Quantos brasileiros morreram de Covid com a militarização do Ministério da Saúde: o atraso na compra das vacinas e o kit cloroquina me engana? Quantos brasileiros vão morrer por não ter dinheiro para comprar medicamentos de uso contínuo? O remédio é votar em Lula que criou o Programa Farmácia Popular
Logo após fazer sua festa particular do7 de setembro, Jair Bolsonaro (PL) corta cerca de 59% das verbas daFarmácia Popular, que atinge milhões de brasileiros, fornecendomedicamentos de graçaou apreço abaixo do mercado. Tudo isso para garantir oorçamento secreto em 2023.
O programa que atende mais de23 milhões de brasileiros, sofreu cortes do governo Bolsonaro e um corte drástico de 59%, o que deve afetar diretamente osmais pobres. O corte ocorre para garantir os recursos do Orçamento secreto, esquema revelado pelo jornalEstado de São Paulo.
Na contramão do corte desses programas, as emendas de relator incluídas no orçamento da saúde cresceram 22%.
O levantamento foi feito porBruno Moretti, assessor do Senado e especialista em orçamento da saúde. Os dados completos serão publicados em Nota de Política Econômica do Grupo de Economia do Setor Público da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A parcela gratuita do Farmácia Popular é voltada para medicamentos de asma, hipertensão e diabetes. Em 2022, as despesas com a gratuidade do programa prevista no Orçamento somaram R$ 2,04 bilhões. Já no projeto de Orçamento de 2023, o governo previu R$ 842 milhões: corte de R$ 1,2 bilhão.
Geraldo Alckmin
Aquele programa que garante a você o acesso gratuito a medicamentos para tratamento de asma, diabetes e hipertensão. Além de afetar a indústria farmacêutica nacional, essa ação desumana do governo vai retirar remédios gratuitos de quem mais precisa já a partir do próximo ano.
No período de 2012 a 2021, 245.811 brasileiros sofreram amputação de membros inferiores, envolvendo pernas ou pés, uma média de 66 pacientes por dia, o que significa pelo menos três procedimentos realizados por hora.
O levantamento inédito foi feito pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), com base em dados do Ministério da Saúde. O presidente da sociedade, Julio Cesar Peclat de Oliveira, afirmou que “o problema é que, quando a gente compara com os últimos anos, vemos que a situação vem piorando e, coincidentemente, com a pandemia de covid-19.”
Pela análise dos números, o médico interpretou que muitos pacientes perderam a continuidade do tratamento de doenças crônicas como, por exemplo, o diabetes, que é uma das principais causas de amputação de membros inferiores.
“É uma doença crônica e o tratamento tem de ser crônico, ou seja, não pode ser descontinuado”. Ele explicou que, quando a pessoa é diabética e não faz tratamento adequado e usa medicamentos, “ela descompensa a doença e fica mais vulnerável aos riscos de, por exemplo, ter uma ferida no pé que vai infectar e gangrenar, evoluindo com perda desse membro”.
Peclat de Oliveira afirmou que cerca de 70% das amputações são motivadas por uma pequena ferida ou calo no pé. Por isso, recomendou que o paciente diabético precisa ter disciplina rígida e fazer o autoexame diário, principalmente do chamado pé neuropático, caracterizado pela perda progressiva da sensibilidade.
“De maneira geral, o recado é que devem fazer o autoexame dos pés, principalmente o paciente diabético”. O médico recordou que muitos pacientes não sabem que são diabéticos. Muitos só vão se inteirar disso quando vão ao consultório tratar varizes, marcam cirurgia e o médico constata que seus níveis glicêmicos estão nas alturas.
No mundo, uma em cada cinco pessoas não sabe que é portador dessa doença. A pandemia nos revelou isso. Muitos pacientes que chegam ao consultório ou aos serviços de urgência com complicações do diabetes só descobrem que a têm após o atendimento.”
Julio Cesar Peclat de Oliveira, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular.
O diabetes é uma doença muito ligada ao sedentarismo e à obesidade e vem aumentando, progressivamente, em todo o mundo, segundo o médico. Durante a pandemia, iniciada em 2020, as pessoas tiveram menos acesso às unidades de saúde e as doenças crônicas “foram maltratadas por conta disso”. Segundo ele, o tabagismo é outra grande causa de amputações de membros pelo entupimento de artérias.
