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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

21
Out22

Jornalistas fazem ato em defesa da democracia e debate sobre voto evangélico (charges curralzinho)

Talis Andrade

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A relevância nestas eleições do voto evangélico e a defesa do jornalismo e da democracia são temas de dois eventos, organizados por entidades de jornalistas relacionados às eleições. O primeiro deles, pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, avaliará em que proporção a população evangélica está no centro do debate eleitoral deste ano. Isso em razão da sua relevância numérica e, principalmente, por ser por ela que a extrema direita se aproveita da chamada pauta de costumes para implementar sua agenda ultraconservadora.

A organização do debate avalia que as eleições deste ano podem ser definidas como “um plebiscito entre a civilização e a barbárie”. “(A população evangélica foi) decisiva em 2018, na eleição que alçou o fascista Jair Bolsonaro ao poder impulsionada por uma impiedosa máquina de mentiras e desinformação fortemente calcada em temas como costumes e religião, a escolha eleitoral de milhões de brasileiros pode não estar selada como antes”, afirma o Barão, em nota.

Três especialistas participaram do debate sobre o voto evangélico: A pastora da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e secretária-geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), Romi Bencke; o sociólogo e líder ecumênico metodista Anivaldo Padilha; e o repórter autor do livro O Reino – A história de Edir Macedo e uma biografia da Igreja Universal, vencedor de 10 prêmios de jornalismo pelo conjunto de sua obra, Gilberto Nascimento

 

O reino: A história de Edir Macedo e uma radiografia da Igreja Universal  (Portuguese Edition) eBook : Nascimento, Gilberto: Amazon.de: Kindle-Shop

 

Jornalismo e democracia

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Entidades jornalísticas e organizações que defendem a liberdade de imprensa e os direitos humanos, entre elas a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), realizaram, na noite desta terça-feira (27/09), um ato em defesa das e dos profissionais de imprensa e da Democracia, na Pontifícia Universidade Católica (PUC), na zona oeste de São Paulo.

“Estamos reunidos aqui hoje porque o jornalismo e a própria democracia estão sob forte ataque nos últimos anos. E essa gravíssima situação chegou agora ao ápice. Estamos aqui juntos para dizer que basta!”, afirmou Paulo Zocchi, vice-presidente da FENAJ, que discursou em nome das 16 entidades organizadores do evento.

“Em situações normais, o jornalismo não é, nem poderia ser, uma profissão de risco. Mas no Brasil, nos últimos anos, a violência contra profissionais é preocupação constante e crescente de nossa categoria”, disse Zocchi.

Segundo Zocchi, os profissionais são agredidos pelo poder de Estado, notadamente pela Polícia Militar; são perseguidos judicialmente, e aí se inclui infelizmente até mesmo o Supremo Tribunal Federal; e também são agredidos, em grande medida, por Bolsonaro e por apoiadores incentivados pelas ações do presidente.

O dirigente sindical citou levantamento da FENAJ de acordo com o qual, em 2018, foram registrados 135 casos de agressões a jornalistas, contra 430 em 2021. “Com Bolsonaro no governo, há três vezes mais agressões a jornalistas do que havia antes. É mais do que uma por dia! Desde que chegou à Presidência, ele é o principal agressor: em 2021, Bolsonaro realizou 147 agressões a jornalistas, 34% do total nacional”, destacou.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) registrou 353 ataques a jornalistas entre o início deste ano e a semana passada. Outra entidade do setor, a Repórteres Sem Fronteiras, contabilizou no primeiro mês de campanha eleitoral mais de 2,8 milhões postagens com conteúdos ofensivos a jornalistas brasileiros.

 

A repórter da Folha de S. Paulo, Patrícia Campos Mello, participou do evento e fez relatos sobre as agressões que tem sofrido nos últimos anos. Ela foi vítima de ataques sexistas de Bolsonaro.

Patrícia é autora de uma série de reportagens que revelou um esquema de contratação de empresas para realizar disparos em massa durante as eleições de 2018, que fizeram dela alvo preferencial de bolsonaristas nas redes sociais.

“É muito estranho que, desde 2018, nós jornalistas, nós repórteres, tenhamo-nos transformado em alvo. Em um país democrático, supostamente democrático, que tem um governo eleito democraticamente, mas que a imprensa se transformou em um alvo, especialmente as mulheres”, disse Patrícia.

Ela lembrou os ataques que recebeu, entre eles, ligações, e ameaças de agressão física. Ela também recebeu muitas mensagens com conteúdo pornográfico.

O Negócio do Jair - Juliana Dal Piva - Grupo Companhia das Letras

Além de Patrícia, Bianca Santana, Juliana dal Piva, Flávia Oliveira, Carla Vilhena e outras jornalistas de diversos veículos de todo o Brasil participaram do evento com depoimentos em vídeo.

