O eleitor vai se contrapor ao medo, instrumento de controle da liberdade
por Gustavo Krause
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“Viver é negócio muito perigoso…[…] O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria. Aperta e daí, afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”. Guimarães Rosa falava, fluentemente, alemão, francês, inglês, espanhol, italiano e esperanto. Lia sueco, holandês, latim e grego, bem que podia escolher qualquer idioma para escrever. Brasileiramente, escolheu a língua-mãe, o português, mas foi o autor de uma revolução linguística.
Criou quase uma dezena de milhar de neologismos e, segundo os estudiosos, 30% do léxico de Rosa não está dicionarizado. A primeira leitura de “Grandes Sertões: veredas” exige esforço na busca dos significados, depois, o leitor viaja do regional para universal, uma fusão de sentimentos, de sabedoria com gosto de carne seca e rapadura para os da banda de cá.
O que mais me sensibilizou foi a reflexão existencial que propõe coragem para enfrentar o vaivém da vida. É exatamente esta virtude de que necessitamos no processo político-eleitoral para sair de casa e exercer o poder-dever do voto.
O que deveria ser um ato praticado, em clima de paz e esperança que ratifica a democracia e fortalece o plebiscito cotidiano que forja a nação, transformou-se num ambiente de insegurança e de medo, decorrente do aprofundamento da radicalização, sobretudo, da violência política que permeia a sociedade brasileira.
O processo vem se agravando, mundo afora, e foi objeto da obra magistral de Manuel Castells “Redes de indignação e esperança na era da Internet” que analisa em profundidade as manifestações ocorridas com um posfácio dedicado ao Brasil de 2013.
A voz das ruas deixou uma clara e contundente mensagem: “vocês não nos representam”: grave abalo nas democracias liberais por conta da descrença e do ressentimento em relação ao estabilishment.
Resultado: as líderanças populistas e autocráticas encontraram o ambiente fértil para as mensagens messiânicas.
No Brasil, o Presidente surfou na onda, desafiou instituições, desrespeitou pessoas. Sua contraparte, Lula, reaparece com promessas de paz e amor: “um museu de grandes novidades”(crédito para Cazuza em “O tempo não para”).
Nós vamos ofertar à democracia o que ela quer de nós: coragem cívica. Em troca, a democracia vai, como escreveu Guimarães Rosa, “desinquietar” os exaltados, garantir liberdade, direitos fundamentais e paz social.
O eleitor terá a palavra final. E vai contrapor ao medo, instrumento de controle da liberdade, a virtude da coragem que se mantém entre dois abismos: a covardia e a temeridade.
“Lula é mais aceito peloestablishmentinternacional do que pelas oligarquias locais”, escreve o diplomata aposentado Milton Rondó, naCarta Capital, a propósito da entrevista de Lula da Silva na revistaTimes, onde foi capa nesta semana. A reação da mídia nativa mostra o seu completo despreparo e mediocridade ao abordar o assunto.
Olha o galho, mas não enxerga a árvore, muito menos a floresta. A floresta mostra a importância da liderança do ex-presidente, reconhecido e prestigiado no mundo inteiro. Seria motivo de orgulho para o país, se as “elites do atraso” gostassem do Brasil e do povo brasileiro. A árvore mostra a visão holística do entrevistado acerca do conflito na Eurásia, que não repete feito papagaio os pronunciamentos do porta-voz do governo norte-americano. Ao contrário do que se lê, se ouve e se vê abaixo da linha do Equador. O galho é o que se inventa para justificar a cegueira.
Não apenas o Congresso Nacional fica pior a cada eleição, os vários veículos de mídia também. NaGloboNewso comentarista mais inteligente da turma buscava explicar a posição de Lula sobre a guerra da Ucrânia, apontando os erros do presidente-comediante ucraniano, quando abruptamente foi tirado do ar. A lucidez não tem sinal de satélite nos meios de comunicação daTerra brasilis.Não passa na Globo.
