Bolsonaro acionou o modo milícia para a campanha eleitoral. Vocifera como arruaceiro, bafeja ódio, insufla violência, prega a subversão da ordem constitucional vigente. É só o começo.
Vai piorar muito porque o baderneiro do Planalto sabe que tem apoio de parcela fiel da população e de setores da elite. É o suficiente para levá-lo ao segundo turno e o que precisa para tentar tumultuar as eleições. O método é convocar a turba e inflamá-la. Bastará alguém riscar o fósforo.
A cena repulsiva na Associação Comercial do Rio de Janeiro é evidência de apodrecimento social. Vídeo não tem cheiro, mas se tivesse daria para sentir o odor de mofo na sala em que empresários aplaudiram Bolsonaro quando ele incentivou a desobediência ao STF. Alguém da plateia contestou a incitação ao crime? Ninguém. Ouviram-se aplausos de concordância com o estímulo à anarquia institucional.
Bolsonaro está ciente das pesquisas pré-eleitorais. Sabe que não tem maioria para um golpe. Mas golpes não precisam de maioria. Por isso são golpes. E ele tem sua choldra de bandoleiros incrustados no Congresso e nas instituições de controle a dar garantias para que continue a esbravejar pela ruptura.
O Brasil deu um salto de três décadas para trás no combate à fome. Neste momento, 33 milhões de pessoas não têm o que botar no prato. A pandemia já levou quase 700 mil brasileiros e continua a matar, a adoecer, a infligir dor e sofrimento. É isso que aprovam e aplaudem?
A ascensão de Bolsonaro abalou 30 anos de esforços para reerguer o país com o mínimo de coesão democrática e solidariedade social. Ele soube aproveitar-se da incompletude da obra para tentar destruí-la de vez.
Em sua figura grotesca de desordeiro e predador da democracia, Bolsonaro converteu-se numa arma de destruição em massa. Morre gente, morre o país. Bolsonaro vai passar. Mas deixará a mancha da desonra entre nós cada vez que nos fizermos a pergunta: como não fomos capazes de detê-lo?
"Com a partidarização promovida por suas cúpulas partidarizadas e golpistas, as Forças Armadas foram transformadas em facções partidárias", diz Jeferson Miola
Terá sido um ato falho, ou é uma sinalização deliberada de atrevimento político e institucional deste bando fardado que atua de modo camuflado, indireto, e ameaça cada vez mais gravemente a democracia, sem reação das instituições políticas e do poder civil?
No documento, o ministro bolsonarista da Defesa argumentou “que alguns conceitos jurídicos corroboram o direito de fiscalização de todas as fases do processo eleitoral”.
E, para justificar a tentativa absurda de controlar o processo eleitoral, o general delirantemente reivindicou para as Forças Armadas “o previsto na Lei nº 9.504/1997, em seu art. 66, onde é estabelecido que ospartidos e coligaçõespoderão fiscalizar todas as fases do processo de votação e apuração das eleições e o processamento eletrônico da totalização dos resultados”.
Ora, como o próprio general conspirador escreveu, a citada lei estabelece a atribuição departidos e coligaçõesna fiscalização de todo processo eleitoral, não das Forças Armadas!
Aliás,em nenhum dos 105 artigos desta Leique “estabelece normas para as eleições”, promulgada no ano de 1997, há 25 anos atrás, portanto, não se encontra nenhuma menção à atuação das Forças Armadas em qualquer aspecto substantivo da eleição.
No máximo, nos dias de votação os militares são chamados pelo poder civil a exercerem funções acessórias e rotineiras, meramente logísticas, de transporte de urnas e de segurança complementar.
Coerente com oespírito de um regime civil, e não militar, a Lei 9.504/1997 assegura aospartidos e coligações, como organismos constituintes do poder político e do poder civil, amplo direito a “fiscalizar todas as fases do processo de votação e apuração das eleições e o processamento eletrônico da totalização dos resultados”.
A Lei ainda especifica com clareza as condições de participação dospartidos e coligações–mas nunca dos militares– na preparação das urnas eletrônicas [§ 5º do art. 66], na auditoria de funcionamento das urnas [§ 6º] e na criação de sistema próprio de fiscalização, apuração e totalização dos resultados [§ 7º].
Com a partidarização promovida por suas cúpulas partidarizadas e golpistas, as Forças Armadas foram transformadas em facções partidárias.
E, sendo um bando armado, atuam na política como verdadeirasmilícias fardadasilegais e conspirativas, que atentam contra a democracia e o Estado de Direito e colocam em risco a própria realização da eleição de outubro próximo.
