Há um fenômeno impressionante com a sociedade, que levou e ainda leva muita gente a ser irresponsavelmente otimista diante da pandemia da Covid-19, mesmo depois de dois anos e mais de 3,5 milhões de mortos, quase 630 mil deles aqui no Brasil.
Alguns, de boa-fé, pela tendência de achar que “tudo vai melhorar”, muitos de olho em “não prejudicar a economia” e uns pouco porque não se importam mesmo com as vidas humanas, mas todos dizendo que, agora, a Ômicron é “fraca” e que “não mata”.
Os de boa fé, como o professor Pedro Hallal, naFolhade hoje, têm a honradez de dizer que erraram em seu otimismo.
Os canalhas, como Jair Bolsonaro, saúdam a “bem-vinda” Ômicron, o vírus que veio para acabar com todos os vírus.
E tudo o que se diz é que, já estamos ou logo vamos chegar ao “pico” e tudo vai retroceder rapidamente.
Ótimo, tomara que seja assim.
Mas isso nos exime de tentar evitar as 10 ou 15 mil mortes até que, se tudo correr bem, segundo os “especialistas”, as mortes recuem a perto de zero.
Não é essa a lição que nos vem do mundo. A ômicron começou em dezembro na Europa e nos EUA. Hoje, até o momento em que escrevo,os casos e mortes na Europa continuam em números gigantescos: 1,4 milhão de casos e 3.270 óbitos. Nos EUA, ainda faltando resultados de quase metade dos estados, já são 2 mil mortos.
Aqui, estamos voltando às mil por dia e, na proporção que e tínhamos antes da vacina, seriam sete ou oito mil.
O que não faz mil serem poucas. Ainda que a vida corra como sempre: ônibus e trens lotados; restaurantes e bares tão cheios quanto a renda curta permitem; shows e baladas correndo normalmente, numa alegria inconcebível ao lado de tantos corpos sem vida.
O #Tbt de hoje é pra dizer que o Moinho de Vento de Macau agora é Patrimônio Histórico e Cultural do RN! Já aproveito pra dizer que quero uma foto no moinho com nossa governadora @FatimaBezerra que sancionou o projeto e, claro, com nosso companheiro @LulaOficial tb.
É de se esperar que o presidente que trabalha a favor do vírus comemore a chegada de mais uma variante. Ele celebra a morte, imita pessoas sem ar... Realmente não é coveiro, é genocida mesmo.
Promover protesto contra a vacina só pode partir mesmo de quem celebra a morte. De quem apoia um governo que defende tortura. Toda solidariedade aos familiares e amigos das vítimas da covid. Além da dor da perda, são expostos a esse espetáculo grotesco.
O movimento antivacina continua a fazer campanha de desinformação. Enquanto as primeiras crianças se vacinavam contra a covid-19 no Rio Grande do Norte, um grupo criou o “Cemitério Pós-Vacina” na praia de Ponta Negra.
A inflação passou de 10% em 2021! A classe trabalhadora sentiu no bolso o aumento dos preços. Enqto isso, a política econômica de Bolsonaro, uma política de fome, segue ampliando a miséria e o desemprego. Sigamos na luta para acabar com esse governo agora em 2022!
Em plena pandemia e enfrentando um dos cenários mais dramáticos do ponto de vista social, com aumento da fome e da miséria, o governo federal faz a opção pelo desemprego e joga famílias inteiras na rua. A inflação não gera apenas efeitos imediatos, como o que vemos diariamente, ela gera efeitos secundários extremamente danosos: a impossibilidade de comprar carne no mercado, por exemplo, fez crescer o mercado paralelo e, com isso, a proliferação de doenças como cisticercose e toxoplasmose, entre outras. É uma cadeia de abandono, miséria e desespero que vai muito além e dói muito mais do que um conceito vago buscado na internet.
Ratinho recusou o nosso direito de resposta! Depois de falar em sua emissora de rádio que pessoas como eu deveriam ser eliminadas, sugerindo que se pegue em metralhadoras, o apresentador Ratinho recusou a divulgação do nosso direito de resposta. Já recorremos ao judiciário. Nosso direito de resposta evidencia as mentiras contadas no programa e mostra a necessidade urgente de enfrentar a intolerância e o preconceito. A recusa em divulgá-la é uma confirmação daquilo que foi dito. E não esqueçamos: foram crimes!