Nenhuma opinião discordante conseguiu romper o bloqueio imposto pela insensatez. Saudosa da inexistente “terceira via” e sedenta por uma ponte que justique voltar para os braços de Bolsonaro, os analistas midiáticos aproveitaram a oportunidade, não para felicitar o destaque da edição do prestigiado periódico de repercussão mundial, e sim para tecer críticas desairosas e desrespeitosas a Lula. Grande novidade.
Sobraram as comparações de praxe entre o democrata que fez o melhor governo da história da nação com o representante da extrema-direita, que tem como programa a destruição neoliberal (em curso, desde oimpeachment) das políticas públicas em todas as áreas (saúde, educação, cultura, infraestrutura, desenvolvimento econômico, geração de emprego e renda, meio ambiente, etc). Igualar os desiguais é necessário para depois fazer como o editorial deO Estadão, em 2018, que declarou ser uma escolha difícil optar entre a democracia e o fascismo. Como se o preconceito contra as esquerdas (o PT, em particular), inflado pelos próprios meios de comunicação, fosse desculpa para corromper o bom senso. Não é.
Os estudantes de Jornalismo não merecem ter como horizonte trabalhar em um ambiente tão tóxico. Idem, no que toca os profissionais capazes tolhidos, hoje, em sua atividade por diretrizes verticais e comerciais. Uma pena porque as redes sociais, em grande parte manipuladas pelos robôs bolsonaristas, não representam uma alternativa. A solução está na democratização da democracia, que não se confunde com a liberdade para propagarfake news. A democracia é um processo histórico cumulativo de valores civilizatórios. As opiniões devem manter esse compromisso para receber o selo de validade.Please.
O filme “Já que Ninguém Me Tira para Dançar”, da cineastaAna Maria Magalhães, apresenta às gerações mais jovens aatriz Leila Diniz, personagem quase legendária que escancarou as portas para a revolução sexual em um Brasil falsamente moralista, nos anos 1960. Por isso mesmo, Leila incomodou a ditadura e foi perseguida pelos militares.
A chegada do filme para o público em janeiro, com acesso gratuito por meio do streaming do Itaú Cultural Play, coincide com os 50 anos da morte da atriz, em um desastre de avião, em junho de 1972, quando ela voltava de um festival de cinema na Austrália. Leila tinha 27 anos.
A proximidade das datas não foi intencional, já que o documentário começou a ser gravado em 1982, com pouco dinheiro e uma câmera emprestada. Uma primeira versão foi editada, mas nunca chegou aos cinemas e o material original quase se perdeu.
Em 2015, a diretora começou a restaurar as gravações, acrescentou depoimentos inéditos e, já em meio à pandemia, conseguiu concluir o trabalho. “É o mesmo filme, mas é um filme diferente”, reflete Ana Maria Magalhães, muito amiga de Leila. O longa foi exibido recentemente em sessões especiais dos festivais de cinema de Brasília e do Rio de Janeiro.
A passagem do tempo deu à cineasta o distanciamento para abordar a trajetória de Leila Diniz sob uma acentuada perspectiva política. “Eu percebi que o que aconteceu com a Leila não foi aleatório. Em 1969, ela já estava com dificuldade de conseguir emprego na TV, apesar de ser uma atriz muito popular. Nessa época, ela deu aentrevista para O Pasquime a ditadura entrou pesado mesmo. No meu entendimento, houve uma trama contra a Leila, para quebrar a base econômica dela”, avalia a diretora.
A entrevista ao jornal alternativo enfureceu os militares. Nela, a atriz falou sobre amor, sexo, desejo, prazer e infidelidade, com muitos palavrões, todos substituídos por asteriscos na edição.
Leila chegou a ficar algum tempo escondida porque havia uma ordem de prisão contra ela. Esse período é reconstituído a partir do valioso depoimento do cunhado da atriz, Marcelo Cerqueira, ex-advogado de presos políticos. Ele considera que Leila foi vítima de “macarthismo” na televisão e fala em perseguição à carreira da atriz.
O advogado conseguiu que o então ministro da Justiça, Alfredo Buzaid, revogasse a ordem de prisão, mas Leila teve que assinar um termo de responsabilidade comprometendo-se a não falar palavrões em público. “Ela chegou em casa arrasada naquele dia porque assinar o termo foi uma autonegação dos valores dela, e a Leila era uma pessoa muito honesta”, conta a diretora.
Dois meses depois da entrevista, em janeiro de 1970, o ditadorEmílio Médicipublicou o Decreto-lei 1.077, que instituiu a censura prévia à imprensa e às editoras, sob a alegação de proteger a moral, os bons costumes e a família.
A norma ficou conhecida como“decreto Leila Diniz”. “Muita gente não tem ideia do que é viver sob uma ditadura, um Estado policial. Diante do que nós estamos vivendo no Brasil, é o momento de contar a história da Leila, de entender tudo o que aconteceu com ela, o que está acontecendo agora e que pode ser ainda pior se o atual presidente se reeleger e esse grupo político continuar no poder”, avalia Ana Maria Magalhães.
Leila, contudo, não era de levantar bandeiras, nem políticas nem comportamentais. “Ela era muito espontânea, independente, sempre trabalhou muito, tinha um compromisso com a verdade e a igualdade. Isso era muito forte na relação dela com as pessoas. Nas nossas conversas, ela sempre pregou a igualdade na relação entre homens e mulheres. Não tinha essa coisa ‘ele pode, eu não posso’. Isso não existia para a Leila”, observa Ana Maria Magalhães.
A imagem de Leila como mulher liberada e dona de si ficou cristalizada na fotografia em que ela aparece de biquíni, na ilha de Paquetá, grávida de seis meses de sua única filha, Janaína, com o cineasta Ruy Guerra. A foto também provocou críticas a Leila, mas com o tempo, inspirou outras mulheres, e as brasileiras passaram a exibir as barrigas de gravidez com total naturalidade nas praias.
Por meio de muitos depoimentos de amigos, amores, atores e diretores, e trechos de filmes em que Leila atuou, o longa realça a estatura e consistência de sua carreira. Traz ainda fatos desconhecidos, como uma situação de violência sexual da qual Leila conseguiu se livrar de forma inusitada.
Um dos momentos mais arrebatadores do documentário é a sequência em que Leila e Ana, muito jovens, dançam para a gravação de um filme, “As Bandidas”, que não chegou a ser concluído. A alegria transborda da tela.
A caminho da Austrália, de onde nunca voltou, Leila mandou um cartão postal para Ana, ao fazer uma escala no Taiti. Como endereço do remetente, escreveu a expressão em francês “un peu partout” —um pouco por toda parte.
Ao mostrar a coragem com que Leila enfrentou a vida, quebrou tabus e influenciou tantas mulheres, o filme transmite exatamente essa sensação: Leia Diniz continua aí, “um pouco por toda parte” e um pouco em todas nós.
A prefeitura de Paris chegou a expor uma foto de Marielle logo após seu assassinato.RFI/Paloma Varón
O Conselho Municipal de Paris aprovou nesta segunda-feira (01) uma moção de intenção para atribuir o nome de Marielle Franco a um espaço público na capital francesa. O anúncio foi feito pelo coletivo Rede Europeia para a Democracia no Brasil (RED.Br), na origem deste projeto.
De acordo com o coletivo, a decisão dos conselheiros (o equivalente a vereadores no Brasil) foi unânime. A moção foi apresentada por políticos de esquerda, mas ganhou os votos também da oposição de direita. Pelo Twitter, o grupo de vereadores socialistas comemorou a decisão lembrando que Marielle era uma “vereadora engajada na luta contra o racismo, a homofobia e as violências policiais”.
C'est fait! Suite à notre demande, le #ConseildeParis vote à l'unanimité la création d'une voie Marielle Franco à Paris. Ce vœu témoigne de la volonté de la municipalité qu’un lieu public portant le nom de #MarielleFranco puisse voir le jour dans la capitale française.
Com aprovação da moção, o próximo passo será o de encontrar um local, que pode ser uma rua, praça ou passagem pública, para receber o nome de Marielle Franco.
Ainda não está definida uma data para a escolha do local, que deverá ser estudada e proposta por uma equipe da prefeitura. Há intenção de que seja no centro da capital. O Marais, conhecido bairro frequentado pela comunidade LGBT, é um dos locais cogitados.
“(É) Uma homenagem à Marielle, mas também uma forma de apoiar a luta contemporânea contra a violência e a opressão antidemocrática em todo o mundo”, afirmou o coletivo RED.Br ao comemorar o avanço da iniciativa.
Elus PS Paris@ElusPSParis
#ConseilDeParis : Un lieu portera le nom de Marielle Franco à Paris. Assassinée l’année dernière, elle était conseillère municipale de Rio de Janeiro, engagée dans la lutte contre le racisme, l’homophobie et les violences policières.
Apoio da prefeitura de Paris
Desde que foi lançada, a proposta também ganhou apoio da prefeita socialista de Paris, Anne Hidalgo, que encampou o projeto de homenagear a vereadora assassinada no Rio de Janeiro em 14 de março de 2018.
Em meados de março, o coletivo RED.Br encaminhou uma carta aberta à prefeitura contando o percurso de Marielle Franco e apontando as razões pelas quais ela deveria ser lembrada na capital francesa. “Paris é o local onde esta primeira placa deve ser instalada, em razão de sua visibilidade e dos valores que representa. (…) Marielle lutava no cotidiano por uma cidade aberta, diversa e inclusiva e, por isso, pedimos que uma rua seja nomeada em sua homenagem”, disse o documento publicado online.
Hidalgo voltou a demonstrar sua intenção de homenagear a vereadora ao posar com uma foto de Marielle Franco quando recebeu em seu gabinete o ex-deputado federal Jean Wyllys, em março.
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, ao lado do ex-deputado federal Jean Wyllys na sede da prefeitura.Foto: Elcio Ramalho/RFI Brasil
No ano passado, pouco após o crime, que ainda não foi totalmente esclarecido, o principal prédio administrativo da capital, o Hôtel-de-Ville, já expôs uma foto da ativista em sua fachada.
Fernando Brito publica hoje no seu blog, que tem como lema "A política, sem polêmica, é a arma das elites":
"Explicação aos leitores
Todos notaram que o blog não é atualizado, e a razão é que: seu autor voltou a ser internado para exames, que vão definir a extensão e as características da cirurgia que terá de fazer, provavelmente, no fim de janeiro e início de fevereiro.
É difícil, no ambiente de hospital, conservar – não só a lucidez – mas a agilidade necessária para acompanhar as notícias. Ainda mais quando o governo se especializa em “bater cabeça” e se desmentir, sucessivamente.
Igualmente, é difícil acompanhar digressões filosóficas como a do ministro das relações exteriores – dizendo que o Brasil não deve se aliar com outros países, deve aliar-se a si mesmo. Dá pra escrever um tratado sobre tal sandice.
É claro que se houver possibilidade, necessidade e condições de escrever, eu o farei. É o meu trabalho, minha utilidade social e o meu ganha pão. Mas, é meio de vida, não de morte.
Em princípio, então, fico uma semana fora do ar, desta vez. E sei que conto a compreensão e a solidariedade de todos."
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Quem faz hoje jornalismo verdadeiro e livre não está empregado nos meios de comunicação de massa, construídos nos tempos de chumbo da ditadura militar de 1964. Nas concessões entregues pelo presidente Sarney, via seu ministro das Comunicações, Antonio Carlos Magalhães, dono da Arena que virou PFL, que virou Dem, partido aliado a Jair Bolsonaro, e que deve eleger Rodrigo Maia, filho de César Maia, e genro de Moreira Franco, presidente da amaciada Câmara dos Deputados, que votou o impeachment de Dilma Rousseff, e fez Michel Temer presidente. Nas concessões de Rádios e Televisões que compraram a reeleição de Fernando Henrique presidente.
Não conheço Fernando Brito, sou apenas um velho jornalista e professor que admira o "Tijolaço", que divulga, com coragem e sonho, a História do Brasil.
O "Tijolaço" é escrito e editado por um único, e admirado, e verdadeiro, e patriota jornalista, amigo do povo.
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Em pronunciado após a confirmação do resultado, Fernando Haddad buscou acalmar os que temem a violência do discurso do vencedor Jair Bolsonaro (PSL), que representa a extrema-direita. "Abraçaremos a causa de vocês. Contem conosco. A vida é feita de coragem", disse.
"Para aqueles que vi com angústia e medo, que soluçaram de chorar. Não tenham medo. Estaremos aqui. Estamos juntos", completou Haddad, ao lado de sua mulher, Ana Estela Haddad, e da candidata a vice, Manuela D'Ávila e lideranças de partidos aliados como Pros, PSB e Psol. O líder do Movimento dos Trabalhadores sem Teto, Guilherme Boulos, que concorreu no primeiro turno pelo Psol, teve saudação especial de Haddad.
Com quase 100% das urnas apuradas, Bolsonaro obteve 55,15% dos votos, frente a 44,85% do petista. Haddad falou muito sobre coragem. "Pela minha formação, gostaria de agradecer meus antepassados. Aprendi com eles o valor da coragem para defender a Justiça a qualquer preço. Aprendi com minha mãe, meu pai, que a coragem é um valor grande quando se vive em sociedade. Os demais valores dependem dela. Agradeço todos os partidos que estiveram conosco. Nos levaram a ter mais de 45 milhões de votos no dia de hoje."
Ele clamou por resistência ao exigir respeito destes quase 47 milhões de brasileiros que não acreditam no caminho do ódio, propagado por Bolsonaro em seus discursos de ataque a jornalistas, opositores, mulheres, homossexuais, entre outros grupos sociais.
"Uma parte expressiva do povo brasileiro precisa ser respeitada. Divergem da maioria, têm um outro projeto de Brasil e merecem respeito. Entre todos esses eleitores, muitos não são de partidos, de associações. Na última semana, vimos a festa da democracia nas ruas do Brasil. Gente com colegas, esposas, filhos e passou a panfletar o país inteiro. Ou colocar um cartaz no pescoço pedindo para dialogar para reverter o quadro que se anunciava."
A coragem deve ser o ponto central dos brasileiros que resistem, afirmou Haddad, lembrando da importância de um projeto de soberania nacional. "Seguimos com coragem para levar nossa mensagem aos rincões do país. A todos os brasileiros, fomos determinados levar a mensagem de que a soberania nacional e a democracia como entendemos é um valor que está acima de nós. Temos uma nação e precisamos defender daqueles que pretendem usurpar o patrimônio do povo brasileiro."
Além do patrimônio, os direitos devem ser defendidos a todo custo, disse. Direitos civis, políticos, trabalhistas e sociais estão em jogo. Temos uma tarefa enorme que é, em nome da democracia, defender o pensamento, as liberdades destes 45 milhões de brasileiros que nos acompanharam. Temos a responsabilidade de fazer uma oposição colocando o interesse do povo brasileiro acima de tudo.
Por fim, o compromisso de Haddad com seu eleitorado. "Temos uma longa trajetória e reconhecemos a cidadania em cada brasileiro e brasileira. Não vamos deixar esse país para trás. Vamos colocá-lo acima de tudo e vamos respeitar a democracia e as instituições, sem deixar de colocar nosso ponto de vista sobre tudo que está em jogo. Precisamos compreender o que está em jogo. Precisamos continuar a conversar com as pessoas nos reconectando com as bases, com os pobres, para construirmos um plano de país que há de sensibilizar as pessoas."