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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

08
Out23

Reinaldo Azevedo contra "o golpismo de gravata"

Talis Andrade
 
Reinaldo Azevedo no Reconversa com @WalfridoWarde
 
 
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8 DE JANEIRO: "Eu adverti o governo do DF no dia 7 que aquela gente era criminosa e iria invadir os Poderes; isso está documentado". 
 

O setor lixo da imprensa fez parceria informal c/ o esgoto bolsonarista p/ tentar vincular gov. Lula a Hamas. VAMOS À MEMÓRIA??? 1) Bolsonaro recebeu Beatrix von Storch, chefe de partido neonazista e neta do mais longevo ministro de Hitler. Mesmo depois do suicídio do ...
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Reinaldo Azevedo
... genocida, ele tentou criar enclave nazista no norte da Alemanha. 2) Bolsonaro recebeu apoio de “ex-líder” da KKK, chefe real da seita; 3) um dos governantes mais próximos de Bolsonaro é o húngaro Viktor Orbán, antissemita fanático. Querem continuar? A memória instrui.
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Reinaldo Azevedo no UOL

Enfraquecimento do STF só serve aos fascistoides 

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Imagem: Gustavo Maia

Depois do 8 de janeiro, quando assistimos ao ataque da horda vestindo camiseta amarela, é chegada a hora de considerar outras formas de ser do golpismo. Pode, por exemplo, se apresentar de gravata. Dois eventos nesta quarta merecem ser vistos mais de perto.

O primeiro: David Alcolumbre (União-AP), que preside a CCJ do Senado e é a verdadeira mão que balança o berço de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que o sucedeu no comando da Casa, quer voltar ao posto em fevereiro de 2025 — ainda está longe, mas essa gente é precavida. E transformar o Supremo em alvo é uma de suas ferramentas para atingir tal intento.

O segundo evento: o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), participou de uma homenagem aos 35 anos da Constituição e defendeu que cada Poder se mantenha nos seus limites constitucionais. Parte da imprensa sustentou — já com a boca torta de tanto usar o cachimbo da porrada — que se tratava de um "recado" ao tribunal. Não me parece. Fato: uma cadeia de porra-louquices fez o deputado parecer um moderado. E isso nos relata um tanto do atual estado de coisas.

 

ALCOLUMBRE
Falemos de Alcolumbre. Presidiu o Senado em 2019 e 2020 e não pôde se recandidatar para a função porque a Constituição veda a recondução de um parlamentar ao mesmo cargo da Mesa por dois biênios seguidos numa só legislatura. Pacheco e Lira completarão dois mandatos seguidos porque os exerceram nos dois anos finais de uma legislatura e nos dois iniciais de outra. Aí pode.

O político do Amapá, que sempre foi a sombra mais do que consentida de seu sucessor, quer voltar a ser o titular do cargo também de direito, não só de fato. E resolveu fazer mais do que política de boa vizinhança com o bolsonarismo. Está mesmo decidido a ganhar o seu podre coração. E tem conseguido. É um mestre do jogo ambíguo: caso se arranje com a "reacionarada", tentará transformar a candidatura em fato consumado, buscando impor-se também à base governista. Um verdadeiro pacificador, não é mesmo? Inclusive quando indica ministros...

E eis, então, que o homem resolveu voltar suas armas contra o STF. Nesta quarta, numa votação-relâmpago, de espantosos 42 segundos, a CCJ aprovou uma PEC do senador morista-bolsonarista Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), que impõe limites a decisões monocráticas dos magistrados e uma disciplina para a devolução de votos-vista. A estrovenga passou pela CCJ, embora seja inconstitucional. Afinal, um Poder não pode regular a rotina de funcionamento de outro. Trata-se de matéria prevista no Regimento Interno daquela Casa de Leis, que foi recepcionado pela Constituição de 1988.

De resto, ainda que o troço fosse aprovado e que não tivesse a inconstitucionalidade declarada, versaria sobre matéria já arbitrada pela própria Corte, que impõe mais celeridade do que a porcaria aprovada na comissão. Não tem grande importância nem acho que prospere. O que se quis mesmo foi um pretexto para arreganhar os dentes para o tribunal, além de dar piscadelas à extrema-direita.

 

OUTRAS INICIATIVAS
Outras iniciativas estão em curso, com o apoio de alguns bocós na imprensa que, não sendo extremistas de direita, são idiotas o suficiente para tratar os 11 magistrados o fator de desestabilização da democracia. O presidente do Senado resolveu apresentar uma PEC criminalizando o porte de droga, não importa qual, porque disse que os ministros estariam usurpando o papel dos parlamentares ao definir uma quantidade de maconha que caracterizaria tráfico. Para lembrar: a Lei 11.343 prevê cadeia apenas para o traficante, não para o consumidor. Ocorre que as evidências apontam que, na prática, o preto e pobre vai em cana porque quase sempre é considerado traficante, mesmo quando consumidor; o rico endinheirado se safa porque é quase sempre considerado consumidor, mesmo quando traficante. Será que juízes não devem se ocupar da questão?

Há mais: um certo Plínio Valério (PSDB-AM) não parece estar especialmente preocupado com a tragédia da seca e do desequilíbrio climático que castiga seu Estado. Tem outras ocupações. Quer uma emenda que defina um mandato de oito anos para os membros da Corte. Já escrevi aqui os sobre efeitos deletérios que teria um troço como esse. O atual presidente do Senado, que fala pelo ex, não pensa assim.

Roberto Barroso assumiu o comando do Supremo na quinta, 28 de setembro. Na segunda, 2 de outubro, lá estava o presidente do Senado a anunciar apoio à tese do mandato, como se o Brasil fosse uma dessas sólidas democracias parlamentares europeias. Numa entrevista, engrolou:

"Bom, essa é uma tese que eu já defendi publicamente. Continuo a defender. Acho que seria bom para o Poder Judiciário, para a Suprema Corte do nosso país. Seria bom para a sociedade brasileira termos uma limitação do mandato de ministro do Supremo. Agora que já resolverá a segunda vaga de responsabilidade do presidente Lula, eu acho que preenchida essa vaga, é o momento de nós iniciamos essa discussão no Senado Federal e buscarmos a elevação da idade mínima para ingresso no Supremo Tribunal Federal, a fixação de mandato na Suprema Corte, no tempo também que dê estabilidade jurídica até pra formação da jurisprudência do país. Essa é uma tese aplicada em outros países do mundo. É uma tese defendida por diversos segmentos, inclusive por ministros e ex-ministros do Supremo Tribunal Federal, e eu acho que é uma tese possível de ser debatida e discutida no Senado Federal"

No dia 27 do mês passado, em sessão garbosamente conduzida por ele, seus pares aprovaram o despudorado projeto de lei, que já havia passado pela Câmara, que define o marco temporal para a demarcação de terras indígenas, além de expor as áreas já demarcadas ao risco de exploração econômica mesmo sem a concordância dos ocupantes originários. O STF já havia decidido, por nove votos a dois, que o marco é inconstitucional. A aberração aprovada consegue ser ainda pior.

 

NO PAU DE ARARA
Há uma óbvia aliança de bolsonaristas e moristas -- estes especialmente espalhados na imprensa --, organizados e conjurados para atacar o Poder de toga. Afinal, as primeiras condenações pelos atos golpistas estão em curso; todos sabem que Bolsonaro está na fila e que os crimes da dita força-tarefa começam a vir à superfície. Assim, a canalha precisa testar se o ódio que os sectários do dito "Capitão" devotam a pelo menos nove ministros se expande além da bolha. É nessas horas que entram os oportunistas, com suas alianças episódicas.

Alcolumbre é poderoso, influente, mas está longe de ser o rei da popularidade entre os pares. Tenta se garantir com os bolsonaristas porque estes podem dar tração à sua candidatura; com eles, buscará se impor como fato consumado à base aliada. E, no melhor dos mundos, ainda posará de pacificador. Nem precisará de um Rogério Marinho (PL-RN) para vocalizar as pautas dos reaças. Estes, por sua vez, têm a esperança de que um tribunal eventualmente mais enfraquecido possa poupar Bolsonaro. O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) sonha até com a anistia. Outro dos delírios em voga, que tem um deputado como porta-voz — Domingos Sávio (PL-MG) — é transformar o Congresso em instância revisora do Supremo...

 

AINDA FALTA ARTHUR LIRA
O presidente da Câmara, que prefere terçar armas com o Executivo, não com o Judiciário, se disse contrário à tese do mandato. Disse que aceita debater a limitação de decisões monocráticas, mas não mandato. Discursou nesta quarta em homenagem aos 35 anos da Constituição. Afirmou:

"A Constituição passou por várias emendas, mas preservou, lógico!, a sua essência. É útil, é pioneira e é desbravadora. Ilumina, ainda hoje, os caminhos por onde cada um dos integrantes deste Parlamento pode trilhar. Estabelece as balizas que delimitam o campo de ação de cada um dos Poderes do Estado, e é importante, sempre, que nós saibamos nos conter, cada Poder desta nação nos seus limites constitucionais. E eu tenho absolutamente certeza de que o Parlamento brasileiro os obedece, os cultiva e os respeita"

Não me parece, à diferença do que se tem dito por aí, que esteja, ele também, "mandando recados" ao Judiciário. De saída, rechaça a bobagem do "Congresso como revisor do STF". E já se sabe que não está disposto a flertar com mandatos para ministros. O que estou dizendo, meus caros, é que, dado o surto que toma o Senado, com as ambições fora do controle, o presidente da Câmara surge, na comparação ao menos, como um pacificador. E isso só chama a atenção para a figura de Pacheco como aquele destinado a ser o que efetivamente não foi. Ou que não foi o que poderia ter sido.

22
Set23

Mauro Cid recebeu estudo safado sobre "poder moderador" dos militares, que justificaria golpe sangrento e ditadura de Bolsonaro após a vitória de Lula nos dois turnos 

Talis Andrade
 
 
Artefato foi colocado em caminhão com mais de 60 mil litros de querosene de aviação -  (crédito: Material cedido ao Correio)
Bomba foi colocado em caminhão com mais de 60 mil litros de querosene de aviação, para explodir o Aeroporto de Brasília

 

Maior atentado terrorista do Brasil

Usando dispositivo remoto, homem planejou explosão sob caminhão com querosene no aeroporto de Brasília. Acampamentos de terroristas na porta dos quartéis patrocinados por traficantes de ouro, de mercúrio, de agrotóxicos. Sabotagem dos kids pretos 

 

Uma revelação bombástica abala o cenário político relacionada ao plano golpista ditatorial discutido em reuniões secretas entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e altos escalões das Forças Armadas. O caso veio à tona após a divulgação de e-mails da equipe de ajudantes de ordens e desordens da Presidência, que indicam um encontro entre Bolsonaro, comandantes por ele nomeados das Forças Armadas e o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, em 14 de novembro de 2022, apenas quinze dias após o segundo turno das eleições presidenciais. No dia 30 de novembro teve uma reunião no Senado para convocar facções da extrema direita, e marcar reunião nacional em Brasília, para pedir intervenção armada do exército, para prender o presidente Lula logo depois da posse, na primeira semana de governo petista.

O encontro, que não constava na agenda oficial do ex-presidente, teria ocorrido no Palácio da Alvorada e levanta questões sobre sua natureza e conteúdo. Dois dias após essa reunião, Mauro Cid, ajudante de ordem unida e desordens de Bolsonaro, teria recebido um estudo sobre o "poder moderador" de militares, uma tese adotada por bolsonaristas para justificar uma intervenção militar sangrenta, com prisões de esquerdistas nos estados e lista de líderes políticos e juristas marcados para morrer. O lema do golpe "todo poder para a família de Bolsonaro presidente, do filho 01 senador, 02 prefeito do Rio de Janeiro, 03 deputado federal por São Paulo, e 04 deputado federal por Brasília. Michele seria coroada rainha Ester das igrejas e do PL Mulher de Valdemar Costa Neto.

Segundo informações vazadas por Cid em sua delação, Bolsonaro teria se encontrado com a cúpula das Forças Armadas e integrantes do governo da ala militar após as eleições para discutir detalhes de uma minuta que contemplava medidas golpistas. Na época, o então comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, teria supostamente declarado a Bolsonaro que sua tropa estava pronta para aderir a um chamamento do então presidente. Embora os e-mails relacionados à agenda do dia 14 de novembro não mencionem nominalmente os comandantes presentes, é importante ressaltar que as três Forças eram lideradas por Almir Garnier (Marinha), General Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e Tenente-Brigadeiro do Ar Baptista Junior (Aeronáutica) naquela ocasião.

 

DEZEMBRO DE ESCURIDÃO

Depois da reunião do dia 30 de novembro no Senado, com a participação de terroristas e kid pretos, foram iniciados o ensaio geral do golpe. 

Escreve Henrique Lessa, in Correio Brasiliense:

Um grupo de manifestantes desembarcou de um ônibus no final da tarde da segunda-feira (5/12) em frente ao hotel onde o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está hospedado em Brasília. O grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), vestindo camisetas da seleção, foi ao local pedindo uma intervenção militar que impeça a posse do petista no dia 1º de janeiro de 2023.

Os manifestantes usavam roupas verde e amarela, e no grupo, alguns dos integrantes de origem indígena utilizavam cocares e adereços e gritavam que Lula “não subirá a rampa''. Eles também hostilizaram alguns jornalistas que estavam de plantão em frente ao hotel aguardando algum comunicado do presidente eleito.

No mesmo hotel, mais cedo, Lula recebeu os enviados do presidente americano, Joe Biden, o Conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, e o diretor sênior para assuntos do Hemisfério Ocidental, Juan Gonzalez.

Entre os manifestantes estava o bolsonarista Oswaldo Eustáquio, blogueiro preso a pedido de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), durante as investigações do inquérito dos atos antidemocráticos.

Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, a manifestação durou cerca de meia hora, e se dispersou por volta das 19h, quando a polícia reforçou a segurança em volta do hotel onde Lula estava hospedado, com cerca de 30 PMs.

As tentativas de invadir o hotel continuaram por todo mês de dezembro. 

 

NOITE DE TERROR EM BRASÍLIA

Narra Ana Lúcia Ferreira, in Mais Brasília:

 
 

O grupo ateou fogo em ao menos 7 veículos, incluindo 4 ônibus, totalmente queimados e 1 ônibus parcialmente. Eles também quebraram diversos carros e ainda depredaram uma lanchonete do MC Donald’s, uma Delegacia de Polícia, postes de iluminação pública e tentaram derrubar um ônibus de um viaduto.

5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte depredada por grupo bolsonarista. Foto: Reprodução/ Redes Sociais

 

Vestidos com camisa do Brasil, os manifestantes se espalharam por diversas regiões do DF bloqueando vias com pedaços de concreto, botijão de gás e cones.

Além de equipes do Batalhão de Choque e da Forças Tática, um helicóptero chegou a ser usado para procurar manifestantes em áreas escuras. O Governo do DF, porém, não informou se houve prisões.

De acordo com o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, parte dos vândalos pró-Bolsonaro responsáveis pelos atos de violência em Brasília estavam acampados no QG do Exército.

Toda a confusão teve início após uma ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), contra o indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante.

A Polícia Federal (PF) o conduziu até a sede da corporação, na Asa Norte. O pedido foi da PGR (Procuradoria-Geral da República), que apontou o indígena como um dos integrantes dos atos antidemocráticos na capital federal.

Repúdio O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), repudiou a violência dos manifestantes e a atribuiu a uma “minoria raivosa”.

A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) também se pronunciou sobre os atos de vandalismo praticados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) na tentativa de invasão da Polícia Federal (PF), na Asa Norte. De acordo com a Federação os atos são um “atentando contra a vida de policiais federais no cumprimento de suas funções, em seu local de trabalho”.

O Conselho Federal e a Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) divulgaram uma nota de repúdio e afirmaram que “é preciso prender os responsáveis e agir firmemente para a efetiva punição de todos na forma da lei”.

Artefato foi colocado em caminhão com mais de 60 mil litros de querosene de aviação -  (crédito: Material cedido ao Correio)
Artefato foi colocado em caminhão com mais de 60 mil litros de querosene de aviação

 

BOMBA DE DINAMITES NA NOITE DE NATAL EM BRASÍLIA

O plano maligno era explodir dinamites mais um caminhão-tanque de combustível para avião na pista do aeroporto de Brasília na Noite de Natal  
 
 
Escreve Darcianne Diogo: O plano criminoso orquestrado por um empresário bolsonarista para explodir uma bomba próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília poderia resultar em um dos maiores atentados terroristas do Brasil — em plena véspera de Natal. O trabalho das forças de segurança do DF impediu que a tragédia acontecesse e colocou atrás das grades George Washington De Oliveira Sousa, 54 anos, preso pela Polícia Civil (PCDF).
 

O plano criminoso orquestrado por um empresário bolsonarista para explodir uma bomba próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília poderia resultar em um dos maiores atentados terroristas do Brasil — em plena véspera de Natal. O trabalho das forças de segurança do DF impediu que a tragédia acontecesse e colocou atrás das grades George Washington De Oliveira Sousa, 54 anos, preso pela Polícia Civil (PCDF).

O atentado frustrado contava com equipamentos singulares, incluindo um dispositivo de acionamento remoto. O artefato foi posicionada para também envolver um caminhão de querosene, o que poderia ter aumentado o poder destrutivo do ataque.

Detalhes do plano Segundo informações da polícia, George procurou — entre 22h e 5h de sexta-feira (23/12) — até encontrar o melhor ponto para deixar o artefato explosivo. O empresário teria então encontrado um caminhão-tanque, abastecido com 63 mil litros de querosene de aviação (28 mil no primeiro compartimento, e 35 mil no segundo), na Estrada Parque Aeroporto (Epar), em frente à Concessionária V1, e apoiou a bomba no eixo do automóvel. A carreta estava estacionada em uma área perto do aeroporto.

O artefato seria explodido por meio de um dispositivo remoto. A perícia da Polícia Civil do DF (PCDF) identificou que houve tentativa de detonar a bomba. “Graças a Deus conseguimos interceptar. Não conseguiram explodir, mas a perícia nos relata que eles tentaram acionar o equipamento”, frisou o diretor-geral da PCDF, o delegado Robson Cândido.

Peritos estimam que seria muito provável que a quantidade de explosivo fosse hábil para romper o compartimento do tanque, mas ainda não há confirmações concretas. No entanto, em caso de rompimento, resultaria na explosão ou em um incêndio de grandes proporções.

Artefato foi colocado em caminhão com mais de 60 mil litros de querosene de aviação

Polícia Civil do DF (PCDF) estava no local periciando, logo após a desativação da bomba feita pelo Esquadrão Antibombas da PMDFMinervino Júnior/CB/D.A.Press

24/12/2022. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Esquadrão Anti Bomba do Bope e Polícia Federal em ameaça de bomba no Aeroporto.Minervino Júnior/CB/D.A.Press

24/12/2022. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Esquadrão Anti Bomba do Bope e Polícia Federal em ameaça de bomba no Aeroporto.Minervino Júnior/CB/D.A.Press

24/12/2022. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Esquadrão Anti Bomba do Bope e Polícia Federal em ameaça de bomba no Aeroporto.Minervino Júnior/CB/D.A.Press

24/12/2022. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Esquadrão Anti Bomba do Bope e Polícia Federal em ameaça de bomba no Aeroporto.Minervino Júnior/CB/D.A.Press

24/12/2022. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Esquadrão Anti Bomba do Bope e Polícia Federal em ameaça de bomba no Aeroporto.Minervino Júnior/CB/D.A.Press
 

Quem é George? Morador do Pará, George deixou a mulher e filhos na terra natal e chegou à capital em 12 de novembro para fortalecer o movimento dos protestantes acampados em frente ao Quartel-General do Exército (QG). O empresário viajou em uma caminhonete, em que trouxe, no interior do veículo, armas, munições e artefatos. Em Brasília, hospedou-se por um tempo em um hotel da área central. Depois, alugou um imóvel por meio de uma plataforma de serviço on-line para acomodações e hospedagem.