Presente em cada canto imenso desse país, da luta travada no campo, debaixo de cada lona preta, até o mais alto morro e as grandes fábricas das cidades, o
@ptbrasil representa o sonho de uma vida melhor e mais justa. Simbora se filiar e ajudar a construir o país que a gente quer?
O presidente Jair Bolsonaro sugeriu nesta quarta-feira, 12, que a variante Ômicron do coronavírus, que tem gerado um aumento de infecções e da procura por testes de covid-19 no País, é "bem-vinda" e pode sinalizar o fim da pandemia. "A Ômicron, que já espalhou pelo mundo todo, como as próprias pessoas que entendem de verdade dizem, ela tem uma capacidade de se difundir muito grande, mas de letalidade muito pequena", afirmou o chefe do Executivo, em entrevista ao site Gazeta Brasil, que o apoia. "Dizem até que seria um vírus vacinal. Algumas pessoas estudiosas e sérias e não vinculadas a farmacêuticas, dizem que a Ômicron é bem-vinda e pode sim sinalizar o fim da pandemia", acrescentou.
Bolsonaro também voltou a minimizar a pandemia de coronavírus. "A saúde no Brasil sempre foi um caos. Por que agora essa preocupação enorme com a covid? Você tem que ter como qualquer doença. Ficou uma doença politizada", disse.
Em entrevista veiculada ontem pela Jovem Pan, o presidente havia afirmado que haverá "caos" e "rebelião" se o País decretar lockdown neste ano devido à piora da pandemia de covid-19, gerada pela disseminação da variante Ômicron.
"O Brasil não resiste a um novo lockdown. Será o caos. Será uma rebelião, uma explosão de ações onde grupos vão defender o seu direito à sobrevivência. Não teremos Forças Armadas suficientes para a garantia da lei e da ordem", disse Bolsonaro, após criticar os governantes estaduais.
Ao contrário do "lockdown" que o presidente citou, contudo, foram tomadas apenas medidas localizadas de isolamento social e restrição de circulação de pessoas no Brasil.
247 –“Parece quea nota do almirante da reserva Antônio Barra Torres, presidente da Anvisa, levou-o a baixar a bola também no ridículo conflito em torno da vacina das crianças”, escreveElio Gaspari em sua coluna desta quarta-feira nos jornais Folha de S Paulo e O Globodepois de dizer que Jair Bolsonaro foi “regulado” por Michel Temer logo depois da tentativa de autogolpe de 7 de setembro de 2021. “Se disso resultar uma moratória de Bolsonaro diante da pandemia, o ano de 2022 terá começado melhor”.Para ele, que é um dos mais graduados analistas da cena política nacional desde os anos 1970, “desde que ocoronavírusentrou na agenda mundial, o capitão errou rodas.A "gripezinha" matoumais de 600 mil pessoas e a cloroquina serviu para nada. A boa notícia veio do funcionamento do programa de imunização, área na qual o Brasil tinha um desempenho histórico louvável”.
Gaspari deixa claro que o reconhecimento da população aos programas públicos de vacinação, comandados pelo SUS, foi fundamental. Ele saúda o comportamento da população, que se vacinou. “Nem o declínio na qualidade da gestão do ministério da Saúde foi suficiente para anestesiar os brasileiros”, diz. E conclui: “Se Bolsonaro parar de exercer ilegalmente a medicina, deixando a pandemia para os médicos, todo mundo ganha”.
O jornalista condena duramente os blefes e a bazófia do presidente contra a Anvisa. “Ao atacar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, presidida por um almirante-médico da reserva, escolhido por ele, Bolsonaro atravessou o espelho”, escreve. “Ele jamais documentaria a insinuação de que a Agência tinha interesses na compra de vacinas. Esse tipo de malandragem rolou na máquina do ministério da Saúde e foi contida, como ficou demonstrado pela Comissão Parlamentar de Inquérito”. Para Gaspari, a briga com a Anvisa é apenas mais uma das tantas brigas inúteis de um governante que não governa. “O conflito com a Anvisa e com Barra Torres fez parte do acervo de brigas inúteis do governo Bolsonaro. Nessa prateleira estão as caneladas contra a China, a eleição de Joe Biden e o governo argentino de Alberto Fernández. Tudo para nada”, diz. Leia aquia íntegra da coluna na Folha de S Paulo.
A canalha grita: “Estão politizando a internação de Bolsonaro”. BOBAGEM por estas razões: 1- Internação de presidente sempre é tbem política; 2- foi ele a politizar supostos dotes de super-homem p/, depois, surgir frágil na cama. 3- ele politizou a morte de 620 mil brasileiros.
