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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

11
Mai23

A IGREJA UNIVERSAL QUER DESCOBRIR NOSSAS FONTES – E TEREMOS QUE DEPOR NA POLÍCIA

Talis Andrade
 
 
Blog do Barão : Edir Macedo garante sua vaga no Paraíso pós-Apocalipse: é o  Céu Certo
 
 

Não vamos nos acovardar, nem deixar de investigar a Igreja Universal, Edir Macedo ou quem quiser nos intimidar – e sempre protegeremos nossas fontes

Tatiana Dias
 

Jornalistas do Intercept terão que depor na Polícia Civil de São Paulo em investigação movida a pedido da Igreja de Edir Macedo, a Universal. Contamos para você sobre esta investigação na nossa newsletter em fevereiro. 

A Igreja de Seu Edir está furiosa porque nossa reportagem revelou documentos sigilosos indicando uma possível operação de lavagem de dinheiro que, em apenas cinco anos, movimentou mais de R$ 33 bilhões.

Eles exigiram que a polícia nos investigasse para saber como encontramos esses documentos e quem nos entregou o material. E sabe o que é pior? O Ministério Público de São Paulo acatou o pedido. A Universal quer saber descobrir quem é nossa fonte. Isso vai contra nosso direito constitucional de manter o sigilo das fontes, e a polícia quer que a gente colabore com isso.

Somos obrigados por lei a comparecer. Mas, obviamente, quando eu e o repórter Gilberto Nascimento entrarmos naquela sala hoje, só teremos uma resposta para o delegado e a Universal: silêncio

 

Sempre protegeremos nossas fontes, independentemente das implicações

 

O simples fato de que essa investigação esteja ocorrendo já é preocupante, mas obrigar jornalistas a depor é totalmente ultrajante. É uma intimidação e uma clara afronta ao nosso direito constitucional à liberdade de imprensa e à proteção da fonte.

É também um sinal de que a investigação não vai acabar tão cedo. Seu escopo ainda não está claro, mas tudo é possível, mesmo que tenhamos operado 100% dentro da lei.

 

Não vamos nos acovardar e não vamos deixar de investigar a Igreja Universal, Edir Macedo ou quem quiser nos deter com intimidação judicial

 
Exclusivo: a máquina de vasectomias da Universal
A tesoura do bispo Macedo
 
 

Agora é hora de nos prepararmos para a possibilidade de uma batalha judicial e redobrarmos nossas forças investigativas sobre o poderoso império político e empresarial do Bispo Macedo e precisamos de toda a ajuda possível. Podemos contar com você?

A Igreja Universal é conhecida por suas posturas agressivamente litigiosas a reportagens que mostram o que eles querem esconder. E publicamos muitas dessas ao longo dos anos.

Revelar fontes tem um efeito amedrontador em futuros denunciantes — esse é o objetivo deles. É por isso que devemos sempre combater cada caso com extrema intensidade.

Continuamos a fazer nosso trabalho, porque não cedemos a qualquer intimidação. No mês passado, por exemplo, publicamos uma reportagem exclusiva sobre a “máquina de vasectomias” da Universal.

Muitas outras redações evitam investigar o império de Edir Macedo, porque seus donos temem a repercussão. Outros, como Record e R7, bem… são propriedade do império Macedo.

No Intercept, por outro lado, já publicamos:

Usamos suas contribuições para correr atrás de grandes histórias, sem medo de com quem estamos mexendo. Nossa força vem exclusivamente da nossa convicção e do apoio dos nossos membros: a comunidade de milhares de pessoas que acreditam no poder do jornalismo investigativo, independente; pessoas que acreditam que um futuro melhor é possível se trabalharmos juntos. Por isso, quando eu estiver sentada na frente do delegado de polícia hoje, estarei pensando nessa comunidade — e em você.

Precisamos da sua ajuda agora. Queremos você ao nosso lado enquanto enfrentamos Edir Macedo e a Polícia Civil de São Paulo e gritamos: “Jornalismo investigativo não é crime!” Por favor, faça parte do Intercept hoje.

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21
Abr23

Parlamento Europeu aprova regulação inédita das criptomoedas, com alcance global

Talis Andrade
 
 
ARIONAURO CARTUNS - Blog do Cartunista Arionauro: Charge Criptomoedas
 
Moedas de souvenir representam o Bitcoin, a mais conhecida criptomoeda do mundo.
Moedas de souvenir representam o Bitcoin, a mais conhecida criptomoeda do mundo. REUTERS - DADO RUVIC

O Parlamento Europeu aprovou nesta quinta-feira (20) o primeiro conjunto de regras abrangentes em nível global para regular o mercado de criptomoedas. O objetivo é proteger os usuários contra abusos e manipulações neste universo financeiro digital.

A nova regulamentação, denominada MiCA (Mercados em Criptoativos, em inglês), também visa a garantir a rastreabilidade das transferências para melhor detectar atividades suspeitas, incluindo lavagem de dinheiro. Até o momento, as transferências virtuais de ativos estão fora do escopo da lei europeia de serviços financeiros.

As novas regras entrarão em vigor progressivamente a partir de julho de 2024, e os textos devem ser formalmente aprovados pelo Conselho Europeu antes de entrarem em vigor.

O eurodeputado relator da proposta, o conservador alemão Stefan Berger, destacou que, com esta regulamentação, "a indústria europeia de criptoativos tem a clareza regulatória que falta a países como os Estados Unidos”. O eurodeputado ambientalista espanhol Ernest Urtasun, um dos principais promotores da iniciativa no plenário legislativo, destacou que o regulamento "marcará o fim da era do 'faroeste' no mundo não regulamentado dos criptoativos".

