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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

18
Ago22

CGU aponta superfaturamento em contrato de R$ 62 milhões firmado pela Codevasf com empresa de jovem de 21 anos

Talis Andrade

Patrik Camporez
@CamporezPatrik
Ana Luiza tem 21 anos e, segundo a mãe, trabalha como diarista. O nome dela, porém, aparece como dono de uma empresa que fatura milhões vendendo retroescavadeiras para o governo Bolsonaro. CGU aponta superfaturamento. No c/
 
Imperiogn Comércio de Máquinas Equipamentos e Serviços está registrada em nome de Ana Luiza Cassiano Batista que, segundo a mãe, trabalha como diarista em Goiânia
 
www.brasil247.com - Ana Luiza Batista
 

247 - A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou a existência de riscos de superfaturamento da ordem de R$ 11,8 milhões em um contrato de R$ 61,7 milhões para a compra de 325 tratores, celebrado entre a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco (Codevasf) e a Imperiogn Comércio de Máquinas Equipamentos e Serviços. 

De acordo com o jornal O Globo, a empresa foi criada há apenas dois anos e está registrada em nome de Ana Luiza Cassiano Batista, de apenas 21 anos. Segundo a reportagem, Ana Luiza se apresenta em um perfil no LinkedIn como vendedora de calçados em uma loja de Goiânia (GO). A mãe da jovem, Andrea Cassiano Batista, afirmou que a filha não possui nenhuma empresa registrada em seu nome e que trabalha como diarista.

"A Imperiogn já participou de 49 licitações do governo federal e firmou contratos com diferentes braços do poder público, entre eles os ministérios da Defesa, Saúde, Educação e do Desenvolvimento Regional, ao qual a Codevasf é vinculada. Ao todo, a empresa já recebeu R$ 6,9 milhões do erário”, destaca o periódico.

No relatório que apontou o risco da existência de sobrepreço, a CGU destacou que os valores de referência utilizados pela Codevasf foram "exorbitantes" em relação ao Painel de Preços do próprio governo federal. 

O contrato, celebrado em março deste ano, foi assinado pela Superintendência da Codevasf em Pernambuco, comandada por Aurivalter Cordeiro. Ele é ex-assessor do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do atual governo até dezembro do ano passado.

 
 

Tudo que o você precisa saber da Codevasf, a estatal do “Tratoraço”



 A fundação da Codevasf

A Codevasf, ou Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba, é uma estatal que foi criada em 1974 para fomentar o desenvolvimento nas áreas próximas aos rios São Francisco e Parnaíba.


Projeto original

Durante muitos anos a estatal esteve restrita às regiões próximas aos rios do projeto original. A partir do ano 2000, os políticos começaram a aumentar sua área de atuação.


⠀Expansão desenfreada

Nos últimos 4 anos a Codevasf foi agigantada, indo de 13% para 27% do território nacional durante o governo Temer e de 27% para 37% durante o governo Bolsonaro.


⠀A prioridade nunca foi o cidadão

Junto com a expansão territorial, os aportes de dinheiro público triplicaram. O que era para ser uma empresa focada no desenvolvimento regional se tornou um ralo de dinheiro público a serviço de interesses patrimonialistas e eleitoreiros.


Emendas secretas e tratoraço

A Codevasf se tornou centro das atenções nos últimos anos pelos indícios de uso político e corrupção.

A empresa está ligada ao suposto “Orçamento Secreto” e teria comprado tratores superfaturados, por preços 259% acima dos de mercado.


⠀Falta de transparência

O uso da Codevasf como destino de emendas parlamentares abre uma brecha para a corrupção. Os processos de licitação de estatais são muito menos detalhados que de emendas tradicionais, e a fiscalização por parte dos órgãos de controle como o TCU é dificultada.


⠀Inchaço e loteamento político

No governo Bolsonaro, a Codevasf se tornou a estatal preferida do Centrão devido à “rapidez” na entrega de repasses. O inchaço da empresa foi marcado pelo loteamento de cargos via indicações políticas do Centrão. Essa “rapidez” na entrega, porém, só é possível graças ao menor controle da sociedade na aplicação de recursos.


⠀Investigações são urgentes

Nunca se roubou tanto, aberta e escandalosamento como na Codevasf do governo Bolsonaro.

Eta governo ladrão "da gota serena", disse um sertanejo na Missa do Vaqueiro em Serrita, feudo de Fernando Bezerra Coelho.


