobres, dolorosa perda de poder aquisitivo.


Apologista da morte

Ao mesmo tempo em que debocha da dor do povo, o presidente genocida faz apologia da morte, da violência e das armas.

“O CAC [NR: caçadores, colecionadores de armas e atiradores] está podendo comprar fuzil. O CAC que é fazendeiro compra fuzil 762”, comemorou.

Uma arma do gênero custa cerca de R$ 15 mil e evidentemente não é objeto do desejo dos pobres. Corresponde, contudo, aos interesses de fazendeiros que contratam jagunços para assassinar trabalhadores sem terra e lideranças rurais, grilar terras e dizimar indígenas.

Como notou o jornalista Guilherme Mazui, Bolsonaro tem como hábito chamar de “idiota” pessoas que o criticam ou que o cobram pela calamitosa situação do país.

Em março, o golpista usou a palavra ao se referir às críticas pelo atraso na compra de vacinas. “Tem idiota que a gente vê nas redes sociais, na imprensa, [dizendo] ‘vai comprar vacina’. Só se for na casa da tua mãe”.

Ele também chamou um jornalista de “idiota” durante uma entrevista na Bahia. Parece coisa de psicopata, conforme alertaram alguns especialistas. Seja como for, não é um comportamento condizente com a dignidade do cargo.

Temos mais um forte motivo para mobilizar a classe trabalhadora e o povo para no dia 7 de setembro amplificar o grito de liberdade: Fora Bolsonaro.

Facínora no governo sugere compra de fuzil

 
 
18
Ago21

Associação de procuradores manda recado para negocionista Lindôra Araújo

Talis Andrade

Charge do mês - Uso de máscara

 

Lindôra disse, nesta terça-feira (18/08), que não via crime nas aglomerações sem máscara de Bolsonaro

 

 

Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) mandou um recado para a subprocuradora negacionista Lindôra Araújo. Em um post no Twitter, a ANPR ressaltou dados que comprovam a eficácia de máscaras de proteção e orientações para o uso.

Araújo disse, nesta terça-feira (18/08), que não via crime nas aglomerações sem máscara de Bolsonaro e que “não é possível comprovar a eficácia da máscara de proteção”.
 

As manifestações foram assinadas pela subprocuradora e enviadas ao STF em resposta a dois pedidos de investigação a Bolsonaro por não usar máscaras em aglomerações.

Randolfe representará contra Lindôra Araújo no Conselho do MPFCharge do Zé Dassilva: máscara funciona? | NSC Total

O vice-presidente da CPI da Covid-19, senador Randolfe Rodrigues(Rede-AP), afirmou, nesta quarta-feira (18/8), que vai encaminhar representação no Conselho Nacional do Ministério Público Federal (MPF) contra a subprocuradora Lindôra Araújo, após a representante do órgão defender não ser possível comprovar “exata eficácia” da máscara de proteção contra o novo coronavírus

Em decisão proferida pela PGR, a procuradora entendeu que o presidente Jair Bolsonaro não cometeu crime ao aparecer sem máscara e gerar aglomeração em eventos públicos, como as motociatas realizadas pelo país.

Na avaliação de Randolfe, trata-se de “decisão totalmente contrária à ciência”. “É uma decisão contrária a toda lógica da ciência. É um ato que, para além de deseducar, anistia um crime gravíssimo”, enfatizou o parlamentar.

O senador lembrou que a decisão expedida nessa terça (17/8) contraria outra sentença anterior da própria subprocuradora. “A posição contradiz decisão anterior quando esta pediu que o desembargador Eduardo Almeida Barros fosse investigado por passear em uma praia em Santos (SP) sem máscara. Bom seria se tivesse mantido sua conduta”, criticou.

bolsonaro falastrão máscara.jpg

 

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2020
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2019
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2018
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2017
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub