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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

15
Fev20

Petardos: As revistas e a morte do miliciano

Talis Andrade

adriano capa-revista-veja.jpg

 

 

por Altamiro Borges

Capa da 'Veja', uma das revistonas que ajudou a chocar o ovo da serpente fascista no país: "O que ele sabia? Fotos do miliciano Adriano da Nóbrega mostram que os tiros contra o ex-capitão do Bope foram dados à curta distância, fortalecendo a suspeita de 'queima de arquivo'”. 

adriano capa-revista-istoe.jpg

 

Capa da revista IstoÉ, também apelidada de QuantoÉ nos meios jornalísticos: "Queima de arquivo. A execução do miliciano Adriano da Nóbrega, cujas ligações com a família Bolsonaro se tornaram evidentes, abre um novo capítulo nas investigações". 

 

adriano carta capital.jpg

 



Capa da 'CartaCapital', a única revista semanal que nunca compactuou com a onda fascistizante no país: "Morto não fala. Abatido em circunstâncias estranhas, o ex-PM Adriano da Nóbrega era uma prova de que o Brasil tem um presidente miliciano". 

*** 

A revista Época relata que João Doria, o ambicioso tucano que sonha com a presidência, decidiu vender o seu jatinho particular por temer o desgaste eleitoral. "O governador de SP havia comprado a aeronave com financiamento do BNDES e se tornou alvo de críticas de Bolsonaro pela operação". 

*** 

Segundo a matéria, a aeronave Legacy 650 de prefixo PR-JDJ - referência às iniciais de João Doria Jr. - foi vendida por cerca de US$ 10 milhões. "Ela é equipada com Wi-fi, cobertura global para ligações e tela de alta definição... Com motores potentes, o jato atinge até 987 km/h". 

*** 

Ainda de acordo com a Época, o jatinho de João Doria "foi adquirido a juros subsidiados... Em agosto do ano passado, BNDES divulgou lista de 134 contratos para financiamento de jatos da Embraer, num total de R$ 1,921 bilhão. No caso de Doria, o empréstimo foi de R$ 44 milhões". 

*** 

Sem alarde, a Época até admite que o "Luciano Huck também foi beneficiado com o programa... O subsídio do BNDES custou R$ 693 milhões em valores corrigidos. Após a divulgação, o presidente Jair Bolsonaro acusou Doria de 'mamar' na era PT e o chamou de 'amigão do Lula e da Dilma'". 

*** 

O "marreco de Maringá" segue omisso sobre a morte de Adriano da Nóbrega, o miliciano ligado ao clã Bolsonaro. Até Elio Gaspari, da Folha, ironiza a desculpa do ministro para ter excluído o bandido da lista de criminosos mais procurados do país. "Conta outra, doutor”, debocha. 

*** 

Quem também critica o ex-juiz Sergio Moro é o jornalista Juan Arias, do diário espanhol El País. “Como explicar o silêncio do ministro da Justiça até agora sobre a morte do importante miliciano, quando em outras ocasiões parabenizou a polícia por suas ações contra a violência”? 

*** 

Nota na Folha revela que a operação que resultou na morte de Adriano Nóbrega teve conhecimento prévio do Ministério da Justiça. “Dias antes da ação, uma das secretarias da pasta de Sergio Moro sondou a possibilidade de apoio de um helicóptero e alguns efetivos". Haja coincidências! 

*** 

O site UOL informa que os deputados Filipe Barros (PSL-PR) e Coronel Tadeu (PSL-SP) surgem como administradores de grupos de WhatsApp onde são compartilhadas fake news e ataques contra integrantes do Congresso e do STF. Eles são da tropa de choque do "capetão". Eles serão punidos, Moro? 

*** 

Paulo Guedes, o parasita do capital financeiro bajulado pela mídia rentista, é tão fascista e escroto quanto Bolsonaro. O próprio Estadão registra: "Guedes critica dólar baixo: 'Empregada doméstica indo pra Disneylândia. Peraí'". O sujeito é a típica expressão da cloaca burguesa! 

*** 

Milhões de desempregados. Milhões nas filas do INSS. Milhões sem o Bolsa Família... E bilhões para os banqueiros. Itaú Unibanco informa que seu lucro líquido somou R$ 28,4 bilhões em 2019, alta de 10,2% em relação a 2018. O Brasil é o inferno do povão e o paraíso dos banqueiros! 

*** 

Os ricaços - que bancaram o golpe contra Dilma, que levou ao poder a quadrilha de Michel Temer e resultou na vitória eleitoral do "capetão" fascista - realmente não têm do que reclamar. Além dos banqueiros, os diretores das corporações empresariais estão ganhando muita grana. 

*** 

Pesquisa da KPMG com 223 megaempresas no Brasil aponta que seus diretores ganharam em média R$ 2,8 milhões em 2019. Já a remuneração anual dos conselheiros de empresas subiu de R$ 426 mil em 2018 para R$ 541 mil em 2019. Essa cloaca ama Bolsonaro, como atestam várias pesquisas.

