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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

12
Jul19

Blogueiros de Sergio Moro anunciam censura e prisão de jornalistas

Talis Andrade

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Três blogueiros da extrema direita anunciam a prisão da fonte (que eles chamam de hacker, repetindo Sergio Moro e procuradores) das reportagens do Intercepet. Isso é terrorismo mais justificativa antecipada da censura de imprensa pelo governo de ex-fardados e ex-togados de Jair Bolsonaro, o malogrado e complexado capitão. 

Três 'espalhafatos', que dependem de verbas oficiais, avisam, ordenados por Sergio Moro, via Polícia Federal: "O hacker que roubou as mensagens de Deltan Dallagnol vai ser preso". Sacanagem. Esse "vai" pode ser hoje, amanhã, ou dia de são nunca, como Moro fazia nos corredores dos porões da lava jato com os delatores que decoravam os depoimentos, os torturados e depenados "papagaios".

Delações que sempre começavam com o chefe da máfia libanesa Alberto Youssef, que financiava e financia impune, e numa boa, os tráficos internacionais de cocaína e pedras preciosas e moedas. 

Agora mesmo estão armando mais uma arapuca com Youssef, o faz tudo das sujeiras do BanEstado e da lava jato para Sergio Moro e Carlos Fernando dos Santos Lima. Que a Polícia Federal colocou escuta na cela do bandido, que pegou mais tempo de cadeia que "seu" Cabral, e já está leve e solto e podre de rico com amigos advogados da indústria de delações premiadas, com as participações nas multas milionárias e bilionárias, sendo que a vida de crimes não oficiais ficam por conta da adrenalina. Isso tem coisa. Transcrevo do GGN:

No dia que anuncia a prisão do hacker, cinco anos depois de ter sido revelado pela defesa de Alberto Youssef, a existência de um grampo ilegal na antiga cela do doleiro, na Superintendência em Curitiba, foi admitida em relatório produzido por um perito da Polícia Federal. A informação foi confirmada pela Folha de S. Paulo nesta sexta (12).

Segundo o jornal, uma análise feita pela PF mostrou que a escuta instalada sem autorização judicial captou falas de ao menos 3 presos da Lava Jato em 2014. São 260 horas (11 dias) de conversas entre Youssef, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e a doleira Nelma Kodama, amante de Youssef, reponsável pela entrega da grana para financiar o tráfico de cocaína.

A apuração começou a ser feita entre 2015 e 2016, mas “até hoje as circunstâncias da instalação da escuta ainda não foram esclarecidas”, frisou o jornal. Recentemente, a PF voltou a colher, em São Paulo, depoimentos de Youssef para “um processo administrativo disciplinar sobre o agente responsável pela instalação do equipamento de escuta, Dalmey Werlang.” Outro hacker famoso no Brasil ninguém conhece o nome. Foi preso pelo então secretário de Segurança de Alckmin Alexandre de Morais, e tal como aconteceu com Moro, recebeu o ministério da Justiça como prêmio. O sujeito invadiu o celular de Marcela Temer, esposa de Michel Temer. O hacker foi preso com nome falso, e assim julgado. Pegou seis anos de cadeia. Parece Fabrício Queiroz, que depositou dinheiro na conta de Michelle Bolsonaro. Ninguém sabe se está vivo ou morto. Ainda como prêmio, o Sergio Moro espera o mesmo. Ser nomeado ministro do Superior Tribunal de Justiça. 

 

“O advogado de Alberto Youssef, Antonio Figueiredo Basto, disse que não sabia da existência da análise e que a polícia negou o acesso da defesa às sindicâncias.”

Segundo a Veja, numa audiência de julho passado, o doleiro afirmou que Sergio Moro disse a seus advogados que não deu autorização para o grampo na cela. E mais: Os delegados apontados como mandantes da escuta ilegal, agora, ocupam postos de comando na Polícia Federal de Moro. O agente, segundo as perguntas da PF a Youssef, apontou os delegados Igor Romário, Márcio Anselmo e Rosalvo Franco, que atuavam na Lava-Jato naquele período, como os mandantes da ação clandestina.

Inventa o Antagonista super favorável a Bolsonaro e Moro: "Desde que supostas conversas entre os procuradores da Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro começaram a ser publicadas no site The Intercept e em veículos parceiros do site, comparações com os hackers Julian Assange, Edward Snowden e Chelsea Manning foram ventiladas para tentar legitimar ou dignificar os atos criminosos cometidos no Brasil. A ideia subjacente é a de que, ao roubar mensagens privadas e publicá-las, os envolvidos na ação brasileira estariam seguindo a trilha dos que revelaram dados secretos do governo americano em nome da transparência e do combate ao abuso de autoridade. Se este é o caso, então o destino dos hackers estrangeiros deveria servir de aviso. Após desafiar o sistema de Justiça dos Estados Unidos e da Inglaterra, Assange, Chelsea e Snowden levaram a pior. Os dois primeiros estão presos. Snowden só não teve a mesma sorte porque se exilou na Rússia. É um aviso". Também já aterrorizaram com a ditadura da censura, o assédio judicial e degola de jornalistas (Caso mais recente: Paulo Henrique Amorim) 

O Antagonista acredita que só Delta ou D.D. foi invadido, penetrado. Juízes e procuradores outros, que denunciaram que também foram hackeados, mentiram, falsearam. E ameaça o Antagonista, em nome do ministro da Segurança Pública, que a notícia da prisão do "hacker" é "um aviso".