O infectologista Marcos Caseiro afirmou que estão explodindo os casos de Covid-19 no país e que a responsabilidade é de Jair Bolsonaro que ameaça uma guerra civil. É um governo necrófilo. Morte pela peste. Morte pela fome. Morte pelas chacinas. Pelos massacres. Ameaça de golpe. Ameaça de guerra civil. Governador do Rio já começou a distribuição de armas
A fome grassa em 26 por cento dos lares. São 19 milhões de brasileiros sem o "pão nosso de cada dia". São 14 milhões de brasileiros desempregados.
Anjo da morte, Bolsonaro prepara suas milícias para uma guerra civil. A última guerra civil do Brasil foi em 1930. Em 1964 teve uma ditadura sangrenta, com exílio, tortura de presos políticos e assassinato de lideranças civis e militares que lutaram pela Democracia, pela Liberdade, pela Fraternidade, pela Igualdade, pelo Amor Cristão.
O Brasil do Orçamento Secreto, do Orçamento Paralelo, do Centrão, do Sigilo de Cem Anos, dos "coronéis da vacina" superfaturada, do viagra, do lubrificante íntimo, das próteses penianas das forças armadas, do carrinho de supermercado ministerial, do carrinho do filé, da picanha, do salmão, do uísque, dos vinhos, dos licores, do leite condensado, do cartão corporativo presidencial de infinito fundo, dos pastores dos negócios da educação, ameaça uma guerra civil da mamata sem fim das castas militares e religiosas.
Ameaçou Jair Bolsonaro nesta terca-feira (3): “Nós todos aqui, e não apenas eu, temos problemas internos aqui no Brasil, onde hoje, não mais os ladrões de dinheiro do passado, surgiu uma nova classe de ladrão, que são aqueles que querem roubar a nossa liberdade”.
Durante o discurso, o presidente falou que o Brasil não pode seguir o caminho de outros países da América do Sul, como a Venezuela, a Argentina e o Chile, todos chefiados por governos de esquerda.
“Eu peço que vocês cada vez mais se interessem por esse assunto. Se precisar, iremos à guerra. Mas eu quero um povo ao meu lado consciente do que está fazendo e de por quem está lutando”, ressaltou o presidente.
No Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro está distribuindo armas e munições para milicianos, ex= policiais militares da reserva.
Brasileiros morrem vítimas das doenças da pobreza, das pestes do Terceiro Mundo. Da covid. O país da imunidade de rebanho como política de saúde pública, tendo uma estratégia de propagação da Covid. Uma necropolítica responsável, com a militarização do Ministério da Saúde, por milhares e milhares de mortes evitáveis. O Brasil das catástrofes evitáveis. Do fogo nas florestas e matas. Das barragens da morte. Brumadinho, 270 mortes. Das inundações. Dos deslizamentos. Do fim do programa 'Minha Casa Minha Vida', e da construção de moradias em áreas de risco e penhora do único imóvel de uma família inadiplente
Estão explodindo casos de Covid-19
a responsabilidade é de Bolsonaro
Marcos Caseiro e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | REUTERS/Adriano Machado)
247 -Em entrevista ao Giro das Onze, da TV 247, o infectologista Marcos Caseiro advertiu que estão explodindo os casos de Covid-19 no país e disse que a responsabilidade pelas mortes é de Jair Bolsonaro e de seu governo.
“Não tínhamos nenhum caso no hospital, mas no último fim de semana tínhamos sete casos, dois na enfermaria e cinco na UTI. Tem aumentado o número de casos. E essa cepa que está circulando, uma variação da Ômicron, enquanto não garantimos vacinação para o mundo inteiro, e o continente africano entra nisso, vão continuar surgindo cepas mutantes, variantes e se espalhando pelo mundo”, enfatizou.
Caseiro disse que o responsável direto por essas mortes é Bolsonaro, pois se o Brasil tivesse comprado as vacinas no momento oportuno teria evitado
O Brasil totaliza hoje 667.019 mortes.
“Ele [Bolsonaro] tem culpa em todos os sentidos e tem que ser chamado de genocida porque uma grande parte de mortes que ocorreram tem um nome e responsável que é o governo federal”, afirmou. “Não só não comprou como jogou contra falando de efeito adversos dizendo que iria se transformar em jacaré. Não fez nenhum trabalho governamental. O programa vacinal do Brasil é o maior do mundo”, lembrou.