 

21
Nov19

Oposição faz ato em repúdio ao vandalismo racista do deputado Coronel Tadeu

Talis Andrade

racismo deputado congresso.png

 

247 - Parlamentares da oposição promoveram no fim da tarde desta quarta-feira 20 um ato de protesto contra o vandalismo do deputado Coronel Tadeu (PSL-SP) praticado ontem (19), quando arrancou e pisoteou um cartaz que integrava uma exposição contra o racismo na Câmara, na véspera do Dia da Consciência Negra. 

coronel tadeu.jpg

 

O ato dos deputados de oposição aconteceu no corredor de exposições da Câmara, onde está instalada a mostra “(Re)existir no Brasil: Trajetórias Negras Brasileiras”, promovida pela própria Câmara Federal. Durante o ato, os parlamentares gritaram "Fascistas, racistas, não passarão". 

Eles também improvisaram a recolocação da charge do cartunista Carlos Latuff, que ilustrava o cartaz que foi destruído pelo deputado do PSL, com a colagem de uma impressão da arte em uma folha de sulfite.

Em entrevista ao 247 nesta quarta-feira 20, Latuff cobrou uma iniciativa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que o quadro fosse recolocado na exposição. "O mínimo que se espera do Congresso Nacional, na pessoa de Rodrigo Maia, é que essa charge volta à exposição, porque, se isso não acontecer", diz o artista, "a censura estará institucionalizada".

gilmar racismo deputado congresso.jpg

"Fascistas, racistas, não passarão", gritaram os deputados de oposição no mesmo local onde nesta terça uma placa da exposição pelo Dia da Consciência Negra foi destruída. Os parlamentares também recolocaram uma impressão da charge retirada 

ribis-  racismo deputado congresso.jpg

O racismo do coronel Tadeu

 

O ato dos deputados de oposição aconteceu no corredor de exposições da Câmara, onde está instalada a mostra “(Re)existir no Brasil: Trajetórias Negras Brasileiras”, promovida pela própria Câmara Federal. Durante o ato, os parlamentares gritaram "Fascistas, racistas, não passarão". 

Eles também improvisaram a recolocação da charge do cartunista Carlos Latuff, que ilustrava o cartaz que foi destruído pelo deputado do PSL, com a colagem de uma impressão da arte em uma folha de sulfite.

 

PT na Câmara #LulaLivre@PTnaCamara
 

Ato da oposição na Câmara dos Deputados em repúdio ao vandalismo racista do deputado Coronel Tadeu (PSL-SP):
"Racistas, fascistas... não passarão!"

Vídeo incorporado
Natália Bonavides@natbonavides
 

AGORA: Estamos recolocando, na Câmara, a obra de @LatuffCartoons que retrata o genocídio da população negra na exposição: (Re)existir no Brasil: Trajetórias Negras Brasileiras”.
Racistas não passarão!#Equipe

Trajetórias Negras Brasileiras

Racistas não passarão!#Equipe

 
21
Nov19

A vida da Néia era mais barata que uma placa ou um cartaz

Talis Andrade

assassinaro moradora de rua niteroi.jpg

 

 

por Fernando Brito

O tal Aderbal Ramos de Castro, que matou friamente a moradora de rua Zilda Henrique dos Santos Leandro, de 31 anos, no centro de Niterói é, certamente, adepto da tese bolsonariana de que todos devem andar armados para sua autodefesa.

Certamente, alguém que habita a periferia da polícia – segurança, ex-PM, alcaguete, miliciano, etc.

Não fosse, não carregaria um “trezoitão” na cinta, arriscando-se a ser preso em qualquer abordagem policial.

Confiava que alguém, “quebraria essa”.

O tal Aderbal Ramos de Castro, que matou friamente a moradora de rua Zilda Henrique dos Santos Leandro, de 31 anos, ainda que sendo assim, nem precisaria atirar para defender-se, pois a mulher se encolhe e faz menção de correr quando vê o “trezoitão” sair-lhe da cinta.

Mas o tal Aderbal a matou, friamente, porque Zilda, a quem chamam pelo apelido de Néia, o mesmo de minha mãe, não é uma vida que valha nada, para ele.

É só uma “negrinha, bandidinha”, que vive na rua, incomodando os passantes, homens de bem como ele, pedindo o real que não tem e que nem a vida dela nem vale.

O tal Aderbal, quem sabe, vá virar deputado como outro tal, o Coronel Tadeu ou tal e qual o tal e qual, o bombadão Cabo Daniel.

“Aderbal, federal, não promete, faz o mal”

Afinal, não quebra placas, como este, nem cartazes, como aquele.

Não fica no “blá-blá-blá”, vai logo ao “pá, pá, pá” do “trezoitão” de sua cinta.

E a Néia vai para o chão, agonizar como uma placa quebrada ou um cartaz arrancado.

É barato, ela não vale nem um real, bem menos que a bala que lhe deu o tal Aderbal.

 

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