Ora, ora, que os jornalistas podem esperar de um governo que sonha uma ditadura, de um ministro quando juiz fez mais do que campanha eleitoral, prendeu o único adversário que podia derrotar o candidato Jair Bolsonaro? 

247 informa: Na tentativa de tirar a credibilidade das reportagens do Intercept Brasil que revelaram um conluio entre Sérgio Moro e procuradores da Operação Lava Jato, agentes policiais devem prender nas próximas horas o que o ministro da Justiça chama de "hacker", após o vazamento de conversas dele com membros do Ministério Público Federal (MPF-PR). A informação é do site O Antagonista, porta-voz da direita e de Moro.

O jornalista Glenn Greenwald, um dos fundadores do Intercept, revelou que Moro interferiu no trabalho de procuradores quando era juiz da Lava Jato. Chegou, por exemplo, a pedir acréscimo de informações na elaboração de uma denúncia e recomendou a inversão da ordem das operações.

 

 

 

 

18
Jun19

O escândalo que “não vem ao caso”

Talis Andrade

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por Fernando Brito

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O relato de sóbrio ex-corresmpondente do Estadão, hoje no UOL, Jamil Chade:

“Não é muito tempo sem operação?”, perguntou o então juiz Sergio Moro ao procurador Deltan Dallagnol em 31 de agosto de 2016, segundo o site The Intercept. “É sim. O problema é que as operações estão com as mesmas pessoas que estão com a denúncia do Lula. Decidimos postergar tudo até sair essa denúncia, menos a op do taccla [Tacla Durán] pelo risco de evasão, mas ela depende de articulação com os americanos (Que está sendo feita)”, responde o procurador da Lava Jato.

No dia seguinte à divulgação do diálogo, o ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran recebeu o UOL no lobby de um hotel de Madri, onde vive desde que deixou o Brasil em decorrência da Operação Lava Jato. “Paguei para não ser preso”, diz ele à reportagem, apontando uma suposta extorsão no valor de US$ 5 milhões feita quando seu nome veio à tona na investigação. Investigado pela Lava Jato, Tacla Duran diz ter pago uma primeira parcela de US$ 612 mil ao advogado Marlus Arns, mas afirma que se recusou a pagar o restante.

Ele foi preso em novembro de 2016, ao chegar a Madri, e ficou detido por 70 dias. Consultado pela reportagem, Arns não comentou as acusações.”

O texto, na íntegra, está aqui, 

Na defesa entregue às autoridades suíças, os advogados de Tacla Duran reafirmam que “o advogado Marlus Arns, que recebeu o pagamento -dinheiro (…) já tinha trabalhado com a mulher do [ex] juiz Sergio Moro, sendo outro sócio o advogado Carlos Zucolotto Junior, que também foi sócio da mulher de Moro, e que hoje trabalha com lobista profissional”.

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Nota deste correspondente: Marlus Arns é membro de uma família de juízes e promotores e contraparentes que perseguem Lula na primeira e terceira instâncias da Justiça.

 Foi começar a Lava Jato, que Marlus começou a enriquecer. Leia reportagem de 2015 na Folha de S. Paulo. 

20
Mar19

OAS pagou por depoimentos para incriminar Lula na Lava Jato de Sérgio Moro e DD

Talis Andrade

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Por Sérgio Rodas

Nos EUA, a Petrobras reconheceu que seus funcionários praticaram crimes e indicou políticos que participaram do esquema de corrupção, mas sem envolver o ex-presidente Lula – o que a estatal faz no Brasil. Devido a essa divergência de versões, os advogados de Lula pediram nesta segunda-feira (18/8) ao Superior Tribunal de Justiça que a estatal preste esclarecimentos sobre esses fatos e que seja adiado o julgamento do recurso especial sobre a condenação a 12 anos e 1 mês no caso do tríplex no Guarujá.

Além disso, a defesa do petista requereu a disponibilização de acordos com autoridades norte-americanas e a juntada ao processo das acusações de que o ex-executivo da OAS Léo Pinheiro pagou outros diretores da empresa para apresentarem a mesma versão em suas delações premiadas.

Na petição, os advogados do ex-presidente afirmam que a “petrolífera adotou versões diametralmente opostas sobre os mesmos fatos, variando conforme a jurisdição a que se responde”. Nos EUA, a Petrobras reconheceu culpa perante o Departamento de Justiça e identificou os executivos e políticos envolvidos, sem mencionar Lula.

Porém, no Brasil, sustenta a defesa, a estatal se diz vítima do esquema de corrupção, assumiu a posição de assistente de acusação e comprou a versão do Ministério Público Federal contra o petista. Por isso, os advogados pedem a conversão do julgamento em diligência para que a Petrobras preste esclarecimentos sobre seus diferentes posicionamentos.

