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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

28
Mar23

Bolsonaro recebeu terceiro conjunto de joias estimado em R$ 500 mil (vídeos)dora

Talis Andrade
 
 
 
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O conjunto teria sido entregue diretamente ao ex-presidente em viagem oficial em outubro de 2019 para Doha, no Catar, e para Riad, na Arábia Saudita

 
 
Correio Braziliense
 
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu um terceiro conjunto de joias da Arábia Saudita, estimado em R$ 500 mil durante seu governo. No estojo de joias havia um relógio da marca Rolex, de ouro branco, cravejado de diamantes, um par de abotoaduras, um anel com diamantes e uma caneta prateada. As informações foram divulgadas pelo jornal Estado de São Paulo nesta terça-feira (28/3). 

As joias estavam dentro de uma caixa de madeira clara, com o brasão de armas da Arábia Saudita. A maioria das joias eram de ouro branco e com detalhes em diamante.

O par de abotoaduras é de ouro branco, com um brilhante cravejado no centro e outros diamantes ao redor, o anel é de ouro branco com um diamante no centro e outros em forma de "baguette" ao redor e a caneta prateada é da marca Chopard. Além disso, dentro do conjunto havia um "masbaha", um tipo de rosário árabe, feito de ouro branco e com pingentes cravejados em brilhantes.

O valor do conjunto é estimado em R$ 500 mil, uma vez que o modelo do relógio Rolex é encontrado na internet pelo preço de R$ 364 mil e os outros objetos tem valores somados de, aproximadamente, R$ 200 mil, segundo informou o jornal. 

Diferentemente das outros conjuntos de joias reportados anteriormente, este novo conjunto teria sido entregue diretamente a Bolsonaro entre os dias 28 e 30 de outubro de 2019, quando ele estava em viagem oficial a Doha, no Catar, e em Riad, na Arábia Saudita. Na época, o ex-presidente teve um almoço oferecido pelo rei saudita Salma Bin Abdulaziz Al Saud e disse que possuía "certa afinidade" com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salma.

De acordo com o Estado de S. Paulo, Bolsonaro retornou ao Brasil com o conjunto e ordenou que fossem levados para o acervo particular — fato confirmado em 8 de novembro de 2019, pelo Gabinete Ajunto de Documentação Histórica da Presidência.

Um formulário de encaminhamento de presentes comprova a chegada do conjunto e especifica os itens que foram recebidos. No documento, há dois questionamentos: "houve intermediário no trâmite", a qual a resposta foi "não" e "visualizado pelo presidente", em que a resposta foi "sim". 

As joias deveriam permanecer no acervo privado de Bolsonaro por mais de um ano e meio, contudo, assim como nos outros caso,  o então presidente tentou reaver as joias para tê-las fisicamente. A tentativa ocorreu em 6 de junho de 2022 em que foi registrado pelo sistema da Presidência que os itens foram "encaminhados ao gabinete do presidente Jair Bolsonaro". Dois dias depois as joias estavam "sob a guarda do Presidente da República". 

Anteriormente, Bolsonaro disse ao Estado de S. Paulo que desconhecia as joias dadas pelos sauditas e desmentiu a informação dias depois, reconhecendo que havia recebido um pacote que entrou ilegalmente no Brasil, sendo obrigado a devolver os itens, por determinação do Tribunal de Contas da União. Um fuzil e uma pistola dada pelos Emirados Árabes também foi devolvida. O TCU deve fazer uma auditoria nos demais presentes recebidos pelo ex-presidente.

O Correio tenta contato com a assessoria de Jair Bolsonaro para questionar sobre o terceiro conjunto de joias. O espaço segue aberto para um eventual pronunciamento.

*Com informações da Agência Estado

 

28
Mar23

Jair Bolsonaro teria omitido e não devolveu terceiro estojo de joias sauditas, diz jornal

Talis Andrade
 
 
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Relógio Rolex e joias com diamantes fazem parte desse terceiro estojo, não mencionado pelo ex-mandatário

 

por Patricia Faermann /jornalggn

Jair Bolsonaro teria omitido e não devolveu um terceiro conjunto de joias sauditas, que inclui um relógio Rolex e joias com diamantes, avaliado em pelo menos R$ 500 mil. A informação foi divulgada pelo Estadão.