As profissionais contaram alguns dos casos de ataques sofridos e falaram sobre as consequências das agressões. Medo de exercer a profissão, depressão, e danos a saúde mental, foram alguns dos efeitos relatados.

Daniela Cristóvão, da Comissão de Liberdade de Imprensa da OAB, também esteve no evento e afirmou que quando um jornalista é ameaçado no desenvolvimento da sua profissão a cidadania de todos está ameaçada.

Na mesma linha ocorreu a participação de Ana Amélia, advogada e membro do grupo Prerrogativas. “A liberdade de imprensa é essencial ao jornalismo. Não existe democracia sem a liberdade de imprensa e sem o papel essencial, sério, informativo do jornalista”, disse.

“A principal aliada é a imprensa na luta pelos direitos humanos”, disse Ariel de Castro, do Tortura Nunca Mais. “Imagina o que acontece com os jornalistas que estão na periferia, no interior, que não estão em grandes órgãos de imprensa. E o assédio judicial?”, questiona.

O evento foi organizado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), FENAJ, Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Abraji, Associação de Jornalismo Digital (Ajor), Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Repórteres sem Fronteiras (RSF), Instituto Vladimir Herzog, Associação Profissão Jornalista (ApJor), Barão de Itararé, Intervozes, Fotógrafas e Fotógrafos Pela Democracia, Associação Paulista dos Jornalistas Veteranos, Centro Acadêmico Vladimir Herzog e Centro Acadêmico Benevides Paixão.

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25
Set22

Contra a barbárie, ABI reafirma apoio a Lula

Talis Andrade

O prédio da ABI | ABI

 

 Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

É tempo de decisão.

Entre a civilização e a barbárie.

Entre a solidariedade e o ódio.

Entre a luz e a escuridão.

Está em jogo o futuro de nosso país.

Coerente com sua longa história de lutas em defesa da liberdade de imprensa, da liberdade de expressão, dos direitos humanos, da soberania nacional, da justiça social e do Estado Democrático de Direito, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) reafirma seu apoio à eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2022

Octávio Costa, presidente da ABI

Regina Pimenta, vice-presidente da ABIReportagens Igor Simões/Associação Brasileira de Imprensa (ABI) — 2020 | by  Igor Oliveira Simões | Medium

A relação do bolsonarismo com a mídia

 
 
09
Jun22

Civilização ou barbárie? Quem decide é você

Talis Andrade

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por Fátima Cleide

- - -

As eleições deste ano não serão fáceis. Elas se darão em um ambiente claramente plebiscitário, em que o eleitorado brasileiro terá o grande desafio de escolher entre a civilização e a barbárie. À primeira vista, dirão alguns que não há dúvidas, que escolheremos a civilização, porque, sendo o Brasil um país majoritariamente religioso, a barbárie não deve encontrar amparo.

Enganam-se os que assim pensam. Somos um país que prima pela democracia. Mas, neste momento, estamos às portas da institucionalização da barbárie. Está no comando central do Poder um projeto político ultraconservador, autoritário, neoliberal, violento e misógino; um projeto que a cada dia desmantela as políticas públicas de inclusão social, privatiza o Estado, faz apologia à violência, desrespeita as pessoas e não tem o mínimo de empatia com a dor do outro – vide o que estamos vivenciando com a Pandemia da Covid-19, que já ceifou a vida de mais de 666 mil vítimas.

Este projeto excludente, preconceituoso e discriminador já existia e as pessoas minimamente informadas sabiam de sua existência. Durante 27 anos, foi representado no Parlamento brasileiro, por uma única pessoa, aquela que desde 2019 ocupa o principal espaço de poder do país.

Durante quase três décadas, sua voz vagava praticamente sozinha nos corredores do Congresso Nacional.

Não são poucas suas falas polêmicas, feitas em entrevistas de rádio e televisão, em programas de TV e em eventos; todas elas, contra mulheres, gays, pessoas pretas, pobres e obesas e a favor da volta do regime militar.

Uma de suas falas de ataque às mulheres é ilustrativa de como se comportava o então deputado federal, agora, presidente da República.

Todos devem se lembrar dos seus xingamentos dirigidos à deputada federal Maria do Rosário (PT/RS) e, pasmem, em discursos proferidos na tribuna da Câmara dos Deputados, em trecho aqui reproduzido: “Fica aí, Maria do Rosário, fica. Há poucos dias, tu me chamou de estuprador, no Salão Verde, e eu falei que não ia estuprar você porque você não merece. Fica aqui pra ouvir”.