Alerta
Para especialistas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, o aumento no número de amputações, durante o período da pandemia, é um alerta para as consequências da suspensão de tratamentos clínicos. “Os níveis estão alarmantes, realmente”, analisou o angiologista e cirurgião vascular. Outros fatores de risco incluem hipertensão arterial, dislipidemia, idade avançada, insuficiência renal crônica, estados de hipercoagubilidade e histórico familiar.
De acordo com a pesquisa, em 2020, quando a crise epidemiológica se instalou no Brasil, a média diária de amputações chegou a 75,64. Já em 2021, o número evoluiu para 79,19/dia. Entre 2020 e 2021, em torno de 56.513 brasileiros foram submetidos ao processo de amputação ou desarticulação de membros inferiores, o que significa uma média mensal de procedimentos de 2.354, em plena crise sanitária. Por dia, esse valor corresponde à média de 77,4 cirurgias.
Entre 2012 e 2021, o número de amputações subiu 56%. No ano passado, foi registrado o maior quantitativo de procedimentos (28.906), contra 18.908, no início da série. Pelos cálculos da SBACV, 2022 deverá mostrar elevação do total de amputações. O levantamento aponta que, pelo menos, 82,44 pessoas foram amputadas diariamente entre janeiro e março deste ano, com média mensal de 2.473 procedimentos.
Por regiões, a sondagem apurou que entre 2012 e 2021, a região Sudeste respondeu por 42% de todas as amputações efetuadas no Brasil, somando 103.509 pessoas amputadas. Em seguida, aparecem o Nordeste, com 80.124; o Sul, com 35.222; o Centro-Oeste (13.514); e o Norte (13.442). “Os grandes centros têm maior demanda de pacientes e, talvez, unidades de saúde mais bem preparadas”, estimou o presidente da SBACV. Destacou ainda que além do diabetes e do tabagismo, outra causa significativa de amputações de membros inferiores no Brasil são acidentes de trânsito, principalmente envolvendo motociclistas.
Por unidades da federação, a pesquisa revela que Alagoas foi o estado que mais apresentou alta no número de amputações (173%,) na comparação entre o início e o fim da série histórica, passando de 182 para 497 procedimentos. Também tiveram crescimentos significativos Roraima (160%), Ceará (146%) e Rondônia (116%). Em contrapartida, Amapá e Amazonas foram os únicos estados do país onde se observou queda no período, com reduções de 29% e 25%, respectivamente.
Em números absolutos, os estados que mais executaram procedimentos de amputações de membros inferiores no sistema público de saúde foram São Paulo (51.101), Minas Gerais (26.328), Rio de Janeiro (21.265), Bahia (21.069), Pernambuco (16.314) e Rio Grande do Sul (14.469). Já os estados com menor número de registros foram Amapá (315), Roraima (352), Acre (598), Tocantins (1.154) e Rondônia (1.383). O presidente da SBACV salientou que a possibilidade de o paciente sofrer uma amputação de membros inferiores independe da situação socioeconômica dele. “Se não tem aquela atenção em relação a seus pés, pode ser um paciente amputado”. Disse que as amputações se dão mais ao nível dos pés e dedos, podendo cortar também todo o anti pé, a perna abaixo do joelho e a perna no nível da coxa.
“E sempre que você faz uma amputação é na falência do tratamento clínico ou cirúrgico”. No caso de um tabagista inveterado, com entupimento da veia femural, por exemplo, se ele vai precocemente ao consultório com queixa de dor quando caminha, o médico consegue vascularizar a perna, leva sangue para o pé e resolve a situação do paciente. “O problema é quando esse paciente não chega nessa fase e procura o hospital público com gangrena no pé. Aí, já não se tem mais o que fazer. Salva a vida dele fazendo a amputação do pé ou da perna”. Peclat de Oliveira sustentou que tudo em medicina é prevenção. “Se você, ao menor sinal, faz a sua avaliação com um especialista, pode ser, simplesmente, diabetes descompensada de neuropatia”.