Segundo o jornal, o ex-presidente recebeu o estojo de joias pessoalmente, quando esteve em viagem oficial a Doha, no Qatar, e em Riad, na Arábia Saudita, entre os dias 28 e 10 de outubro de 2019. Naquele período, Bolsonaro foi recebido pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salma, em um almoço oferecido pelo rei saudita Salma Bin Abdulaziz Al Saud.

As joias guardadas

Além do relógio Rolex, a caixa continha uma caneta Chopard prateada com pedras incrustadas, um par de abotoaduras em ouro branco com um brilhante cravejado e diamantes ao redor, um anel de ouro branco com um diamante e pedras ao redor e um ‘masbaha’ de ouro branco com brilhantes cravejados.

Ao chegar ao Brasil, o ex-mandatário deu ordens para levar as joias ao seu acervo privado. O Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência o fez no dia 8 de novembro daquele ano.

No ano passado, ainda, Jair Bolsonaro pediu para ter o conjunto de joias, fisicamente, em seu porte, o que foi feito no dia 6 de junho. No dia 8 de junho de 2022, as joias sauditas estavam “sob a guarda do Presidente da República”, detalha a reportagem do Estadão.

Leia mais:

Bolsonaro entrega armas e joias sauditas após ordem do TCU

Defesa do ex-presidente entrega em Brasília itens de luxo. Bolsonaro disse que repassaria as armas “com dor no coração”

Com provas documentais, caso das joias sauditas deve ser concluído “nos próximos meses”, diz Ministro da Justiça 

Flávio Dino comentou sobre o andamento das investigações envolvendo as joias em entrevista à TV GGN 20h. Confira

28
Mar23

O estranhíssimo caso Moro-PCC (vídeos)

Talis Andrade
 
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por Pepe Damasco

1) Quando Lula aponta armação no episódio envolvendo Sérgio Moro e o PCC, certamente está se referindo, como disse o ministro da Secom, Paulo Pimenta, às coincidências ocorridas e à cronologia dos acontecimentos. Como ser político por excelência, Lula sabe como poucos que nada acontece por acaso. 

2) Antes de qualquer consideração, é preciso assinalar que o ex-juiz Sérgio Moro firmou-se como um dos maiores canalhas surgidos na esfera pública do país ao longo da história. Sua total falta de escrúpulos dispensa comentários.

3) Vivendo merecido ostracismo, Moro se arrastava pelos cantos no Senado, onde a maioria dos senadores sequer o cumprimentava. Aí Lula tem um trecho de uma entrevista sua ao Portal 247 descontextualizado pela extrema direita nas redes sociais. Em desabafo sobre o sofrimento na prisão, Lula disse que na cadeia pensava em “foder” Sérgio Moro. Leia-se fazer justiça e desmascará-lo.

4) A imprensa nativa providencia, então, um jeito de pegar carona na campanha caluniosa dos fascistas, abraçando a tese de que o presidente usa o cargo para se vingar de adversários políticos, no caso o ex-juiz declarado suspeito e corrupto.

5) No dia seguinte, a juíza Gabriela Hardt, morista de carteirinha e conhecida como “corte-cola” por ter condenado Lula no caso do sítio de Atibaia copiando a sentença de Moro no processo do triplex, resolve entrar em campo para dar uma força ao amigo e autoriza a operação da PF sobre a ameaça do PCC a autoridades. Detalhe importante: a investigação já durava meses e Moro tinha pleno conhecimento de seu andamento. No dia seguinte, retira o sigilo do processo e a vitimização do parceiro anda mais algumas casas. 