Prisão Na tarde desse sábado (24/12), o Esquadrão de Bombas da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) conseguiu desativar um artefato explosivo encontrado próximo ao Aeroporto de Brasília, por volta de 13h20. O material explosivo foi encontrado dentro de uma caixa por funcionários da Inframérica por volta de 7h45. Os funcionários interditaram parte da pista com cones, e esperaram os policiais militares chegarem.

Com a PMDF no local, uma das pistas sentido ao Aeroporto de Brasília foi interditada. O procedimento para a remoção do objeto, que são duas bananas de dinamite ligadas a um fio, iniciou por volta de 11h55 pelo Esquadrão de Bombas da corporação. Às 13h20, o grupo desativou a bomba, e deixou o local logo após, seguido do CBMDF e da PF.

Em menos de 8 horas, investigadores da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) chegaram ao encalço de George. No apartamento e no carro dele, os policiais encontraram um arsenal, roupas camufladas, munições, espingardas e artefatos explosivos. "Ele estava em uma caminhonete, carro próprio, e trouxe os armamentos por lá. Mas as emulsões explosivas foram encaminhadas para ele posteriormente. Será investigado quem enviou, mas de antemão elas são oriundas de pedreiras e garimpos do Pará, mas iremos investigar essa conexão", falou o diretor-geral da PCDF.

No depoimento prestado à PCDF, o empresário confessou que pretendia distribuir armas e munições para os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que estão acampados em frente ao QG, caso houvesse necessidade e orientação nesse sentido. George foi indiciado pela prática de terrorismo, posse e porte de armamento e munição e posse de artefato explosivo.

 

Um verdadeiro arsenal foi encontrado com o suspeitoPCDF/Divulgação

ATOS DE SABOTAGEM E ACAMPAMENTOS DE BADERNEIROS NA PORTA DE QUARTÉIS

Atos terroristas aconteceram em todo o Brasil. Ações ilegais patrocinadas pelo agronegócio, notadamente o agrotóxico, os traficantes de ouro, de pedras preciosas, de mercúrio e cocaína (vide tags). 

Atos de sabotagem como acampamentos ilegais na porta de quartéis, bloqueio de estradas, propaganda de listas de presos e de pessoas marcadas para morrer, como aconteceu no golpe de 1 de abril de 1964.

A sabatogem em linhas de transmissão de energia passou a ser investigada a partir do dia 8 de janeiro dos atos de vandalismo em Brasília. 

Leia reportagem de Guilherme Grandi, na Gazeta do Povo, in 10 de janeiro de 2023:

O governo federal (do presidente Lula) criou um gabinete de crise para apurar a derrubada de três torres de transmissão de energia elétrica desde a noite de domingo (8) nos estados do Paraná e Rondônia. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que tornou o fato público apenas nesta terça (10), há indícios de sabotagem e de vandalismo, como o corte de cabos de sustentação.

Segundo dois boletins informativos enviados à Gazeta do Povo, as quedas das torres ocorreram em linhas que ligam as usinas de Itaipu, Jirau e Santo Antônio ao sistema interligado brasileiro. Por conta disso, segundo a agência e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), não houve desabastecimento de energia.

Em um deles, a Aneel cita o repúdio às “ações criminosas praticadas neste domingo [8]”, que culminaram com a invasão aos prédios públicos de Brasília, e diz que manteve contato com o ONS e diretores de operação dos principais centros urbanos do Brasil para “garantir segurança no fornecimento de energia elétrica”.

A CPMI dos Atos Terroristas deveria investigar a explosão de torres, sabotagem dos kids pretos. 

12
Jul23

Terrorista George Washington e o plano para explodir o Aeroporto de Brasilia na véspera do Natal (parte 6)

Talis Andrade

VÍDEO. Bomba! Estes dois políticos conversaram com os terroristas antes da tentativa de explodir o Aeroporto de Brasília!

(Continuação)  George se refere a Bento com a saudação: “meu nobre general”. Não há indicações se ele é, de fato um militar ou se o tratamento é apenas uma forma de se referirem na intimidade.