Próteses
Peclat comentou que pacientes submetidos a amputações, inclusive no Sistema Único de Saúde (SUS), conseguem ter sobrevida muito parecida com pacientes normais, com qualidade de vida. O problema é que grande parte dos pacientes amputados são idosos e fumantes, ou seja, não têm uma reserva cardiopulmonar boa e não conseguem protetizar, isto é, se adaptar ao uso de próteses. “Esses pacientes ficam acamados ou em uma cadeira de rodas para o resto da vida. Aí, sim, ele tem uma sobrevida menor e uma possibilidade de qualidade de vida péssima. É muito triste a realidade desses pacientes”. Acrescentou que a maior diferença do paciente amputado jovem para o crônico é que este não costuma se adaptar rapidamente a uma prótese.
Além de representar um grave problema de saúde pública, o crescimento constante no número de amputações no Brasil traz impactos negativos aos cofres públicos, consumindo parte das verbas em saúde destinadas aos estados. Somente em 2021, foram gastos R$ 62.271.535,96 em procedimentos realizados em todo o país. Entre janeiro de 2012 e março de 2022, considerando a inflação de cada ano, as despesas somaram R$ 660.021.572,69, com média nacional de R$ 2.685,08 por procedimento.
Recomendações
O cirurgião vascular titular da SBACV, Eliud Duarte Junior, coordenador nacional da Diretriz do Pé Diabético da Associação Médica Brasileira (AMB), afirmou que algumas medidas podem diminuir os riscos de complicações nos pés de pessoas diabéticas. Alimentar-se de forma equilibrada, praticar atividade física, manter controle da glicemia contribuem para a melhora do sistema vascular como um todo. Duarte Junior recomendou algumas medidas simples que podem ajudar na prevenção do pé diabético, quando incorporadas à rotina.
Entre as medidas, estão:
não fazer compressas frias, mornas, quentes ou geladas nem escalda pés porque, devido à falta de sensibilidade acarretada pela neuropatia, a pessoa pode não perceber lesões nos pés;
usar meias sem costuras ou com as costuras para fora, para evitar o atrito da parte áspera do tecido com a pele;
não remover cutículas das unhas dos pés, porque qualquer machucado, por menor que seja, pode ser uma porta de entrada para infecções;
não usar sandálias com tiras entre os dedos;
cortar as unhas retas e acertar os cantos com lixa de unha, mas com muito cuidado;
hidratar os pés, porque pele ressecada favorece o surgimento de rachaduras e ferimentos;
nunca andar descalço, porque pode não sentir que o chão está quente ou que cortou ou feriu o pé;
examinar sempre as plantas dos pés e tratar logo qualquer arranhão, rachadura ou ferimento, recorrendo, se preciso, à ajuda de um familiar ou amigo;
não usar sapatos apertados ou de bico fino; tratar calosidades com profissionais de saúde; olhar sempre o interior dos calçados antes de usá-los; e enxugar bem entre os dedos após o banho, piscina ou praia.
Exames
O presidente da sociedade brasileira sustentou que a ida precoce a um especialista por pacientes com doenças crônicas evita a mutilação. Afiançou que, para os médicos e suas equipes, isso é demonstração de insucesso.
Faça seus exames regulares com um clínico geral e, ao menor sinal de descompensação com uma doença crônica como diabetes, hipertensão arterial, procure um angiologista ou cirurgião vascular, para que ele também possa orientar da melhor forma possível e evitar um desfecho tão trágico como uma mutilação. Isso não é ruim só para o paciente. Quando vou fazer uma amputação, eu e minha equipe ficamos mal. É uma demonstração de insucesso. É muito bom, por outro lado, quando a gente consegue salvar um membro. A gente odeia fazer uma amputação, mesmo que seja de um dedo. É muito ruim, e aquele paciente vai carregar aquilo para toda vida.”
Julio Cesar Peclat de Oliveira, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular.