Para o médico, se não fosse a Covid, “o SUS já teria sido desmontado há muito tempo”. “Esse é o projeto desses caras que querem terceirizar tudo. O Brasil já chegou a aplicar num único dia 10 milhões de doses numa campanha de poliomielite. O Brasil sabe vacinar, temos salas de vacinação com pessoas treinadas no Brasil inteiro. O que aconteceu foi que naquele momento não tínhamos a vacina e não tivemos em nenhum momento o governo falando favoravelmente e fazendo campanha incentivando a vacinação”, denunciou.
Entre os colegas de Renato Freitas houve quem cometesse plágio, comemorasse a morte de crianças e colocasse a vida de outros em risco. Mas quem a Casa optou punir?
O vereador Renato Freitas (PT) teve o parecer pela cassação de seu mandato aprovado nesta terça (10) em votação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Curitiba. Supostamente está sendo punido por ter entrado numa igreja católica durante um ato pelas vidas negras. No papel e nos discursos de seus colegas que votaram pela cassação, Freitas quebrou o decoro por ter colocado em risco a liberdade de culto. Mas a verdadeira razão para a cassação não estava presente ontem, nas declarações de votos, nem na extensa papelada do processo conduzido contra o parlamentar.
O caso contra Renato Freitas não começou quando ele pisou na Igreja do Rosário. Freitas selou seu destino muito antes, quando chamou seus colegas representantes de igrejas evangélicas da cidade de trambiqueiros e os acusou de lucrar com a miséria alheia. Ao fazer isso, defendeu os jovens periféricos, um dos grupos sociais mais afetados pelas ações da Câmara. Foi em maio de 2021, durante um dos períodos mais duros da pandemia de Covid na cidade.
Como seus demais colegas, Freitas tomou posse em janeiro, após ser eleito numa disputa adiada pelas montanhas de corpos deixados pelo coronavírus e pela pandemia que afetava outros milhares de brasileiros lotando ambulatórios e UTIs em todo país. A “nova Câmara” trouxe várias novidades: a Casa havia ganho uma bancada de mulheres de oito componentes, um feito não inédito, mas incomum. E havia eleito três negros, entre eles a primeira mulher.
E como sua representante com maior número de votos, a Câmara também recebeu duas integrantes de uma inédita bancada do partido Novo, uma sigla que se promete uma mudança na “velha política”.
Por causa da pandemia, muito do ano legislativo de 2021 foi diferente do que a Casa entende por normal, a começar pelas sessões virtuais. Mas muito continuou exatamente igual. Os vereadores, cercados pelosdesafios imensos impostos a cidade pela Covid e pela grave crise econômica, permaneceram encastelados em suas casas confortáveis.
Freitas entrou na igreja para expressar seu inconformismo com a morte de Moïse Kabagambe:
Nesse período a Casa não fez nada para impedir que as crianças e jovens das escolas municipais da cidade fossem tratadas como cidadãos de segunda classe, condenadas a um ineficiente ensino remoto e a ausência de medidas para que pelo menos as crianças em situação mais delicada pudessem retornar às escolas.
Debaixo do nariz dos vereadores, a prefeitura permitiu que as escolas privadas contratadas para fornecer vagas para a educação infantil de 0 a 3 anos abrissem as portas para seus estudantes particulares, mas mantivessem aqueles cujas mensalidades o erário pagou fora de sala de aula, prejudicando crianças e pai trabalhadores da cidade.
Mas mais grave ainda, os parlamentares ficaram muito à vontade com o mau comportamento dos colegas. Ignoraram solenemente a falta de decoro de um dos seus que insistiu em entrar no prédio da Câmara sem máscara em plena onda de contaminação da Covid. Obviamente isso colocava em risco não só os outros parlamentares, mas dezenas de funcionários públicos e a população que frequenta a Casa.
Com exceção de fofoca, o episódio não gerou em nenhum parlamentar reação nenhuma. O vereador, é claro, não se desculpou. Qual o problema de colocar a vida dos outros em risco, não é?
Em outro episódio, uma parlamentar do Novo, colega da vereadora Indiara Barbosa, que na sessão do Conselho declarou que o partido “cortou na própria carne” aqueles que se recusam a se comportar direito nesse ambiente da “nova política”, apresentou um parecer contendo extensos trechos de plágio. Ironia das ironias, o parecer era contrário a um projeto de Carol Dartora (PT) que instituía cotas raciais nos concursos públicos do município.