Além disso, os procuradores do petista destacam que o MPF reconheceu, em petição sobre a fundação de R$ 2,5 bilhões que quer criar para gerir valores a serem pagos pela estatal por seus ilícitos, que há 13 acordos de cooperação com autoridades norte-americanas relacionados à “lava jato” e que foram sonegados da defesa. Os representantes de Lula querem o acesso a esses documentos.

Eles também pedem a juntada ao processo de documentos que acusam Léo Pinheiro de pagar outros executivos da OAS para que todos apresentassem a mesma versão em suas delações premiadas. Em reclamação trabalhista, um ex-executivo da OAS afirma que os executivos da empresa que fizeram delação premiada receberam R$ 6 milhões para "ajustar os depoimentos aos interesses" dela. Ele, que negociou sozinho com o Ministério Público, não recebeu dinheiro, diz ter sofrido represálias e ter sido "jogado à própria sorte". A delação de Léo Pinheiro, é uma das principais acusações contra o ex-presidente Lula nos processos da "lava jato".

Conforme os advogados, a denúncia "torna ainda mais passível de descrédito o depoimento prestado pelo corréu para incriminar o ex-presidente Lula em troca de benefícios". Transcrevi trechos

Nota deste Correspondente: Léo Pinheiro comprou testemunhas, para prejudicar Lula, visando evitar sua candidatura a presidente do Brasil. Como prêmio,  Léo Pinheiro ganhou a liberdade, lavou o dinheiro sujo que roubou, legalizou os bens adquiridos com a corrupção, e nomeou o genro presidente da Caixa Econômica. 

pedroguima.jpgPedro Guimarães, o "especialista em privatizações" que assumiu a Caixa Econômica Federal,  é genro de Léo Pinheiro, sócio da OAS, que foi preso por pagamento de propina, e solto ao fechar acordo de delação premiada para incriminar Lula

10
Mar19

O povo contra a Lava Jato

Talis Andrade

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O safado do DD cita o ex-procurador Carlos Fernando dos Santos Lima como defensor do desvio de dois bilhões e quinhentos milhões da Petrobras, pela Lava Jato de Curitiba. Que belezinha! Justamente o cara que mais será beneficiado, levando o dele como banqueiro. O sabido deixou ou tá deixando a Lava Jato para fundar uma empresa de compliance. Até já escreveu um livro como propaganda. 

Não merece ser comparado. Mas, vou citar Drummond:

Quando nasci, um anjo torto
Desses que vivem na sombra
Disse: Vai, Carlos! Ser gauche na vida

Carlos Fernando dos Santos Lima em uma festa, que teve como um dos patrocinadores Queiroz Galvão, preso (e solto) da Lava Jato, lançou o livro “Compliance bancário – Um manual descomplicado”. O prefácio é escrito (advinha?) pelo ex- juiz federal Sérgio Moro, ministro de Bolsonaro & filhos.

Para faturar contra a empresa ( a juíza Gabriela Hardt chamou de comitê)  da Lava Jato, Carlos Fernando dos Santos (dos santos?) Lima já fundou ou vai criar uma empresa de consultoria bancária, digo de compliance. A mulher de Moro fundou uma empresa de advocacia com um sócio de Tacla. Fechou. Profetiza, abriu uma de eventos & caridades mil... O que DD chama de fundação de caridade privada com dinheiro público

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247 - O procurador Deltan Dallagnol tentou defender nas redes sociais o acordo firmado entre a Petrobrás e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, pelo qual a Petrobrás destinará R$ 2,5 bilhões a uma fundação capitaneada pela "república de Curitiba". Em troca, a estatal irá repassar informações comerciais sigilosas e suas patentes ao governo norte-americano

Pelo Twitter, Deltan Dallagnol citou trecho de declaração do também procurador da Lava Jato Carlos Fernando dos Santos Lima em defesa do acordo e foi duramente criticado por seguidores. 

Em entrevista à TV 247, o ex-senador Roberto Requião fez duras críticas ao projeto de Dallagnol. "É um escárnio. Ou ele é paranóico, no combate à corrupção, ou é um agente da CIA". Requião diz que a tomada do petróleo brasileiro explica o golpe contra Dilma, a prisão de Lula e prevê que Jair Bolsonaro não dura seis meses no cargo.

Leia algumas reações a Deltan Dallagnol:

Deltan Dallagnol

“Sobre as críticas à destinação de 2 bilhões e 500 milhões de reais, pode-se dizer que há os que não leram e criticam; há os que leram, não entenderam, e criticam; e há os que leram, entenderam, e, por má-fé, criticam.“ (Carlos Fernando dos S. Lima) https://www.facebook.com/1710056872596094/posts/2320464854888623?sfns=mo 

Joanna Maranhão
 

Se entender e discordar tá agindo de má fé? Só quem age de boa fé é tu no rolê né dr power point?

Hengels #LulaLivre@Hengels13
 

Eu li o post do DD, mas não entendi nada!

Faz outro jejum pra pararem com esse absurdo.

Taguá@taguabsb

Humildade não é o forte dessa gente.

Esther Dylan@bellatrixborges
 

Nem decência, nem honestidade, nem honradez, nem.....