Relatório da Polícia

“No dia 23/12/2022, SOLANGE liga duas vezes para GEORGE, uma às 02h30 e outra às 21h58. No entanto, conforme registro, apenas a ligação das 02h30 foi respondida, tendo duração de 1’26”. Por volta das 22h, GEORGE comenta sobre uma loira de óculos e reclama que algumas pessoas não comparecem conforme o combinado. Essa mesma reclamação foi externada em sua conversa com “Ricardo Adesivaço Xinguara”. 

Trata-se da véspera do atentado, quando estão finalizando os preparativos, mas algumas providências já começam a dar errado.

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Relatório da Polícia: 

Transcrição áudio PTT-20221223-WA0098: “Amigo, desculpa lhe falar, mas infelizmente você agiu muito errado aí comigo. Entregar esse material na mão desse rapaz. Você sabe que eu não sou amiguinho dele. Desculpa aí, tá? Mas tudo bem, beleza. Obrigado aí, valeu”.

Por volta das 16h20, do dia 23/12/2023, HERMETO envia outros áudios perguntando sobre o que está acontecendo no QG e uma encomenda de GEORGE que estava com TIAGO. Além disso, HERMETO envia alguns áudios dos quais não foi possível realizar a extração e mensagens de texto alertando GEORGE a não seguir algumas pessoas e “não tentar ser um herói”. No dia seguinte, 24/12/2022, HERMETO envia mensagens perguntado como GEORGE está e envia uma matéria sobre a bomba encontrada no aeroporto de Brasília”.

Epílogo:

O que houve a partir dali foi a prisão de George Washington e o desmoronamento da penúltima tentativa dos terroristas de colocarem a democracia abaixo, impedindo a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito com  60.345.999 de votos, no dia primeiro de janeiro.

Lula subiu a rampa, ladeado por sua esposa, Rosângela Lula da Silva e por representantes das diversidades dos brasileiros. Uma multidão compacta pôs abaixo qualquer tentativa de impedir que ele assumisse o poder, vontade da maioria do povo que, no entorno, se emocionava, cantava e, principalmente, defendia o seu escolhido, ao som de uma palavra de ordem: “sem anistia!”. Esse foi o grito surgido espontaneamente naquela massa homogênea.

Aquelas pessoas, de maneira intuitiva, antecipavam o horror que se seguiria. No dia 8 de janeiro, quando a Nação ainda não havia apagado do rosto o sorriso pela vitória e a posse de Lula, transcorrida em paz, uma horda desembestada de cerca de 20 mil terroristas invadiu os prédios dos três poderes, em Brasília. A rampa, por onde havia subido a alegria, serviu de ponte entre o amor e o ódio devastador. Em casa, pela televisão, o país viu um golpe acontecendo ao vivo. O golpe fracassou, mas a palavra de ordem surgida no seio do povo, no dia da posse, ainda ecoa no Brasil que se quer realmente livre: “sem anistia!”. 

 

 

 

 
11
Jul23

Terrorista George Washington e o plano para explodir o Aeroporto de Brasilia na véspera do Natal (parte 5)

Talis Andrade

 

George Washington informa que comprou as dinamites para explodir Brasília por R$ 600,00

 

(Continuação)  Ainda no dia 23/12/2022, GEORGE parecia estar esperando para se encontrar com outra pessoa que estava demorando para aparecer, possivelmente Alan Diego. Pois, em entrevista, GEORGE disse que, no dia 23/12/2022, teria entregue os explosivos para ele (Alan Diego) no QG (Quartel General). Essa entrega ocorreu dentro do veículo de GEORGE. No entanto, GEORGE disse que não sabia que os explosivos seriam colocados em um caminhão-tanque no aeroporto de Brasília/DF”. As mensagens abaixo, porém, não deixam dúvidas sobre o que e do que estão falando:

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Relatório da Polícia: “No depoimento na ocasião de sua prisão, GEORGE WASHINGTON afirmou que comprou as dinamites utilizadas na tentativa de explosão do caminhão, de um homem do estado do Pará, que teria vindo a Brasília para lhe entregar o material, por R$600,00, conforme imagem abaixo. Durante entrevista informal (primeiro depoimento) nesta delegacia, GEORGE afirmou que o nome do envolvido é RICARDO, morador do município de Xinguara/PA”.

 Em operação na quinta-feira (06/07), a Polícia Federal prendeu em Marabá, um homem chamado Ricardo, também ligado a Washington, sob suspeita de ser um dos seus colaboradores. Trata-se de Ricardo Guimarães, o preso em operação da PF que apura possíveis financiadores dos atos de invasão ao Aeroporto de Brasília. Esse Ricardo já foi vice-prefeito da cidade no Pará. Os agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão no Pará, Mato Grosso e no Distrito Federal. Pode ser o que enviou dinheiro para George. É preciso aguardar as apurações.

Nervosismo no final da “missão”. Cacique Serere pertence ao grupo 

A poucas horas da execução do plano terrorista, Alan Diego dos Santos desaparece. A troca de mensagens traduz apreensão.