Comandada interinamente há 59 dias por um militar, pasta perde protagonismo, e epidemia do coronavírus tem gestão descoordenada. Gilmar Mendes diz que Exército está se associando a um "genocídio"
Nos bastidores do Ministério da Saúde, o clima entre os funcionários é de tensão. Depois que dois ministros desembarcaram do Governo em plena crise do coronavírus por divergências com o presidente Bolsonaro, militares se multiplicaram em cargos chave da pasta, a maioria nomeada pelo ministro interino, general Eduardo Pazuello. O órgão, há 59 dias sob a gestão interina de Pazuello, está imerso em uma teia política e tem perdido protagonismo na grave crise sanitária. Técnicos dizem estar constrangidos até de usar máscaras para se proteger do vírus na Esplanada, com medo de que a ação seja vista como “ideológica”. Também narram que há muita cobrança por prazos e entregas nas reuniões ―nas quais militares evocam sempre o nome do ministro interino― e cada vez menos espaço para as discussões técnicas que norteiam as políticas nacionais de Saúde. Tudo isso, apontam, tem levado a uma ruptura na agenda da pasta, responsável por coordenar a complexa engrenagem do Sistema Único de Saúde (SUS), cujas ações são executadas na ponta por Estados e municípios. E criou fricção até com o Supremo Tribunal Federal, depois que o ministro Gilmar Mendes afirmou que o Exército está se “associando a um genocídio”.
“Estamos vivendo há meses uma situação muito difícil. Lá dentro, os colegas estão muito angustiados. Muitos técnicos continuam trabalhando presencialmente, mas ficam constrangidos até em usar máscara, como se fosse uma atitude ideológica. É como se tivesse virado coisa de comunista. Quem está com o Governo não usa máscara”, conta um funcionário que trabalha há 15 anos na pasta e que conversou com o EL PAÍS na condição de anonimato. O receio é de que ações como essa causem demissões, já que grande parte dos quadros do Ministério da Saúde não é de servidores, mas de contratados terceirizados por outras instituições, como por exemplo a OPAS. No início de junho, técnicos foram demitidos por produzirem um documento que incluía a garantia de segurança às mulheres que abortarem nos casos permitidos pela legislação brasileira durante a pandemia. “Isso virou uma pauta ideológica que trouxe perseguição e faz com que pessoas de outras áreas fiquem com medo de falar”, afirma o funcionário.
A forte presença de militares no órgão ―que começou com a gestão relâmpago de Nelson Teich e se consolidou com a de Pazuello― também tem refletido na tensão interna. Ao menos 25 militares foram nomeados durante a pandemia, muitos sem experiência na área da saúde. Nas reuniões internas, contam técnicos, militares costumam sempre citar o nome do ministro interino Pazuello ao orientar as equipes, algo que não acontecia nas gestões anteriores. Marcados pela hierarquia e disciplina, cobram prazos e entregas. Mas as discussões técnicas perderam relevância, inclusive sobre outras áreas da Saúde que não estão diretamente relacionadas com a pandemia e que não podem ser paralisadas durante a crise, como por exemplo ações para controlar doenças como diabetes e hipertensão, campanhas contra a dengue e políticas para a saúde da mulher.
“Essas agendas estão sendo negligenciadas. A situação interna hoje é muito ruim. As agendas são muito restritas e anti-técnicas. Os militares não conhecem a área e não dão muito espaço para os técnicos se posicionarem. Muitos estão aos poucos deixando de opinar porque é muito constrangimento. Eu sou um deles”, diz um servidor que preferiu não se identificar. Ele alerta que os efeitos de decisões políticas não refletem nos indicadores de Saúde imediatamente, mas diz que consequências poderão ser observadas nos próximos meses e anos. (Continua)
Este texto foi traduzido e adaptado do artigo original, escrito pelo Dr. Frank Shallenberger, e o link dessa versão encontra-se no final da matéria. Trata-se de uma tradução livre do artigo escrito em primeira pessoa publicado por Shallenberger. Acompanhe:
Eu estou sempre buscando por substâncias que dão uma “chave de braço” no metabolismo peculiar das células cancerosas. É vital que essas substâncias matem as células doentes e deixem as saudáveis intactas. Já falei sobre algumas de minhas descobertas científicas no passado, como o resveratrol, chá verde, seanol e outros. Mas hoje eu vou lhes falar sobre outra planta que seguramente mata o câncer de fome com tanta eficácia quanto uma quimioterapia. Na verdade, funciona inclusive no câncer de pâncreas, um dos mais difíceis de se combater.
A planta é um vegetal comum da Ásia e que tem o nome de melão amargo (Momordica charantia - no Brasil, pode ser conhecido como melão-de-são-caetano), sendo popular na região de Okinawa, no Japão.