Na época, o então parlamentar explicou sua falta de compostura assim: “Ela não merece (ser estuprada) porque ela é muito ruim, porque ela é muito feia, não faz meu gênero, jamais a estupraria. Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar porque não merece”.

Felizmente, para o meu alento, este projeto do mal que tenta institucionalizar a violência, que está aumentando a fome e a miséria e não esconde seu desprezo às pessoas pretas, pobres, periféricas e não binárias, demonstram todas as pesquisas de opinião, não representa o anseio do conjunto da população brasileira.

Para quem defende a democracia, os direitos humanos e o respeito às pessoas com suas diversidades – de crença, raça/etnia, classe social e orientação sexual -, este pensamento não pode continuar em espaços de poder e de decisão, principalmente, na Presidência da República.

Outro mundo é possível, outro projeto nacional também. É para construir outro mundo e outro projeto e para garantir a civilização que nós, pessoas políticas do campo progressista de Rondônia estamos juntos construindo uma alternativa para apresentar à sociedade de Rondônia, através da Frente Democrática em defesa do resgate da Democracia e da soberania nacional.

O Partido dos Trabalhadores em Rondônia em seu Encontro Estadual, tomou a meu juízo, acertada decisão de continuar construindo e fortalecendo a Frente, afinal, o povo já não aguenta mais conviver com os ditames fascistas no Estado e no Brasil. É nossa responsabilidade ter juízo e disposição de construção para alcançar o objetivo de mudanças que se tornam imperiosas para a vida do povo nesta conjuntura.

Para nós, as eleições de outubro serão decisivas para que tenhamos possibilidade de reconstruir o Brasil e o Estado em patamares democráticos, justos e igualitários.

Eu, juntamente com outras mulheres de luta aceitamos o desafio de participarmos deste processo eleitoral plebiscitário, para, lutando do lado certo da história, defendermos a eleição de Lula que representa para nós, mulheres de luta, a única chance de vencermos o nazifacismo imposto na cultura machista que ceifa vidas de mulheres através da violência e do feminicídio todos os dias.

Para contribuirmos com a construção de um mundo melhor para todas as pessoas, e para ampliar a participação de mais mulheres na política apresentaremos ao eleitorado de Rondônia uma nominata com 2 mulheres concorrendo à Câmara Federal e 5 concorrendo à Assembleia Legislativa, além de homens que também são comprometidos com a construção de uma sociedade de paz e justiça social.

O voto é o instrumento mais democrático que temos para fazermos valer nossa opinião sobre o mundo que desejamos deixar para as próximas gerações, com cidadania, igualdade, diversidade e justiça. Isso é civilização. Quem vai optar por ela é você, eleitor e eleitora.

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20
Mai22

Escolha o amor!

Talis Andrade

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por Julimar Roberto

- - -

Há tempos, o Brasil vem sendo assolado por uma polarização nunca antes vista no país. De um lado, cidadãos guiados pelo amor, pela preocupação com o próximo, pela ânsia por dignidade e pelo desejo de construir uma sociedade sem oprimidos e opressores. Do outro, os chamados "cidadãos de bem", alimentados pelo ódio, pela amargura, pela segregação e pela gana de ter sempre mais ─ mesmo que isso signifique deixar outras pessoas sem nada.  

Historicamente, a divergência de ideologias sempre existiu, principalmente em anos eleitorais. É comum que os dois candidatos mais fortes ─ geralmente com ideais opostos ─ puxem a disputa e o debate. Levando em consideração o conceito de democracia, essas diversidade de ideias, desde que haja respeito entre as partes, é até saudável para manutenção do Estado Democrático de Direito. 

Entretanto, o que se tem visto nos últimos anos vai muito além da divergência política. É uma briga entre o amor e o ódio, que foi intensificada com a chegada do capitão reformado do exército à Presidência. 

Mesmo no decorrer da campanha eleitoral de 2018, seu discurso já tinha como base o ódio. "Vamos fuzilar a petralhada", disse certa vez, durante evento no Acre. O símbolo que representa a sua pessoa é uma arma de fogo. Arma essa que é produzida com a finalidade de tirar a vida. É bastante comum que em seus eventos as pessoas levantem os dedos indicador e polegar imitando o empunhar de uma pistola. Até mesmo crianças são jogadas no universo do ódio. 

Suas falas segregam. Pretos, pobres, mulheres, periféricos, LGBTQIA+ não têm espaço em seu palanque, muito menos na construção de suas políticas. É tudo sobre fragmentar, alimentar a atmosfera de polarização. Nunca nada sobre unir. 