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Surge agora um personagem novo, na história. Trata-se de Solange Patriota, uma pessoa ligada ao cacique Serere. Diante dos fatos, é possível agora supor que não era apenas uma liderança bolsonarista solta na história. Pelas apurações da Polícia, descobre-se que o cacique sabia da existência do grupo de George Washignton. Vê-se também que o Próprio Alan Diego, que agora, em seus depoimentos na CPMI, procura se colocar alheio aos fatos.

Relatório da Polícia: “Durante entrevista (primeiro depoimento) com GEORGE, o preso citou uma pessoa chamada Solange, oriunda de São Félix do Xingu. De acordo com GEORGE, Solange teria participado de algumas reuniões em tendas dentro do QG (Quartel General), mas não foi muito claro quanto à sua participação sobre o uso dos explosivos. No entanto, no diálogo com GEORGE, SOLANGE faz algumas citações sobre “peça de caminhão”. Como dito anteriormente, esse seria o código para se referir aos explosivos. Portanto, a seguir, serão expostos alguns trechos com o contato descrito como “Solange Patriota SFX”.

“No dia 01/12/2022, Solange menciona uma peça que precisa ser buscada e depende da autorização de GEORGE. Infere-se que o motorista responsável por buscá-la seria BENTO”. Que, depois descobre-se, vem a ser parente dela (Têm o mesmo sobrenome).

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“No dia 03/12/2022, TIAGO envia uma mensagem dizendo que está fazendo a segurança do homem, mas não especifica quem. No dia 04/12/2022, TIAGO comenta sobre um vídeo do índio Serere e que seria importante postá-lo, principalmente a parte em que ele fala em português. Em outro áudio, TIAGO parece convidar GEORGE para fazer a segurança, pois diz que GEORGE já tem os “negócios tudo documentado”, provavelmente se referindo a armas. Por volta das 22h do dia 04/12/2022, TIAGO pede para GEORGE enviar as fotos que tirou juntamente com os filhos do Serere no hotel.

No dia 11/12/2022, Solange solicita a presença de GEORGE para uma reunião com índio Serere. Além disso, cita novamente uma peça do caminhão e que o motorista estaria esperando instruções. Em seguida, GEORGE responde que está no QG, envia outras mensagens que são apagadas. Essas mensagens apagadas não foram recuperadas”. 

Porém, os diálogos do grupo prosseguem, sempre na linha da execução do plano:

“No dia 11/12/2022, Bento diz que está em uma missão servindo como motorista de índio. Em seguida, envia uma imagem em que é possível observar o índio Serere, preso pela polícia federal no dia 12/12/2022”. Depreende-se pela mensagem: “cacique quer os CACs”, que Serere tinha alguma importância nas ações do grupo.

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No período em que antecedeu a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, circularam boatos e postagens nas redes sociais, de que o plano era impedir que o presidente eleito não subisse a rampa. Para isto, ainda segundo os boatos, a direita raivosa estava pensando em contratar um “sniper” para alvejá-lo. A ideia era executá-lo e, para isto, usariam um profissional que usasse uma arma de precisão e usada para tiros à distância. Por essa documentação, agora fica-se sabendo, que o plano, de fato, chegou a ser posto em marcha, mas interrompido. George Washington fez contato com um professor, de uso desse tipo de arma para, de acordo com o relatório da Polícia, ao que parece, ser ele o atirador:“O interlocutor das mensagens abaixo trata-se do sniper MARCOS ROBERTO SIBINELLI, cujos serviços GEORGE queria contratar. Apesar da negociação, o encontro entre eles não aconteceu. SIBINELLI prestou declarações nesta delegacia, onde confirmou que foi procurado por GEORGE para receber aulas de tiro. Entretanto, as aulas não chegaram a ocorrer”.

Relatório da Polícia:  “No dia 13/12/2022, por volta das 22h, HERMETO envia alguns áudios para GEORGE para que eles, no dia seguinte, possam ir comprar pólvora com o intuito aparentemente de fabricar dispositivo explosivo. Além da pólvora, HERMETO fala que eles precisam comprar uma mochila, touca e peteca. Ele pede para GEORGE ir cedo, pois precisará fazer alguns protótipos e testá-los. Segue abaixo trecho da conversa e transcrição dos áudios.

Transcrição áudio PTT-20221213-WA0580: “Deixa eu te falar. Tu vai vir pra cá no QG ou tu vai ficar aí, já? ou tu vai ficar aí já?”.

Transcrição áudio PTT-20221213-WA0581: “É quase dez horas já né? Amanhã cedo tu vem aqui para nós comprar uma pólvora ali pra mim fazer uns negócio. Mas tem que vir cedo, para fazer as pólvoras”.

Transcrição áudio PTT-20221213-WA0597: “Chefe, por aqui está tudo bem, tudo calmo. Os Pica de 500 foram tudo embora. Ficou só os pica de 100 dormindo. (inaudível). Peão é peão. Mas está tudo certo, graças a Deus”. (Eles parecem falar dos coordenadores do acampamento).