6) Bastou para Moro voltar à ribalta. De herói da Lava Jato é alçado à condição de mártir pelas Organizações Globo. Eureca: enfim, o cavalo passava encilhado, afinal defender Moro e tentar isentá-lo de seus crimes significa a autodefesa da própria Globo, atolada até o pescoço na cumplicidade às atrocidades cometidas pela Lava Jato.

7) Viciado em mentira, Moro, durante suas sessões públicas de vitimização, diz que é perseguido pelo PCC porque transferiu seu chefe Marcola para um presídio federal. Mas o promotor do Gaeco, Lincoln Gakiya, antigo alvo das ameaças do PCC, o desmente. O promotor afirma que Moro tirou o corpo fora e o deixou sozinho e exposto no processo de transferência de Marcola. Gakiya garante ainda que atacar Moro está longe de ser prioridade do PCC.

8) Logo vem à tona, através de matéria publicada no Estadão, que ameaçar autoridades é uma velha estratégia do PCC, tanto que Alckmin, quando governava São Paulo e vários secretários seus também estiveram entre os alvos da organização criminosa.

9) A Polícia Federal comandada por Flávio Dino resolveu agir de forma preventiva e republicana. Não sei exatamente qual é o grau de independência da PF para deflagrar operações sem precisar da anuência do ministro da Justiça, chefe hierárquico da corporação. Contudo, lembro que José Eduardo Cardoso, ministro de Dilma, dizia não ter conhecimento prévio da maioria delas. Caso isso tenha mudado no governo Lula, Dino pode ter autorizado a desarticulação do suposto plano também para prevenir o governo de armações, pois qualquer escaramuça contra Moro seria de imediato associada à fala de Lula.

10) Por fim, a maior esquisitice de todas: por que uma organização criminosa forte e enraizada como o PCC, cujo principal negócio é a venda de drogas, optaria deliberadamente por fazer o cerco se fechar contra si depois de um atentado contra um senador da República?

 
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Os jornalistas Luis Nassif e Marcelo Auler entrevistam o promotor de Justiça de São Paulo, Lincoln Gakiya. Gakiya é um dos principais investigadores do PCC no País. Ele atua em inquéritos envolvendo a facção há mais de 18 anos. Em 2018, o promotor foi responsável por solicitar a transferência de presos importantes do PCC para presídios federais, incluindo o líder Marcola - uma ação que tentou ser capitalizada politicamente pelo ex-ministro da Justiça, Sergio Moro. Em março de 2023, a Polícia Federal deflagrou a Operação Sequaz, que desbaratou uma quadrilha ligada ao PCC que tinha Moro e o promotor Lincoln como possíveis alvos de sequestro.

13
Fev23

Dinheiro do povo jogado fora Bolsonaro gastou R$ 700 mil no cartão da Presidência para bancar campanha eleitoral

Talis Andrade
 
 
 
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O cartão corporativo foi utilizado para bancar lanches, hospedagens, serviço aéreo e combustível

 

247 - Jair Bolsonaro (PL) utilizou o cartão corporativo da Presidência da República para bancar R$ 697 mil de sua campanha eleitoral, segundo o UOL

"Os valores dos gastos em viagens durante a campanha podem ser ainda maiores porque nem todas as notas fiscais foram tornadas públicas", alerta o site. Os gastos analisados foram obtidos pela agência Fiquem Sabendo por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação). As notas estão em relatórios classificados como "atividade eleitoral".

Em viagem à Bahia em agosto de 2022, Bolsonaro realizou uma motociata em Vitória da Conquista. Naquele dia, foram comprados 1.024 lanches frios de uma padaria e 512 barras de cereal. O gasto foi de R$ 50 mil.

Mais R$ 44,7 mil foram gastos com a hospedagem de cerca de 50 pessoas por três dias em Vitória da Conquista para garantir a segurança presidencial.

Às vésperas do segundo turno, Bolsonaro realizou campanha em Teófilo Otoni (MG) e gastou R$ 63 mil em hospedagem, lanches e um cercadinho para proteção.