O que fez a parlamentar? Pediu desculpas? Admitiu o erro? (Para ser justa, a vereadora reapresentou o parecer retirando os trechos plagiados, mas sem admitir o erro, nem se desculpar por ele). Não, acusou a imprensa (no caso, este jornal) de ser uma “máquina destruidora de reputações” e seguiu em frente, confiante de seus colegas não se incomodariam. E não se incomodaram. Apesar de plágio ser crime previsto no Código Penal. Mas tudo bem, não é mesmo?
Em outro momento, os vereadores voltaram a se calar e não ver nada de errado quando uma colega aproveitou o uso do microfone durante uma sessão ordinária da Casa para proclamar que “bandido bom é bandido morto”. Mas a morte de quem a vereadora Flavia Francischini (PSL) estava comemorando? Era de um bandido perigoso? Não. Os “bandidos” que morreram eram dois adultos e também duas crianças, de 2 e 7 anos, uma delas morta com um tiro na cabeça numa chacina no bairro Fazendinha. Não é surpresa que Francischini não tenha sofrido nenhuma represália pelo comentário.
Fossem estudantes jovens, esses parlamentares teriam sido prontamente punidos. Porque as escolas e universidades, a despeito de serem criticadas pelos parlamentares, são melhores que seus pares do legislativo em cumprir regras. Mas os vereadores, que querem botar dentro das escolas a polícia, a guarda municipal, detectores de metal e tratar estudantes como aprendizes de bandidos, não são tão afoitos quando se trata de “cortar na própria carne”.
Mas afinal, que crime tão hediondo cometeu Renato Freitas para romper com essa camaradagem confortável de seus colegas? Bom, Freitas questionou, entre outras coisas, a influência religiosa no tratamento de jovens viciados em drogas. E ousou agir com a arrogância e impulsividade dos jovens, numa Casa que fede a formol e segredos escondidos em armários.
O parlamentar entrou numa igreja construída por negros depois que a missa havia sido concluída e ocupou o púlpito por alguns minutos para dar voz a indignação e tristeza dos jovens e negros com a morte sem sentido do congolês Moïse Kabagambe, que foi trabalhar honestamente e não voltou para casa.
Renato pediu desculpas à Casa, à Igreja. A própria Cúria pediu que ele não fosse cassado. Mas para o jovem, especialmente o jovem periférico, não há segunda chance. Ele já havia se comportado mal outras vezes, destacaram os integrantes da comissão durante a sessão que o cassou. Não por ter cometido um crime ou ter colocado a vida de ninguém em risco, ou comemorado a morte de uma criança. Mas por ousar criticar seus colegas. Isso sim é imperdoável.
Na Comissão, o vereador Denian Couto declarou que é parte do trabalho do parlamentar sofrer pressão, que constitui a única frase proferida por ele com a qual concordei. A questão é que, no fim das contas, entre a pressão de ser chamada de racista e a pressão para permanecer exatamente tudo como está, a Câmara, vimos, cede a essa última.
E assim a História de Curitiba agora terá um capítulo em que vereadores e vereadoras perpetuaram a violência institucional contra jovens e negros porque isso era muito mais confortável do que aceitar como parte da cidade milhares de jovens cuja arrogância e impulsividade o vereador Renato Freitas representa. Cortar na carne? Só naquela carne que, sabemos, é muito mais barata.
Viagra: 35 mil comprimidos Prótese peniana: R$ 3,5 milhões Gel lubrificante íntimo: R$ 37 mil Botox: R$ 546 mil Imbrochabilidade verde oliva: não tem preço
TSE e PGR estão atentos Fiquem tranquilos, a enésima motociata, também conhecida juridicamente como campanha antecipada, será devidamente investigada e julgada antes de a democracia acabar
Augusto Aras bem acompanhado em Paris. Veja vídeo:
A Planta Geral da República foi verificar se gozava de algum respeito entre as plantas do Les Jardins Du Luxembourg O elegante Paris Geral da República lembrado de que sua descriminalização da política mata e deixa roubar
Ainda vamos sistematizar as múltiplas formas de corrupção do governo além das rachadinhas passadas (orçamento secreto, bíblia do pastor, superfaturamento de vacina, sigilo para cartão corporativo etc) Novo tipo: milhões para ONGs inativas de boleiros
Bolsonaro ameaça Lula de morte. Idem general Girão Monteiro, coronéis Washington Lee Abe, Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada, André Azevedo, Tadeu Anhaia de Lemos, sargento Anderson Alves Simões, cabo Junio Amaral, pastor Otoni de Paula. Ameaça de assassinos deveria ser levada a sério por Aras. Tem serial killers. Gente ruim que já metralhou mais de trinta sem nada, sem terra, sem teto. Gente necrófila ou sádica, que admira o coronel Paulo Manhães, Ustra marechal de Bolsonaro, delegados Fleury e Pedro Seelig. Ameaçar de morte é crime. Áudios do Superior Tribunal Militar provam tortura na ditadura.