Carlucho briga com o ultrabolsonarista Carlos Jordy, deputado, e diz: “Sugiro cheirarem menos”. Uau!!! Não dá pra arbitrar, né? Bolsonaristas se conhecem e reconhecem pelo cheiro…
Carlucho, diga-se, está mais assanhado do que chinoca em dia de festa. Ataca até o que resta de aliados reais do seu pai. Ehhh Freud!!! O sonho desse rapaz, parece, é ter em mãos um pai derrotado, humilhado, solitário, castrado, só dele! Que medo! Rende filme hitchcockiano, né?
Carlucho chama ex-bolsonarista e atual morista Julian Lemos (deputado) de chifrudo. Este devolve, afirmando que cornos mesmo são Carlucho e seu papai. Nada como debate de ideias na extrema direita para iluminar o país! Que gente elevada! Só resta, como dizem, torcer para a briga.
Quando bolsonaristas e moristas entram em guerra, uma coisa boa acontece: os dois lados têm a oportunidade rara - na verdade única - de falar a verdade. No caso, uns sobre os outros, é claro!
O Exército manda às favas o ogro do camarão. Em 52 diretrizes, - impõe uso de máscara, distanciamento social e outras medidas (11 a 17); - veda aos soldados difusão de fake news (48), recomendando que orientem familiares. Atenção, olavistas! Eis aí o Exército Vermelho!!!
É claro q Moro nada falará contra a vacina. Ou perde o colunismo amigo. Mas notem q ele não entra em embates pró-imunização. Razão: o ex-ministro tem ainda a esperança de atrair parte da extrema direita bozolina, q é antivax. Por ora, conta só com a extrema direita morista mesmo.
A “thread” ficará meio longa. Mas acompanhem. Leiam “Recurso Final”, de Paulo Markun @paulomatkun. Reconstitui a sandice persecutória q resultou no suicídio de Luiz Carlos Cancellier de Olívo no dia 2 de outubro de 2017. Era reitor da Universidade Federal de Santa Catarina
Vale dizer: Moro a escolheu em 2019 como braço-direito, qdo já estavam claras as aberrações de Santa Catarina. Diálogos obtidos por hackers, apreendidos pela operação Spoofing e liberados com autorização judicial, sugerem que Marena forjara em 2016 um testemunho contra Lula.
Segundo Dallagnol, ela entendeu q era um desejo da Lava Jato. Pensam que ele tomou providência legal diante da ilegalidade??? Não! Disse q era preciso proteger a delegada. Leiam um dos livros q explicam o lamaçal a que chegamos.
Médicos me contam o desastre q a ômicron provoca no sistema de saúde. Inclusive em razão da contaminação dos profissionais da área. Mata menos? Tudo indica. Mas a base de contágio é estupidamente maior. E o biltre q usurpa a Presidência a fazer campanha contra a vacina e a Anvisa
A fome e a sede de infâmia dos bolsonaristas é insaciável. E o vampiro-mestre tem de alimentar crias permanentemente. Por isso ele ñ para. Acorda e pensa: “Qual será o absurdo de hoje?” Por isso o combate a essa escória - o esperto - não pode ter descanso ou dar trégua. NUNCA!
Bozo chamou Anvisa de “tarada por vacina”, indagou q interesse teria no caso e disse desconhecer criança morta por Covid. Se ñ conhece, então ñ existe. Covid é 2ª causa de morte de crianças de 5 a 11, só atrás de “acidentes de carro”.
O q acontecerá c/ Bia Kicis, presidente da CCJ da Câmara, q vazou dados confidenciais de médicos favoráveis à vacinação de crianças q participaram da audiência pública? Nada havia q os envergonhasse, mas é absurdo, despropósito, crime. Fale,
Declarações infanticidas de Bolsonaro sobre vacinas mostram o quanto país deve ao STF e à CPI. Sem um, teria vigorado a Lei Bolsonaro: “Todos morrem um dia”. Sem a outra, vacinação teria empacado. Caos teria nos levado à Lei Marcial, sob o comando do ogro. Era seu sonho. Perdeu.
Cemitério de Nossa Senhora Aparecida em Manaus, Brasil, o país com a segunda maior taxa de mortalidade Covid-19 do mundoMichael DANTAS AFP/File
Por Raquel Miura
O ano de 2021 começou de maneira trágica, com a falta oxigênio nos hospitais de Manaus. Médicos, enfermeiros e parentes desesperados vendo pacientes agonizando dias depois de integrantes do governo federal terem visitado a capital amazonense para divulgar o tratamento precoce sem eficácia contra a Covid. Enquanto nos hospitais a luta por atendimento definia a vida ou a morte.