Magrão Roussef@niltonviscaino
 

Fiquei impressionado.
Quer dizer que se Corinthians jogar contra o Flamengo, poderá vencer se fizer mais gols, poderá empatar ou poderá perder. Espetacular. @deltanmd se junta neste momento a @BolsonaroSP , @CarlosBolsonaro ,,@JanainaDoBrasil .
Quem fala + bosta ?

Prioridades de um pobre de direita@PrioridadesD
 

Estão conseguindo unir direita e esquerda nas críticas. Já merecem os parabéns por isso!

LULA LIVRE-LULA NOBEL DA PAZ.@tarlouze
 

Voce é um escárnio. Uma aberração.
Não quero fazer parte desse estado que voce está " montando"
Ou voce é alienado, estupido, usa de má fé, ou nos acha completamente idiotas.
VOCE NÃO ENTENDE DE DIREITO.
Você é um ENGODO.
vOCE DEVERIA ESTAR NA CADEIA, JUNTO COM SEUS COMPARSAS.

adriana batista@adriananbatista
 

Essa historia de você administrarem fundo é um tiro no pé da lava jato ... não basta a mulher de César ser honesta ela precisa parecer honesta ...

Cavalcante Neto@CavalcanteNeto7
 

Ou seja, quem não concorda com vocês está errado - é ignorante, burro ou tem má-fé. Raciocínio curioso, no mínimo. Não conhecia o cargo de Deus no MPF.

Crush da Dilma ❤ ♀✊🏿💪🏿@EiHenderson
 

Pastores da Lava Jato agora querem cobrar o dizimo...

Marcio Sotelo Felippe@msfelippe
 

Messiânico o rapaz. A sociedade está dividida nas três categorias, ignorantes, burros ou de má-fé, e eles estão nos salvando. Esse discurso a História já viu tanto... Não percebem que quem fez acabou ou na lata de lixo da História ou na lata de lixo da vida mesmo.

Jose edisonsimoes Jr@JosejrSimoes
 

Tipo:

Policial Civil, investiga um crime, dá flagrante, recupera o eventual dinheiro, resolve fazer uma Fundação de seu interesse, ...
meio estranho.

Priscylla Pantaneira@CSilvaPry
 

Amiga, membros do MPF não podem, nem direta ou indiretamente, compor comitês de entidades privadas, já que é o próprio MPF que atesta a índole ou não dessas entidades no Brasil. Como que eles vão investigar eles mesmos!?

06
Mar19

De onde veio a fortuna??? Dallagnol comprou apartamento de R$ 3 milhões em Curitiba

Talis Andrade

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Foi destaque no Plantão Brasil: De acordo com o presidente autoproclamado do Brasil, José de Abreu, o procurador golpista Deltan Dallagnol comprou um luxuoso apartamento de 700 metros quadrados em Curitiba. O valor? Mais de 3 milhões de reais.

Apesar de receber auxílio moradia DD ficou conhecido pelos seus investimentos imobiliários.

Escreveu Joaquim de Carvalho, no Diário do Centro do Mundo:

O procurador da república Deltan Dallagnol é conhecido por sua atuação como chefe da Operação Lava Jato e pela sua campanha contra a corrupção, que o tem levado a reuniões em grandes veículos de comunicação e a igrejas, principalmente evangélicas – é membro da Batista do Bacacheri, em Curitiba.

Esta é a face conhecida do procurador Dallagnol. Mas tem outra, a de investidor em imóveis. Segundo registro do Cartório de Imóveis de Ponta Grossa, em fevereiro do ano passado, Dallagnol comprou duas unidades no condomínio Le Village Pitangui, construído pela construtora FMM.

Para fazer a construção, a FMM recorreu a financiamento da Caixa Econômica Federal destinado ao Programa Minha Casa Minha Vida. Mas os compradores não precisavam ser, necessariamente, pessoas de baixa renda.

Dallagnol pagou R$ 76 mil por um apartamento, o 104 do bloco 7, e 80 mil reais em outro, o 302 do bloco 8. Nas duas compras, uma escritura foi assinada em 22 de agosto de agosto de 2013 e outra, de rerratificação, em 20 de fevereiro do ano passado.

As escrituras foram assinadas pelo dono da construtora, Fernando Mehl Mathias, como vendedor, e por Deltan Dallagnol e a esposa, que é advogada, como compradores.

Dallagnol é natural de Pato Branco, no interior do Paraná. Nenhum dos apartamentos comprados em Ponta Grossa foi para moradia própria. Segundo o endereço fornecido ao cartório para a escritura, Dallagnol reside num bairro de classe média da capital paranaense.

Na internet, há o anúncio de venda de um apartamento no mesmo condomínio que o dele em Curitiba. O preço é R$ 895 mil. Tem 130 metros quadrados, com três suítes, cinco banheiros e duas vagas na garagem.

Muito diferente dos seus apartamentos de Ponta Grossa, padrão Minha Casa Minha Vida: 55 metros quadrados de área privativa, num condomínio com 29 blocos de quatro andares, com quatro apartamentos por andar. Uma vaga na garagem, em princípio descoberta.