"Por mais de uma década, a falta de regulamentação resultou em prejuízos em massa para muitos investidores e forneceu um porto seguro para fraudes e redes criminosas internacionais", acrescentou Urtasun.

A comissária europeia para Serviços Financeiros, a irlandesa Mairead McGuinness, expressou sua convicção sobre a importância da regulamentação no desenvolvimento de um ambiente "seguro" para a indústria. "Acreditamos que um marco regulatório permite que a indústria evolua em um ambiente mais seguro", afirmou. Ela manifestou também a esperança de que este regulamento se torne um modelo para outros países.

Transferência de Fundos

Concretamente, de acordo com a nova legislação europeia, os provedores de serviços de criptoativos (CASP) terão que se registrar e fornecer dados precisos sobre sua identidade se desejarem operar na UE.

A “Regra de Viagem”, já existente nas finanças tradicionais, será aplicada futuramente às transferências de criptoativos. Isso exigirá que os provedores de serviços de criptoativos transmitam certas informações sobre clientes e transações para a instituição financeira que recebe essas operações.

Pela regulamentação, os provedores de serviços de criptoativos (chamados CASP) deverão proteger as carteiras eletrônicas dos clientes e serão responsáveis se esses ativos forem perdidos. Além disso, terão de divulgar as informações sobre seu consumo de energia, como parte dos esforços da União Europeia para reduzir a alta pegada de carbono da mineração das criptomoedas.

Um segundo regulamento, conhecido como Transferência de Fundos, deve permitir uma maior fiscalização das movimentações de criptoativos, incluindo criptomoedas, como é o caso das finanças tradicionais. A UE argumenta que isso tornará mais difícil para indivíduos ou grupos usarem criptomoedas para atividades ilegais, como lavagem de dinheiro.

Este novo regulamento determina que os provedores de serviços criptoativos devem se registrar e fornecer dados precisos sobre sua identidade, caso desejem operar na UE.

Caso da FTX

Uma das mais recentes falhas no negócio de criptomoedas ocorreu em novembro, quando a plataforma FTX e sua casa comercial, Alameda Research, entraram com pedido de falência, dissolvendo um negócio online que chegou a ter um valor de mercado de US$ 32 bilhões (cerca de R$ 161,4 bilhões, na cotação atual).

McGuinness disse, durante o debate parlamentar, que os regulamentos europeus teriam regido as atividades da FTX. "Acreditamos que, se a FTX, por exemplo, estivesse sob a jurisdição da UE, muitas de suas práticas não seriam permitidas pela MiCA", disse ela.

No entanto, alguns criticaram o projeto de lei por não ir longe o suficiente, como Elizabeth McCaul, membro do Conselho de Supervisão do Banco Central Europeu. "De acordo com o princípio da proporcionalidade, os CASP significativos devem estar sujeitos a requisitos mais rigorosos, como uma supervisão aprimorada: o MiCA não cobre nenhum dos dois", disse McCaul em seu site.

“Os criptojogadores poderão começar a aplicar as regras básicas das finanças tradicionais”, disse a eurodeputada Aurore Lalucq (grupo dos socialistas e democratas, à esquerda) durante os debates na quarta-feira. "É bom, é melhor que nada, basta? Não!", disse ela.

Com informações da AFP

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09
Jan22

Deputado Filippe Poubel é acusado de agressão dentro de boate da qual é sócio em Cabo Frio

Talis Andrade

A entrada da boate Buda Beach, em Cabo Frio

A entrada da boate Buda Beach, em Cabo Frio Foto

 

Redação Extra

O deputado estadual Filippe Poubel (PSL) foi acusado de agressão dentro da boate da qual é sócio em Cabo Frio, na Região dos Lagos. O engenheiro Carlos Eduardo Salvio registrou um boletim de ocorrência contra Poubel na 126ª DP neste sábado, dia 8. Ele também se manifestou sobre o caso por meio de suas redes sociais, afirmando ter chegado ao clube noturno por volta das 3h40, quando teria sido abordado pelo parlamentar, acompanhado de pelo menos dois seguranças, e então agredido.

— Entrei no estabelecimento, segundos depois, ele (Poubel) veio para cima de mim igual um maluco, falou que eu tinha feito um perfil fake para falar mal dele e do Capitão Diogo Souza de Oliveira e do filho dele — contou Carlos Eduardo.

Leia mais: Sócio de deputado estadual em boate é acusado de dar calote em investidores em Cabo Frio

Diogo Souza da Silveira, à esquerda, com Fillipe Poubel: foto foi postado pelo deputado no aniversário do capitão

Diogo Souza da Silveira, à esquerda, com Fillipe Poubel: foto foi postado pelo deputado no aniversário do capitão

O Capitão Diogo mencionado pelo cliente da boate era o dono da Spartacus Consultoria, uma das empresas de investimentos em Cabo Frio que deixaram de pagar os prometidos lucros exorbitantes. A Spartacus garantia rendimento mensal de 14% mediante supostas transações com criptomoedas, a exemplo das dezenas de concorrentes que passaram a atuar na cidade, grande parte encerrando as atividades em 2021. Além da atuação como trader nas operações financeiras e do trabalho como militar, Diogo também é sócio — e amigo — de Poubel no comando da boate Buda Lounge Bar.

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