A crise sanitária aguda, com mais de 600 mil mortos, acabou numa CPI do Senado, instalada por determinação do Supremo Tribunal Federal.Depoimentos e documentos que escancaram a atuação errática do governo Bolsonaro, com gabinete paralelo pró-cloroquina, cartas da Pfizer ignoradas resultando na compra atrasada de vacinas e até papel fraudado para vendar imunizante da Índia superfaturado. Não àa toa que a temperatura subiu muitas vezes na CPI.
A pressão de todos os lados levou o governo a acelerar a compra de vacinas e, com a robustez da estrutura do SUS, a imunização finalmente, reduzindo sobremaneira o número de mortos. Mesmo diante de prova cabal de que a vacinação era o caminho,o presidente Jair Bolsonaro ainda insistia no negacionismo.
“Quando você estiver sentindo falta de ar” - disse Bolsonaro em uma transmissão ao vivo imitando alguém com dificuldade para respirar - “Você vai para o hospital. Para fazer o quê? Para tomar o quê, se não toma nenhum remédio comprovado? Para ser entubado. Esse é o protocolo do Mandetta. E canalha é aquele que critica a cloroquina, a ivermectina e não apresenta uma alternativa.”
Bolsonaro defendeu a divulgação do nome de funcionários da Anvisa que trabalharam na aprovação da vacina para crianças. Antes ele já havia provocado fúria ao divulgar dado mentiroso relacionando imunização contra a Covid ao HIV.
Bolsonaro perde apoio popular
A postura do presidente fez despencar seu apoio popular e ele reforçou a tática de buscar inimigos, mirando a artilharia para o Supremo Tribunal Federal, que fechava o cerco a radicais, com a prisão de bolsonaristas como Daniel Silveira e Roberto Jefferson.O ápice da crise institucional veio no 7 de setembro.
“Não mais aceitaremos qualquer medida, qualquer ação ou qualquer sentença que venha de fora das quatro linhas da Constituição. Nós também não podemos continuar aceitando que uma pessoa continue barbarizando a nossa população. Ou o chefe desse poder enquadra o seu, ou esse poder pode sofrer o que não queremos”, disse Bolsonaro numa referência ao ministro do STF Alexandre de Moraes.
Além dos ataques ao Judiciário, conforme sua popularidade caía, o presidente mais uma vez repetia, feito um mantra, que as urnas eletrônicas não eram confiáveis, e que qualquer resultado diferente da sua reeleição seria por ele contestado. Até dia e horário marcou para apresentar provas, mas não as apresentou.
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, em uma foto de 7 de setembro de 2021. PAULO LOPES AFP/Archivos
Orçamento paralelo para o Legislativo
Bolsonaro foi orientado a baixar a bola e, se quisesse ter o centrão como apoio, a engolir o discurso golpista. Não foi só isso. O grupo que apoia o presidente engordou os bolsos com cargos, emendas e até orçamento paralelo, dinheiro público sem rastreio dos órgãos de controle. Com isso o Executivo conseguiu aprovar propostas polêmicas como as mudanças no pagamento dos precatórios, o que lhe assegura uma bolada em ano eleitoral. O que tema gerou debate no Congresso entre governo e oposição.
Se no Legislativo Bolsonaro conseguiu certo apoio a custas de muito dinheiro, na economia o ano foi um desastre: inflação nas alturas com a disparada do preço de produtos como a carne, desemprego, alta na conta de luz, e gasolina também com o preço a perder de vista, fazendo até motoristas de aplicativo a abandonarem a função.
Multidão famintae medalhas inéditas
O lado mais perverso de tudo: a pobreza. Famílias indo morar na rua sem dinheiro para o aluguel. E uma cena cada vez mais comum nas cidades brasileiras: pessoas revirando lixo para achar o que comer. Uma multidão dependendo da solidariedade alheia para comer.
O país de uma multidão faminta, o crescimento do PIX como ferramenta nas transações comerciais, o leilão do 5G na telefonia.
No esporte, teve a volta do público aos estádios de futebol, a polêmica sobre comentários homofóbicos no vôlei eas medalhas inéditas no Japão, como no surfe de Ítalo Ferreira, no skate de Rayssa Leal e na ginástica olímpica de Rebeca Andrade.