Transcrição áudio PTT-20221213-WA0598: “Tu já está aí já? E cadê o teu paraquedista lá, o gago. Porque tu não leva o gago pra Xinguara (palavrão)?”. Transcrição áudio PTT-20221213-WA0599: “Ei, nós tem que comprar a mochila amanhã, umas toucas e a pólvora, pô! Mas tu vem cedo. Vem umas oito horas para nós ir lá.

Tem que ser rápido a missão. Tem que fazer uns protótipos aqui. Tem que fazer e testar, fazer e testar. Para ver onde chega à quantidade de pólvora e o tanto de enrolado que tem dar nas petecas. Tem que comprar umas petecas também para nós. Aí tem que fazer o teste drive”.

Transcrição áudio PTT-20221213-WA0600: “Porque os protótipos tem que fazer enrolando na sacola. Tem que ver quantas voltas, entendeu? Tem que ir testando. Porque, se botar muitas voltas, fica muito (inaudível) demais. Tem que ser uma volta só, que é para estourar em qualquer vidro, qualquer coisa assim”.

No dia 17/12/2022, HERMETO envia uma foto vestindo uma roupa camuflada com uma touca ninja. Possivelmente uma das máscaras citadas no dia 13/12/2022. Depois envia um áudio sobre uma pessoa chamada TIAGO que pergunta sobre uma Glock (marca de arma de fogo).

Transcrição áudio PTT-202217-WA0215: “Ei, Washington, o Tiago está perguntando se tu trouxe a Glock dele já”.

No dia 23/12/2022, véspera da prisão de GEORGE, HERMETO realiza uma chamada telefônica e, em seguida, envia alguns áudios dizendo para GEORGE que “as coisas” dele estavam guardadas. Depois envia outro áudio e informa que “as coisas” estão com ALAN”.

O diálogo que se segue dá bem a noção do quanto irresponsáveis foram aquelas pessoas com relação ao manuseio dos explosivos. Chegaram mesmo a armazená-lo na cozinha do acampamento, sob um “palete”.

Relatório da Polícia:

“GEORGE se chateia com HERMETO por ele ter entregue o(s) objeto(s). Durante os áudios, não foi especificado o que seria esse pertence de GEORGE. Cabe ressaltar que, em depoimento, GEORGE afirmou ter entregue a bomba para ALAN no dia 23/12/2022.

Transcrição áudio PTT-20221223-WA0012: “Ei, Washington, pega o teu negócio aqui. Está comigo, viu? Guardei aqui. Vai ficar aqui ele”.

Transcrição áudio PTT-20221223-WA0013: “(inaudível) de uns containers aqui, do paletes. Só levanta os paletes aqui que ele vai estar aqui debaixo. (inaudível) cozinha”.

Transcrição áudio PTT-20221223-WA0033: “Tá com o teu amiguinho aqui, com o ALAN, viu?”.

George solta um palavrão e diz que não era para Hermeto ter entregado para Alan, os artefatos, demonstrando que não havia uma relação de confiança entre os dois, o que talvez explique a postura de Alan Diego Rodrigues, ao depor na CPMI. 

Relatório da Polícia: 

Transcrição áudio PTT-20221223-WA0098: “Amigo, desculpa lhe falar, mas infelizmente você agiu muito errado aí comigo. Entregar esse material na mão desse rapaz.

Você sabe que eu não sou amiguinho dele. Desculpa aí, tá? Mas tudo bem, beleza. Obrigado aí, valeu”.

Por volta das 16h20, do dia 23/12/2023, HERMETO envia outros áudios perguntando sobre o que está acontecendo no QG e uma encomenda de GEORGE que estava com TIAGO. Além disso, HERMETO envia alguns áudios dos quais não foi possível realizar a extração e mensagens de texto alertando GEORGE a não seguir algumas pessoas e “não tentar ser um herói”. No dia seguinte, 24/12/2022, HERMETO envia mensagens perguntado como GEORGE está e envia uma matéria sobre a bomba encontrada no aeroporto de Brasília.

Relatório da Polícia:

“No dia 16/12/2022, GEORGE envia uma mensagem dizendo que irá realizar uma transferência em dinheiro como uma forma de ajuda. Não ficou claro no que consistiria essa ajuda financeira. BENTO envia os dados para recebimento e GEORGE realiza duas transferências, uma no valor de R$4.000,00 (quatro mil reais) e outra no valor de R$1.000,00 (mil reais). Além disso, GEORGE se dispõe para enviar mais dinheiro se for necessário, porém pede sigilo. BENTO responde que é o suficiente e acrescenta que outras pessoas também irão ajudar”.

Acontecem nesse momento algumas transações bancárias, combinadas pelo celular de George. A operação está praticamente pronta e, de acordo com ele, que tudo leva a crer, seja o líder da operação, já há recursos suficientes.

 

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George se refere a Bento com a saudação: “meu nobre general”. Não há indicações se ele é, de fato um militar ou se o tratamento é apenas uma forma de se referirem na intimidade. (continua)

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