O Le Village Pitangui de Ponta Grossa tem ainda três quadras de esportes, três salões de festas e três quiosques com churrasqueira – isso para atender os 464 apartamentos. A taxa de condomínio é R$ 210, já incluída a conta da água, que é coletiva.

Procurei a construtora FMM, que fez o condomínio. O chefe dos corretores disse que todos os apartamentos do Le Village Pitangui foram vendidos. Quem quiser comprar agora tem que procurador investidores como Dallagnol.

No caso dele, os apartamentos estão sendo vendidos a R$ 135 mil cada – diferença de 59 mil reais em uma unidade (77,6%) em relação ao que ele pagou e de 55 mil na outra unidade (68,7%).

Uma corretora de Ponta Grossa disse que muitos apartamentos do condomínio ficaram nas mãos de investidores – “acho que a maioria”. Ou seja, quem tinha dinheiro para pagar à vista ou em poucas parcelas, quando o condomínio foi lançado, fez um excelente negócio, ao contrário de quem agora está nas mãos dos investidores.

Os investidores pagam barato esperando pela valorização ou colocam o apartamento para alugar – os do procurador Dallagnol nunca foram ocupados e, segundo uma corretora, ele não tem interesse no aluguel, em torno de R$ 600. Conversei com ela sem dizer o nome do procurador, e ela se referiu ao proprietário também sem dizer o nome dele.

Comprar apartamento destinado preferencialmente ao programa Minha Casa Minha Vida não é ilegal, mesmo quem tem altos rendimentos. Em outubro, os vencimentos totais brutos de Deltan Dallagnol foram de R$ 35.607,28, segundo o Portal da Transparência do Ministério Público Federal.

Os vencimentos líquidos do procurador foram de R$ 22.657,61, mas neste ano houve um mês – abril –, em que ele recebeu líquidos R$ 67.024,07, com “indenização” e “outras remunerações retroativas/temporárias”, acima do teto constitucional.

Quem compra apartamentos habilitados para o Minha Casa, Minha Vida tira a oportunidade de quem procura conseguir um imóvel com financiamento com taxa de juros subsidiada – máximo de 8,16% ao ano. Na mão do investidor, caso de Deltan Dallagnol, o comprador terá que pagar à vista ou recorrer ao financiamento imobiliário regular – com taxa de 12% ao ano.

“Podemos dizer que ele fez um excelente negócio. A valorização foi muito maior do que a maior parte dos investimentos. Mas não cometeu nenhuma ilegalidade”, diz um advogado, especialista em Direito Imobiliário, que não quer ter o nome divulgado por temer represália.

A ex-secretária nacional de Habitação no governo Dilma Rousseff, Inês Magalhães, disse que, durante a regulamentação do programa Minha Casa, Minha Vida, houve preocupação de vetar o duplo subsídio.

“O imóvel que é financiado uma vez recebe o subsídio, mas, se o imóvel for vendido, o segundo comprador não poderá ter o financiamento com taxa subsidiada. Isso nós evitamos, mas não pudemos impedir que quem tem dinheiro compre sem financiamento e ganhe com a especulação imobiliária”, disse Inês Magalhães.

O procurador Dallagnol comprou como investimento, apostando na valorização de um imóvel popular (veja entrevista dele abaixo), mas, como não recorreu a financiamento, não houve meio legal de impedir que ele (e outros investidores) fizesse isso.

“Impedir que quem tem dinheiro compre é interferir nas regras de mercado. Mas esta é uma discussão que temos de fazer: quem tem dinheiro pode comprar imóvel destinado ao Minha Casa Minha Vida?”

Inês não quis entrar no mérito ético da compra dos imóveis por parte do procurador: “Hoje, nós estamos sendo vítimas de julgamentos morais, numa campanha que tem à frente alguns procuradores. Eu não me sinto à vontade para fazer o mesmo. Mas que temos de discutir essa questão da especulação imobiliária, à luz da política habitacional para o País, isso temos.”

Dallagnol, na sua campanha em favor do projeto das dez medidas contra a corrupção – propostas idealizadas por ele e outros procuradores da Lava-Jatou — já esteve em grandes jornais e igrejas.

Em fevereiro deste ano, em entrevista para o canal do YouTube da Igreja Batista Atitude Central da Barra, do Rio de Janeiro, foi questionado sobre a razão de “trazer” o tema para debate. Dallagnol respondeu:

“Esse processo de transformação envolve todos os atores da sociedade, e a Igreja, em especial, tem um papel muito particular nisso, porque a Igreja é uma instituição ou um grupo de pessoas que amam a Deus, mas que tem um mote central de amor ao próximo, de amor à sociedade.”

A apresentadora ainda pergunta sobre o que as pessoas podem fazer para participar do combate à corrupção:

“Em primeiro lugar, devemos deixar de praticar as pequenas corrupções do nosso dia a dia, que acabam gerando uma tolerância com a grande corrupção.”

Em seguida, Dallagnol cobra “atitude, nós precisamos agir” e pede que os telespectadores assinem a proposta das dez medidas contra a corrupção – esta que está sendo agora votada pelo Congresso Nacional.