Em 4 de outubro, na cidade de São Paulo, Bolsonaro visitou duas igrejas da Assembleia de Deus, e em Aparecida (SP), no dia 12, participou da celebração no santuário. Foram gastos R$ 64 mil. "Só em Aparecida, foram gastos R$ 40.255,80. Entre as despesas, estão R$ 18 mil com hotel e R$ 15.946,80 com lanches", diz a reportagem.

Em 15 de outubro, em Fortaleza (CE), Bolsonaro pagou com o cartão corporativo 566 kits lanches, por R$ 20.312.

Também durante a campanha o ex-ocupante do Palácio do Planalto gastou em um delivery de iFood em Belo Horizonte, em 24 de agosto, R$ 2 mil.

 
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24
Dez22

Os comedores de ouro: Reflexões pré-natalinas

Talis Andrade

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por Marcia Tiburi

- - -

O Natal está chegando e ninguém que tenha vergonha e senso de comunidade comerá sua ceia, caso tenha a chance de ter uma, sem vergonha e sem lembrar dos recentes comedores de ouro.

Em meio à Copa do Mundo ocorrida no Catar, a cena chocou muita gente. Um grupo de jogadores convidados por um ex-jogador chamado Ronaldo, alcunhado de “o fenômeno”, foram a um restaurante de carnes onde se serve um bife salpicado de ouro. Houve quem tenha interpretado a cena à luz do neoliberalismo dizendo que eles tinham o direito de comer o que podiam pagar, outros acharam que jogadores brasileiros comendo um bife pelo qual se paga milhares de reais enquanto o Brasil volta ao mapa da fome, era algo absolutamente indigesto.

Ninguém se preocupou com a « politica sexual da carne », que não é um assunto menor, sobre o qual falarei em outro momento. Por enquanto, saibamos apenas que o show era também de horrores machistas e patriarcais. O frisson do futebol é parte essencial do culto patriarcal do macho.

A derrota combinou muito com a seleção atual e o capitalismo esportivo e recreativo como moral da história.

De outro lado, a indústria cultural da alimentação tenta escamotear a desigualdade de classes inventando falsas democracias alimentares como o McDonalds (lixo consumível para todos), enquanto a resistência se faz vegana, vegetariana ou se volta à agricultura agroecológica.

Enquanto o capitalismo segue em seu exercício de dominação amparado pelo patriarcado monoteísta em sua pose de “dominação e devoração da carne” sobre os corpos e seus órgãos, sem jamais esquecer o estômago, o universo gourmet na era do espetáculo, acrescenta a ostentação ao cardápio deixando evidente que vivemos uma luta de classes, na qual os ricos estão em guerra contra os pobres que, perplexos e lançados no estupor diante de imagens humilhantes, seguem hipnotizados para o abatedouro.

No espirito do Natal, gostaria de sugerir as seguintes imagens:

As ilustrações abaixo referem-se à auri sacra fames, a execrável fome de ouro de que falava Virgilio na Eneida e que Max Weber chamou de “pulsão pecuniária”.

Na primeira imagem, Waman Poma de Ayala, cronista inca do século XVI, mostra um Inca perguntando a um espanhol: “Esse ouro, comes?” E o espanhol responde: “Sim, esse ouro comemos”. A filósofa boliviana Silvia Cusicanqui, atribui a derrota vivida por milhares de Incas a um exército de menos de 150 homens espanhóis a cavalo, ao estado de estupor no qual os indígenas foram deixados diante desses seres, os colonizadores, que não comiam alimentos humanos.

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A segunda se chama “CEOs ou Os comedores de Ouro I” e faz parte do que podemos chamar de « Surrealismo Capitalista ».

 

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 A terceira “Alegoria da América ou Os comedores de Ouro 2”, sendo, este último, uma releitura da obra Conquista da América, (em Nova Reperta, c. 1600, Gravura de Philips Galle, 27 x 20 cm, The Metropolitan Museum of Art). Ambas são obras da autora desse artigo que nos últimos anos acabou se tornando artista plástica.

 

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