“Eu fiquei muito feliz por ter representado o Brasil, por ter ido tão bem, por levar o nome da ginástica, o nome do nosso país para o mundo inteiro. Espero que a gente tenha mais investimento, que as pessoas acreditem mais em todos os esportes, e não só na ginástica. O esporte salva vidas, o esporte educa”, disse Rebeca.
O país teve ainda debandada de pesquisadores de órgãos institucionais, incêndio na Cinemateca brasileira, prisão de cantor por agressão à mulher, vinte dias de perseguição a Lazaro Barbosa que assombrou moradores de Goiás, e ação de bandidos que usaram escudos humanos e levaram terror a Araçatuba, no interior paulista, chegando a instalar mais de cem explosivos.
No Rio Grande do Sul, quatro réus foram a júri popular este ano pelo incêndio da boate Kiss onde 242 pessoas morreram há oito anos.
No Rio de Janeiro, houve a prisão da mãe e do padastro vereador acusados pela morte do pequeno Henry Borel e a angústia das famílias de três meninos de Belford Roxo, que desapareceram há um ano e só agora confirmaram que eles foram brutalmente assassinados pelo tráfico.
Violência
A violência na floresta também chocou o país, com índios desnutridos, a pele e osso, avanço do garimpo ilegal, morte de animais nos incêndios edesmatamento recorde na Amazônia, reconhecido pelo ministério da Justiça.
Destaque no jornal Le Monde desta quinta-feira (02/07) para a volta das queimadas na Amazônia que registraram em junho o maior número de focos dos últimos treze anos.AP - Leo Correa
Políticos comemoraram a anulação de investigações, como o caso do triplex contra Lula, as provas das rachadinhas contra Flávio Bolsonaro, e algumas outras da Lava Jato contra Eduardo Cunha e Sérgio Cabral. De olho e 2022, o presidente Bolsonaro se filiou ao PL, Sérgio Moro foi para o Podemos eLula tem cortejado o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin para vice.
“Não importa se no passado fomos adversários, se trocamos algumas botinadas, se no calor da hora dissemos o que não deveríamos ter dito. O tamanho do desafio que temos pela frente faz de cada um de nós um aliado de primeira hora”, disse Lula após jantar com Alckmin.
"Ministro da Saúde tem que ser interditado/demitido depois de uma das declarações mais absurdas na história da medicina"
247 - O médico e neurocientista Miguel Nicolelis, professor da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, usou as redes sociais para defender a demissão do ministro da saúde, Marcelo Queiroga, em função de sua atitude em protelar a vacinação de crianças contra a Covid-19.
“Onde estão as instituições brasileiras? Como é possível que nenhuma se manifeste? Ministro da Saúde tem que ser interditado/demitido depois de uma das declarações mais absurdas na história da medicina brasileira! + de 300 crianças mortas! Quantas crianças mais vão ter que morrer?", postou Nicolelis.
A postagem vem na esteira da decisão de Queiroga em abrir uma consulta pública sobre vacinação infantil, apesar do parecer técnico-científico da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomendar a imunização. Ele também minimizou os riscos para esta faixa etária ao afirmar “que não é preciso decidir com urgência sobre a vacinação do grupo”.
Apesar da reticência do Ministério da Saúde em autorizar a vacinação infantil, a Covid-19 matou uma criança com idades entre 5 e 11 anos a cada dois dias no Brasil desde o início da pandemia. Ao todo, foram registrados 6.163 casos e 301 óbitos nesta faixa etária até o dia 6 de dezembro.
Onde estão as instituições brasileiras? Como é possível q nenhuma se manifeste? Ministro da Saúde tem q ser interditado/demitido depois de uma das declarações mais absurdas na história da medicina brasileira! + de 300 crianças mortas! Qtas crianças mais vão ter q morrer?
Nas vésperas do Natal e Ano Novo Brasil está completamente à deriva: sem nenhuma estratégia ou plano nacional ou mesmo regional para conter a convergência de epidemias múltiplas no país: DELTA ÔMICRON INFLUENZA Tivemos um respiro e ñ soubemos tirar vantagem dele p/ nos preparar
O governo brasileiro determinou uma quarentena obrigatória de cinco dias para não vacinados que entrarem no Brasil por via aérea.AP - Andre Penner
Por Raquel Miura /EFI
Em um momento em que o Brasil consegue atingir números bons da imunização contra o coronavírus, o governo federal lança mão de uma medida controversa que pode prejudicar os avanços alcançados. Essa é a opinião de especialistas ouvidos pela RFI acerca da portaria que libera a entrada de estrangeiros no país, mesmo que não apresentem comprovante de imunização contra a Covid-19. Para eles, o ideal seria exigir o esquema vacinal completo e teste negativo para todo mundo que chega de fora.