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Procurei a assessoria de imprensa da Procuradoria da República em Curitiba e falei sobre esta reportagem. Pedi para falar com o procurador Dallagnol e fui orientado a enviar um e-mail com perguntas, que o procurador respondeu:

1) O senhor costuma fazer investimentos em imóveis?
Adquiri, para fins de investimento, os dois apartamentos localizados em Ponta Grossa, com recursos oriundos de salários. Todos estão declarados em Imposto de Renda e foram pagos todos os tributos e taxas atinentes.

2) Como tomou conhecimento de que havia essa oportunidade de negócios em Ponta Grossa?
Funcionário da construtora FMM Engenharia, em Curitiba, ofereceu a possibilidade de aquisição dos apartamentos.

3) Construções destinadas ao Programa Minha Casa, Minha Vida são viabilizadas com dinheiro barato, através da Caixa Econômica Federal. Comprar apartamentos destinados a famílias com renda máxima de R$ 6.500,00 e depois revendê-los com um ganho superior a 60% em um ano e meio não seria uma prática questionável do ponto de vista ético? (não é um juízo de valor, é só uma pergunta).
O programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) funciona com quatro faixas (faixa 1, faixa 1,5, faixa 2 e faixa 3). Dentre essas faixas, apenas a primeira oferece empreendimentos exclusivamente voltados para famílias de baixa renda. As demais faixas oferecem linhas de crédito para pessoas que atendam aos requisitos do programa. Repetindo: a primeira faixa oferece empreendimentos exclusivos enquanto as demais oferecem financiamentos para a compra de imóveis – mesmo em empreendimentos não exclusivos do programa – por pessoas que atendam os requisitos. O Le Village Pigangui é um empreendimento não exclusivo do programa. Assim, os imóveis comprados estavam disponíveis para aquisição por qualquer pessoa, independentemente de atender os requisitos do programa MCMV. Os apartamentos que adquiri foram comprados com recursos próprios, à vista, declarados em imposto de renda e sem qualquer financiamento. Não obtive financiamento do program MCMV ou de qualquer outro banco, pois comprei à vista. 

Os apartamentos foram quitados em agosto de 2012, tendo sido sempre declarados em imposto de renda, mas a construtora só pôde realizar a transferência via escritura pública e o consequente registro mais recentemente. O dinheiro investido nos apartamentos, caso tivesse sido investido em títulos do Tesouro Direto, do Governo Federal, atualizados pela SELIC, resultaria em valor muito próximo ao valor pelo qual os apartamentos foram anunciados para venda. O valor de aquisição de um dos apartamentos, com a variação da SELIC no período (que seria similar à variação de investimento em banco) e somado aos custos de transferência, resulta em R$ 127 mil. O valor de aquisição do outro dos apartamentos, fazendo-se a mesma conta, é de R$ 134 mil.

4) Fique à vontade para fazer outras observações.
Caso sejam usadas as respostas, peço que sejam disponibilizadas na íntegra e na mesma página em que forem utilizadas.

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06
Mar19

AROEIRA ESTREIA NO 247 COM CHARGE SOBRE A FUNDAÇÃO DE R$ 2,5 BI DA LAVA JATO

Talis Andrade

 

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247 – "Entra sujo, sai lavado", aponta o o chargista Aroeira, um dos maiores cartunistas do Brasil, que, nesta quarta-feira de Cinzas estreia no 247, como o mais novo integrante da rede de Jornalistas pela Democracia. Saiba aqui como apoiar esses profissionais, que estão entre os mais renomados do Brasil.

Aroeira critica a decisão da Petrobras de transferir R$ 2,5 bilhões para uma fundação que será conduzida pela força-tarefa da Lava Jato. Leia, abaixo, reportagem recente sobre o caso:

O jornalista Luis Nassif comenta em sua coluna a revelação trazida a partir de uma reclamação trabalhista de que executivos da empresa receberam pagamento de R$ 6 milhões para combinar versões com a empresa para os processos da Lava Jato. "Quem definia as condições para a delação era a Lava Jato, procuradores e o juiz Sérgio Moro. E as versões invariavelmente foram no sentido de condenar Lula", enfatizou o jornalista.

Nassif também denuncia que a Lava Jato montou uma fundação de direito privado, não submetida a nenhuma fiscalização pública, com R$ 2,5 bilhões depositado pela Petrobras. "O recurso, maior que o orçamento da própria Procuradoria Geral da República, será utilizado para cursos e campanha em defesa da ética e da moralidade, para avaliações periódicas de compliance de empresas", afirma.

Confira, abaixo, um trecho de sua coluna no GGN:

"A delação da OAS foi central para a condenação de Lula. Agora, executivos da empresa revelam que houve pagamento de R$ 6 milhões para diretores que aceitaram combinar versões com a empresa. Quem definia as condições para a delação era a Lava Jato, procuradores e o juiz Sérgio Moro. E as versões invariavelmente foram no sentido de condenar Lula.

Lula se transformou no toque de Midas da Lava Jato, a condição para indulto plenário a qualquer abuso cometido e a qualquer suspeita levantada. A perseguição a ele teve alguma dose de motivação política pessoal da Lava Jato. Mais que isso, foi a oportunidade para, em um primeiro momento, garantir poder e projeção ao grupo. Em um segundo momento, para abrir mercados promissores.