Enquanto isso, viajando pelo país, Lula tem seu discurso focado basicamente na reconstrução da nação e na junção de forças pelo fim do ódio de classe. Como representante da classe trabalhadora, ele conhece exatamente os anseios do povo brasileiro. Sabe que, nesse momento, a fome assola os lares e o desemprego, a carestia e a ausência de políticas de assistência social empurram o Brasil ladeira abaixo. 

Compreende também que, para tirar o povo brasileiro das mãos do capitão, é preciso união. E, para que haja união, é preciso amor. Entende que reconstruir o Brasil não é, e jamais será, uma tarefa fácil. Mas, sobretudo, será um ato de amor.  

O novo Brasil que queremos ─ e que construiremos - não tem espaço para o ódio e muito menos para aqueles que hoje estão no poder. É um país guiado pelo amor, pela empatia, sem preconceitos e sem qualquer tipo de discriminação. É uma pátria com igualdade de direitos, com emprego, renda e oportunidades para todas e todos. 

Que, em outubro, escolhamos o amor! 

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bolsonaro-ensina-crianca-a-fazer-sinal-de-arma.jpgPorte de arma no Brasil: - OitoMeia

Charge Erasmo Spadotto – Posse de Arma - Portal Piracicaba Hoje

Carlos Morel on Twitter: "Charge de Jaguar, Folha de SP 25/1/2019: Idade  mínima para porte de arma! https://t.co/xB1U9OyPos" / Twitter

JÁ VIVEMOS NUM PAÍS DE HORRORES… – Contra o Vento

01
Set21

O humano em nós

Talis Andrade

CHARGE – FUNDAÇÃO PALMARES SOB NOVA DIREÇÃO.

 

 

“Senhor Deus dos Desgraçados! Dizei-me vos, Senhor Deus!
Se é loucura… se é verdade
Tanto horror perante os céus?!”

Castro Alves, Navio Negreiro

Em meio a tantas perplexidades com as inconsequências do governo federal, é difícil escolher uma marca para tanta incompetência, tanto ódio, tanta ignorância e tanto descaso pela vida humana. É um repetir constante de desrespeito aos direitos fundamentais que um profundo desânimo nos invade. Está sendo cansativo viver no Brasil hoje. Não tem absolutamente nada de esquerda e direita. É, mais uma vez, uma questão entre civilização e barbárie.

Num regime presidencialista, a figura do presidente tem uma enorme força. E o Presidente Bolsonaro não consegue dar um único exemplo que mereça ser seguido. Devo reconhecer que ele segue uma linha de coerência com tudo que sempre foi: um pústula, um inepto e um desqualificado. E vários de seus seguidores tratam de honrar a herança macabra desse governo fascista que está desmantelando todas as áreas do país.

Uma questão específica causa profunda indignação e revolta:  a postura do presidente da Fundação Palmares em nítida afronta aos direitos dos negros. Um homem asqueroso que tem raiva do mundo e das pessoas. Que aparenta ter ódio de ser negro e sentir vergonha de pertencer à comunidade negra. Que usa o termo “afromimizento” para agredir pessoas negras que ele entende serem de esquerda e, na sua visão tacanha e preconceituosa, têm vocação para “ vitimistas. ”

Um homem que ocupa um cargo que deveria exaltar a raça negra, preservar seus valores e fomentar a cultura. No entanto, ele se dedica a defender a extinção do movimento negro, zomba da estética afro, especialmente dos cabelos, tem ódio declarado às religiões de matriz africana e revela desprezo às mulheres politizadas que buscam um lugar nesta sociedade machista. Uma verdadeira afronta.

A imputação frequente de assédio moral ao presidente Sérgio Camargo e a perseguição política ideológica que ele faz não podem ficar impunes. É lamentável que tenhamos que nos socorrer do judiciário para resolver uma questão que deveria ser deliberada na política. Mas, como a política bolsonarista é representada pelo atraso e pelo mais rigoroso desprezo à dignidade da pessoa, só nos resta aplaudir o Ministério Público do Trabalho, que pediu o afastamento do cargo desse racista predador.Humor Político a Twitter: "Sérgio Camargo https://t.co/9UMB4k5VUY… "

Na verdade, essa figura deplorável segue os passos do presidente a quem ele serve. A descrição dos horrores que ele impõe aos funcionários, covardemente, cria um clima de terror psicológico e humilhação que deve encontrar respaldo e aplauso na “casa de vidro”. O exemplo a ser seguido deve ser a atitude do então deputado federal Bolsonaro, que exaltou a figura do torturador Ustra durante a votação do impeachment da ex-presidente Dilma, que foi barbaramente torturada por esses canalhas.