26
Jul22

O vexame tenebroso do capitão

Talis Andrade

Crédito: Clauber Cleber Caetano/PR(Crédito: Clauber Cleber Caetano/PR)

 

Editorial Istoé

por Carlos José Marques 

 

Até quando o País vai suportar tantos desaforos? Quantos crimes de responsabilidade serão passíveis de remissão a um mandatário que planeja ardilosamente um golpe de Estado para se perpetuar no poder? Por que, efetivamente, as autoridades constituídas nada fazem contra o festival de delinquências emanadas diretamente do Planalto por aquele que deveria ser o primeiro a defender a Constituição do País e a zelar por nossa democracia? Está na hora do basta! Definitivo, audível, veemente. Um brado nacional, que ecoe a absoluta indignação com essa avalanche de desmandos, afrontas e desprezo aos princípios republicanos mais elementares. Não dá para ser indulgente com a cruzada insana e golpista em curso. O presidente enxovalha o Brasil. Emporcalha a reputação de uma Nação digna e soberana, construída duramente ao longo de séculos. Ele não reúne mais a menor condição de se manter no cargo que ocupa. O Congresso e o Supremo Tribunal têm o dever cívico de fazer alguma coisa. Não podem parecer coniventes, omissos ou insensíveis diante da incitação à desordem e ao desmantelamento legal, orquestrados pelo mandatário. Não é passível de aceitação que uma corriola de parlamentares mal intencionados e muito bem pagos controle o regimento para brecar demandas de impeachment que se mostram inevitáveis e amplamente justificáveis. Há de se restabelecer o bom-senso na política nacional, sob pena de estarmos mergulhando numa espiral de autoritarismo sem fim e sem instrumentos lá na frente para coibir tantos abusos. Como é possível aceitar que o chefe da Nação convoque embaixadores representativos dos principais países parceiros para um festival de fake news patético, levantar desconfianças rasas e infundadas sobre o sistema eleitoral em vigor, pilar de nossa liberdade e do voto? O que ele quer é, definitivamente, anular o resultado que não lhe agrade. Diz isso e arquiteta diuturnamente os meios para alcançar tal objetivo. Inclusive apelando a militares aliados que estrategicamente aboletou em cargos para lhe dar respaldo. Bolsonaro é um acinte intolerável à estabilidade institucional. Seus movimentos e declarações não guardam qualquer lógica razoável. Dignos de uma mente doentia e perversa. Nem é preciso gastar tempo para explicar a um trangressor que em mais de 20 anos de operação das urnas eletrônicas – modelo invejado pelo mundo inteiro – não houve sequer um único registro de fraude computado. Ele não quer ouvir. Nem aceitar. O motor de suas ignomínias é o temor da derrota iminente, que pode significar também condenações em série pelas barbaridades cometidas no seu governo. Jair Messias Bolsonaro é o retrato do desespero diante da possibilidade de ser o primeiro presidente não reeleito após a redemocratização.

 

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Também pudera! Com o novo gesto tresloucado aprofundou ainda mais a imagem de pária junto à comunidade internacional. Os diplomatas presentes foram unânimes em expressar o desprezo pelo ato. Nenhum dos participantes, ao final da cerimônia e da fala do anfitrião, sequer fez menção de aplaudi-lo, ainda que fosse de forma protocolar. O silêncio ensurdecedor na sala deu o tom do vexame. Nenhum cumprimento ou aperto de mão para aquele que acabara de encenar uma sabotagem ao próprio País. O teatro burlesco montado no Palácio da Alvorada vai ficar para a história como o dia da grande vergonha. Nunca antes em tempos modernos um chefe de governo brasileiro convocou diplomatas para destilar mentiras e ameaçar a democracia. O Brasil passou constrangimento e humilhação inclassificável por impossição daquele que deveria estar tratando dos problemas mais candentes como a fome que castiga 33 milhões por aqui, a inflação descontrolada e o desemprego. Ao sair de suas motociatas para disparar infâmias, Bolsonaro galgou mais um estágio na sanha ditatorial que acalenta. É um caudilho clássico em gestação e precisa ser urgentemente contido.

