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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

31
Jul23

Chacina policial deixa pelo menos dez mortos no Guarujá e polícia ameaça matar 60 pessoas

Talis Andrade

assassinato chacina .jpg

 

Houve relatos de moradores sobre tortura e execução. Governador Tarcísio bolsonarista defendeu a chacina

 

247 – Desde o início da megaoperação das forças de segurança na Baixada Santista, na última sexta-feira (28), a cidade de Guarujá, no litoral paulista, registrou ao menos dez mortes em decorrência de intervenção policial, de acordo com informações da Ouvidoria das Polícias, segundo informa o jornalista Tulio Kruse, da Folha de S. Paulo. Essa ação foi uma resposta ao assassinato de um soldado da Rota, ocorrido na mesma cidade na última quinta-feira (27), o qual gerou comoção entre os policiais. O responsável pelo disparo que resultou na morte do soldado foi detido no domingo, em São Paulo, conforme anunciado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em seu perfil no Twitter, que defendeu a operação.

As vítimas fatais ainda não tiveram seus nomes oficialmente divulgados, mas o ouvidor Cláudio Aparecido da Silva ressaltou que o número de mortos pode chegar a 12. Além das mortes, houve relatos de moradores sobre tortura e execução de, pelo menos, um homem pelas mãos de policiais militares, bem como uma ameaça de que 60 pessoas seriam mortas em comunidades da cidade. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que todas as denúncias serão investigadas, mas até o momento não foram constatados abusos policiais.

A megaoperação, denominada Operação Escudo, tem duração prevista de um mês e mobiliza agentes de todos os 15 batalhões de operações especiais do estado, totalizando cerca de 3.000 policiais militares, além de pelotões do Choque e efetivo local. Entre as vítimas está um vendedor ambulante, Felipe Vieira Nunes, de 30 anos, morto com nove tiros na última sexta-feira. Relatos de moradores apontaram indícios de tortura antes de sua morte. A família de Nunes informou que ele tinha sido alertado pela polícia sobre a possibilidade de ser morto devido a passagens criminais anteriores.

Órgãos de direitos humanos, como a Ouvidoria das Polícias, a Defensoria Pública estadual, a comissão de direitos humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a comissão de direitos humanos da Assembleia Legislativa e o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, estão investigando as denúncias de abusos cometidos pela PM em Guarujá. Denúncias incluem relatos de moradores aterrorizados, favelas sitiadas pela polícia e invasões de casas com o uso de máscaras por parte dos policiais. A SSP ressaltou que a operação segue os protocolos da corporação e destacou que quatro suspeitos envolvidos no assassinato de um policial já foram detidos.

 

Dez mortos na chacina em Guarujá "é a barbárie patrocinada por Tarcísio"

 

O jornalista Fernando Barros e Silva, da revista Piauí, condenou duramente a chacina policial em Guarujá (SP), assim como o tratamento concedido pelas elites brasileiras ao governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas. "Pelo menos dez pessoas, nenhuma delas identificada oficialmente, foram assassinadas pela polícia no Guarujá desde sexta-feira. É, dizem as reportagens, uma 'resposta' da Rota ao policial da corporação assassinado na quinta. Há relatos de torturas, moradores pobres aterrorizados em casa. Mas a secretaria de Segurança Pública diz que 'até o momento não foram constatados abusos por parte da polícia'", postou Barros e Silva no Twitter. "É a barbárie patrocinada por Tarcísio de Freitas, o 'quadro técnico' do bolsonarismo que vem sendo apresentado como opção à presidência da República", conclui.

Desde o início da megaoperação das forças de segurança na Baixada Santista, na última sexta-feira (28), a cidade de Guarujá, no litoral paulista, registrou ao menos dez mortes em decorrência de intervenção policial, de acordo com informações da Ouvidoria das Polícias, segundo informa o jornalista Tulio Kruse, da Folha de S. Paulo. Essa ação foi uma resposta ao assassinato de um soldado da Rota, ocorrido na mesma cidade na última quinta-feira (27), o qual gerou comoção entre os policiais. O responsável pelo disparo que resultou na morte do soldado foi detido no domingo, em São Paulo, conforme anunciado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em seu perfil no Twitter, que defendeu a operação.