Quando a política deixa de ser exercida com dignidade por parte do poder executivo e há uma clara subversão dos valores republicanos, infelizmente se torna necessário buscar em outros poderes o equilíbrio para recompor o Estado democrático de direito. Ou pelo menos tentar. Na ausência de uma condução minimamente ética, respeitosa e civilizada, faz-se imperioso afastar o presidente da Fundação Palmares.

Se não em nome dos negros, que ele tanto tenta humilhar, que se faça em nome da esperança de termos de volta um país mais solidário e mais igual. A cada dia que a barbárie impõe seu terror, morre um pouco do que existe de humano em cada um de nós. E essa é uma guerra que não podemos perder, pois ela não é apenas nossa, ela é da humanidade. Com a palavra da poesia de Noémia de Sousa:

“Por que é que as acácias de repente floriram flores de sangue?
Por que é que as noites já não são calmas e doces, por que agora são carregadas de eletricidade e longas, longas?
Ah, por que é que os negros já não gemem, noite afora.
Por que é que os negros gritam, gritam à luz do dia.”

vagabundo do movimento negro. Essa escória maldita - Sérgio Camargo - Blog  do Gilmar - UOL

16
Ago21

‘Em nenhum país civilizado um homem como Roberto Jefferson não estaria preso’, diz Lenio Streck

Talis Andrade

 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, agiu corretamente ao determinar a prisão de Roberto Jefferson, ex-deputado federal e presidente do PTB. O bolsonarista, afinal, é um inimigo da Constituição da democracia e tem de ser contido pelo sistema. Essa é a avaliação de Lenio Streck, jurista, pós-doutor em Direito e professor de Direito Constitucional.

“Em nenhum país civilizado um homem como Roberto Jefferson não estaria preso. Conversei com juristas de outros países hoje e todos estão estarrecidos com o fato de que esse homem ainda não estava preso. Não é possível que um inimigo da democracia e da Constituição não seja contido. Se o sistema não tem condições de conter um homem como Roberto Jefferson, tem de fechar as portas”, afirmou Streck em entrevista ao canal de CartaCapital no YouTube.

O especialista criticou “um bando de lavajatistas que apoiaram por todo o tempo as arbitrariedades de Sergio Moro e agora dizem que Jefferson tem liberdade de expressão e que o STF está sendo arbitrário, como se fosse possível comparar a atuação da Lava Jato, que destruiu o País, com os atos que defendem a democracia”.

Para Streck, a Corte se utilizou de seu Regimento Interno – e não tirou isso da manga do colete. Assim, o jurista rebate aqueles que afirmam que o STF, por ser alvo dos ataques e das ameaças de Jefferson, não poderia reagir.

“Quem vai fazer isso pelo STF? O STF tem de fazer. Nos Estados Unidos se chama isso de Contempt of Court, e aqui no Brasil é muito grave. São os inimigos da Constituição, e o sistema reagiu corretamente”, emendou.

Streck ainda avaliou que “os mesmos que dizem que o STF tem de ser destruído são os que correm para buscar habeas corpus” na Corte. Nesta sexta, a defesa de Roberto Jefferson indicou que pretende protocolar um HC no STF para que a prisão preventiva da qual ele foi alvo se converta em domiciliar.

 

11
Jul21

Defesa e Forças Armadas adotam método bolsonarista de ataque político contra CPI

Talis Andrade

Charge do Zé Dassilva: mais um depoente na CPI | NSC Total

 

por Janio de Freitas

- - -

Surpreendente, na investida do ministro da Defesa e dos três comandantes das Forças Armadas contra a CPI, é a adoção do mais característico no método bolsonarista de ataque político

 

Janio de Freitas /Folha

senador Omar Aziz e, por extensão, os senadores sob sua presidência, são postos como culpados de agressões verbais que não fizeram às Forças Armadas, tratamentos indignos que não dirigiram a militares depoentes, e ainda atitudes “vis e levianas” que não tiveram no intuito de desvendar a criminalidade associada às mortes da pandemia.

Não é crível que os militares do Exército envolvidos na ação mortífera do Ministério da Saúde, e citados nas falcatruas com vacinas, sejam representativos das Forças Armadas a ponto de merecerem defesa tão desmedida do ministro e comandantes.

É, no entanto, o que a nota dá a entender. Em particular quanto a “Pazuello, um general da ativa”, como reiterou à repórter Tânia Monteiro (O Globo) o brigadeiro Batista Jr., um dos signatários da nota. Até agora não constava que estar na ativa significasse, em comparação de dignidades, mais do que isto mesmo: estar na ativa.

Se admissível ter dúvida absurda, oito procuradores do Ministério Público Federal em Brasília respondem: explicitam o que, de fato, distingue o general da ativa Eduardo Pazuello.