O negócio Lava Jato


Graças ao antilulismo, permitiram-se todos os abusos. E, como sempre ocorre com poderes exercidos de forma absoluta, criou-se uma larga cadeia improdutiva da Lava Jato, permitindo ganhos expressivos em várias modalidades de negócio.

Leia a íntegra da coluna no Jornal GGN.

 

22
Dez18

COM A TERRA ARRASADA DA LAVA JATO, CONSTRUTORAS ESTRANGEIRAS PREPARAM-SE PARA DOMINAR MERCADO

Talis Andrade

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As mais devastadoras de todas as corrupções a traição da Pátria, o entreguismo das riquezas do Brasil, a privatização das estatais a preço de banana em fim de feira, a desnacionalização das grandes empresas, o tráfico de cérebros, a elitização da educação, a desvalorização da cultura.

 

As maiores construtoras estrangeiras estão se preparando para dominar o mercado brasileiro, depois que a Operação Lava Jato destruiu a engenharia nacional nos últimos anos. A informação é do site do Clube de Engenharia. Todas as maiores empreiteiras do planeta querem invadir o Brasil.

 

Com a Lava Jato, apoiada por agências de espionagem e inteligência estrangeiras, as construtoras do Brasil foram riscadas do mapa global: Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e OAS, que estavam entre as 100 maiores do planeta, não aparecem mais nem entre as 200.

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247 - As maiores construtoras estrangeiras estão se preparando para dominar o mercado brasileiro, depois que a Operação Lava Jato destruiu a engenharia nacional nos últimos anos. A informação é do site do Clube de Engenharia. Todas as maiores empreiteiras do planeta querem invadir o Brasil. O motivo principal, segundo a reportagem: "o encolhimento das gigantes da construção civil, após serem investigadas pela operação Lava Jato". Encolhimento é uma palavra tênue para indicar o que aconteceu com as construtoras brasileiras, riscadas do mapa global.

 

"Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e OAS frequentavam com certa rotina a lista das 100 maiores construtoras do planeta. Na edição de 2018 do ranking, apenas uma delas aparece entre as 200" -a Andrade Gutierrez, no entanto, dificilmente figurará entre as 200 na edição do ranking de 2019. Em julho, a empresa mineira deu um calote de nada menos que deixar US$ 345 milhões em seus credores e tentata liquidar desesperadamente todos os seus ativos (aqui).

 

No respeitado ranking da publicação International Construction, pelo segundo ano consecutivo, as empreiteiras chinesas ocuparam as primeiras colocações em 2018 (referente a 2017), seguidas das tradicionais Vinci (França), ACS (Espanha), Bouygues (França), Bechtel (Estados Unidos) e Hochtief (Alemanha). Em comum, essas empresas projetam empreender no Brasil em 2019. Todas têm a expectativa de que o mercado da construção civil possa se abrir no país, permitindo que elas participem de projetos de infraestrutura, depois da terra arrasada da Lava Jato.

 

Veja o perfil das maiores construtoras do mundo:

1. China State Construction Engineering Corporation
A empresa teve um faturamento de 164 bilhões de dólares. Com atuação forte nos países do Oriente Médio, como Arábia Saudita, Kuwait, Bahrein e Catar, a CSCEC tem sede também em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Além de seu envolvimento com obras de infraestrutura, a China State Construction Engineering Corporation é atualmente a que mais constrói unidades habitacionais no mundo.

2. China Railway Group
A China Railway Group teve um faturamento de 101 bilhões e 400 milhões de dólares em 2017. Apesar de pertencer a um conglomerado que abrange desde a construção de equipamentos até laboratórios de pesquisa, a expertise da China Railway Group é construir ferrovias, rodovias, pontes, túneis, hidrelétricas, portos e aeroportos.

3. China Railway Construction Corporation Limited
A China Railway Construction Corporation Limited faturou 99 bilhões e 556 milhões de dólares em 2017. A CRCC tem um foco muito específico na construção de ferrovias convencionais, ferrovias de alta velocidade, pontes ferroviárias, túneis ferroviários, metrôs e trens urbanos.

4. China Communications Construction Company
A China Communications Construction Company (CCCC) tem como característica se associar a construtoras nos países em que atua. Sua mais recente aquisição foi a John Holland Group, uma das principais empresas de engenharia da Austrália. As obras mais emblemáticas da empresa chinesa são os aeroportos. Em 2017, seu faturamento chegou a 54 bilhões e 400 milhões de dólares.

5. Vinci
A Vinci é uma empresa italiana que atua globalmente. Atualmente, a empresa está envolvida na reforma do Mandarin Oriental Hotel, em Londres, na construção do Femern Tunnel, na Dinamarca, e atua paralelamente em outros 43 projetos em 19 países. Vinci emprega mais de 185.000 pessoas em todo o mundo. Sua receita no ano passado foi de 49 bilhões e 400 milhões de dólares.