A planta jacobina e negacionista "Diante das evidências de corrupção no MEC de Bolsonaro, a omissão da PGR é ainda mais escandalosa. O MP deve defender a lei, sem jacobinismo e sem negacionismo". Onde está o Ministério Público?
"TRF-1 aceitou nesta terça-feira (19), por dois votos a um, um recurso apresentado pelo Procurador-Geral de República, Augusto Aras" contra Conrado Hubner Mendes
A institucionalidade da tortura, esse legado intangível da covardia e delinquência militar
Augusto Aras engaveta o relatório da CPI da covid, garatindo a impunidade de genocidas. O que provoca mais milhares e milhares de mortes.
Médicos que integram o comitê de combate à Covid-19 em São Paulo recomenda o governo a comprar de forma imediata medicamentos que possuem eficiência científica comprovada contra a doença, como os antivirais Paxlovid, Molnupiravir e Remdesivir. As drogas já foram aprovadas pelas autoridades de saúde dos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia.
"Temos cerca de 800 pessoas morrendo por dia no país, e remédios que poderiam salvá-las não são ainda usados por aqui. É inacreditável", disse o infectologista Esper Kallás, da Faculdade de Medicina da USP, à coluna da jornalistaMônica Bergamo, da Folha de São Paulo.
Ainda conforme a reportagem, a Anvisa já aprovou pelo menos quatro substâncias (o antiviral Redemsivir e três tratamentos monoclonais, que são proteínas produzidas em laboratórios) que funcionam contra a Covid. Nenhuma delas, no entanto, foi incorporada ao SUS”. O Paxlovid e o Molnupiravir ainda estão em análise pela agência.
Sadismo: O governo federal comprou medicamentos ineficazes, inclusive para o tratamento precoce da covid. Quando, finalmente, aparecem medicamentos eficazes, Bolsonaro e seu ministro da Saúde fazem corpo mole. Qual seré o primeiro governador ou prefeito a comprar remédios, internacionalmente, considerados eficazes para curar a covid - 19 e suas variantes.
É enganosa a publicação da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) que usa os títulos de duas reportagens para dizer que a contaminação pela covid-19 é mais eficaz que a vacina. O estudo citado por uma das matérias não permite essa conclusão e aponta que a vacinação é a forma mais segura de combater a doença
Conteúdo verificado: Uma publicação da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) que traz recorte de dois títulos de notícias que lidos em sequência sugerem que o presidente Jair Bolsonaro (PL) acertou ao afirmar, em junho de 2021, que a infecção pelo coronavírus é “mais eficaz” na prevenção do vírus do que a vacinação. Ela usa uma reportagem sobre uma pesquisa nos Estados Unidos para justificar a afirmação. Na legenda, a deputada coloca “Jair Messias Bolsonaro acerta novamente!”.
São enganosas as publicações feitas no Instagram, Facebook e Twitterpela deputada federal Carla Zambelli que trazem uma montagem com o título de duas notícias para sugerir que a infecção prévia pelo vírus da covid-19 traria maior proteção do que a vacina. Leia mais
Carla ficou conhecida por espalhar outros boatos. Um deles: que a filha da presidenta Dilma era proprietária da Havan
Vamos falar como o cidadão comum, angustiado, que não se esconde de torcer para nossos atletas nas olimpíadas, mas que, no fundo, sabe que hoje o único pódio que interessa é a votação do impeachment
“Turbulência O vento experimenta o que irá fazer com sua liberdade…”
Hai-kai, João Guimarães Rosa
Na época do famoso caso Mensalão, havia uma maldade que corria entre os advogados, dizia-se que que a Globo investia muito na espetacularização da divulgação do processo, quase que de maneira romanceada, por ter perdido o direito de transmitir as Olimpíadas. Era uma espécie de concorrência. Claro que sabíamos que outros, muito além da audiência, eram os motivos daquela cobertura. E vimos tudo se repetir durante a Operação Lava Jato.