Do alto de suas estrelas, ele “retardou conscientemente” a contratação de vacinas, deixando sem resposta mais de 80 ofertas de fornecimento da Pfizer.

“Nenhuma das objeções” à aceitação “se justifica”, inclusive porque as mesmas cláusulas recusadas à Pfizer foram antes aceitas com a AstraZeneca.

O general da ativa fez “gestão gravemente ineficiente e dolosamente desleal (imoral e antiética)” na Saúde sob situação crítica, diz o parecer dos procuradores em ação por improbidade.

A confusão entre a instituição Forças Armadas e militares suspeitos, investigados ou criminosos provados (como o tenente terrorista, perdoado e promovido Jair Bolsonaro) está na raiz de males insuperáveis no percurso brasileiro.

A mentalidade militar não consegue perceber sua própria natureza na sociedade e no Estado, nem o da instituição. Ou das instituições do Estado Democrático de Direito.

Além da completa impropriedade da nota “dura, como nós achamos que devia ser” —informa o comandante da Aeronáutica— ficou a impressão de que seu propósito de fundo foi defender Bolsonaro.

No dia mesmo em que Omar Aziz fazia a reflexão histórica e formalmente correta sobre militares implicados, o UOL e a repórter Juliana Dal Piva divulgavam o relato de Andréa Siqueira do Valle sobre a engrenagem, da qual fez parte, pela qual Jair Bolsonaro se apropriou de dinheiro público por anos seguidos —via salários de funcionários fantasmas.

Em referência à pandemia, o nome Bolsonaro não se liga só à morte de centenas de milhares de brasileiros, já aparecendo nas primeiras descobertas da CPI sobre armação de tramoias mi e bilionárias com vacinas. E com mortes, como facilitadoras de outros assaltos ao dinheiro público.

É a esse personagem que uma corrente de militares se associa, integrando o governo ou assentindo com a exploração política da instituição Forças Armadas. Enfim, como disse o brigadeiro Batista Jr., em complemento à nota que chamou de “alerta às instituições”, sobre a atual e demais advertências: “Homem armado não ameaça”. Age —é isso? Age com a arma.Gilmar Fraga: pegando fogo | GZH

Muito democrático, muito civilizado. Tanto que o entrevistado “sente”, lamenta, ser a “disputa política normal”, mas “em tão baixo nível, em nível muito raso”. E, é preciso dizer, trata-se de um militar articulado acima da média conhecida, com capacidade verbal e facilidade expositiva.

 

Pacheco precisou ser chamado de covarde para defender o Senado

 

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, precisou ser chamado até de covarde, inclusive na imprensa, para dizer uma palavrinha muito atrasada em defesa do Senado e do senador Omar de Aziz, que não relegou a altivez. Rodrigo Pacheco está sendo chamado, ora de vaselina, ora de farsante. Ou pior.

Bolsonaro: “Ou temos eleições limpas ou não temos eleições”. De todo limpas talvez seja difícil. Há um gatuno de dinheiro público e, sendo pouco, dado ainda como genocida, com planos de ser candidato.

A “rachadinha” de Jair Bolsonaro era comentada ao seu tempo de parlamentar no Rio. E continuou no seu tempo de Câmara Federal. Mas houve dificuldade de provar. Provada com a senhora do Açaí de Angra dos Reis, faltou brio para algum dos tantos habilitados cumprir seu papel no Ministério Público e no Judiciário.

A flexibilização do veto do Ministério da Saúde à cloroquina, contra a Covid, é uma esperteza para dar a Bolsonaro uma porta de fuga. A partir de pretensa consulta pública, desprovida de qualificação científica, a cloroquina passaria a ser uma dúvida, não uma certeza de ineficácia e efeitos colaterais graves. Com isso, Bolsonaro, seu patrocinador, escaparia da situação de futuro réu judicial pela pregação ilusionista em favor daquela droga.

 

Eleição na Fiesp significa retorno da decência perdida sob Paulo Skaf

 

eleição de Josué Gomes da Silva para a presidência da Fiesp significa, até onde se pode esperar, o retorno da decência e da importância a essa entidade. Experimentadas, por exemplo, ao tempo de Horácio Lafer Piva e perdidas por inteiro com Paulo Skaf —em 17 anos que falam mais do empresariado eleitor de então que desse oportunista. Uma política industrial está entre as maiores necessidades para a tentativa de salvar o Brasil, no pós-Bolsonaro.

20
Mar21

As incompatibilidades de Bolsonaro

Talis Andrade

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Por Henrique Matthiesen

Diante de sua maior tragédia sanitária – jamais vista em nossa História – contamos diariamente os mortos no Brasil, que batem recordes atrás de recordes; ao mesmo tempo em que assistimos o colapso do nosso sistema de saúde e o sofrimento do nosso povo.