O governo ainda precisa explicar os detalhes de como a portaria será aplicada na prática. Como nenhum estado tem estrutura para abrigar visitantes, esse período será cumprido, por exemplo, na casa de algum parente indicado pelo turista.
"Essa quarentena de cinco dias e depois um teste PCR são para burlar o que realmente é necessário, que é o passaporte da vacina. Imagina a pessoa ficar dentro de uma casa, ela pode já estar com o coronavírus, e até transmitir para outras pessoas”, afirmou o médico Julival Ribeiro, da Sociedade Brasileira de Infectologia.
Agente sanitário fará fiscalização
O turista que tiver o comprovante de vacinação anticovid e o teste negativo, entra direto no Brasil. Já quem chegar sem comprovante, se enquadra nas novas regas. Caberá ao agente sanitário fazer essa fiscalização, em princípio telefonando ao viajante para ver se ele realmente está no local indicado - tudo isso em uma época em que a maioria não tem mais telefone fixo e só usa celular, que se carrega para todo lugar.
Em 2019, antes da pandemia, o país recebeu mais de 6,5 milhões de turistas. “Isso traz sobrecarga em cima de uma rede de vigilância que já está muito debilitada, que deveria estar focada em rastrear casos e contatos de pessoas com sintomas, e não gastar energia numa medida que estimula pessoas que não receberam a vacina a viajar”, disse o sanitarista Jonas Carvalho, da Universidade de Brasília.
"Qualquer quarentena para uma pessoa que teve uma possível exposição ao vírus é benéfica porque a gente sabe que a maioria dos casos se desenvolve até o quinto dia, sétimo dia. E mesmo assim o indicado seriam 14 dias. Mas isso ainda não seria suficiente. E aí mandamos para o mundo uma mensagem ambígua. Nós estamos enfrentando uma pandemia. E, ao mesmo tempo, dizendo para o mundo que quem não tomou a vacina pode vir passear no Brasil, que isso não é um problema. Então existe um risco para o país. O ideal seria barrar quem não foi vacinado”, disse Carvalho.
Estados divergem
Na guerra eleitoral da pandemia, enquanto o governo de Rondônia publicou lei proibindo a exigência do passaporte da vacina no estado, São Paulo quer que o visitante comprove que foi imunizado. O presidente Jair Bolsonaro elogiou o primeiro e criticou o segundo.
“Um governador do Sudeste ameaça ‘quem não tomar não entra no meu estado’. Seu estado, o cacete! Não podemos aceitar isso. Devemos protestar”, declarou.
Os especialistas ouvidos nesta reportagem ressaltam que o Brasil só conseguiu respirar na pandemia porque avançou com a vacinação, provando que esse é o caminho mais seguro na luta contra o vírus. Para eles, não faz sentido que o governo permita o ingresso de não imunizados em um país que já sofreu tanto com a crise sanitária.
“Graças a uma estrutura eficaz e robusta, o Brasil enfim alcançou um patamar muito bom de vacina, embora tenha começado tarde. Mas estamos falando de um vírus, ainda mais com as variantes delta e ômicron, que tem alta velocidade de transmissão. E a vacina não impede a infecção. Ela é eficaz contra casos graves e mortes, mas não impede a infecção. Então é preciso uma vacinação maciça para conter a doença. E aí qualquer pessoa não vacinada, daqui ou de fora, ajuda a fazer com que o vírus continue circulando”, afirmou o sanitarista Jonas Carvalho.
Eles também alertam que, diante da probabilidade de surgirem novas variantes até o progresso da imunização em escala global, será preciso uma política sanitária de fronteiras à altura do desafio de barrar um vírus que pôs de joelho todo um planeta.
“Ainda precisamos esperar análises sobre a ômicron. Muita coisa precisa ser respondida. Não é para alarmar a população, é preciso aguardar esses estudos. Mas algumas observações apontam que em muitos lugares se tem registrado mais casos em crianças. Hoje alcançamos uma boa cobertura vacinal no Brasil, mas não começamos ainda a vacinar crianças menores de 11 anos aqui”, lembrou o infectologista Julival Ribeiro.