A verdade é que sinto agora, tantos anos depois, uma certa síndrome de abstinência com o recesso da CPI, exatamente quando as atenções se voltam para as Olimpíadas de Tóquio. Já havia manifestado minha opinião no sentido de que a Comissão não deveria ter tido recesso e que já era hora de elaborar um relatório parcial para começar a cobrar responsabilidade. Essa investigação visa descobrir e apontar os culpados pelas mortes de mais de meio milhão de brasileiros. E a omissão criminosa continua fazendo milhares de mortos todos os dias. Banalizamos a dor. Acostumamo-nos a contar os óbitos como quem conta números e não vidas. Então, como interromper a investigação? É como se tivessem pedido um tempo e parado o relógio, como se faz nos jogos de basquete. Um timeout. E nesse intervalo, as pessoas ficassem proibidas de morrer.
Repito: façamos um relatório parcial, somente com o seríssimo trabalho feito até agora para apontar os responsáveis pelo negacionismo que foi e é o responsável pelos óbitos. Compra de medicamentos sem base científica, desprezo pela vacina, política de culto à morte, enfim, tudo que a CPI já pode provar e que todos nós, o Brasil e o mundo já sabemos. Fecha.
Apontem os culpados e joguem no colo da dita sociedade organizada a cobrança a ser feita na Câmara, no Senado, no TCU, na PGR… E aí, instaura-se uma CPI parte dois: a dos corruptos, para investigar quem mercadejou com a vida!
Desculpem insistir no tema chato e pesado, entre uma tomada de onda no surfe e um lance de ousadia no skate. Mas nós somos ouro no número de mortos na olimpíada da irresponsabilidade no trato com o vírus.
Temos que entender que existem Comissões Parlamentares de Inquérito diferentes umas das outras. Lembro-me que, em 23 de março de 1994, recebi o telefonema de um colega advogado dando a notícia da prisão de um cidadão no Rio Grande do Sul que estava embarcando para Brasília, algemado, para depor numa CPI. O decreto prisional era assinado pela Presidente da Comissão. Teratológico. A ordem de prisão é ato privativo do Judiciário. Mas essa deputada, que assinou o mandado, realizava o sonho de muitos parlamentares: ocupar o lugar dos juízes. Àquela época, mal poderiam imaginar que hoje os juízes/ministros é que estão a legislar, ocupando o lugar de um Legislativo acuado e enfraquecido.
Impetrei um habeas corpus pela liberdade no STF, HC 71279/ RS, sem ter sequer acesso ao decreto de prisão. Despachei com o grande ministro Celso de Mello alegando a fé do meu grau para comprovar a veracidade dos fatos. No mesmo dia, adentrei a sessão da CPI para libertar meu cliente com um alvará de soltura nas mãos. Era o Supremo impondo limites constitucionais à CPI, e ao Poder Judiciário. Esse é o jogo democrático, todos saem ganhando com a definição clara dos poderes constituídos.
Qual a diferença dessas CPIs? Todas são importantes e a advocacia cumpre seu papel no resguardo dos direitos e garantias dos investigados, e mesmo das testemunhas. Hoje em dia, cumpre preservar até o direito dos advogados. Mas a importância fundamental e crucial é que a CPI da covid, mais do que apurar responsabilidades, tem o objetivo de salvar vidas. Esse tem que ser o compromisso principal: salvar vidas e responsabilizar os assassinos. Qualquer adiamento é perigoso.
Toda demora tem consequências. Vamos falar como o cidadão comum, angustiado, que não se esconde de torcer para nossos atletas nas olimpíadas, mas que, no fundo, sabe que hoje o único pódio que interessa é a votação do impeachment, é colocar a nossa bandeira hasteada e se emocionar ao ouvir o hino nacional dentro do Congresso, no plenário e nas galerias. Pode ser brega, mas significará que estamos tentando entrar no jogo democrático. Não existe vitória olímpica que possa superar a derrota do nosso país no trato com a tragédia sanitária. Vamos, ainda assim, nos permitir torcer e vibrar com os atletas. Sabendo que há um Brasil perplexo, triste, acabrunhado e humilhado com a condução criminosa e desastrosa desse técnico que preside o país. Resistir, com suavidade, mas com firmeza e sem medo, é a nossa única jogada. A que pode virar o jogo.
É necessário nos refugiarmos no Livro do Desassossego, do nosso Pessoa:
“Na grande claridade do dia o sossego dos sons é de ouro também. Há suavidade no que acontece. Se me dissessem que havia guerra, eu diria que não havia guerra. Num dia assim nada pode haver que pese sobre não haver senão suavidade.”