As vítimas fatais ainda não tiveram seus nomes oficialmente divulgados, mas o ouvidor Cláudio Aparecido da Silva ressaltou que o número de mortos pode chegar a 12. Além das mortes, houve relatos de moradores sobre tortura e execução de, pelo menos, um homem pelas mãos de policiais militares, bem como uma ameaça de que 60 pessoas seriam mortas em comunidades da cidade. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que todas as denúncias serão investigadas, mas até o momento não foram constatados abusos policiais.

A megaoperação, denominada Operação Escudo, tem duração prevista de um mês e mobiliza agentes de todos os 15 batalhões de operações especiais do estado, totalizando cerca de 3.000 policiais militares, além de pelotões do Choque e efetivo local. Entre as vítimas está um vendedor ambulante, Felipe Vieira Nunes, de 30 anos, morto com nove tiros na última sexta-feira. Relatos de moradores apontaram indícios de tortura antes de sua morte. A família de Nunes informou que ele tinha sido alertado pela polícia sobre a possibilidade de ser morto devido a passagens criminais anteriores.

Órgãos de direitos humanos, como a Ouvidoria das Polícias, a Defensoria Pública estadual, a comissão de direitos humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a comissão de direitos humanos da Assembleia Legislativa e o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, estão investigando as denúncias de abusos cometidos pela PM em Guarujá. Denúncias incluem relatos de moradores aterrorizados, favelas sitiadas pela polícia e invasões de casas com o uso de máscaras por parte dos policiais. A SSP ressaltou que a operação segue os protocolos da corporação e destacou que quatro suspeitos envolvidos no assassinato de um policial já foram detidos.

Suspeito de matar o soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) no Guarujá, litoral sul de São Paulo, foi preso neste domingo. Erickson David da Silva, conhecido como Deivinho, se entregou à polícia na zona sul de São Paulo.
 

O soldado Patrick Bastos Reis estava em patrulhamento quando criminosos atiraram contra a viatura. Como fazia a Gestapo, para cada soldado morto, dez civis fuzilados. 

18
Jul23

Eduardo Bolsonaro compara professor a traficante de drogas em evento pró-armas em Brasília

Talis Andrade

Deputado disse que os pais precisam estar atentos a professores doutrinadores e que eles podem ser piores do que quem sequestra crianças para o tráfico. Dino determina que PF analise discurso

Por Poliana Casemiro e Isabela Camargo, g1

Durante um discurso em um evento pró-armas em Brasília, Eduardo Bolsonaro comparou professores a traficantes de drogas.

A fala ocorreu no domingo (9) em um ato na Esplanada dos Ministérios. No caminhão do evento, o deputado discursou e citou a doutrinação nas escolas como algo pior do que o aliciamento para o tráfico.

“Se nós, por exemplo, tivermos uma geração em que os pais prestem atenção na educação dos filhos. Tirem um tempo para ver o que eles estão aprendendo nas escolas. Não vai ter espaço para professor doutrinador tentar sequestrar as nossas crianças. Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior porque ele vai causar discórdia dentro da sua casa, enxergando opressão em todo o tipo de relação”. (Veja no vídeo acima)

A teoria da doutrinação em escolas fez parte do discurso bolsonarista.

O vídeo foi publicado nas redes de Eduardo. Após a repercussão da fala, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse nesta segunda (10) que determinou à Polícia Federal analisar o discurso de Eduardo Bolsonaro para "identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos criminosos."

A fala foi criticada por parlamentares. O blog apurou que Guilherme Boulos (PSOL-SP) vai pedir a cassação de Eduardo Bolsonaro pela associação de professores a criminosos. O líder do PSOL na câmara disse que vai entregar ainda nesta segunda-feira (10) o pedido de cassação na Comissão de Ética.

Tabata Amaral (PSB-SP) criticou a fala e disse que crenças como a do deputado contribuem para a desvalorização da categoria.

“Essa fala de Eduardo Bolsonaro deixa clara sua ignorância e mau-caratismo. São falas como essa que contribuem para que o Brasil seja um dos países que menos valoriza seus professores. Nojento!”.

A deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP) disse que acionou a Procuradoria Geral da República (PGR) por " crimes com danos coletivos aos professores brasileiros". "Não pode ficar impune!", escreveu em sua conta nas redes sociais.

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) disse que vai buscar "os meios legais" contra as falas do deputado. "A educação é o principal caminho para que o Brasil possa alcançar desenvolvimento sustentável e soberania, com justiça social. E os professores são construtores desse futuro", disse a entidade em nota.

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