6. Atividades de Construcción y Servicios
A Actividades de Construcción y Servicios (ACS) é uma empresa espanhola com atuação global. Porém, são nos Estados Unidos e no Chile onde se encontra o maior volume de obras atualmente. Em 2017, sua receita chegou à casa de 40 bilhões de dólares.

7. Bouygues
A francesa Bouygues é especializada em construções industriais e em obras de infraestrutura, mas atua em várias frentes. Entre seus projetos mais recentes está a construção do novo campus da Universidade de Cardiff, no País de Gales. A Bouygues emprega 118 mil pessoas e seu faturamento em 2017 chegou a 37 bilhões de dólares.

9. Bechtel
A norte-americana Bechtel tem forte atuação na Europa e na África, além do próprio Estados Unidos. A empresa possui cerca de 50 mil funcionários e seu faturamento em 2017 chegou a 32 bilhões e 800 milhões de dólares.

10. Hochtief
A alemã Hochtief fechou 2017 com pouco mais de 30 bilhões de dólares. A empresa é considerada atualmente a maior especialista em construção sustentável do mundo. Ela atua na área habitacional, mas também desenvolveu expertise na construção de rodovias verdes com pavimento de concreto.

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22
Dez18

Livro de Requião contra Moro se esgotou em uma semana

Talis Andrade

por Esmaeal Morais

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A obra do senador Roberto Requião (MDB-PR) contra Sérgio Moro é um sucesso de público e de crítica. O livro se esgotou em apenas 1 semana. Terá de ser reimpressa uma nova tiragem.


O livro de Requião denuncia que operadores da Lava Jato — juízes e promotores do MPF — de assistirem passivamente a entrega do país e o desmantelamento do setor público sem qualquer reação, comprova o peemedebista sobre as privatizações em curso.

 

“Vender o Brasil, pode Sérgio Moro?

Entregar o pré-sal, pode Dallagnol?

Doar R$ 1 trilhão, pode Raquel Dodge?”,

é o título do best-seller do parlamentar emedebista.


A publicação de Requião foi originada por um discurso no Senado, em novembro de 2017, quando fez um estridente discurso da tribuna cobrando respostas da lava jato para o entreguismo criminoso e desenfreado no país.
Assista ao vídeo aqui

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20
Dez18

Coletiva da força-tarefa da "lava jato" é uma afronta ao STF

Talis Andrade

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ConJur - A entrevista coletiva que os procuradores da República que trabalham na "lava jato" concederam nesta quarta-feira (19/12) foi uma "afronta à soberania do Supremo Tribunal Federal". Quem diz é o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay.

Coletiva dos operadores da lava jato é acinte ao STF, afirma Kakay

 

Durante a coletiva, o coordenador do grupo no Paraná, o procurador Deltan Dallagnol, afirmou que a liminar do ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, "consagra a impunidade". 

"Como é que pode procuradores da República de primeiro grau questionarem a decisão de um ministro do Supremo como se só existisse no mundo a 'lava jato'? Ou como se só a 'lava jato' tivesse importância?", questionou o advogado.

decisão apontada por Kakay é do ministro Marco Aurélio que, no início desta quarta, suspendeu a execução antecipada da pena e mandou soltar todos os que estiverem presos nessa condição. A questão revogada nesta noite pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli.

Segundo Kakay, a manifestação dos procuradores contra a decisão demonstra uma "inversão absoluta dos princípios constitucionais que regem a Constituição Federal e que tem uma hierarquia". "Acima do ministro do STF que decide monocraticamente, há apenas o Plenário da Corte".

20
Dez18

Ontem o dia todo, discussão sobre liberdade

Talis Andrade

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por Helio Fernandes

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Mas ninguém foi solto, apesar da determinação do ministro Marco Aurélio Mello. Decisão dele, textual: "Todos os que foram condenados mesmo em segunda instancia, mas com a ação NÃO TRANSITADA EM JULGADO, têm direito á liberdade PROVISORIA, até o ultimo recurso".

 

Imediatamente, dando a impressão que não contestava Marco Aurélio, mas querendo impor sua posição de presidente, Dias Toffoli, "Isso será resolvido em 16 de abril, já coloquei na pauta". Ora a decisão de Marco Aurélio, como está Constituição, é PROVISORIA. Assim, soltos hoje, ficariam 4 meses em liberdade, voltariam para a prisão, se essa fosse à decisão do colegiado do STF.

 

Mas o assunto explodiu, o primeiro a se manifestar, foi Sergio Moro, ex-juiz e ainda não ministro, mas que se julga pertinente em tudo, declarou: "Em fevereiro o legislativo vai tratar do assunto" Duas hipóteses. 1- Está antecipando medida que enviará á Câmara. 2- É tão bem informado que sabe o que Câmara irá decidir. Praticamente impossível. O mandato dos atuais deputados, termina em 31 de dezembro. Eles só voltam em 31 de janeiro, começam a trabalhar em 2 de fevereiro.

 

A Força-Tarefa dos Procuradores da Lava-Jato se reuniu assim que seus membros souberam. Passaram o resto do dia triturando Marco Aurélio.

 

PS - O presidente eleito estava reunido em Brasília com futuros ministros. Suspendeu a sessão, pedindo aos ministros que não comentassem o assunto.

 

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