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Um grupo de 43 procuradores dos 26 estados e do Distrito Federal decidiu, a bom termo, encaminhar ao procurador-geral da República ofício formal no qual eles pedem providências imediatas contra a conduta criminosa do capitão do Planalto. Augusto Aras, o PGR atual, não é dado a contrariar aquele que parece considerar como chefe supremo. Certamente driblará a demanda. Delegados e peritos da Polícia Federal também fizeram abaixo-assinado defendendo a lisura e a eficiência das urnas eletrônicas. São vozes importantes que começam a impor a saudável prática dos pesos e contrapesos diante das arbritariedades em andamento. Bolsonaro não aceitará perder o certame eleitoral. Mas nem ele, nem ninguém, pode sobrepor suas vontades pessoais ao desejo da maioria em um ambiente de Estado de Direito. Já chega de arruaça e prepotência. Se o presidente da República é um claro perigo à Carta Magna e ao processo democrático, que seja apeado do cargo o quanto antes. O Brasil tem de reagir!Image

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Charge colorida tem apenas uma quadro e mostra Augusto Aras e Lindôra Araújo, caracterizados como os heróis “Super Gêmeos”, como macacões roxos. Os dois exclamam: "Super procuradores ativar!" e tocam seus punhos fechados. Aras grita: “Forma de um poste!” e Lindôra grita: “Forma de uma gaveta!”A charge, sob o título "Centopeia Humana", tem apenas um quadro e  mostra as silhuetas de seis pessoas, todas em posição de quatro, com a cabeça encostando nas nádegas de quem está à frente. Por último na fila está Aras, sucedido pelo ministro da Defesa Paulo Sergio Nogueira, que tem a sua frente o candidato o vice-presidente Braga Netto, que é sucedido por Ciro Nogueira, depois Arthur Lira e, por fim, o presidente da República. O título da charge faz alusão a um famoso filme de terror.

MPFederal on Twitter: "Ficou acertado que ainda hoje a CPI enviará à PGR,  de forma separada, a parte da documentação referente a pessoas cujas  investigações devem tramitar perante o Supremo Tribunal Federal (

Gilmar Fraga: surrealismo jurídico | GZHImageImageImage

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10
Mai21

Flávia Arruda, Ciro Nogueira e Alcolumbre são três dos mandachuvas do Bolsolão

Talis Andrade

Senadores Davi Alcolumbre e Ciro Nogueira e a secretária de Governo deputada Flávia Arruda

 

247 - O ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP), o presidente do PP e líder da tropa de choque bolsonarista na CPI da Covid Ciro Nogueira, e a secretária de Governo de Bolsonaro, Flávia Arruda (PL-DF), são três dos principais integrantes do chamado "Bolsolão", um esquema do governo  para desviar dinheiro do orçamento federal para emendas parlamentares. Foi criado um orçamento paralelo de R$ 3 bilhões em emendas para comprar apoio parlamentar ao governo Bolsonaro.

Outros membros do esquema já identificados são os deputados: Lúcio Mosquini (MDB-RO), Ottaci Nascimento (SD-RR), Bosco Saraiva (SD-AM) Rodrigo Cunha (PSDB-AL) e Vicentinho Junior (PL-TO).

De acordo com reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, o senador Davi Alcolumbre determinou a aplicação de R$ 277 milhões de verbas públicas só do Ministério do Desenvolvimento Regional. Ou seja, o parlamentar assumiu a função do ministro Rogério Marinho. O congressista  precisaria de 34 anos no Senado para conseguir indicar o valor por meio da emenda parlamentar individual. Alcolumbre destinou R$ 81 milhões apenas à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), a estatal que ele controla junto com outros políticos.

A ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL-DF), ficou responsável por definir o destino de R$ 5 milhões à Codevasf. Ela fez referência ao dinheiro como "recursos a mim reservados" e preferiu desconversar sobre o assunto. "É tanta coisa que a gente faz que não sei exatamente do que se trata", disse.

No caso do deputado Lúcio Mosquini (MDB-RO), o governo Bolsonaro aceitou pagar R$ 359 mil num trator que, pelas regras normais, somente liberaria R$ 100 mil dos cofres públicos. No total, o deputado direcionou R$ 8 milhões.

Parlamentares também chelucasgaram a enviar milhões para compra de máquinas agrícolas para um município a cerca de dois mil quilômetros de seus redutos eleitorais. É o caso dos deputados do Solidariedade Ottaci Nascimento (RR) e Bosco Saraiva (AM). Eles direcionaram R$ 4 milhões para a cidade de Padre Bernardo (GO). De acordo com a tabela do governo, a compra sairia por R$ 2,8 milhões. Saraiva afirmou que atendeu a um pedido de Nascimento, que disse ter aceito um pedido do líder da legenda na Câmara, Lucas Vergílio (GO).

O deputado Vicentinho Junior (PL-TO) afirmou à Codevasf que havia sido "contemplado" com R$ 600 mil para a compra de máquinas. "Dificilmente esse ofício foi redigido no meu gabinete, porque essa linguagem aí, tão coloquial, eu não uso", disse.

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