Tragédia esta que poderia ter sido mitigada em sua dimensão, se não tivéssemos um genocida a frente da condução do país.

A adjetivação referente ao Bolsonaro se esgota ante a sua desumanidade. Falta-lhe qualquer senso de dignidade, decência e empatia. Não há qualquer resquício de altruísmo, revelando-se um pária.

Acentua-se, ainda mais, com todas irrefutáveis consequências trágicas da pandemia o seu propósito de continuar em sua jornada charlatanista, a sua negação irresponsável e criminosa com omissões e ações agravando a situação já calamitosa.

Bolsonaro, internacionalmente, sabota todas as ações sanitárias sendo o mais efetivo propagador do vírus, assim como seu bando de acéfalos igualmente desprovido de decência e humanidade.

Se não bastasse a mortandade causada por Bolsonaro ao povo brasileiro, hoje, nos tornamos uma séria ameaça aos outros países.

Ao tornarmo-nos epicentro pandêmico, devido ao negacionismo e as ações dietas e indiretas de Bolsonaro, se verifica a possibilidade alarmante de múltiplas mutações do vírus que podem neutralizar a ação das vacinas, mergulhando a humanidade em inimagináveis implicações.

Cabe, aqui, ações urgentes e inadiáveis do Congresso Nacional e do STF para frearem este genocídio cada dia mais cortante. A verdade insofismável que se impõe é que Bolsonaro é incompatível com a condução do Brasil, ainda mais com uma pandemia que ele próprio agravou. 

Inaptidão somada ao negacionismo obscurantista, adicionada a sua imoralidade humanística, acrescida de sua vassalagem aos interesses espúrios de ideologizar vacinas, e agregando ações maliciosas de intimidação ao combate a pandemia, incluindo sua sabotagem, são suficientes para incriminá-lo e tirá-lo imediatamente da Presidência.

A cada triste recorde de casos e de mortes é comprovada sua incompatibilidade de gerir o país e a superação desta grave pandemia.

Bolsonaro é incompatível. 

Incompatível com o sofrimento das famílias enlutadas ou enfermadas;

Incompatível com a ciência;

Incompatível com a decência;

Incompatível com a humanidade;

Incompatível com a civilização.

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20
Jul20

O Brasil invisível e anônimo que carrega a dor da pandemia

Talis Andrade

Entregadores de aplicativo protestam por melhores condições de trabalho, em 1º de julho, no Rio.Entregadores de aplicativo protestam por melhores condições de trabalho, em 1º de julho, no Rio. 

RICARDO MORAES / REUTERS

 

Os anônimos que se expõem ao perigo para que o país não paralise merecem ser lembrados para sempre como exemplo não só de civilização, mas de grandeza de alma e de coração

por JUAN ARIAS/ El País

Quando esta guerra contra o coronavírus terminar, todos os trabalhadores invisíveis e anônimos terão que ser condecorados, a maioria entre os mais pobres, que estão se sacrificando para que o país não pare.

É o Brasil que merece nosso respeito, gratidão e amor. É um Brasil sem guerras ideológicas, de direita e de esquerda, que se sente unido por uma mesma responsabilidade para com o país. Esse Brasil heroico que mantém o país funcionando e evita milhares de vítimas. É o que não distribui armas para se matar, mas serviços para que a maioria da população possa pensar em se proteger melhor do contágio. É esse exército que todas as manhãs deixa a segurança de sua casa para que os mercados, as farmácias, o serviço de coleta de lixo, os transportes e a segurança pública continuem funcionando. E toda essa nuvem de sacrificados entregadores para que não falte comida à grande maioria das pessoas.

São os que no anonimato cuidam dos hospitalizados, bem como os coveiros que até substituem os parentes dos mortos no carinho que eles não podem lhes dar na despedida.

E existe esse outro exército anônimo de pessoas de todas as categorias que estão ajudando de mil maneiras aqueles que ficaram sem nada e não têm nem o que comer. Penso nos meus amigos César e Fátima que cozinham todos os dias para que 100 crianças de famílias carentes de uma pequena cidade na região dos Lagos, no Rio de Janeiro, possam comer um prato de comida quente todos os dias. É esse rio de generosidade que está correndo pelas veias de milhares de brasileiros. E é o Brasil não envenenado pela política do ódio e para quem a dor alheia está acima das ideias políticas e religiosas.

É o Brasil que nos momentos de dor nacional descobre seus melhores sentimentos de empatia e compaixão pelo próximo que sofre. É o Brasil que faz com que nos momentos dramáticos de calamidade e de luto seja capaz de mobilizar dentro de si o mais sublime do ser humano, como a capacidade de detectar a dor dos outros.

E não falo de religião. Nos Evangelhos, na parábola do bom samaritano, Jesus elogia o ateu que passando ao lado de um ferido o leva consigo para curá-lo, enquanto critica o religioso que, pelo contrário, havia passado sem nem sequer parar diante do homem ferido. Não é uma questão de religião, mas de ter um coração de sangue ou de pedra.

E é esse rio de generosidade nos momentos dramáticos da vida de um povo o que o torna digno de ser recordado na história. Esse Brasil anônimo que está se sacrificando e se expondo ao perigo para que o país não paralise merecerá ser lembrado para sempre como um exemplo não só de civilização, mas de grandeza de alma e de coração.

Muitos deles também serão vítimas da pandemia e nos terão deixado o exemplo de sua dignidade como cidadãos e pessoas. Para nós deverão continuar vivos em nossa gratidão e recordação. Este é o melhor exemplo de civilização que poderemos ensinar às crianças nas escolas.

 

 
 
04
Mar20

Autoritarismo e casuísmo do ministro Sérgio Moro

Talis Andrade

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VERMELHO

Editorial

A postura do ministro da Justiça, Sergio Moro, a respeito do motim de policiais militares do estado do Ceará tem enorme gravidade. Para ele, “prevaleceu o bom senso”, e não houve radicalismos. Ao mesmo tempo, provocou o que chamou de os “Gomes”, uma referência aos irmãos Cid Gomes, Ciro Gomes e Ivo Gomes (este, prefeito da cidade de Sobral).

Segundo Moro, “apesar dos Gomes” a crise “só foi resolvida pela ação do governo federal”. O ministro também distribuiu elogios aos policiais amotinados e não fez uma condenação explícita às ilegalidades cometidas. Para ele, com seus reiterados atos de afronta ao Estado Democrático de Direitos, o motim foi uma paralisação ilegal de “profissionais dedicados” que “não deveria ser feita”.

A exemplo dos elogios aos amotinados do comandante da Força Nacional de Segurança (FNS), coronel Aginaldo de Oliveira, as falas de Moro chancelam uma ilegalidade. É uma irresponsabilidade cívica, um atentado ao federalismo à medida em que, ao ser complacente com os amotinados, incentiva ações semelhantes em outros estados.

Moro incorre em casuísmo – a troca das premissas constitucionais por seu pendor autoritário. Para ele, a democracia é um incômodo. Por sua ideologia, o normal é o poderoso de plantão ter o direito de rasgar ou fazer leis, transformando o casuísmo num método de governo. Não existe, em nenhuma nação democrática do mundo, nada que se possa comparar a esse comportamento.

Os pronunciamentos do ministro, ademais, interpretam uma postura do governo. O presidente Jair Bolsonaro é useiro e vezeiro em tomar atitudes semelhantes. A face autoritária desse comportamento fica mais evidente quando ele é comparado com o tratamento dado às organizações de origem popular – a reiterada prática de criminalizar os movimentos sociais.

O respeito às instituições democráticas é um valor fundamental da civilização, um alicerce inegociável na construção de uma sociedade desenvolvida. Falta, para esse governo, civilidade. Por mais que as reivindicações dos policiais amotinados sejam justas, seus direitos não são hierarquicamente superiores aos demais direitos e garantias constitucionais, todos invioláveis e indispensáveis.

É preciso haver um equilíbrio entre eles. A defesa da liberdade de organização e de manifestação exige protegê-la contra abusos como esse. Na democracia, são tarefas conciliáveis. Essa civilidade é um valor essencial para a consciência de que existem regras mínimas de convivência que se não forem levadas a sério acabam levando ao caos social e à guerra entre concidadãos. Democracia é, acima de tudo, reconhecer os direitos de todos.

As falas de Moro transformam a democracia em garantia para seus abusos. Podendo, ele cassa os direitos dos seus adversários, como fez sistematicamente quando foi o poderoso juiz da Operação Lava Jato. O uso do cachimbo entorta a boca, diz o povo. Essa sua atitude é mais um episódio que se inscreve no rol da ofensiva do governo Bolsonaro para abrir caminho ao rolo compressor do autoritarismo contra a democracia.

Os setores extremados da direita brasileira nunca tibubearam: sempre que a democracia alargou o seu espectro eles recorreram ao autoritarismo. E sempre o fizeram em nome da ”democracia”. Os apelos ao autoritarismo, com a mesma retórica, estão de volta. Distinguir bem o que é retórica e o que são fatos é um exercício fundamental para aglutinar forças em defesa da institucionalidade democrática do país.

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